24 de Maio de 2019

5ª Semana da Páscoa - Sexta-feira

- por Padre Alexandre Fernandes

 

SEXTA FEIRA – V SEMANA DA PÁSCOA

(Branco, ofício do dia)

 

Antífona da entrada

 

– O Cordeiro que foi imolado é digno de receber o poder, a divindade, a sabedoria, a força e a honra, aleluia! (Ap 5,12).

 

Oração do dia

 

– Preparai, ó Deus, nossos corações para vivermos dignamente os mistérios pascais, a fim de que esta celebração realizada com alegria nos proteja por sua força inesgotável e nos comunique a salvação. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: At 15,22-31

 

– Leitura dos Atos dos Apóstolos: Naqueles dias, 22pareceu bem aos apóstolos e aos anciãos, de acordo com toda a Comunidade de Jerusalém, escolher alguns da Comunidade para mandá-los a Antioquia, com Paulo e Barnabé.
Escolheram Judas, chamado Bársabas, e Silas, que eram muito respeitados pelos irmãos. 23Através deles enviaram a seguinte carta: “Nós, os apóstolos e os anciãos, vossos irmãos, saudamos os irmãos vindos do paganismo e que estão em Antioquia e nas regiões da Síria e da Cilícia. 24Ficamos sabendo que alguns dos nossos causaram perturbações com palavras que transtornaram vosso espírito. Eles não foram enviados por nós. 25Então decidimos, de comum acordo, escolher alguns representantes e mandá-los até vós, junto com nossos queridos irmãos Barnabé e Paulo, 26homens que arriscaram suas vidas pelo nome de nosso Senhor Jesus Cristo. 27Por isso, estamos enviando Judas e Silas, que pessoalmente vos transmitirão a mesma mensagem. 28Porque decidimos, o Espírito Santo e nós, não vos impor nenhum fardo, além destas coisas indispensáveis: 29abster-se de carnes sacrificadas aos ídolos, do sangue, das carnes de animais sufocados e das uniões ilegítimas. Vós fareis bem se evitardes essas coisas. Saudações!” 30Depois da despedida, Judas e Silas foram para Antioquia, reuniram a assembléia e entregaram a carta. 31A sua leitura causou alegria, por causa do estímulo que trazia.

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 57,8-9.10-12 (R: 10a)

 

– Vou louvar-vos, Senhor, entre os povos.
R: Vou louvar-vos, Senhor, entre os povos.

– Meu coração está pronto, meu Deus, está pronto o meu coração! Vou cantar e tocar para vós: desperta, minha alma, desperta! Despertem a harpa e a lira, eu irei acordar a aurora!

R: Vou louvar-vos, Senhor, entre os povos.

– Vou louvar-vos, Senhor, entre os povos, dar-vos graças por entre as nações! Vosso amor é mais alto que os céus, mais que as nuvens a vossa verdade! Elevai-vos, ó Deus, sobre os céus, vossa glória refulja na terra!

R: Vou louvar-vos, Senhor, entre os povos.
 

Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

– Eu vos chamo meus amigos, pois vos dei a conhecer o que o Pai me revelou (Jo 15,15).

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo João: Jo 15,12-17

 

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João

– Glória a vós, Senhor!  

 

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 12“Este é o meu mandamento: amai-vos uns aos outros, assim como eu vos amei. 13Ninguém tem amor maior do que aquele que dá sua vida pelos amigos. 14Vós sois meus amigos, se fizerdes o que eu vos mando. 15Já não vos chamo servos, pois o servo não sabe o que faz o seu Senhor. Eu chamo-vos amigos, porque vos dei a conhecer tudo o que ouvi de meu Pai. 16Não fostes vós que me escolhestes, mas fui eu que vos escolhi e vos designei para irdes e para que produzais fruto e o vosso fruto permaneça. O que, então, pedirdes ao Pai em meu nome, ele vo-lo concederá. 17Isto é o que vos ordeno: amai-vos uns aos outros”.

 

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!  

Nossa Senhora Auxiliadora

- por Padre Alexandre Fernandes

As notícias que temos sobre o religioso Vicente são poucas. Ele viveu no mosteiro de Lérins, onde foi ordenado sacerdote no século V.

Os dados sobre sua vida antes desse período também não são muitos. Tudo indica que ele era um soldado do exército romano e que sua origem seria o norte da França, hoje território da Bélgica. 
 

Alguns registros encontrados em Lérins, escritos por ele mesmo, induzem a crer que seu irmão seria o bispo de Troyes. E ele decidira abandonar a vida desregrada e combativa do exército para "espantar a banalidade e a soberba de sua vida e para dedicar-se somente a Deus na humildade cristã". Vicente, então, optou pela vida monástica e nela despontou como teólogo e escritor famoso, grande reformador do mosteiro de Lérins. 
 

