23 de Maio de 2019

5ª Semana da Páscoa - Quinta-feira

- por Padre Alexandre Fernandes

 

QUINTA FEIRA – V SEMANA DA PÁSCOA

(Branco, ofício DO DIA)

 

Antífona da entrada

 

– Cantemos ao Senhor: ele se cobriu de glória. O Senhor é a minha força e o meu cântico: foi para mim a salvação, aleluia!  (Ex 15,1)

 

Oração do dia

 

– Ó Deus, vossa graça nos santificou quando éramos pecadores e nos deu a felicidade quando infelizes. Vinde em socorro das vossas criaturas e sustentai-nos com vossos dons, para que não falte a força da perseverança àqueles a quem destes a graça da fé. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: At 15,7-21

 

– Leitura dos Atos dos Apóstolos: Naqueles dias, 7depois de longa discussão, Pedro levantou-se e falou aos apóstolos e anciãos: “Irmãos, vós sabeis que, desde os primeiros dias, Deus me escolheu, do vosso meio, para que os pagãos ouvissem de minha boca a palavra do Evangelho e acreditassem. 8Ora, Deus, que conhece os corações, testemunhou a favor deles, dando-lhes o Espírito Santo como o deu a nós. 9E não fez nenhuma distinção entre nós e eles, purificando o coração deles mediante a fé. 10Então, por que vós agora pondes Deus à prova, querendo impor aos discípulos um jugo que nem nossos pais nem nós mesmos tivemos força para suportar? 11Ao contrário, é pela graça do Senhor Jesus que acreditamos ser salvos, exatamente como eles”.
12Houve então um grande silêncio em toda a assembleia. Depois disso, ouviram Barnabé e Paulo contar todos os sinais e prodígios que Deus havia realizado, por meio deles, entre os pagãos. 13Quando Barnabé e Paulo terminaram de falar, Tiago tomou a palavra e disse: “Irmãos, ouvi-me: 14Simão acaba de nos lembrar como, desde o começo, Deus se dignou tomar homens das nações pagãs para formar um povo dedicado ao seu Nome. 15Isso concorda com as palavras dos profetas, pois está escrito: 16“Depois disso, eu voltarei e reconstruirei a tenda de Davi que havia caído; reconstruirei as ruínas que ficaram e a reerguerei, 17a fim de que o resto dos homens procure o Senhor com todas as nações que foram consagradas ao meu Nome. É o que diz o Senhor, que fez estas coisas, 18conhecidas há muito tempo’. 19Por isso, sou do parecer que devemos parar de importunar os pagãos que se convertem a Deus. 20Vamos somente prescrever que eles evitem o que está contaminado pelos ídolos, as uniões ilegítimas, comer carne de animal sufocado e o uso do sangue. 21Com efeito, desde os tempos antigos, em cada cidade, Moisés tem os seus pregadores, que lêem todos os sábados nas sinagogas”.

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 96,1-2a.2b-3.10 (R: 3)

 

– Anunciai as maravilhas do Senhor entre todas as nações.
R: Anunciai as maravilhas do Senhor entre todas as nações.

– Cantai ao Senhor Deus um canto novo, cantai ao Senhor Deus, ó terra inteira! cantai e bendizei seu santo nome!

R: Anunciai as maravilhas do Senhor entre todas as nações.

– Dia após dia anunciai sua salvação, manifestai a sua glória entre as nações, e entre os povos do universo seus prodígios!

R: Anunciai as maravilhas do Senhor entre todas as nações.

– Publicai entre as nações: “Reina o Senhor!” Ele firmou o universo inabalável pois os povos ele julga com justiça.

R: Anunciai as maravilhas do Senhor entre todas as nações.
 

Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

– Minhas ovelhas escutam minha voz, minha voz estão elas a escutar; eu conheço então, minhas ovelhas, que me seguem, comigo a caminhar (Jo 10,27).

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo João: Jo 15,9-11

 

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João

– Glória a vós, Senhor!  

 

Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 9“Como meu Pai me amou, assim também eu vos amei. Permanecei no meu amor. 10Se guardardes os meus mandamentos, permanecereis no meu amor, assim como eu guardei os mandamentos do meu Pai e permaneço no seu amor. 11Eu vos disse isto, para que a minha alegria esteja em vós e a vossa alegria seja plena”.

 

Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!  

São João Batista de Rossi

- por Padre Alexandre Fernandes

João Batista de Rossi nasceu no dia 22 de fevereiro de 1698, em Voltagio, na província de Gênova, Itália.

Aos dez anos, foi trabalhar para uma família muito rica em Gênova como pajem, para poder estudar e manter-se. Três anos depois, transferiu-se, definitivamente, para Roma, morando na casa de um primo que já era sacerdote e estudando no Colégio Romano dos jesuítas.

Lá se doutorou em filosofia, convivendo com os melhores e mais preparados de sua geração de clérigos. Depois, os cursos de teologia ele concluiu com os dominicanos de Minerva. 
 

A todo esse esforço intelectual João Batista acrescentava uma excessiva carga de atividade evangelizadora, mesmo antes de ser ordenado sacerdote, junto aos jovens e às pessoas abandonadas e pobres. Com isso, teve um esgotamento físico e psicológico tão intenso que desencadearam os ataques epiléticos e uma grave doença nos olhos.

