21 de Junho de 2021
12a semana comum Segunda-feira
- por Pe. Alexandre
SEGUNDA FEIRA – SÃO Luís GONZAGA – RELIGIOSO
(branco, pref. comum ou dos santos – ofício da memória)
Antífona de entrada
– O homem de coração puro e mãos inocentes é digno de subir à montanha do Senhor e de permanecer em seu santuário. (Sl 23,4.3)
Oração do dia
– Ó Deus, fonte dos dons celestes, reunistes no jovem Luís Gonzaga a prática da penitência e a admirável pureza de vida. Concedei-nos, por seus méritos e preces, imitá-lo na penitência, se não o seguimos na inocência. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
1ª Leitura: Gn 12,1-9
– Leitura do livro do Gênesis: Naqueles dias, 1o Senhor disse a Abrão: “Sai da tua terra, da tua família e da casa do teu pai, e vai para a terra que eu te vou mostrar. 2Farei de ti um grande povo e te abençoarei: engrandecerei o teu nome, de modo que ele se torne uma bênção. 3Abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarem; em ti serão abençoadas todas as famílias da terra!” 4E Abrão partiu, como o Senhor lhe havia dito, e Ló foi com ele. Tinha Abrão setenta e cinco anos, quando partiu de Harã. 5Ele levou consigo sua mulher Sarai, seu sobrinho Ló e todos os bens que possuíam, bem como todos os escravos que haviam adquirido em Harã. Partiram rumo à terra de Canaã e ali chegaram. 6Abrão atravessou o país até o santuário de Siquém, até o carvalho de Moré. Os cananeus estavam então naquela terra. 7O Senhor apareceu a Abrão e lhe disse: “Darei esta terra à tua descendência”. Abrão ergueu ali um altar ao Senhor que lhe tinha aparecido. 8De lá, deslocou-se em direção ao monte que estava a oriente de Betel, onde armou sua tenda, com Betel a ocidente e Hai a oriente. Ali construiu também um altar ao Senhor, e invocou o seu nome. 9Depois, de acampamento em acampamento, Abrão foi até o Negueb.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 33,12-13.18-19.20.22 (R: 12b)
– Feliz o povo que o Senhor escolheu por sua herança!
R: Feliz o povo que o Senhor escolheu por sua herança!
– Feliz o povo cujo Deus é o Senhor, e a nação que escolheu por sua herança! Dos altos céus o Senhor olha e observa; ele se inclina para olhar todos os homens.
R: Feliz o povo que o Senhor escolheu por sua herança!
– Mas o Senhor pousa o olhar sobre os que o temem, e que confiam esperando em seu amor, para da morte libertar as suas vidas e alimentá-los quando é tempo de penúria.
R: Feliz o povo que o Senhor escolheu por sua herança!
– No Senhor nós esperamos confiantes, porque ele é nosso auxílio e proteção! Sobre nós venha, Senhor, a vossa graça, da mesma forma que em vós nós esperamos!
R: Feliz o povo que o Senhor escolheu por sua herança!
Aclamação ao santo Evangelho.
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– A palavra do Senhor é viva e eficaz: ela julga os pensamentos e as intenções do coração (Hb 4,12).
Aleluia, aleluia, aleluia.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus: Mt 7, 1-5
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus.
– Glória a vós, Senhor!
– Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 1‘Não julgueis, e não sereis julgados. 2Pois, vós sereis julgados com o mesmo julgamento com que julgardes; e sereis medidos, com a mesma medida com que medirdes. 3Por que observas o cisco no olho do teu irmão, e não prestas atenção à trave que está no teu próprio olho? 4Ou, como podes dizer ao teu irmão: ‘deixa-me tirar o cisco do teu olho’, quando tu mesmo tens uma trave no teu? 5Hipócrita, tira primeiro a trave do teu próprio olho, e então enxergarás bem para tirar o cisco do olho do teu irmão.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!
