24 de Abril de 2022

2a Semana da Páscoa - Domingo

- por Pe. Alexandre

DOMINGO – II SEMANA DA PÁSCOA (DIVINA MISERICORDIA)

(branco, glória, creio, pref. da Páscoa – II semana do saltério)

 

Antífona da entrada

 

– Como crianças recém-nascidas, desejai o puro leite espiritual para crescerdes na salvação, aleluia!  (1Pd 2,2).

 

Oração do dia

 

– Ó Deus de eterna misericórdia, que reacendeis a fé do vosso povo na renovação da festa pascal, aumentai a graça que nos destes. E fazei que compreendamos melhor o batismo que nos lavou, o espírito que nos deu nova vida e o sangue que nos redimiu. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: At 5,12-16

 

– Leitura do livro dos Atos dos Apóstolos: 12Muitos sinais e maravilhas eram realizados entre o povo pelas mãos dos apóstolos. Todos os fiéis se reuniam, com muita união, no Pórtico de Salomão. 13Nenhum dos outros ousava juntar-se a eles, mas o povo estimava-os muito. 14Crescia sempre mais o número dos que aderiam ao Senhor pela fé; era uma multidão de homens e mulheres. 15Chegavam a transportar para as praças os doentes em camas e macas, a fim de que, quando Pedro passasse, pelo menos a sua sombra tocasse alguns deles. 16A multidão vinha até das cidades vizinhas de Jerusalém, trazendo doentes e pessoas atormentadas por maus espíritos. E todos eram curados.

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 118, 2-4.22-27a (R: 1)

 

– Dai graças ao Senhor, porque ele é bom! “Eterna é a sua misericórdia!”
R: Dai graças ao Senhor, porque ele é bom! “Eterna é a sua misericórdia!”

– A casa de Israel agora o diga: “Eterna é a sua misericórdia! ’ A casa de Aarão agora o diga: “Eterna é a sua misericórdia”! Os que temem o Senhor, agora o digam: “Eterna é a sua misericórdia!”

R: Dai graças ao Senhor, porque ele é bom! “Eterna é a sua misericórdia!”

– “A pedra que os pedreiros rejeitaram tornou-se agora a pedra angular”. Pelo Senhor é que foi feito tudo isso: Que maravilhas ele fez a nossos olhos! Este é o dia que o Senhor fez para nós, Alegremo-nos e nele exultemos!

R: Dai graças ao Senhor, porque ele é bom! “Eterna é a sua misericórdia!”

– Ó Senhor, dai-nos a vossa salvação, ó Senhor, dai-nos também prosperidade! “Bendito seja, em nome do Senhor, aquele que em seus átrios vai entrando! Desta casa do Senhor vos bendizemos. Que o Senhor e nosso Deus nos ilumine!

R: Dai graças ao Senhor, porque ele é bom! “Eterna é a sua misericórdia!”

2ª Leitura: Ap 1,9-13.17-19

 

– Leitura do livro do Apocalipse de são João: 9Eu, João, vosso irmão e companheiro na tribulação, e também no reino e na perseverança em Jesus, fui levado à ilha de Patmos, por causa da Palavra de Deus e do testemunho que eu dava de Jesus. 10No dia do Senhor, fui arrebatado pelo Espírito e ouvi atrás de mim uma voz forte, como de trombeta, 11aa qual dizia: “O que vais ver, escreve-o num livro”. 12Então voltei-me para ver quem estava falando; e ao voltar-me, vi sete candelabros de ouro. 13No meio dos candelabros havia alguém semelhante a um “filho de homem”, vestido com uma túnica comprida e com uma faixa de ouro em volta do peito. 17Ao vê-lo, caí como morto a seus pés, mas ele colocou sobre mim sua mão direita e disse: “Não tenhas medo. Eu sou o Primeiro e o Último, 18aquele que vive. Estive morto, mas agora estou vivo para sempre. Eu tenho a chave da morte e da região dos mortos. 19Escreve pois o que viste, aquilo que está acontecendo e que vai acontecer depois”.

– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.

 

Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

– Acreditastes, Tomé, porque me viste. Felizes aqueles que creram sem ter visto! (Jo 20,29)

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo João: Jo 20,19-31

 

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João

– Glória a vós, Senhor!  

 

19Ao anoitecer daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas, por medo dos judeus, as portas do lugar onde os discípulos se encontravam, Jesus entrou e, pondo-se no meio deles, disse: “A paz esteja convosco”.  20Depois dessas palavras, mostrou-lhes as mãos e o lado. Então os discípulos se alegraram por verem o Senhor. 21Novamente, Jesus disse: “A paz esteja convosco. Como o Pai me enviou, também eu vos envio”. 22E, depois de ter dito isso, soprou sobre eles e disse: “Recebei o Espírito Santo. 23A quem perdoardes os pecados, eles lhes serão perdoados; a quem os não perdoardes, eles lhes serão retidos”. 24Tomé, chamado Dídimo, que era um dos doze, não estava com eles quando Jesus veio. 25Os outros discípulos contaram-lhe depois: “Vimos o Senhor!”  Mas Tomé disse-lhes: “Se eu não vir a marca dos pregos em suas mãos, se eu não puser o dedo nas marcas dos pregos e não puser a mão no seu lado, não acreditarei”. 26Oito dias depois, encontravam-se os discípulos novamente reunidos em casa, e Tomé estava com eles. Estando fechadas as portas, Jesus entrou, pôs-se no meio deles e disse: “A paz esteja convosco”. 27Depois disse a Tomé: “Põe o teu dedo aqui e olha as minhas mãos. Estende a tua mão e coloca-a no meu lado. E não sejas incrédulo, mas fiel”. 28Tomé respondeu: “Meu Senhor e meu Deus!” 29Jesus lhe disse: “Acreditaste, porque me viste? Bem-aventurados os que creram sem terem visto!” 30Jesus realizou muitos outros sinais diante dos discípulos, que não estão escritos neste livro. 31Mas estes foram escritos para que acrediteis que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais a vida em seu nome.

