24 de Março de 2023

4 semana da quaresma- Sexta - feira

- por Pe. Alexandre

 

SEXTA FEIRA DA IV SEMANA DA QUARESMA
(roxo – ofício do dia)
Antífona da entrada
– Salvai-me, ó Deus, por vosso nome, libertai-me por vosso poder. Deus ouvi a
minha oração, escutai as palavras que vos digo (Sl 53,3s).
Oração do dia
– Ó Deus, que preparastes para a nossa fraqueza os auxílios necessários à nossa
renovação, dai-nos recebê-los com alegria e vê-los frutificar em nossa vida. Por
nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
1ª Leitura: Sb 2,1a.12-22
– Leitura do livro da Sabedoria: 1a Dizem entre si os ímpios, em seus falsos
raciocínios:  12 “Armemos ciladas ao justo, porque sua presença nos incomoda: ele
se opõe ao nosso modo de agir, repreende em nós as transgressões da lei e nos
reprova as faltas contra a nossa disciplina. 13 Ele declara possuir o conhecimento
de Deus e chama-se ‘filho de Deus’.  14 Tornou-se uma censura aos nossos
pensamentos e só o vê-lo nos é insuportável;  15 sua vida é muito diferente da dos
outros, e seus caminhos são imutáveis. 16 Somos comparados por ele à moeda
falsa e foge de nossos caminhos como de impurezas; proclama feliz a sorte final
dos justos e gloria-se de ter a Deus por pai.  17 Vejamos, pois, se é verdade o que
ele diz, e comprovemos o que vai acontecer com ele.  18 Se, de fato, o justo é ‘filho
de Deus’, Deus o defenderá e o livrará das mãos dos seus inimigos.  19 Vamos pô-
lo à prova com ofensas e torturas, para ver a sua serenidade e provar a sua
paciência; 20 vamos condená-lo à morte vergonhosa, porque, de acordo com suas
palavras, virá alguém em seu socorro”. 21 Tais são os pensamentos dos ímpios,
mas enganam-se; pois a malícia os torna cegos,  22 não conhecem os segredos de
Deus, não esperam recompensa para a santidade e não dão valor ao prêmio
reservado às vidas puras.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 34,17-18.19-20.21.23 (R: 19a)

– Do coração atribulado está perto o Senhor.
R: Do coração atribulado está perto o Senhor.
– O Senhor volta a sua face contra os maus, para da terra apagar sua lembrança.
Clamam os justos, e o Senhor bondoso escuta e de todas as angústias os liberta.
R: Do coração atribulado está perto o Senhor.
– Do coração atribulado ele está perto e conforta os de espírito abatido. Muitos
males se abatem sobre os justos, mas o Senhor de todos eles os liberta.
R: Do coração atribulado está perto o Senhor.

– Mesmo os seus ossos ele os guarda e os protege, e nenhum deles haverá de se
quebrar. Mas o Senhor liberta a vida dos seus servos, e castigado não será quem
nele espera.
R: Do coração atribulado está perto o Senhor.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo João: Jo 7,1-2.10.25-30
Glória a Cristo imagem do Pai, a plena verdade nos comunicai!
Glória a Cristo imagem do Pai, a plena verdade nos comunicai!
– O homem não vive somente do pão, mas de toda palavra da boca de Deus.
(Mt 4,4)
Glória a Cristo imagem do Pai, a plena verdade nos comunicai!
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João.
– Glória a vós, Senhor!
– Naquele tempo,  1 Jesus andava percorrendo a Galileia. Evitava andar pela
Judeia, porque os judeus procuravam matá-lo.  2 Entretanto, aproximava-se a festa
judaica das Tendas.  10 Quando seus irmãos já tinham subido, então também ele
subiu para a festa, não publicamente mas sim como que às escondidas.
25 Alguns habitantes de Jerusalém disseram então: “Não é este a quem procuram
matar?  26 Eis que fala em público e nada lhe dizem. Será que, na verdade, as
autoridades reconheceram que ele é o Messias?  27 Mas este, nós sabemos donde
é. O Cristo, quando vier, ninguém saberá donde é”. 28 Em alta voz, Jesus ensinava
no Templo, dizendo: “Vós me conheceis e sabeis de onde sou; eu não vim por
mim mesmo, mas o que me enviou é fidedigno. A esse, não o conheceis,  29 mas
eu o conheço, porque venho da parte dele, e ele foi quem me enviou”.  30 Então,
queriam prendê-lo, mas ninguém pôs a mão nele, porque ainda não tinha
chegado a sua hora.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

Santa Catarina da Suécia, patrona das virgens e intercessora contra o aborto

- por Pe. Alexandre

Origens
A abadessa Santa Catarina nasceu em 1331, na Suécia, em uma família católica. Foi educada segundo os preceitos da Igreja e instruída ao amor cristão pelo próximo.