São Luís Gonzaga
- por Pe. Alexandre
Considerado o “Patrono da Juventude”, São Luís Gonzaga nasceu no ano de 1568 na Corte de Castiglione. Recebeu por parte de sua mãe a formação cristã. Já seu pai o motivava a ser príncipe. Sua família tinha muitas posses mas, graças ao amor de Deus, Luís desde cedo deixou-se possuir por esse amor.
Com dez anos de idade, na corte, frequentando aqueles meios, dava ali testemunho do Evangelho e se consagrou a Nossa Senhora. Ali descobriu seu chamado à vida religiosa e queria ser padre. Seu pai, ao saber disso, o levava para festas mundanas, na tentativa de fazê-lo desistir de sua vocação.
Entrou para a Companhia de Jesus onde viveu durante seis anos. Com pouco mais de vinte anos, faleceu de uma peste que havia se espalhado em Roma.
São Luís Gonzaga, rogai por nós!
Meditação
- por Pe. Alexandre
E não sereis julgados… (Mt 7,1-5)
O operário se distrai um instante, e a prensa amassa sua mão. O motorista se distrai um segundo, e eis o acidente mortal. Mas a mais grave das distrações que podemos cometer é perder de vista que um julgamento nos espera. Aliás, isto está registrado entre os mistérios de fé que proclamamos ao rezar o Símbolo dos Apóstolos, quando afirmamos crer que “Jesus há de vir para julgar os vivos e os mortos”.
Na Carta aos Hebreus, o autor sagrado nos recorda: “Está determinado que os homens morram uma só vez, e logo em seguida vem o juízo”. (Hb 9,27) Juízo e julgamento são sinônimos: significa estar diante de um Juiz que tem poderes para nos libertar ou condenar após examinar nossas ações. Mesmo deixando de lado a antiga Sequência da Missa de Defuntos, que falava em um “dia de ira”, a certeza do juízo deve orientar nossos passos.
O absurdo cresce quando, esquecidos de que seremos réus ao fim de nossa vida, dedicamos nosso tempo a julgar os outros. Na linguagem do Mestre de Nazaré, “apontamos para a palhazinha no olho do próximo, mas nos esquecemos da trave em nosso próprio olho”. Jesus gostava de usar contrastes, acentuando-lhes os traços. Neste caso, ele contrasta um pequeno cisco e uma enorme peça de madeira. E quanto maior a nossa “trave”, tanto menos teremos noção de nossos próprios erros e pecados, ao mesmo tempo que amplificamos as falhas dos outros.
Aquele que julga o próximo e se reveste da toga de juiz, acredita ser instrumento da justiça. Ocorre que, ao julgar, ele usurpa um privilégio do próprio Cristo, pois cabe ao Senhor julgar os vivos e os mortos (cf. Mt 25,31-33). Nesta passagem, o “julgamento” é uma separação. Por isso mesmo, a espada que separa tem sido usada como símbolo da justiça. Ovelhas de um lado, cabritos do outro; uns irão para o Reino do Pai, outros para o fogo eterno.
Nesta passagem de Mt 7, Jesus nos alerta: “Não julgueis!” E explica: seremos julgados com a mesma medida com que julgamos os demais: rigor com rigor, misericórdia com misericórdia. O grande erro de fundo consiste em ignorar que nós mesmos – desde que o Filho de Deus se encarnou, sofreu e morreu por nós – fomos objetos de uma misericórdia infinita: “quando éramos pecadores, Cristo morreu por nós” (Rm 5,8).
Se eu acuso a palha de meu irmão enquanto tenho uma trave no meu olho, sou hipócrita. Mas se acaso estou vendo claro, sem sombras e distorções, é porque a trave já me foi tirada pela Graça de Deus e, neste caso, devo usar da mesma misericórdia que recebi quando notar a palhazinha de meu irmão.
O contínuo desfile de criminosos no noticiário da TV não nos deve levar ao esquecimento de nossos próprios erros. Como dizia um santo: “Eu também seria capaz disso…”
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