23 de Dezembro de 2020

4a semana do Advento - Ano B. Quarta-feira

- por Pe. Alexandre

QUARTA FEIRA DA IV SEMANA DO ADVENTO
(roxo, pref. do Advento II – ofício do dia)
 

Antífona da entrada

– Nascerá para nós um pequenino: ele será chamado Deus e forte; nele serão abençoados todos os povos da terra (Is 9,6; Sl 71,17)

 

Oração do dia

 

– Deus eterno e todo-poderoso, ao aproximar-nos do natal do vosso Filho, concedei-nos obter a misericórdia do Verbo, que encarnou no seio da Virgem e quis viver entre nós. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: Ml 3,1-4.23-24

 

– Leitura da profecia de Malaquias- Assim fala o Senhor Deus: 1Eis que envio meu anjo, e ele há de preparar o caminho para mim; logo chegará ao seu templo o Dominador, que tentais encontrar, e o anjo da aliança, que desejais. Ei-lo que vem, diz o Senhor dos exércitos; 2e quem poderá fazer-lhe frente, no dia de sua chegada? E quem poderá resistir-lhe, quando ele aparecer? Ele é como o fogo da forja e como a barrela dos lavadeiros; 3e estará a postos, como para fazer derreter e purificar a prata: assim ele purificará os filhos de Levi e os refinará como ouro e como prata, e eles poderão assim fazer oferendas justas ao Senhor. 4Será então aceitável ao Senhor a oblação de Judá e de Jerusalém, como nos primeiros tempos e nos anos antigos. 23Eis que eu vos enviarei o profeta Elias, antes que venha o dia do Senhor, dia grande e terrível; 24o coração dos pais há de voltar-se para os filhos, e o coração dos filhos para seus pais, para que eu não intervenha, ferindo de maldição a vossa terra.’

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 25, 4-5ab.8-10.14 (R: Lc21,28)

 

– Levantai vossa cabeça e olhai, pois, a vossa redenção se aproxima!

R: Levantai vossa cabeça e olhai, pois, a vossa redenção se aproxima!

– Mostrai-me, ó Senhor, vossos caminhos, e fazei-me conhecer a vossa estrada! Vossa verdade me oriente e me conduza, porque sois o Deus da minha salvação!
R: Levantai vossa cabeça e olhai, pois, a vossa redenção se aproxima!

– O Senhor é piedade e retidão, e reconduz ao bom caminho os pecadores. Ele dirige os humildes na justiça, e aos pobres ele ensina o seu caminho.
R: Levantai vossa cabeça e olhai, pois, a vossa redenção se aproxima!

– Verdade e amor são os caminhos do Senhor para quem guarda sua Aliança e seus preceitos. O Senhor se torna íntimo aos que o temem e lhes dá a conhecer sua Aliança.

R: Levantai vossa cabeça e olhai, pois, a vossa redenção se aproxima!

 

Aclamação ao santo Evangelho.

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

– Ó rei e Senhor das nações e pedra angular da Igreja, vinde salvar a mulher e o homem, que, um dia, formastes do barro.

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho: de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 1,57-66

 

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas.

– Glória a vós, Senhor!

 

57Completou-se o tempo da gravidez de Isabel, e ela deu à luz um filho. 58Os vizinhos e parentes ouviram dizer como o Senhor tinha sido misericordioso para com Isabel, e alegraram-se com ela. 59No oitavo dia, foram circuncidar o menino, e queriam dar-lhe o nome de seu pai, Zacarias. 60A mãe, porém disse:
‘Não! Ele vai chamar-se João.’ 61Os outros disseram: ‘Não existe nenhum parente teu com esse nome!’ 62Então fizeram sinais ao pai, perguntando como ele queria que o menino se chamasse. 63Zacarias pediu uma tabuinha, e escreveu: ‘João é o seu nome.’ 64No mesmo instante, a boca de Zacarias se abriu, sua língua se soltou, e ele começou a louvar a Deus. 65Todos os vizinhos ficaram com medo, e a notícia espalhou-se por toda a região montanhosa da Judéia. 66E todos os que ouviam a notícia, ficavam pensando: ‘O que virá a ser este menino?‘ De fato, a mão do Senhor estava com ele.

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!

 

São Joao Cancio

- por Pe. Alexandre

Em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo. Amém.

Hoje a Igreja celebra a memória de São João Câncio. São João Câncio nasceu em 23 de junho de 1390, na Cracóvia. Entre as obras realizadas por ele, esta a celebre Universidade de Cracóvia.  Lá, conquistou todos os graus acadêmicos e lecionou em sua principal universidade até morrer. A grande preocupação de seu magistério era transmitir aos alunos os conhecimentos não à luz de uma ciência fria e anônima, mas como irradiação da ciência suprema que tem sua fonte em Deus.

