23 de Maio de 2022

6a Semana da Páscoa Segunda-feira

- por Pe. Alexandre

SEGUNDA FEIRA DA VI SEMANA DA PÁSCOA

(branco, ofício do dia)

 

Antífona da entrada

 

– Cristo, ressuscitado dos mortos, já não morre; a morte não tem mais poder sobre ele, aleluia!  (Rm 6,9)

 

Oração do dia

 

– Concedei, ó Deus, que vejamos frutificar em toda a nossa vida as graças do mistério pascal, que instituístes na vossa misericórdia. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: At 16,11-15

 

– Leitura dos Atos dos Apóstolos: 11Embarcamos em Trôade e navegamos diretamente para a ilha de Samotrácia. No dia seguinte, ancoramos em Neápolis, 12de onde passamos para Filipos, que é uma das principais cidades da Macedônia, e que tem direitos de colônia romana. Passamos alguns dias nessa cidade. 13No sábado, saímos além da porta da cidade para um lugar junto ao rio, onde nos parecia haver oração. Sentados, começamos a falar com as mulheres que estavam aí reunidas. 14Uma delas chamava-se Lídia; era comerciante de púrpura, da cidade de Tiatira. Lídia acreditava em Deus e escutava com atenção. O Senhor abriu o seu coração para que aceitasse as palavras de Paulo. 15Após ter sido batizada, assim como toda a sua família, ela convidou-nos: “Se vós me considerais uma fiel do Senhor, permanecei em minha casa”. E forçou-nos a aceitar.

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 149,1-2.3-4.5-6a.9b (R: 4a)

 

– O Senhor ama seu povo de verdade.
R: O Senhor ama seu povo de verdade.

– Cantai ao Senhor Deus um canto novo, e o seu louvor na assembléia dos fiéis! Alegre-se Israel em quem o fez, e Sião se rejubile no seu Rei!

R: O Senhor ama seu povo de verdade.

– Com danças glorifiquem o seu nome, toquem harpa e tambor em sua honra! Porque, de fato, o Senhor ama seu povo e coroa com vitória aos seus humildes.

R: O Senhor ama seu povo de verdade.

– Exultem os fiéis por sua glória, e cantando se levantem de seus leitos, com louvores do Senhor em sua boca, eis a glória para todos os seus santos.

R: O Senhor ama seu povo de verdade.

 

Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

– O Espírito Santo, a verdade, dará testemunho de mim; depois, também vós neste mundo, de mim ireis testemunhar (Jo 15,26b.27a)

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo João: Jo 15,26-16,4a

 

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João

– Glória a vós, Senhor!  

 

– Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 26Quando vier o Defensor que eu vos mandarei da parte do Pai, o Espírito da Verdade, que procede do Pai, ele dará testemunho de mim. 27E vós também dareis testemunho, porque estais comigo desde o começo. 16,1Eu vos disse estas coisas para que a vossa fé não seja abalada. 2Expulsar-vos-ão das sinagogas, e virá a hora em que aquele que vos matar julgará estar prestando culto a Deus. 3Agirão assim, porque não conheceram o Pai, nem a mim. 4aEu vos digo isto, para que vos lembreis de que eu o disse, quando chegar a hora”.

 

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!  

São João Batista de Rossi

- por Pe. Alexandre

João Batista de Rossi nasceu em Voltagio, na província de Gênova, Itália, no dia 22 de fevereiro de 1698. Para poder estudar e manter-se, aos dez anos de idade foi trabalhar para uma família muito rica, em Gênova, como pajem. Três anos depois, foi chamado para morar em Roma com seu primo Lourenço Rossi, que já era sacerdote.

Admitido no Colégio Romano dos jesuítas, prosseguiu com êxito nos estudos, se doutorando em filosofia, convivendo com os melhores e mais preparados clérigos de sua geração. Depois, concluiu o curso de teologia com os Dominicanos de Minerva, onde conquistou muitos conhecimentos teológicos que lhe foram precisos para, mais tarde, ser um bom pregador e confessor de almas.

