24 de Dezembro de 2021

4a semana do Advento. Sexta-feira

- por Pe. Alexandre

SEXTA FEIRA DA IV SEMANA DO ADVENTO
(roxo, pref. do Advento II – ofício do dia)

 

Antífona da entrada

 

– Eis que já veio a plenitude dos tempos, em que Deus mandou à terra o seu Filho (Gl 4,4).

 

Oração do dia

 

– Apressai-vos e não tardeis, Senhor Jesus, para que a vossa chegada renove as forças dos que confiam em vosso amor. Vós, que sois Deus com o Pai, na unidade do Espírito Santo.

 

1ªLeitura: 2Sm 7,1-5.8-12.14.16

 

– Leitura do segundo livro de Samuel – 1Ora, tendo o rei Davi acabado de instalar-se em sua residência, e tendo-lhe o Senhor dado paz, livrando-o de todos os inimigos que o cercavam, 2disse ele ao profeta Natã: Vê: eu moro num palácio de cedro, e a arca de Deus está alojada numa tenda! 3Natã respondeu-lhe: Pois bem: faze o que desejas fazer, porque o Senhor está contigo! 4Mas a palavra do Senhor foi dirigida a Natã naquela mesma noite, e dizia: 5Vai e dize ao meu servo Davi: eis o que diz o Senhor: Não és tu quem me edificará uma casa para eu habitar. 8Dirás, pois, ao meu servo Davi: eis o que diz o Senhor dos exércitos: eu te tirei das pastagens onde guardavas tuas ovelhas para fazer de ti o chefe de meu povo de Israel. 9Estive contigo em toda parte por onde andaste; exterminei diante de ti todos os teus inimigos, e fiz o teu nome comparável ao dos grandes da terra. 10Designei um lugar para o meu povo de Israel: plantei-o nele, e ali ele mora, sem ser inquietado, e os maus não o oprimirão mais como outrora, 11no tempo em que eu estabelecia juízes sobre o meu povo. Concedo-te uma vida tranquila, livrando-te de todos os teus inimigos. O Senhor anuncia-te que quer fazer-te uma casa. 12Quando chegar o fim de teus dias e repousares com os teus pais, então suscitarei depois de ti a tua posteridade, aquele que sairá de tuas entranhas, e firmarei o seu reino. 14Eu serei para ele um pai e ele será para mim um filho. Se ele cometer alguma falta, castigá-lo-ei com vara de homens, e com açoites de homens, 16Tua casa e teu reino estão estabelecidos para sempre diante de mim, e o teu trono está firme para sempre.

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 89,2-3.4-5.27.29 (R: 2a)

 

– Ó Senhor, eu cantarei eternamente o vosso amor!

R: Ó Senhor, eu cantarei eternamente o vosso amor!

 

– Ò Senhor, eu cantarei eternamente o vosso amor, de geração em geração eu cantarei vossa verdade! Porque dissestes:”O amor é garantido para sempre!” E a vossa lealdade é tão firme como os céus.

R: Ó Senhor, eu cantarei eternamente o vosso amor!

 

– “Eu firmei uma aliança com meu servo, meu eleito, e eu fiz um juramento a Davi, meu servidor. Para sempre, no teu trono, firmei tua linhagem, de geração em geração garantirei o teu reinado!”

R: Ó Senhor, eu cantarei eternamente o vosso amor!

 

– Ele, então, me invocará: “Ó Senhor, vós sois meu pai, sois meu Deus, sois meu rochedo onde encontro a salvação!” Guardarei eternamente para ele a minha graça e com ele firmarei minha aliança indissolúvel.

R: Ó Senhor, eu cantarei eternamente o vosso amor!

Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

– Ó sol da manhã, ó sol de justiça, da eterna luz esplendor: oh, vinde brilhar para o povo sentado na sombra da morte!

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 1, 67-79

 

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas.

– Glória a vós, Senhor!  

 

– Naquele tempo, 67Zacarias, o pai de João, repleto do Espírito Santo profetizou, nestes termos: 68Bendito seja o Senhor, Deus de Israel, porque visitou e resgatou o seu povo, 69e suscitou-nos um poderoso Salvador, na casa de Davi, seu servo 70(como havia anunciado, desde os primeiros tempos, mediante os seus santos profetas), 71para nos livrar dos nossos inimigos e das mãos de todos os que nos odeiam. 72Assim exerce a sua misericórdia com nossos pais, e se recorda de sua santa aliança, 73segundo o juramento que fez a nosso pai Abraão: de nos conceder que, sem temor, 74libertados de mãos inimigas, possamos servi-lo 75em santidade e justiça, em sua presença, todos os dias da nossa vida. 76E tu, menino, serás chamado profeta do Altíssimo, porque precederás o Senhor e lhe prepararás o caminho, 77para dar ao seu povo conhecer a salvação, pelo perdão dos pecados. 78Graças à ternura e misericórdia de nosso Deus, que nos vai trazer do alto a visita do Sol nascente, 79que há de iluminar os que jazem nas trevas e na sombra da morte e dirigir os nossos passos no caminho da paz.