 

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!

São Fidélis (Fiel) de Sigmaringa

- por Pe. Alexandre

O santo de hoje nasceu em Sigmaringa (Alemanha) no ano de 1577. Seu nome de batismo era Marcos Rei. Era dotado de grande habilidade com os estudos. Marcos era um cristão católico, tornando-se mais tarde um conhecido filósofo e advogado. Porém, havia um chamado que o inquietava: a consagração total a Deus, a vida no ministério sacerdotal.

Renunciando a tudo, entrou para a família franciscana, para os Capuchinhos. Enquanto noviço, viveu um grande questionamento: se fora do convento ele não faria mais para Deus, do que dentro da vida religiosa. Então, buscou seu mestre de noviciado que, no discernimento, percebeu que era uma tentação.

Passado isso, ele se empenhou na busca pela santidade. Seu nome agora se tornou “Fidélis” ou “Fiel’. E buscou ser fiel à vontade de Deus. Estudou Teologia, foi ordenado e enviado à Suíça para uma missão especial com outros irmãos: propagar a Sã Doutrina Católica.

São Fidélis dedicou-se totalmente em iluminar as consciências e rechaçar as doutrinas que combatiam a Igreja de Cristo.

Depois de uma Santa Missa, com cerca de 45 anos, teve o discernimento de que estava próxima sua partida. Fez uma oração de entrega a Deus e, logo em seguida, foi preso e levado por homens que queriam que ele renunciasse à fé.

Fidélis deixou claro que não o faria e que não temia a morte. Ajoelhou-se e rezou: “Meu Jesus, tende piedade de mim. Santa Maria, Mãe de Deus, assisti-me”. Recebeu várias punhaladas e morreu ali, derramando seu sangue pela Verdade, por amor a Cristo e Sua Igreja.

São Fidélis, rogai por nós!

Meditação

- por Pe. Alexandre

Vimos o Senhor! (Jo 20,19-31)

 

Muitas vezes, temos sido um tanto ásperos em nossas críticas ao apóstolo Tomé, que condicionou seu ato de fé a uma experiência sensorial do Ressuscitado: ver as marcas dos cravos em suas mãos, tocá-las com os próprios dedos, levar a mão à chaga do Lado. “Se não vir… não acreditarei!” E nos esquecemos de que os outros dez levavam vantagem sobre ele: eles tinham visto!

 

De fato, não temos como imaginar o impacto emocional sofrido pelos apóstolos quando Jesus, sabidamente morto, se apresenta vivo, visível, palpável, assentando-se à mesa com seus discípulos. Por isso mesmo, nós deveríamos ser mais compreensíveis com o pobre Tomé que, ausente na primeira “visita” do Mestre, não o pudera ver.

 

Podemos também avaliar a perplexidade de Tomé ao rever os apóstolos e ouvir deles o testemunho emocionado: “Vimos o Senhor!” É o testemunho fundamental da Igreja: a experiência pascal do Cristo que venceu a morte. Sem esse testemunho, nossa fé e nossa pregação seriam vãs (cf. 1Cor 15,14).

Exatamente por avaliar o potencial explosivo de um testemunho assim, os homens do Templo espalhariam o boato do roubo do corpo de Jesus (cf. Mt 28,13).

Os séculos passam, sucedem-se as gerações e nossa fé cristã continua a se apoiar nesse testemunho do começo: a experiência vital daqueles que “viram” a Jesus Cristo ressuscitado. De tudo o que nos foi passado pelos Evangelhos e pela Tradição apostólica, o ponto central está aí ancorado: Jesus ressuscitou!

Levados aos tribunais e arenas, diante de juízes e carrascos, as testemunhas permanecerão firmes em declarar com audácia o conteúdo de sua experiência. Um ato de fé da Igreja e de cada fiel que os leva a uma opção radical entre o martírio e a apostasia. Estêvão seria lapidado – ele, o protomártir – exatamente por este ato de fé. Pelo mesmo motivo Paulo seria preso e degolado.

Nós nascemos depois, em outra fatia da História. Mas nossa fé continua a mesma e as perseguições perduram, pois a cruz de Cristo ainda incomoda.

Os bispos presos na China e os monges degolados por fanáticos islâmicos em Tibhirine, no Monte Atlas, reavivaram a mesma chama em pleno Séc. XX. Nós não vimos, mas cremos. E, assim, acabamos por merecer do próprio Cristo uma nova bem-aventurança: “Bem-aventurados os que não viram e creram!” (Jo 20,29.)

Como anda a nossa fé? Damos testemunho de Jesus em nosso meio? Ou nossa chama ameaça apagar-se?

Utilizamos seus dados para analisar e personalizar nossos conteúdos e anúncios durante a sua navegação em nossa plataforma e em serviços de terceiros parceiros. Ao navegar pelo nosso site, você nos autoriza a coletar tais informações e utilizá-las para estas finalidades. Em caso de dúvidas, acesse nossa Política de Privacidade.