 Nunca mais se recuperou e teve de conviver com essa situação o resto da vida. Contudo ele nunca deixou de praticar a penitência, concentrada na pouca alimentação, minando ainda mais seu frágil organismo. 
 

Recebeu a unção sacerdotal em 1721. Nessa ocasião, devido à experiência adquirida na direção dos grupos de estudantes, decidiu fundar a Pia União de Sacerdotes Seculares, que dirigiu durante alguns anos. Por lá, até o final de 1935, passaram ilustres personalidades do clero romano, alguns mais tarde a Igreja canonizou e outros foram eleitos para dirigi-la. 
 

Entretanto João Batista queria uma obra mais completa, por isso fundou e também dirigiu a Casa de Santa Gala, para rapazes carentes, e a Casa de São Luiz Gonzaga, para moças carentes. Aliás, esse era seu santo preferido e exemplo que seguia no seu apostolado. 
 

O seu rebanho eram os mais pobres, doentes, encarcerados e pecadores. Tinha o dom do conselho, era atencioso e paciente com todos os fiéis, que formavam filas para se confessarem com ele. O tom de consolação, exortação e orientação com que tratava seus penitentes atraía cristãos de toda a cidade e de outras vizinhanças. João Batista era incansável, dirigia tudo com doçura e firmeza, e onde houvesse necessidade de algum socorro ali estava ele levando seu fervor e força espiritual. 
 

Quando seu primo cônego morreu, ele foi eleito para sucedê-lo em Santa Maria, em Cosmedin, Roma. Mas acabou sendo dispensado da obrigação do coro para poder dedicar-se com maior autonomia aos seus compromissos apostólicos. 
 

Aos sessenta e seis anos de idade, a doença finalmente o venceu e ele morreu no dia 23 de maio de 1764, tão pobre que seu enterro foi custeado pela caridade dos devotos.

 

João Batista de Rossi foi canonizado pelo papa Leão XIII em 1881, que marcou sua celebração para o dia de sua morte.

FONTE: DERRADEIRAS GRAÇAS

Meditação

- por Padre Alexandre Fernandes

Como eu vos amei… (Jo 15,12-17)

 

            Amar não é fácil. Já que o amor não consiste em usar o outro para meu prazer… Nem ser o centro das atenções de alguém… Nem experimentar arrepios e devaneios românticos…

 

            Amar não é fácil, pois a natureza humana degenerada pelo pecado é incapaz do verdadeiro amor se não for regenerada pela Graça divina. Entregue a mim mesmo, sem a Graça, eu sou o lobo do homem…

 

            Ora, não bastasse esta dificuldade “natural” nos indivíduos de uma raça ferida, vem o Senhor Jesus e nos espreme contra a parede com um imperativo extremo: “Amai-vos uns aos outros… COMO EU vos amei”! E COMO foi que Jesus nos amou?

 

            – Até a morte. E morte de cruz!

 

            No capítulo 13 de seu Evangelho, o discípulo amado anotou que, tendo chegado a hora de Jesus passar para o Pai, “tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim”. (Jo 13,1)

 

            Até o fim? Esta cláusula pode ser entendida em sua dimensão temporal, mas expressa também a plenitude máxima da capacidade de amar. Isto é, Jesus não teve meias-medidas em seu amor. Não estabeleceu condições para amar. Não manteve uma área de reserva pessoal. Não amou à espera de alguma contrapartida.

 

            De fato, o amor de Jesus não se limitou a Maria e José. Seu afeto não estacionou no grupo dos discípulos fiéis, mas incluiu a covarde negação de Pedro e a traição asquerosa de Judas. No momento de sua prisão, Jesus “cola” de novo a orelha de Malco que a espada decepara (cf. Lc 22,50-51; Jo 18,10), beneficiando um de seus perseguidores. Já cravado no madeiro da cruz, Jesus ainda roga ao Pai que perdoe seus carrascos (cf. Lc 23,34).

 

            Lev Gillet põe estas palavras na boca de Cristo, o amoroso: “Meus bem-amados, eu quero revelar-vos minha essência, minha presença, e tornar ativa em vós uma visão de mim mesmo. Eu sou o Amor sem limites. Não conheço limite algum no tempo. Não conheço limite algum no espaço. Não há lugar onde eu não me encontre. Não há momento algum onde eu não exprima o que sou. […] Amados meus, ajustai vossos sentimentos ao sopro, ao toque divino. Sede as cordas vibrantes que transmitem meu Amor sem limites”.

 

            Não admira que Teresa cantasse: “muero porque no muero…”

 

Orai sem cessar: “O amor é forte como a morte!” (Ct 8,6)

Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.

Utilizamos seus dados para analisar e personalizar nossos conteúdos e anúncios durante a sua navegação em nossa plataforma e em serviços de terceiros parceiros. Ao navegar pelo nosso site, você nos autoriza a coletar tais informações e utilizá-las para estas finalidades. Em caso de dúvidas, acesse nossa Política de Privacidade.