21 de Outubro de 2022

29a Semana do Tempo Comum. Sexta-feira

- por Pe. Alexandre

SEXTA FEIRA – XXIX SEMANA DO TEMPO COMUM

(verde – ofício do dia)

 

Antífona da entrada

 

– Clamo por vós, meu Deus, porque me atendestes; inclinai vosso ouvido e escutai-me. Guardai-me como a pupila dos olhos, à sombra das vossas asas abrigai-me (Sl 16,6.8).

 

Oração do dia

 

– Deus eterno e todo-poderoso, dai-nos a graça de estar sempre ao vosso dispor, e vos servir de todo o coração. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: Ef 4,1-6

 

– Leitura da carta de são Paulo aos Efésios: Irmãos, 1eu, prisioneiro no Senhor, vos exorto a caminhardes de acordo com a vocação que recebestes: 2Com toda a humildade e mansidão, suportai-vos uns aos outros com paciência, no amor. 3Aplicai-vos a guardar a unidade do espírito pelo vínculo da paz. 4Há um só Corpo e um só Espírito, como também uma só é a esperança à qual fostes chamados. 5Há um só Senhor, uma só fé, um só batismo, 6um só Deus e Pai de todos, que reina sobre todos, age por meio de todos e permanece em todos.

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 24,1-2.3-4ab.5-6 (R: 6)

 

– É assim a geração dos que buscam vossa face, ó Senhor, Deus de Israel.
R: É assim a geração dos que buscam vossa face, ó Senhor, Deus de Israel.

– Ao Senhor pertence a terra e o que ela encerra, o mundo inteiro com os seres que o povoam; porque ele a tornou firme sobre os mares, e sobre as águas a mantém inabalável.

R: É assim a geração dos que buscam vossa face, ó Senhor, Deus de Israel.

– “Quem subirá até o monte do Senhor, quem ficará em sua santa habitação?” “Quem tem mãos puras e inocente coração. Quem não dirige sua mente para o crime.

R: É assim a geração dos que buscam vossa face, ó Senhor, Deus de Israel.

 

– Sobre este desce a bênção do Senhor e a recompensa de seu Deus e Salvador”. “É assim a geração dos que o procuram, e do Deus de Israel buscam a face”.

R: É assim a geração dos que buscam vossa face, ó Senhor, Deus de Israel.

Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

– Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, pois revelastes os mistérios do teu reino aos pequeninos, escondendo-os aos doutores! (Mt 11,25).

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 12,54-59

 

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas

– Glória a vós, Senhor!   

 

– Naquele tempo, 54Jesus dizia às multidões: “Quando vedes uma nuvem vinda do ocidente, logo dizeis que vem chuva. E assim acontece. 55Quando sentis soprar o vento do sul, logo dizeis que vai fazer calor. E assim acontece. 56Hipócritas! Vós sabeis interpretar o aspecto da terra e do céu. Como é que não sabeis interpretar o tempo presente? 57Por que não julgais por vós mesmos o que é justo?  58Quando, pois, tu vais com o teu adversário apresentar-te diante do magistrado, procura resolver o caso com ele enquanto estais a caminho. Senão ele te levará ao juiz, o juiz te entregará ao guarda, e o guarda te jogará na cadeia. 59Eu te digo: daí tu não sairás, enquanto não pagares até o último centavo”.

 

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!   

Santa Úrsula

- por Pe. Alexandre

Úrsula nasceu no ano 362. Filha dos reis da Cornúbia, na Inglaterra, a fama de sua beleza se espalhou, e ela passou a ser desejada por vários pretendentes (embora Úrsula tenha feito um voto secreto de consagração total a Deus). Seu pai acabou aceitando a proposta de casamento feita pelo duque Conanus, um general de exército pagão, seu aliado.

Úrsula fora educada nos princípios cristãos. Por isso ficou muito triste ao saber que seu pretendente era pagão. Quis recusar a proposta, mas, conforme costume da época, deveria acatar a decisão de seu pai. Pediu, então, um período de três anos para se preparar. Ela esperava converter o general Conanus durante esse tempo ou então encontrar um meio de evitar o casamento, mas não conseguiu nem uma coisa nem outra.