Ingressou nesse mosteiro, fundado por santo Honorato, na ilha francesa localizada defronte a Cannes, já em idade avançada. Ali se ordenou sacerdote e foi eleito abade, pela retidão de caráter e austeridade de vida religiosa. 
 

Transformou o local num florescente centro de cultura e de espiritualidade, verdadeiro celeiro de bispos e santos para a Igreja. Em 434, escreveu sua obra mais famosa, o "Comnitorium", também conhecido como "manual de advertência aos hereges".

Mais tarde, são Roberto Belarmino definiu essa obra como "um livro de ouro", porque estabelece alguns critérios básicos para viver integralmente a mensagem evangélica. 
 

Profundo conhecedor das Sagradas Escrituras e dotado de uma grande cultura humanística, os seus escritos são notáveis pelo vigor e estilo apurado, e pela clareza e precisão de pensamento. As obras possuem grande relevância contra a doutrina herética, e outros textos cristológicos e trinitários. Sua obra, em especial a "Advertência aos hereges" teve uma grande difusão e repercussão, atingindo os nossos dias. 
 

Enaltecido pelos católicos e protestantes, porque traz toda a doutrina dos Padres analisadas nas fontes da fé cristã e todos os critérios da doutrina ortodoxa, Vicente era um grande polemista, respeitado até mesmo por são Jerônimo, futuro doutor da Igreja, seu contemporâneo. Os dois travaram grandes debates através de uma rica corresponderia, trazendo luz sobre muitas divergências doutrinais. 
 

Vicente de Lérins teve seu reconhecimento exaltado pelo próprio antagonista, que fez questão de incluí-lo num capítulo da sua famosa obra "Homens ilustres".

 

Morreu no mosteiro no ano 450. A Igreja católica dedica o dia 24 de maio a são Vicente de Lérins, celebrado na mesma data também no Oriente.

 

FONTE: DERRADEIRAS GRAÇAS 

Meditação

- por Padre Alexandre Fernandes

Como eu vos amei… (Jo 15,12-17)

 

            Amar não é fácil. Já que o amor não consiste em usar o outro para meu prazer… Nem ser o centro das atenções de alguém… Nem experimentar arrepios e devaneios românticos…

 

            Amar não é fácil, pois a natureza humana degenerada pelo pecado é incapaz do verdadeiro amor se não for regenerada pela Graça divina. Entregue a mim mesmo, sem a Graça, eu sou o lobo do homem…

            Ora, não bastasse esta dificuldade “natural” nos indivíduos de uma raça ferida, vem o Senhor Jesus e nos espreme contra a parede com um imperativo extremo: “Amai-vos uns aos outros… COMO EU vos amei”! E COMO foi que Jesus nos amou?

            – Até a morte. E morte de cruz!

 

            No capítulo 13 de seu Evangelho, o discípulo amado anotou que, tendo chegado a hora de Jesus passar para o Pai, “tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim”. (Jo 13,1)

 

            Até o fim? Esta cláusula pode ser entendida em sua dimensão temporal, mas expressa também a plenitude máxima da capacidade de amar. Isto é, Jesus não teve meias-medidas em seu amor. Não estabeleceu condições para amar. Não manteve uma área de reserva pessoal. Não amou à espera de alguma contrapartida.

 

            De fato, o amor de Jesus não se limitou a Maria e José. Seu afeto não estacionou no grupo dos discípulos fiéis, mas incluiu a covarde negação de Pedro e a traição asquerosa de Judas. No momento de sua prisão, Jesus “cola” de novo a orelha de Malco que a espada decepara (cf. Lc 22,50-51; Jo 18,10), beneficiando um de seus perseguidores. Já cravado no madeiro da cruz, Jesus ainda roga ao Pai que perdoe seus carrascos (cf. Lc 23,34).

 

            Lev Gillet põe estas palavras na boca de Cristo, o amoroso: “Meus bem-amados, eu quero revelar-vos minha essência, minha presença, e tornar ativa em vós uma visão de mim mesmo. Eu sou o Amor sem limites. Não conheço limite algum no tempo. Não conheço limite algum no espaço. Não há lugar onde eu não me encontre. Não há momento algum onde eu não exprima o que sou. […] Amados meus, ajustai vossos sentimentos ao sopro, ao toque divino. Sede as cordas vibrantes que transmitem meu Amor sem limites”.

 

            Não admira que Teresa cantasse: “muero porque no muero…”

 

Orai sem cessar: “O amor é forte como a morte!” (Ct 8,6)

Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.

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