22 de Maio de 2021

7a Semana da Páscoa -Sábado

- por Pe. Alexandre

SABADO – VII SEMANA DA PÁSCOA
(branco, pref. da Ascensão – ofício do dia)

 

Antífona da entrada

 

– Os discípulos unidos perseveravam em oração com algumas mulheres, entre as quais Maria, a mãe de Jesus, e os irmãos dele, aleluia! (Lc 4,18)

 

Oração do dia

 

– Concedei-nos, Deus todo poderoso, conservar sempre em nossa vida e nossas ações a alegria das festas pascais que estamos para encerrar. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: At 28, 16-20.30-31

– Leitura dos Atos dos Apóstolos: 16Quando entramos em Roma, Paulo recebeu permissão para morar em casa particular, com um soldado que o vigiava. 17Três dias depois, Paulo convocou os líderes dos judeus. Quando estavam reunidos, falou-lhes: “Irmãos, eu não fiz nada contra o nosso povo, nem contra as tradições de nossos antepassados. No entanto, vim de Jerusalém como prisioneiro e assim fui entregue às mãos dos romanos. 18Interrogado por eles no tribunal e não havendo nada em mim que merecesse a morte, eles queriam me soltar. 19Mas os judeus se opuseram e eu fui obrigado a apelar para César, sem nenhuma intenção de acusar minha nação. 20É por isso que eu pedi para ver-vos e falar-vos, pois estou carregando estas algemas exatamente por causa da esperança de Israel”.
30Paulo morou dois anos numa casa alugada. Ele recebia todos os que o procuravam, 31pregando o Reino de Deus. Com toda a coragem e sem obstáculos, ele ensinava as coisas que se referiam ao Senhor Jesus Cristo.

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 11,4.5.7 (R: 7b)

 

– Ó Senhor, quem tem reto coração há de ver a vossa face.
R: Ó Senhor, quem tem reto coração há de ver a vossa face.

– Deus está no templo santo, e no céu tem o seu trono; volta os olhos para o mundo, seu olhar penetra os homens.

R: Ó Senhor, quem tem reto coração há de ver a vossa face.

– Examina o justo e o ímpio, e detesta o que ama o mal. Porque justo é nosso Deus, o Senhor ama a justiça. Quem tem reto coração há de ver a sua face.

R: Ó Senhor, quem tem reto coração há de ver a vossa face.

 

Aclamação ao santo Evangelho.

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

– Eu hei de enviar-vos o Espírito da verdade; ele vos conduzirá a toda a verdade (Jo 16,7.13)

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo João: Jo 21,20-25

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João.

– Glória a vós, Senhor!

 

– Naquele tempo, 20Pedro virou-se e viu atrás de si aquele outro discípulo que Jesus amava, o mesmo que se reclinara sobre o peito de Jesus durante a ceia e lhe perguntara: “Senhor, quem é que te vai entregar? ” 21Quando Pedro viu aquele discípulo, perguntou a Jesus: “Senhor, o que vai ser deste? ” 22Jesus respondeu: “Se eu quero que ele permaneça até que eu venha, que te importa isso? Tu, segue-me!” 23Então, correu entre os discípulos a notícia de que aquele discípulo não morreria. Jesus não disse que ele não morreria, mas apenas: “Se eu quero que ele permaneça até que eu venha, que te importa?” 24Este é o discípulo que dá testemunho dessas coisas e que as escreveu; e sabemos que o seu testemunho é verdadeiro. 25Jesus fez ainda muitas outras coisas, mas, se fossem escritas todas, penso que não caberiam no mundo os livros que deveriam ser escritos.

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!

Santa Rita de Cássia

- por Pe. Alexandre

Nasceu na Itália, em Cássia, no ano de 1381. Seu grande desejo era consagrar-se à vida religiosa. Mas, segundo os costumes de seu tempo, ela foi entregue em matrimônio para Paulo Ferdinando.

Tiveram dois filhos, e ela buscou educá-los na fé e no amor. Porém, eles foram influenciados pelo pai que, antes de se casar, se apresentava com uma boa índole mas depois se mostrou fanfarrão, traidor, entregue aos vícios, e seus filhos o acompanharam.