Conforme o combinado, ela partiu para as núpcias, viajando de navio, acompanhada de onze jovens, virgens como ela, que iriam se casar com onze soldados do duque Conanus. Há lendas e tradições que falam em onze mil virgens, em vez de onze apenas. Mas outros escritos da época e pesquisas arqueológicas revelaram que foram mesmo onze meninas.

Foram navegando pelo rio Reno e chegaram à Colônia, na Alemanha. A cidade havia sido tomada pelo exército de Átila, rei dos hunos. Eles mataram toda a comitiva, sobrando apenas Úrsula, cuja beleza deixou encantado o próprio Átila. Ele tentou seduzi-la e propôs-lhe casamento. Ela recusou, dizendo que já era esposa do mais poderoso de todos os reis da Terra, Jesus Cristo. Átila, enfurecido, degolou pessoalmente a jovem no dia 21 de outubro de 383. Em Colônia, uma Igreja guarda o túmulo de Santa Úrsula e suas companheiras.

Durante a Idade Média, a italiana Ângela de Mérici fundou a Companhia de Santa Úrsula com o objetivo de dar formação cristã às meninas. Seu projeto foi que essas futuras mamães seriam multiplicadoras do Evangelho, catequizando seus próprios filhos. Foi um avanço, tendo em vista que, nesta época, a preocupação com a educação era voltada apenas para os homens. Segundo a fundadora, o nome da ordem surgiu de uma visão que ela teve.

Atualmente, as Irmãs Ursulinas, como são chamadas as filhas de Santa Ângela, estão presentes nos cinco continentes, mantendo acesas as memórias de Santa Ângela e Santa Úrsula.

Santa Úrsula, rogai por nós!

Meditação

- por Pe. Alexandre

Até o último centavo! (Lc 12,54-59)

 

É mais fácil predizer as alterações climáticas que discernir os “sinais dos tempos”. Se sopra o Austro, fará calor. Se há nuvens negras, logo choverá. Mas e os outros sinais? Os contemporâneos de Jesus conheciam muito bem as profecias antigas, que anunciavam o Messias e os sinais que iriam acompanhá-lo. Na sinagoga de Nazaré, Jesus fez uma lista deles (cf. Lc 4,18-19). Quando os discípulos de João foram enviados a Jesus, voltaram com um recado que citava os mesmos sinais (cf. Mt 11,4): “Cegos veem, coxos andam, leprosos são limpos, surdos ouvem, mortos ressuscitam e pobres são evangelizados.”

Jesus ainda lhes daria um “sinal”: o sinal de Jonas, aludindo à sua própria ressurreição. Após três dias no fundo do oceano, lugar dos mortos, devorado por um grande peixe, o profeta foi devolvido à vida. Também Jesus ressuscitaria ao terceiro dia. Mas todos os sinais seriam inúteis, pois não foram reconhecidos…

Todos esses milagres – suficientes para demonstrar a divindade de Jesus, que serenou a tempestade, mudou água em vinho, chamou Lázaro de volta à vida… – não bastaram para os homens do Templo e os poderosos de Israel. Corações fechados, conspiraram contra Jesus e o levaram à morte. Hoje, a situação permanece a mesma. Muitos se fecham ao anúncio da Boa Nova e à mensagem do amor de Deus. Em maio de 2005, estive na Universidade de Viçosa, MG, para uma palestra sobre Fé e Razão. Entre os presentes, havia um grupo de estudantes que se dedicam a aprofundar-se no ateísmo. Pretendem, mesmo, que se possa viver um “ateísmo científico”, como se Deus estivesse ao alcance de telescópios e microscópios…

O Concílio ensina: “Sem dúvida, não estão imunes de culpa todos aqueles que procuram voluntariamente expulsar Deus do seu coração e evitar os problemas religiosos, não seguindo o ditame da própria consciência; mas os próprios crentes, muitas vezes, têm responsabilidade neste ponto. Com efeito, o ateísmo, considerado no seu conjunto, não é um fenômeno ordinário, antes resulta de várias causas, entre as quais se conta também a reação crítica contra as religiões e, nalguns países, principalmente contra a religião cristã.” (GS, 19.)

Se os cristãos fossem mais humildes e prestativos, mais caridosos e mais simples, certamente iriam favorecer o reconhecimento de Jesus como nosso Salvador. Somos todos responsáveis. Se ignoramos os sinais de Deus, acabaremos em dificuldades, pois seremos cobrados até o último centavo

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