21 de Novembro de 2019

33ª semana comum Quinta-feira

- por Padre Alexandre Fernandes

QUINTA FEIRA – APRESENTAÇÃO DE NOSSA SENHORA
(branco, pref. de Maria – ofício da memória)

 

Antífona da entrada

 

– Salve, ó Santa Mãe de Deus, vós destes à luz o Rei, que governa o céu e a terra pelos séculos eternos.

 

Oração do Dia

 

– Ao celebrarmos, ó Deus, a gloriosa memória da santa virgem Maria, concedei-nos, por sua intercessão, participar da plenitude da vossa graça. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

Leitura: Zc 2,14-17

– Leitura da profecia de Zacarias: 14“Rejubila, alegra-te, cidade de Sião, eis que venho para habitar no meio de ti, diz o Senhor. 15Muitas nações se aproximarão do Senhor, naquele dia, e serão o seu povo. Habitarei no meio de ti, e saberás que o Senhor dos exércitos me enviou a ti. 16O Senhor entrará em posse de Judá, como sua porção na terra santa, e escolherá de novo Jerusalém. 17Emudeça todo mortal diante do Senhor, ele acaba de levantar-se de sua santa habitação”.

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl Lc 1, 46-47.48-49.50-51.52-53.54-55 (R: 49)

 

 – O Poderoso fez por mim maravilhas e santo é o seu nome.

R: O Poderoso fez por mim maravilhas e santo é o seu nome.

 

– A minha alma engrandece o Senhor, e se alegrou o meu espírito em Deus, meu salvador.

O Poderoso fez por mim maravilhas e santo é o seu nome.

 

– Pois ele viu a pequenez de sua serva, desde agora as gerações hão de chamar-me de bendita. O Poderoso fez por mim maravilhas  e santo é o seu nome!

O Poderoso fez por mim maravilhas e santo é o seu nome.

 

– Seu amor, de geração em geração, chega a todos os que o respeitam. Demonstrou o poder de seu braço, dispersou os orgulhos.

O Poderoso fez por mim maravilhas e santo é o seu nome.

 

– Derrubou os poderosos de seus tronos e os humildes exaltou. De bens saciou os famintos e despediu, sem nada, os ricos.

O Poderoso fez por mim maravilhas e santo é o seu nome.

 

– Acolheu Israel, seu servidor, fiel ao seu amor, como havia prometido aos nossos pais em favor de Abraão e de seus filhos, para sempre.

O Poderoso fez por mim maravilhas e santo é o seu nome.

 

Aclamação ao santo Evangelho.

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

 – Feliz quem ouve e observa a palavra de Deus! (Lc 11,28)

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus: Mt 12,46-50

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus.

– Glória a vós, Senhor!

 

– Naquele tempo, 46enquanto Jesus estava falando às multidões, sua mãe e seus irmãos ficaram do lado de fora, procurando falar com ele. 47Alguém disse a Jesus: “Olha! Tua mãe e teus irmãos estão aí fora, e querem falar contigo”. 48Jesus perguntou àquele que tinha falado: “Quem é minha mãe, e quem são meus irmãos?” 49E, estendendo a mão para os discípulos, Jesus disse: “Eis minha mãe e meus irmãos. 50Pois todo aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe”.

 

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!

Apresentação de Nossa Senhora no Templo

- por Padre Alexandre Fernandes

Maria, dedicou-se totalmente e livremente a Deus

A memória que a Igreja celebra hoje não encontra fundamentos explícitos nos Evangelhos Canônicos, mas algumas pistas no chamado proto-evangelho de Tiago, livro de Tiago, ou ainda, História do nascimento de Maria. A validade do acontecimento que lembramos possui real alicerce na Tradição que a liga à Dedicação da Igreja de Santa Maria Nova, construída em 543, perto do templo de Jerusalém.