Rita, então, chorava, orava, intercedia e sempre dava bom exemplo a eles. E passou por um grande sofrimento ao ter o marido assassinado e, depois, ao descobrir que os dois filhos pensavam em vingar a morte do pai. Com um amor heroico por suas almas, ela suplicou a Deus que os levasse antes que cometessem esse grave pecado. Pouco tempo mais tarde, os dois rapazes morreram depois de preparar-se para o encontro com Deus.

Sem o marido e filhos, Santa Rita entregou-se à oração, penitência e obras de caridade e tentou ser admitida no Convento Agostiniano em Cássia, fato que foi recusado no início. No entanto, ela não desistiu e manteve-se em oração, pedindo a intercessão de seus três santos patronos – São João Batista, Santo Agostinho e São Nicolas de Tolentino – e milagrosamente foi aceita no convento. Isso aconteceu por volta de 1441.

Seu refúgio era Jesus Cristo. A santa de hoje viveu os impossíveis de sua vida se refugiando no Senhor. Rita quis ser religiosa. Já era uma esposa santa, tornou-se uma viúva santa e depois uma religiosa exemplar. Ela recebeu um estigma na testa, que a fez sofrer muito devido à humilhação que sentia, pois cheirava mal e incomodava os outros. Por isso teve que viver resguardada.

Morreu com 76 anos, após uma dura enfermidade que a fez padecer por 4 anos. Hoje ela intercede pelos impossíveis de nossa vida, pois é conhecida como a “Santa dos Impossíveis”.

Santa Rita de Cássia, rogai por nós!

Meditação

- por Pe. Alexandre

O discípulo que Jesus amava… (Jo 21,20-25)

 

Deus tem preferências afetivas? O Senhor faz acepção de pessoas? Claro que não! Seu amor por todos aparece em várias passagens da Escritura (cf. Dt 10,17; Jó 34,19; At 10,34 et passim). Em sua passagem pela terra, o amor de Jesus por seus discípulos cobria todo o leque heterogêneo que vai de Pedro a Judas Iscariotes, que o traiu.

Como entender, então, que um dos Doze seja assim identificado no Novo Testamento: “aquele que Jesus amava”? Bem, é preciso levar em conta que, segundo a Tradição, João era o mais jovem dos Doze. Sua sensibilidade transparece por todo o 4º Evangelho. Havia uma intimidade especial entre ele e o Mestre, tanto que, na Ceia derradeira, vamos encontrá-lo debruçado ao peito de Jesus (Jo 13,23).

E ninguém pense que se trata de mero idílio romântico. Estamos diante de um amor FIEL! Enquanto os marmanjos traíram Jesus (como Judas), negaram-no (como Pedro) ou simplesmente fugiram apavorados da cena do Calvário (como todos os demais), o jovem João estava ao lado de Maria, aos pés da Cruz. Não admira que tenha sido exatamente João o premiado com a “herança” amorosa de Jesus: sua Mãe! E, como registra o Evangelho, “daquela hora em diante, o discípulo a levou entre as coisas de sua propriedade” … (Jo 19,25-27)

Sim, Deus não faz acepção de pessoas. Deus ama a todos. Mas o Senhor sabe muito bem de que forma e em que grau nós correspondemos ao seu amor. Se Francisco percorria as ruas de Assis a clamar: “O Amor não é amado!”, o Apóstolo João encarna a Igreja fiel que segue os passos de seu Mestre até o fim, sem dar as costas à cruz.

O Amor é ágil, antecipa-se à Lei. Supera a letra fria de suas exigências. Por isso mesmo, na manhã da Ressurreição, João corre mais que Pedro e é o primeiro a chegar ao túmulo vazio. E ainda que esperasse respeitosamente e desse a Pedro a primazia para entrar na caverna, é ele – João – quem vê e crê (cf. Jo 20,8). Como se lê em nota da Bíblia TEB – Tradução Ecumênica da Bíblia, “João penetra mais profundamente nas intenções de Jesus”, oferecendo-nos um modelo acabado do fiel que adere à missão de Cristo.

 

            Eu também sou um discípulo amado?

 

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