23 de Setembro de 2021

25a semana comum Quinta-feira

- por Pe. Alexandre

QUINTA FEIRA – SÃO PIO DE PIETRELCINA

(branco, pref. comum ou dos santos – ofício da memória)

 

Antífona da entrada

 

– Eu vos darei pastores, segundo o meu coração, que vos conduzam com inteligência e sabedoria (Jr 3,15).

 

Oração do dia

 

– Ó Deus, enriquecestes são Pio de Pietrelcina com espírito de verdade e de amor para apascentar o vosso povo, concedei-nos, celebrando sua festa, seguir sempre mais o seu exemplo, sustentados por sua intercessão. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: Ag 1,1-8

 

– Início da profecia de Ageu: 1No segundo ano do reinado de Dario, no sexto mês, no primeiro dia, foi dirigida a palavra do Senhor, mediante o profeta Ageu, a Zorobabel, filho de Salatiel, governador de Judá, e a Josué, filho de Josedec, sumo sacerdote: 2“Isto diz o Senhor dos exércitos: Este povo diz: Ainda não chegou o momento de edificar a casa do Senhor”. 3A palavra do Senhor foi assim dirigida, por intermédio do profeta Ageu: 4“Acaso para vós é tempo de morardes em casas revestidas de lambris, enquanto esta casa está em ruínas? 5Isto diz, agora, o Senhor dos exércitos: Considerai com todo o coração, a conjuntura que estais passando: 6tendes semeado muito, e colhido pouco; tende-vos alimentado, e não vos sentis satisfeitos, bebeis e não vos em­briagais; estais vestidos e não vos aqueceis; quem trabalha por salário, guarda-o em saco roto. 7Isto diz o Senhor dos exércitos: Considerai, com todo o coração, a difícil conjuntura que estais passando: 8mas subi ao monte, trazei madeira e edificai a casa; ela me será aceitável, nela me glorificarei, diz o Senhor.

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 149,1-2.3-4.5-6a.9b (R: 4a)

 

– O Senhor ama seu povo de verdade.
R: O Senhor ama seu povo de verdade.

 

– Cantai ao Senhor Deus um canto novo, e o seu louvor na assembleia dos fiéis! Alegre-se Israel em quem o fez, e Sião se rejubile no seu Rei!

R: O Senhor ama seu povo de verdade.

 

– Com danças glorifiquem o seu nome, toquem harpa e tambor em sua honra! Porque, de fato, o Senhor ama seu povo e coroa com vitória os seus humildes.

R: O Senhor ama seu povo de verdade.

 

– Exultem os fiéis por sua glória, e cantando se levantem de seus leitos; com louvores do Senhor em sua boca; eis a glória para todos os seus santos.

R: O Senhor ama seu povo de verdade.

Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

– Sou o caminho, a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim

(Jo 14,6).

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 9,7-9.

 

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas

– Glória a vós, Senhor!   

– Naquele tempo, 7o tetrarca Herodes ouviu falar de tudo o que estava acontecendo, e ficou perplexo, porque alguns diziam que João Batista tinha ressuscitado dos mortos. 8Outros diziam que Elias tinha aparecido; outros ainda, que um dos antigos profetas tinha ressuscitado. 9Então Hero­des disse: “Eu mandei degolar João. Quem é esse homem, sobre quem ouço falar essas coisas?” E procurava ver Jesus.

 

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!   

São Pio de Pietrelcina

- por Pe. Alexandre

Este digníssimo seguidor de São Francisco de Assis nasceu no dia 25 de maio de 1887, em Pietrelcina (Itália). Seu nome verdadeiro era Francesco Forgione. Ainda criança era muito assíduo com as coisas de Deus, tendo uma inigualável admiração por Nossa Senhora e o seu Filho Jesus, os quais via constantemente devido à grande familiaridade. Ainda pequenino havia se tornado amigo do seu Anjo da Guarda, a quem recorria muitas vezes para auxiliá-lo no seu trajeto nos caminhos do Evangelho.

Conta a história que ele recomendava, muitas vezes, para as pessoas à recorrerem ao seu Anjo da Guarda, estreitando assim a intimidade dos fiéis para com aquele que viria a ser o primeiro sacerdote da história da Igreja a receber os estigmas do Cristo do Calvário. Com quinze anos de idade entrou no Noviciado da Ordem dos Frades Menores Capuchinhos, em Morcone, adotando o nome de “Frei Pio”; e foi ordenado sacerdote em 10 de agosto de 1910 na Arquidiocese de Benevento. Após a ordenação, Padre Pio precisou ficar com sua família até 1916, por motivos de saúde e, em setembro desse mesmo ano, foi enviado para o convento de São Giovanni Rotondo, onde permaneceu até o dia de sua morte.