Os manuscritos não canônicos, contam que Joaquim e Ana, por muito tempo não tinham filhos, até que nasceu Maria, cuja infância se dedicou totalmente, e livremente a Deus, impelida pelo Espírito Santo desde sua concepção imaculada. Tanto no Oriente, quanto no Ocidente observamos esta celebração mariana nascendo do meio do povo e com muita sabedoria sendo acolhida pela Liturgia Católica, por isso esta festa aparece no Missal Romano a partir de 1505, onde busca exaltar a Jesus através daquela muito bem soube isto fazer com a vida, como partilha Santo Agostinho, em um dos seus Sermões:

“Acaso não fez a vontade do Pai a Virgem Maria, que creu pela fé, pela fé concebeu, foi escolhida dentre os homens para que dela nos nascesse a salvação; criada por Cristo antes que Cristo nela fosse criado? Fez Maria totalmente a vontade do Pai e por isto mais valeu para ela ser discípula de Cristo do que mãe de Cristo; maior felicidade gozou em ser discípula do que mãe de Cristo. E assim Maria era feliz porque já antes de dar à luz o Mestre, trazia-o na mente”.

A Beata Maria do Divino Coração dedicava devoção especial à festa da Apresentação de Nossa Senhora, de modo que quis que os atos mais importantes da sua vida se realizassem neste dia.

Foi no dia 21 de novembro de 1964 que o Papa Paulo VI, na clausura da 3ª Sessão do Concílio Vaticano II, consagrou o mundo ao Coração de Maria e declarou Nossa Senhora Mãe da Igreja.

Nossa Senhora da Apresentação, rogai por nós!

Meditação

- por Padre Alexandre Fernandes

Quem é a minha mãe? (Mt 12, 46-50)

 

            Jesus Cristo veio ao nosso mundo e se encarnou para fazer a vontade do Pai. “Pai, tu não quiseste oblações nem sacrifícios, mas me formaste um corpo. […] Então eu disse: ‘Eis-me aqui, ó Deus, para fazer a tua vontade!’” (Hb 10, 5ss.) Assim, a encarnação começa por um ato de obediência.

 

            Para que Jesus, Palavra do Pai, assumisse a natureza humana, Deus quis “precisar” de uma Mulher, eleita desde a eternidade para essa missão única e sublime. Quando a Virgem Maria adere ao desígnio de Deus, ela “permite” que o Verbo-Palavra se humanize e venha acampar no meio de nós. Desde então, Maria de Nazaré é para a Igreja o modelo perfeito e acabado do fiel que acolhe a Palavra, a ponto de gerar essa mesma Palavra para o mundo, tornando-a viva entre nós. Mais uma vez, é a obediência que atualiza a graça de Deus na história dos homens.

 

            Hoje, celebramos a memória da Apresentação de Nossa Senhora no Templo de Jerusalém (aos 3 anos de idade, segundo o Proto-Evangelho de Tomé, livro não-canônico). Estamos diante de um “sinal”: como se aquela criança, movida pela Graça, já se dispusesse a cooperar com Deus em seu plano de salvação. Deste modo, o que poderia ser apenas uma “lenda piedosa” torna-se mensagem e indicação do caminho para todo cristão. Cada fiel, na medida de suas possibilidades, deve “apresentar-se” a Deus, abandonando-se infantilmente em suas mãos, para o que der e vier…

 

            Em um dia futuro, o Messias-Salvador entraria em um “templo” para se fazer carne mortal. Essa “casa de ouro” (cf. Ladainha Lauretana: Domus Aurea) e primeiro sacrário da história seria o ventre virginal de Maria de Nazaré. Na liturgia de hoje, a mesma Maria, ainda criança, cruza o limiar do Templo do Senhor e se põe à disposição do Altíssimo para cumprir sua missão.

 

            Se o Templo de Jerusalém era, para Israel, o lugar onde o povo podia estar na presença de Deus, ali mesmo Maria se põe na presença daquele que, graças à cooperação dela, estaria por 33 anos em nossa presença.

 

            Atravessar a soleira do Templo significa entrar no espaço do “sagrado”. Também nós, divididos entre o profano e o sagrado, o mercado e o sacrário, somos convidados por Deus a uma vida de consagração.

 

            Se aceitamos o convite, obedecemos a Deus e nos tornamos seus sócios na obra de salvação da humanidade. Ao contrário, a recusa iria desviar-nos da vocação e da missão para as quais fomos chamados à vida.

 

Orai sem cessar: “Toda formosa, entra a Filha do Rei!” (Sl 45 [44], 14)

Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança

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