 

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!  

Santa Tarsila

- por Pe. Alexandre

Hoje, lembramos a vida de Santa Tarsila, integrante da nobre família romana dos Anícios. A santa e sua irmã Emiliana foram as responsáveis pela educação de seu sobrinho São Gregório Magno, um dos grandes Papas da história.

As melhores companheiras de Santa Tarsila foram suas duas irmãs, Emiliana e Jordana. As três viviam na casa deixada pelo pai, no Monte Célio. Tarsila estava sempre à frente de todas, tinha como auxílio a Palavra de Deus e pregava a exemplo da caridade e da castidade.

Tendo como opção de vida seguir o Evangelho de Cristo, Tarsila estava sempre feliz na entrega de seu amor ao Senhor. Segundo relatos de São Gregório Magno, sua tia Tarsila teve uma visão com seu bisavô, Papa São Félix III, que teria lhe mostrado o lugar que ela ocuparia no Céu.

Logo após a visão, Tarsila adoeceu e acabou não resistindo, passando desta vida para a eternidade. Dizem os fatos históricos que, no momento de sua morte, Tarsila ouviu palavras de consolo e pediu que todos se afastassem dizendo: “Está chegando Jesus, meu Salvador”.

Ao prepararem o corpo para o sepultamento, encontraram calos em seus joelhos e cotovelos, resultado de seus constantes momentos de oração perante Jesus Crucificado.

O culto a Santa Tarsila se manteve discreto e perdurou ao longo dos anos, graças ao enriquecimento dos exemplos narrados por seu sobrinho São Gregório Magno.

Santa Tarsila, rogai por nós!

Meditação

- por Pe. Alexandre

Visitou e libertou o seu povo… (Lc 1,67-79)

 

Os profetas da Primeira Aliança usavam verbos no futuro para falar de coisas futuras: “Derramarei do meu espírito sobre toda carne…” (Joel 3) “A virgem conceberá e dará à luz um filho…” (Is 7) “Eu vos darei um coração novo…” (Ez 36) Eram tempo de esperança! As vozes do Antigo Testamento são como setas arremessadas para o futuro.

Pois os tempos mudaram. O sacerdote Zacarias recupera-se de sua mudez para profetizar em uma tonalidade inédita. Nele se extingue o antigo sacerdócio, antecipando-se à Nova Aliança que Jesus Cristo vai realizar, mas é um reino próximo, ao alcance da mão. Por isso mesmo, ele fala em tempo pretérito: “O Senhor visitou e libertou o seu povo!”

Jesus – o novíssimo Cordeiro, que elimina todos os antigos sacrifícios (cf. Hb 10,9) – ainda não morreu no Calvário, mas sua presença na história já é uma realidade palpável. Por isso, tudo aquilo que esperavam os patriarcas e os profetas acaba expresso em tempo passado: “FEZ surgir para nós um poderoso salvador… Ele FOI misericordioso… LEMBROU-SE de sua aliança…

Olhando à volta, nada parece mudado. As legiões romanas ainda mantêm a Palestina debaixo de suas botas. O rei é assassino e adúltero. Os saduceus exploram o povo. O povo de Deus parece transformado em espólio e butim dos poderosos. Mas a visita do Senhor assinala uma reviravolta na história da humanidade.

Por isso Zacarias se refere ao “chifre de salvação” (cf. Lc 1,69), sendo o chifre dos animais adultos um símbolo de poder e de força. Ele irá aniquilar todos os poderes do mal. Ainda está oculto, mas já faz tremer Herodes. Ainda não disse uma só palavra, mas já abala o establishment religioso. Ainda não pisou as areias da Galileia, mas um frêmito de alegria atravessa as aldeias. O Messias está às portas!

O filho de Zacarias corre na frente: ele é o Precursor (Lc 1,76). Seu nascimento humanamente “impossível” atesta que o Deus de Israel entrou em ação. A etimologia de seu nome (João / Yohanam = Deus me fez graça) deixa evidente a gratuidade divina. Tudo está pronto para a chegada do Sol nascente (Lc 1,78).

 

Por isso o apóstolo pôde escrever: “As trevas estão passando, já brilha a luz verdadeira!” (1Jo 2,8)

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