 

Filha de santa
Sua vida foi muito influenciada por sua mãe, Santa Brígida, a mística padroeira da Suécia. Viveu a castidade e é considerada a Santa padroeira das virgens. Sua imagem é representada com um cervo ao seu lado, a qual, segundo a tradição, vinham ajudá-la quando jovens sem castidade tentavam importuná-la.

De família
Em torno dos seus 7 anos de idade, sua mãe foi convocada pela Corte sueca como governanta de Bianca de Namur, jovem noiva do rei Magnus Eriksson. Ela e sua irmã foram então confiadas ao mosteiro cisterciense de Riseberg, onde continuou recebendo a educação católica. Assim, cresceu nela o desejo de consagração total da sua vida a Deus. Seu pai, porém, desejava que ela se casasse, e decidiu casá-la com um nobre de descendência Alemã, Edgar von Kürnen.

Santa Catarina da Suécia: Casou-se por obediência

Matrimônio
Mesmo sendo contrária ao matrimônio, obedeceu seu pai e se casou, mas fez voto de castidade de comum acordo com seu marido. Levou uma vida de muita oração, jejum e penitência. Foi uma mulher simples, que dedicou muitas horas a meditação da paixão e morte de Cristo, à oração dos salmos penitenciais e ao Ofício da Virgem Maria.

Após a morte do pai
Em 1349, seu pai faleceu. Ela chegou a um acordo com seu marido e partiu junto a Santa Brígida (sua mãe) em uma peregrinação para venerar as tumbas de São Pedro e São Paulo em Roma. Ela tinha sua mãe como modelo, amava-a e admirava profundamente. Permaneceu com ela em Roma no ano santo e, durante esse período, tornou-se viúva, o que a permitiu ficar ainda mais tempo com sua mãe na Itália. Nesse período, sua mãe fundou um mosteiro na cidade de Vadstena, no qual Catarina se dedicou intensamente.

Reta intenção
Permaneceu na Itália a convite da sua mãe, porém sentia falta da Suécia. Sofria de solidão, pois Brígida a proibiu de sair de casa sozinha, porque a Urbe não era segura para uma jovem bela sueca, que atraía olhares de muitos vilões. Catarina recusou diversas propostas de casamento e escapou de muitos pretendentes. O cervo, que sempre é representado ao seu lado, a teria salvo, ao distrair um pretendente, que havia sido rejeitado, que queria raptá-la. Para manter distância dos homens, Catarina começou até a usar roupas simples ou gastas. Ficou atormentada pela inquietação de não saber qual estilo de vida deveria adotar. Para entender qual era a vontade de Deus, dirigiu-se à Virgem, que, em sonhos, a convidou a obedecer a sua mãe. Então, ela a seguiu em todas as suas iniciativas, dedicando-se total e amorosamente às suas causas.

Canonização da mãe – Santa Brígida

Vida pobre
Morou com sua mãe em uma casa, perto do Campo de Fiori, por cerca de vinte anos, vivendo em extrema pobreza. Dedicou-se à catequese entre as nobres famílias romanas e às obras de caridade, com uma vida composta de atividades pastorais. Em 23 de julho de 1373, Brígida faleceu, e seu desejo era que seus restos mortais fossem sepultados no mosteiro de Vadstena.

O Pedido
Ao ser eleita abadessa, regressou a Roma para pedir a canonização da sua mãe. E buscava obter a aprovação da regra da Ordem, que havia fundado. Nos cinco anos seguintes, Catarina coletou depoimentos sobre a vida da sua mãe e os apresentou primeiro a Gregório XI e depois a Urbano VI. Este último aprovou a regra da Ordem Brigidina, com uma Bula datada de 3 de dezembro de 1378, mas omitiu a Causa de Canonização de Brígida.