Foi ordenado sacerdote e obteve a cátedra universitária no momento em que a controvérsia hussita se tornava mais acesa. João discutiu com vários opositores, recebendo nesta disputas mais insultos que argumentações objetivas. Quando a sua humildade e a sua paciência eram postas a prova, sem perder a costumeira serenidade de espírito, se limitava a responder: “Graças a Deus!”

Mesmo depois de ordenar-se sacerdote, continuou a cultivar a ciência, ao mesmo tempo que fazia seu trabalho pastoral como vigário de uma paróquia. Homem de profunda vida interior, jejuava e se penitenciava semanalmente, ao mesmo tempo que espalhava o amor pelo próximo entre os estudantes e os pobres da cidade.

Há um exemplo claro de sua personalidade em sua biografia, que remonta às inúmeras peregrinações e romarias aos túmulos dos mártires em Roma, bem como aos lugares santos da Palestina. Numa dessas incontáveis viagens, foi assaltado. Os bandidos exigiram que João Câncio lhes desse tudo que tinha, depois perguntaram ainda se não estava escondendo mais nada. Ele afirmou que não.

Depois que os ladrões partiram, ele se lembrou de que ainda tinha algumas moedas no forro do manto. Achou-as, correu atrás dos bandidos, deu a eles as moedas e ainda pediu desculpa pelo esquecimento.

Anos depois, ao perceber a proximidade da morte, distribuiu os poucos bens que possuía aos pobres, falecendo às vésperas do Natal de 1473. Foi canonizado pelo Papa Clemente II em 1767.

Para homenagear o “professor santo”, que foi modelo para gerações inteiras de religiosos, o papa João Paulo II foi à Polônia em 1979. Na ocasião, consagrou uma capela em memória do padroeiro da Polônia, São João Câncio, na igreja de São Floriano.

São João Cancio, rogai por nós.

Benção final.

 

Meditação

- por Pe. Alexandre

Que vai ser este menino? (Lc 1,57-66)

 

O menino é João, o Batizador. O espanto geral com seu nascimento brota principalmente do fato de Isabel, a mãe, ser uma velha que por muitos anos viveu a humilhação da esterilidade. Só uma intervenção direta de Deus tornou possível a vida nova. Daí o nome da criança: João – isto é, “Deus me agraciou”.

 

Some-se a isto a mudez de Zacarias, o pai, desde a visão do anjo no Templo, e a recuperação da voz com o nascimento do menino. O inesperado e a surpresa arregalaram os olhos de muita gente em Ein Karim… Daí, a pergunta que se repetia: “Que vai ser este menino?”

 

Pensando bem, esta mesma pergunta devia ser ruminada pelos pais a cada nascimento. Repetido o milagre (pena que a gente se acostume com milagres repetidos!) da fecundação, da gestação e do nascimento, contemplando o menino no berço, os pais deviam se interrogar sobre o futuro da criança. Melhor: deviam buscar intimamente os desígnios de Deus para o filho que lhes foi dado.

Afinal, ninguém vem a este planeta sem o toque do dedo de Deus. E ninguém chega até esta nave provisória sem uma missão específica, uma tarefa pessoal e intransferível, como os convites de baile de antigamente: “pessoal e intransferível”. Se a criança nasceu, cabe a ela um papel no drama da humanidade. E os pais são os primeiros coadjuvantes na descoberta desse papel.

Não seria esta a melhor definição para “educação”? Fazer vir à tona, à superfície do EU, a missão confiada à criança que chegou? Quando falhamos nesta coparticipação, aumentamos a possibilidade de desvios e fracassos.

Não existem crianças “comuns”. Um novo filho não é “mais um”. O mistério oculto no fundo do novo ser devia arregalar nossos olhos a cada nascimento. Diante da vida nova, é urgente fazer a pergunta das aldeias próximas de Jerusalém: “Que vai ser este menino?”

No caso de João Batista, nascia um profeta. Uma voz para clamar no deserto dos homens. Aquele que correria na frente – o pré-cursor – do Messias que se aproximava. Curtido pelo sol do deserto e inspirado pelo Vento das montanhas, João iria abalar o seu tempo, mesmo ao preço da própria vida.

            No nosso caso, qual será a nossa missão? De que modo deveríamos abalar a nossa geração? Qual a tarefa pessoal que nos foi designada?

 

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