24 de Fevereiro de 2022

7a Semana do Tempo Comum Quinta-feira

- por Pe. Alexandre

QUINTA FEIRA DA VII SEMANA DO TEMPO COMUM
(cor verde – ofício do dia)

 

Antífona da entrada

 

– Confiei, Senhor, na vossa misericórdia; meu coração exulta porque me salvais. Cantarei ao Senhor pelo bem que me fez (Sl 12,6).

 

Oração do dia

 

– Concedei, ó Deus todo poderoso, que, procurando conhecer sempre o que é reto, realizemos vossa vontade em nossas palavras e ações. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: Tg 5,1-6

– Leitura da carta de são Tiago: 1E agora, ricos, chorai e gemei, por causa das desgraças que estão para cair sobre vós. 2Vossa riqueza está apodrecendo, e vossas roupas estão carcomidas pelas traças. 3Vosso ouro e vossa prata estão enferrujados, e a ferrugem deles vai servir de testemunho contra vós e devorar vossas carnes, como fogo! Amontoastes tesouros nos últimos dias. 4Vede: o salário dos trabalhadores que ceifaram os vossos campos, que vós deixastes de pagar, está gritando, e o clamor dos trabalhadores chegou aos ouvidos do Senhor todo-poderoso. 5Vós vivestes luxuosamente na terra, entregues à boa vida, cevando os vossos corações para o dia da matança. 6Condenastes o justo e o assassinastes; ele não resiste a vós.

 

– Palavra do Senhor.

Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 49,14-20 (R: Mt 5,3)

 

– Felizes os humildes de espírito porque deles é o Reino dos Céus!

R: Felizes os humildes de espírito porque deles é o Reino dos Céus!

 

– Este é o fim do que espera estultamente, o fim daqueles que se alegram com sua sorte; são um rebanho recolhido ao cemitério, e a própria morte é o pastor que os apascenta.
R: Felizes os humildes de espírito porque deles é o Reino dos Céus!

 

– São empurrados e deslizam para o abismo. Logo seu corpo e seu semblante se desfazem e entre os mortos fixarão sua morada. Deus, porém, me salvará das mãos da morte e junto a si me tomará em suas mãos.
R: Felizes os humildes de espírito porque deles é o Reino dos Céus!

 

– Não te inquietes, quando um homem fica rico e aumenta a opulência de sua casa; pois ao morrer não levará nada consigo, nem seu prestígio poderá acompanhá-lo.
R: Felizes os humildes de espírito porque deles é o Reino dos Céus!

 

– Felicitava-se a si mesmo enquanto vivo: ‘Todos te aplaudem, tudo bem, isto que é vida!’ Mas vai-se ele para junto de seus pais, que nunca mais e nunca mais verão a luz!

R: Felizes os humildes de espírito porque deles é o Reino dos Céus!

 

Aclamação ao santo Evangelho.

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

– Acolhei a Palavra de Deus não como palavra humana, mas como mensagem de Deus, o que ela é, em verdade! (2Tm 1,10).

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Marcos: Mc 9,41-50

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Marcos.

Glória a vós, Senhor!

 

– Naquele tempo, 41disse Jesus aos seus discípulos: “Quem vos der a beber um copo de água, porque sois de Cristo, não ficará sem receber a sua recompensa. 42E se alguém escandalizar um desses pequeninos que creem, melhor seria que fosse jogado no mar com uma pedra de moinho amarrada ao pescoço. 43Se tua mão te leva a pecar, corta-a! 44É melhor entrar na Vida sem uma das mãos, do que, tendo as duas, ir para o inferno, para o fogo que nunca se apaga. 45Se teu pé te leva a pecar, corta-o! 46É melhor entrar na Vida sem um dos pés, do que, tendo os dois, ser jogado no inferno. 47Se teu olho te leva a pecar, arranca-o! É melhor entrar no Reino de Deus com um olho só, do que, tendo os dois, ser jogado no inferno, 48‘onde o verme deles não morre, e o fogo não se apaga’. 49Pois todos hão de ser salgados pelo fogo. 50Coisa boa é o sal. Mas se o sal se tornar insosso, com que lhe restituireis o tempero? Tende, pois, sal em vós mesmos e vivei em paz uns com os outros.

