22 de Maio de 2022

6a Semana da Páscoa

- por Pe. Alexandre

DOMINGO – VI SEMANA DA PÁSCOA

(branco, glória, creio, II semana do saltério)

 

Antífona da entrada

 

– Anunciai com gritos de alegria, proclamai até os extremos da terra: o Senhor libertou o seu povo, aleluia!  (Is 48,20).

 

Oração do dia

 

– Deus todo-poderoso, dai-nos celebrar com fervor estes dias de júbilo em honra de Cristo ressuscitado, para que nossa vida corresponda sempre aos mistérios que recordamos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: At 15,1-2.22-29

 

– Leitura dos Atos dos Apóstolos: Naqueles dias, 1chegaram alguns da Judeia e ensinavam aos irmãos de Antioquia, dizendo: “Vós não podereis salvar-vos, se não fordes circuncidados, como ordena a Lei de Moisés”. 2Isto provocou muita confusão, e houve uma grande discussão de Paulo e Barnabé com eles. Finalmente, decidiram que Paulo, Barnabé e alguns outros fossem a Jerusalém, para tratar dessa questão com os apóstolos e os anciãos. 22Então os apóstolos e os anciãos, de acordo com toda a comunidade de Jerusalém, resolveram escolher alguns da comunidade para mandá-los a Antioquia, com Paulo e Barnabé. Escolheram Judas, chamado Bársabas, e Silas, que eram muito respeitados pelos irmãos. 23Através deles enviaram a seguinte carta: “Nós, os apóstolos e os anciãos, vossos irmãos, saudamos os irmãos vindos do paganismo e que estão em Antioquia e nas regiões da Síria e da Cilícia. 24Ficamos sabendo que alguns dos nossos causaram perturbações com palavras que transtornaram vosso espírito. Eles não foram enviados por nós.
25Então decidimos, de comum acordo, escolher alguns representantes e mandá-los até vós, junto com nossos queridos irmãos Barnabé e Paulo, 26homens que arriscaram suas vidas pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo. 27Por isso, estamos enviando Judas e Silas, que pessoalmente vos transmitirão a mesma mensagem. 28Porque decidimos, o Espírito Santo e nós, não vos impor nenhum fardo, além destas coisas indispensáveis: 29abster-se de carnes sacrificadas aos ídolos, do sangue, das carnes de animais sufocados e das uniões ilegítimas. Vós fareis bem se evitardes essas coisas. Saudações!”

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 67,2-3.5.6.8 (R: 4)

 

– Que as nações vos glorifiquem, ó Senhor, que todas as nações vos glorifiquem!
R: Que as nações vos glorifiquem, ó Senhor, que todas as nações vos glorifiquem!

– Que Deus nos dê a sua graça e sua bênção, e sua face resplandeça sobre nós! Que na terra se conheça o seu caminho e a sua salvação por entre os povos.

R: Que as nações vos glorifiquem, ó Senhor, que todas as nações vos glorifiquem!

– Exulte de alegria a terra inteira, pois julgais o universo com justiça; os povos governais com retidão, e guiais, em toda a terra, as nações.

R: Que as nações vos glorifiquem, ó Senhor, que todas as nações vos glorifiquem!

– Que as nações vos glorifiquem, ó Senhor, que todas as nações vos glorifiquem! Que o Senhor e nosso Deus nos abençoem, e o respeitem os confins de toda a terra!

R: Que as nações vos glorifiquem, ó Senhor, que todas as nações vos glorifiquem!

2ª Leitura: Ap 21,10-14.22-23

 

– Leitura do livro do Apocalipse de são João: 10Um anjo me levou em espírito a uma montanha grande e alta. Mostrou-me a cidade santa, Jerusalém, descendo do céu, de junto de Deus, 11brilhando com a glória de Deus. Seu brilho era como o de uma pedra preciosíssima, como o brilho de jaspe cristalino. 12Estava cercada por uma muralha maciça e alta, com doze portas. Sobre as portas estavam doze anjos, e nas portas estavam escritos os nomes das doze tribos de Israel. 13Havia três portas do lado do oriente, três portas do lado norte, três portas do lado sul e três portas do lado do ocidente.
14A muralha da cidade tinha doze alicerces, e sobre eles estavam escritos os nomes dos doze apóstolos do Cordeiro. 22Não vi templo na cidade, pois o seu Templo é o próprio Senhor, o Deus Todo-poderoso, e o Cordeiro. 23A cidade não precisa de sol nem de lua que a iluminem, pois a glória de Deus é a sua luz, e a sua lâmpada é o Cordeiro.

– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.

 

Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

– Quem me ama realmente guardará minha palavra, e meu Pai o amará, e a ele nós viremos (Jo 14,23).

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo João: Jo 14,23-29

 

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João

– Glória a vós, Senhor!  

 

– Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 23“Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e o meu Pai o amará, e nós viremos e faremos nele a nossa morada. 24Quem não me ama, não guarda a minha palavra. E a palavra que escutais não é minha, mas do Pai que me enviou. 25Isso é o que vos disse enquanto estava convosco. 26Mas o Defensor, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, ele vos ensinará tudo e vos recordará tudo o que eu vos tenho dito.27Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; mas não a dou como o mundo. Não se perturbe nem se intimide o vosso coração. 28Ouvistes o que eu vos disse: ‘Vou, mas voltarei a vós’. Se me amásseis, ficaríeis alegres porque vou para o Pai, pois o Pai é maior do que eu. 29Disse-vos isso, agora, antes que aconteça, para que, quando acontecer, vós acrediteis”.

 

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!  