Abrasado pelo amor de Deus, marcado pelo sofrimento e profundamente imerso nas realidades sobrenaturais, Padre Pio recebeu os estigmas, sinais da Paixão de Jesus Cristo, em seu próprio corpo. Entregando-se inteiramente ao Ministério da Confissão, buscava, por meio desse sacramento, aliviar os sofrimentos atrozes do coração de seus fiéis e libertá-los das garras do demônio, conhecido por ele como “barba azul”.

Torturado, tentado e testado muitas vezes pelo maligno, esse grande santo sabia muito da sua astúcia no afã de desviar os filhos de Deus do caminho da fé. Percebendo que não somente deveria aliviar o sofrimento espiritual, recebeu de Deus a inspiração de construir um grande hospital, conhecido como “Casa Alívio do Sofrimento”, que se tornou uma referência em toda a Europa. A fundação desse hospital se deu a 5 de maio de 1956.

.:Rezemos juntos a Novena a São Pio de Pietrelcina

Devido aos horrores provocados pela Segunda Guerra Mundial, Padre Pio cria os grupos de oração, verdadeiras células catalisadoras do amor e da paz de Deus, para serem instrumentos dessas virtudes no mundo que sofria e angustiava-se no vale tenebroso de lágrimas e sofrimentos. Na ocasião do aniversário de 50 anos dos grupos de oração, Padre Pio celebrou uma Missa nesta intenção. Essa Celebração Eucarística foi o caminho para o seu Calvário definitivo, em que entregaria a alma e o corpo ao seu grande Amor: Nosso Senhor Jesus Cristo; e a última vez em que os seus filhos espirituais veriam a quem tanto amavam.

Era madrugada do dia 23 de setembro de 1968, no seu quarto conventual, com o terço entre os dedos repetindo o nome de Jesus e Maria, descansa em paz aquele que tinha abraçado a Cruz de Cristo, fazendo dela a ponte de ligação entre a terra e o céu.

Foi beatificado no dia 2 de maio de 1999 pelo Papa João Paulo II e canonizado no dia 16 de junho de 2002 também pelo saudoso Pontífice. Padre Pio dizia: “Ficarei na porta do Paraíso até o último dos meus filhos entrar!”.

São Pio de Pietrelcina, rogai por nós!

Meditação

- por Pe. Alexandre

O Senhor ama seu povo… (Sl 149)

 

Qual é a natureza de nossa relação com Deus? Somos servos de um patrão exigente? Escravos de potências ameaçadoras? Ou filhos de um Pai amoroso?

 

Quando os espanhóis atravessaram o Atlântico e chegaram à América, encontraram as pirâmides escalonadas do culto ao deus Xipe-Totec, o deus da fertilidade dos astecas. Os degraus das pirâmides estavam coalhados de crânios de vítimas jovens, sacrificadas à fúria da divindade sangrenta. Muitas outras sociedades vivenciaram o mesmo tipo de culto, cujo objetivo era “amansar” deuses temíveis e neutralizar o mal que poderiam fazer.

 

Como pano de fundo, o medo. Ao perceber a própria fragilidade diante das forças da natureza, o “fiel” devia sacrificar ao espírito das águas, evitando as inundações, ou ao espírito do fogo, para escapar aos raios do céu. Em um mundo habitado por potências destruidoras, a religião nasce do medo.

Em outros cultos, o homem religioso apresenta-se aos deuses (ou aos demônios) com oferendas e objetos votivos para obter a simpatia dessas potências e alcançar graças e favores, como a saúde, uma boa colheita, uma prole numerosa ou, modernamente, passar no vestibular… O fiel é agora um servidor que se dirige aos deuses como alguém que enfia a moedinha na máquina para conseguir um saquinho de amendoim. Como pano de fundo, o interesse pessoal.

Já o Salmo da liturgia de hoje deixa bem claro que estas duas modalidades de religião são um grande desperdício, pois “o Senhor ama seu povo”. Assim sendo, Deus é o primeiro interessado em nosso bem-estar, em nossa felicidade, em nossa salvação. Acima de tudo, a salvação. Não precisamos amansá-lo nem adulá-lo: Ele nos ama.

Meditando este Salmo na versão latina da Vulgata [quia beneplacitum est Domino in populo suo], Santo Agostinho comenta os benefícios de Deus para nós:

“Que benefício maior que morrer pelos ímpios? Que benefício tão grande quanto apagar com o sangue do justo o documento da dívida do pecador? Que benefício tão grande como declarar: ‘Não me importa o que fostes; sede o que não fostes’? O Senhor beneficiou seu povo perdoando seus pecados, prometendo a vida eterna. É um benefício converter o adversário, ajudar o combatente, coroar o vencedor.”

Quando Deus olha para nós, ele repete a mesma frase que disse sobre Jesus: “Este é meu filho bem-amado, sobre quem deposito todo o meu agrado, todo o meu bem-querer”. (Mt 3,17) Assim, nossa religião, em resumo, é deixar-se amar…

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