 

– Palavra da salvação.

Glória a vós, Senhor!

São Sérgio - Monge eremita

- por Pe. Alexandre

Celebramos, neste dia, a santidade de vida do monge Sérgio, que chegou ao martírio devido seu grande amor à pessoa de Nosso Senhor Jesus Cristo. São Sérgio vivia no deserto enquanto os cristãos estavam sendo perseguidos e entregando a vida em sacrifício de louvor.

Certa vez, o santo monge e intercessor foi movido pelo Espírito Santo para ir à Cesareia, onde lá ele encontrou, no centro da praça, a imagem de Júpiter, que era considerado o maior dos deuses entre os pagãos. Diante da imagem, os sacerdotes pagãos acusavam os cristãos e os condenavam, com o motivo de serem eles os culpados da omissão dos deuses diante das necessidades do povo.

Encorajado por Deus, São Sérgio levantou-se para denunciar as mentiras e anunciar, no poder do Espírito Santo, o Evangelho. Depois de fazer um lindo trabalho de evangelização, São Sérgio foi preso e, no século IV, partiu para a glória.

São Sérgio, rogai por nós!

Meditação

- por Pe. Alexandre

O fogo inextinguível… (Mc 9,41-50)

 

Não está na moda falar no inferno. A onda racionalista nega a existência do demônio e, após duas guerras mundiais, duas bombas atômicas e a ameaça de uma conflagração planetária, chega a dizer que “o inferno é aqui mesmo”.

 

Mas não foi isso que Jesus ensinou. Em várias passagens do Evangelho, Jesus fala da possibilidade (terrível!) de se viver uma eternidade afastado de Deus. Imediatamente após a morte, passamos por um julgamento ou juízo particular (cf. Hb 9, 27), onde se define irrevogavelmente o nosso destino. Jesus usou de muitas imagens para transmitir a visão desta realidade espiritual, entre elas a separação entre cordeiros e cabritos, ao final do dia, como os pastores costumavam fazer na Palestina (cf. Mt 25, 31ss.).

 

No Evangelho de hoje, Jesus recorreu à imagem da Geena com seu fogo inextinguível. A Bíblia de Navarra comenta em nota: “Geena ou Ge-hinnom era um pequeno vale ao sul de Jerusalém, fora das muralhas e mais baixo do que a cidade. Durante séculos esse lugar foi utilizado para depositar o lixo da povoação. Habitualmente esse lixo era queimado para evitar o foco de infecção que constituía e a acumulação do mesmo. Era proverbial como lugar imundo e doentio. Nosso Senhor serve-se desse fato conhecido para explicar, de modo gráfico, o fogo inextinguível do inferno.”

 

Esse mesmo vale fora local de cultos idólatras, visto como lugar maldito. Além disso, era comum que o lixo ali acumulado, em clima quente e seco, entrasse em combustão espontânea. Talvez houvesse algum fogo permanente em sua vegetação semelhante à turfa. Imagens, apenas, mas falam aos nossos sentidos humanos sobre uma realidade que ninguém imaginaria com realismo.

 

Claro que o inferno não pode ser um “lugar”, um espaço na topografia, em sentido meramente material. O “Catecismo” o apresenta como um “estado”, uma forma de existir. Eis sua lição – uma lição que devemos levar a sério: “Não podemos estar unidos a Deus se não fizermos livremente a opção de amá-lo. Mas não podemos amar a Deus se pecamos gravemente contra Ele, contra nosso próximo ou contra nós mesmos. […] Morrer em pecado mortal sem ter-se arrependido dele e sem acolher o amor misericordioso de Deus significa estar separado do Todo-Poderoso para sempre, por nossa própria opção livre. E é este estado de autoexclusão definitiva da comunhão com Deus e com os bem-aventurados que se designa com a palavra “inferno”. (Nº 1033.)

 

Utilizamos seus dados para analisar e personalizar nossos conteúdos e anúncios durante a sua navegação em nossa plataforma e em serviços de terceiros parceiros. Ao navegar pelo nosso site, você nos autoriza a coletar tais informações e utilizá-las para estas finalidades. Em caso de dúvidas, acesse nossa Política de Privacidade.