Santidade da mãe
No processo de canonização da sua mãe, declarou como testemunha: “Lembro quando minha mãe me levava, junto com as minhas irmãs, para visitar os hospitais, que havia mandado construir; com as suas próprias mãos, enfaixava, sem repugnância, as feridas dos enfermos”. De fato, o desejo de Brígida era que seus filhos aprendessem a servir ao Senhor nos pobres e doentes. Ela cresceu neste clima profundamente evangélico.

O Final da Vida e o Encontro com Santa Catarina de Sena

Páscoa
Voltou para sua terra natal e a Diocese lhe entregou formalmente a direção da nova ordem religiosa. Viveu exemplarmente no convento por esse tempo. Ao longo desse período teve um encontro místico com Santa Catarina de Sena, a santa que viveu o mesmo ideal que ela. Pouco tempo depois, ficou doente e faleceu em 24 de março de 1381. Em 1484, Inocêncio VIII deu permissão para sua veneração como santa. Sua memória é celebrada em 24 de março.

Minha oração
“Dignai-vos meu Deus, permitir que eu tenha em Santa Catarina da Suécia uma poderosa e eficaz advogada, diante de Vosso poder, a fim de que seja afastado de mim o mal que me ameaça. Que ela me conduza, pela sua proteção, sã e salva, através de todos os perigos, a fim de mostrar-me a glória do Vosso nome e para que eu possa Louvar-Vos meu Deus, eternamente. Peço-Vos por nosso Senhor Jesus Cristo.”

Santa Catarina da Suécia, rogai por nós!

Meditação

- por Pe. Alexandre

Aquele que vós não conheceis… (Jo 7,1-2.10.25-30)
Nesta passagem do Evangelho, Jesus está falando do Pai. O Filho
conhece o Pai. Foi o Pai quem o enviou aos homens, como portador de uma
mensagem de amor e de esperança para a humanidade. E é bem dura a sua
afirmação: “Vocês não conhecem Aquele que me enviou…”
E nós? Conhecemos a Deus?

Na Bíblia, o verbo “conhecer” tem ressonâncias que vão muito além da
mera informação, da coleta de dados, do contato com a realidade. “Conhecer”
lembra a intimidade conjugal, quando o homem “conhece” sua esposa. (Cf. Gn
4,1; Lc 1,34.)
Há quem pense em Deus como o “grande relojoeiro”, aquele ser distante
que montou a engrenagem do Universo e cuida de seu mecanismo, uma espécie
de engenheiro de operações para supervisionar a sequência dos dias e das
noites? Será que isto é conhecer a Deus?
Há quem imagine Deus como um policial de plantão, de olho na gente,
pronto a intervir com a punição e o castigo adequado a cada transgressão da Lei.
Será que isto é conhecer a Deus?
Há quem se lembre de Deus exclusivamente na hora das dificuldades,
quando as coisas escaparam totalmente de nosso controle humano; então, como
quem se vale da varinha mágica ou do gênio da lâmpada, nós vamos recorrer ao
poder superior sempre pronto a quebrar nossos galhos e atender às nossas
veleidades. Será que isto é mesmo conhecer a Deus?
Ainda há quem se utilize de Deus como uma espécie de espada suspensa
no teto, com a qual se torna possível fazer que crianças arteiras andem na linha:
“Papai do Céu não gosta de menino que faz coisa feia!” Não admira que as
crianças cresçam e evitam toda aproximação desse deus-ameaçador! Será que
isto é conhecer a Deus?
E pensar que Jesus veio a este mundo para sinalizar o amor do Pai! Para
nos revelar a verdadeira face de Deus: um rosto de Pai, solidário com nossa dor,
atento à nossa fome, alimentando as aves do céu e vestindo de ouro os lírios do
campo!
E Jesus, a suspirar: “Se vós, que sois maus, sabeis dar boas dádivas a
vossos filhos, quanto mais o vosso Pai celestial vos dará o Espírito Santo àqueles
que lho pedirem!” (Lc 11,13.)
Orai sem cessar: “Senhor, mostra-nos o Pai!” (Jo 14,8)

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