Em 1721 recebeu a unção sacerdotal. Como sacerdote, decidiu fundar a “Pia União de Sacerdotes Seculares”, dirigida por ele durante alguns anos. São João Batista de Rossi, não estava satisfeito e desejava obras mais abundantes. Sendo assim, fundou e dirigiu a Casa de Santa Gala, destinada para homens carentes e, depois, a Casa de São Luiz Gonzaga, para mulheres necessitadas.

Seu santo de devoção era São Luiz Gonzaga, por isso, buscava seguir seu exemplo de vida em sua missão apostólica. Seu objetivo era acolher os mais necessitados, os doentes, encarcerados, pobres e pecadores. Possuía o dom do aconselhamento, era atencioso e paciente com os fiéis. Embora voltado às classes mais baixas da sociedade, não recusava seus serviços à comunidade, dirigia tudo com muita doçura e dedicação. Por este motivo, tornou-se o confessor das Irmãs da Caridade.

Morreu no dia 23 de maio de 1764, com sessenta e seis anos após ser vencido por uma doença. Tão pobre, não tinha dinheiro para pagar pelo funeral, que foi pago graças aos devotos que o amavam e eram gratos a ele. Foi canonizado pelo papa Leão XIII no ano de 1881.

São João Batista de Rossi, rogai por nós!

Meditaçao

- por Pe. Alexandre

Quando vier o Paráclito… (Jo 15,26 – 16,4a)

 

Esta frase de Jesus é uma seta arremessada para o futuro. Desde então, sua Igreja viverá sempre como um arco tenso apontado para o “pleroma”, quando o Universo inteiro será repleto da presença de Deus, sem sombra do erro e do mal.

 

Sem dúvida, Jesus se refere de modo especial à próxima vinda do Espírito Santo, na manhã de Pentecostes, com vento e fogo (cf. At 2), para dar à primeira comunidade cristã o “poder” (cf. At 1,8) que lhe permitirá cumprir sua missão evangelizadora. Basta folhear as páginas do livro dos Atos dos Apóstolos para verificar – não sem uma dose de espanto! – a notável co-operação do Espírito divino com as primeiras testemunhas do Salvador.

 

Mas não se esgota aí o olhar da Igreja para este tempo gravado na promessa: “quando vier o Paráclito”. Se fosse assim, viveríamos apenas do passado. Ao contrário, em cada época, em cada geração, em cada vida humana repete-se a expectativa da mesma “Vinda” do Espírito. Aqui e ali, registram-se reavivamentos e novos sopros do Espírito. É nesse mesmo Paráclito que a Igreja respira e se inspira para encontrar o rumo em cada reviravolta da História dos homens, que é também a História da Salvação.

 

Quando nossos jovens são preparados para a Crisma, o Sacramento da Confirmação, nós precisamos acender em cada um deles a viva chama dessa expectativa. Como atletas na linha de partida, precisam ficar atentos ao sinal de largada. E sem as moções do Espírito Santo, correrão em círculos…

 

Cabe um olhar atento sobre nossas comunidades. Vivemos no Espírito? Arde em nós a chama dos primeiros discípulos? Somos cristãos em missão? Ou a rotina nos transformou em meros burocratas, executando tarefas previsíveis que são mais um fardo que um desafio?

 

Vale insistir em perguntas. Quem nos vê percebe algo diferente do comportamento dos novos pagãos? Nossos objetivos são diferentes? Nossos programas são diferentes? Nossas motivações são outras?

 

Se a diferença se apaga, se os contrastes se anulam, é que a chama do Espírito já foi sufocada em nós. Deixamos que o “espírito” do mundo nos conformasse (cf. Rm 12,2) a seus valores e interesses. Assim, já não incomodamos, não chamamos a atenção, não fazemos diferença…

 

Ah! Quando o Paráclito vier, teremos como respirar, como nos inspirar. E, enquanto não vem, ao menos devemos suspirar…

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