Santa Rita de Cássia

- por Pe. Alexandre

Filha única de Antonio Lotti e Amata Ferri, nasceu em Roccaporena, a 5 km de Cássia, no ano de 1381, e foi batizada com o nome de Margherita (Margarida em latim que significa pérola ou pedra preciosa). Seus pais eram ‘pacificadores de Cristo’ nas lutas políticas e familiares entre os Guelfi e os Ghibelini. Deram o melhor de si mesmo na educação de Rita, ensinando-a inclusive a ler e escrever.

Seu grande desejo era consagrar-se à vida religiosa. Mas, segundo os costumes de seu tempo, ela foi entregue em matrimônio aos 16 anos para Paulo Ferdinando Mancini, um jovem de boas intenções, mas vingativo. Tiveram dois filhos, e ela buscou educá-los na fé e no amor.

Com uma vida simples, rica de oração e de virtudes, toda dedicada à família, ela ajudou o marido a converter-se e a levar uma vida honesta e laboriosa. Sua existência de esposa e mãe foi abalada pelo assassinato do marido, vítima do ódio entre facções.

Rita conseguiu ser coerente com o Evangelho perdoando plenamente todos aqueles que lhe causaram tanta dor. Os filhos, ao contrário, influenciados pelo ambiente e pelos parentes, eram inclinados à vingança. Com um amor heroico por suas almas, ela suplicou a Deus que os levasse antes que cometessem um grave pecado. Ambos, ainda jovens, vieram a falecer em consequência de doenças naturais.

Sem o marido e os filhos, Santa Rita entregou-se à oração, penitência e às obras de caridade. Ela também tentou ser admitida no Convento Agostiniano em Cássia, fato que foi recusado no início. No entanto, não desistiu e manteve-se em oração, pedindo a intercessão de seus três santos patronos – São João Batista, Santo Agostinho e São Nicolas de Tolentino – e milagrosamente foi aceita no convento. Isso aconteceu por volta de 1441.

Seu refúgio era Jesus Cristo. A santa de hoje viveu os impossíveis de sua vida se refugiando no Senhor. Rita quis ser religiosa. Já era uma esposa santa, tornou-se uma viúva santa e, depois, uma religiosa exemplar. Ela recebeu um estigma na testa, que a fez sofrer muito devido à humilhação que sentia, pois cheirava mal e incomodava os outros. Por isso, teve que viver resguardada.

Morreu no ano de 1457 com 76 anos, após uma dura enfermidade que a fez padecer por quatro anos. Foi venerada como santa, imediatamente após a sua morte, como atestam o sarcófago e o Códex miraculorum, ambos documentos de 1457-1462. Seus ossos, desde 18 de maio de 1947, repousam no Santuário, em uma urna de prata e cristal fabricada em 1930.

Hoje, ela intercede pelos impossíveis de nossa vida, pois é conhecida como a “Santa dos Impossíveis”.

Santa Rita de Cássia, rogai por nós!

Meditaçao

- por Pe. Alexandre

Fiel à minha palavra… (Jo 14,23-29)

 

O clima é de despedida: “Estou de partida para o Pai…” Mas esta “separação” não significa abandono, nem solidão: “Nós viremos… nós vamos permanecer…” Estamos, pois, diante de uma nova maneira de “permanecer”: a fidelidade à Palavra de Deus.

 

Por um tempo considerável – quase três anos – os discípulos experimentaram a “presença” de Jesus no meio deles, ouvindo suas palavras e contemplando seus gestos de salvação. Este tempo chega ao fim. Cumprida a sua missão – dar a vida pelos homens – Jesus Cristo volta ao seio da Trindade. É chegada a hora de experimentar, no Espírito Santo, outra forma da “presença” do Verbo-Palavra entre os homens.

 

O monge André Louf, da abadia de Mont-des-Cats, comenta: “Jesus afasta seus temores de serem deixados sozinhos ou órfãos, para tornar possível uma presença de outra ordem. Uma presença que os dominará ainda mais do que o teria feito a amizade de Jesus, corporalmente presente ao lado deles. Uma presença que os invadirá por inteiro, até o mais profundo de seu ser. E presença não só de Jesus, mas do Pai e do Filho juntos, e ainda mais, um investimento assumido pelo Espírito Santo.”.

 

Claro, Jesus está dizendo que aos discípulos não faltará a sua Palavra; uma vez ouvida e acolhida, ela fará coisas admiráveis, pois tem o potencial de lhes devolver na hora o próprio Senhor Jesus, e de maneira ainda mais eficiente do que quando ele palmilhava os trilhos da Galileia. Sem os limites corporais, a Palavra do Mestre estará em toda parte onde for anunciada.

 

André Louf reflete: “A Palavra em nosso coração é doravante a nova permanência de Deus entre os homens, bem perto de nós, no interior de nós, lá onde a Palavra é depositada no mais secreto de nós mesmos; ali onde ela pode ser despertada em nós pelo Espírito Santo. É que a Palavra de Deus, hoje, não são apenas as palavras que Jesus pronunciou outrora, materialmente; são as mesmas palavras, mas do modo como o Espírito Santo as lembra para nós a cada instante”.

 

Cada vez que o discípulo de hoje abre o Livro Sagrado, cada vez que ele folheia as páginas do Evangelho, abre-se uma via de comunicação única, pois a Palavra se faz pessoal, intransferível, dirigida diretamente a um coração humano. Nesse momento, o Espírito de Deus – que sonda os corações – aplica à realidade individual a mensagem de um Pai que se revela aos filhos.

Utilizamos seus dados para analisar e personalizar nossos conteúdos e anúncios durante a sua navegação em nossa plataforma e em serviços de terceiros parceiros. Ao navegar pelo nosso site, você nos autoriza a coletar tais informações e utilizá-las para estas finalidades. Em caso de dúvidas, acesse nossa Política de Privacidade.