24 de Novembro de 2019

34ª semana comum Domingo

- por Padre Alexandre Fernandes

DOMINGO – NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, REI DO UNIVERSO
(cor branco, glória, creio, pref. próprio – ofício da solenidade)

 

Antífona da entrada

 

– O Cordeiro que foi imolado é digno de receber o poder, a divindade, a sabedoria, a força e a honra. A ele glória e poder através dos séculos

(Ap 5,12; 1,6).

 

Oração do dia

 

– Deus eterno e todo-poderoso, que dispusestes restaurar todas as coisas no vosso amado Filho, rei do universo, fazei que todas as criaturas, libertas da escravidão e servindo à vossa majestade, vos glorifiquem eternamente. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: 2Sm 5,1-3

 

– Leitura do segundo livro de Samuel: Naqueles dias, 1todas as tribos de Israel vieram encontrar-se com Davi em Hebron e disseram-lhe: “Aqui estamos. Somos teus ossos e tua carne. 2Tempos atrás, quando Saul era nosso rei, eras tu que dirigias os negócios de Israel. E o Senhor te disse: ‘Tu apascentarás o meu povo Israel e serás o seu chefe’”. 3Vieram, pois, todos os anciãos de Israel até ao rei em Hebron. O rei Davi fez com eles uma aliança em Hebron, na presença do Senhor, e eles o ungiram rei de Israel.

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 122,1-.4-5 (R: 1)

 

– Quanta alegria e felicidade: vamos à casa do Senhor!
R: Quanta alegria e felicidade: vamos à casa do Senhor!

– Que alegria, quando ouvi que me disseram: “Vamos à casa do Senhor!” E agora nossos pés já se detêm, Jerusalém, em tuas portas.

R: Quanta alegria e felicidade: vamos à casa do Senhor!

– Para lá sobem as tribos de Israel, as tribos do Senhor. Para louvar, segundo a lei de Israel, o nome do Senhor. A sede da justiça lá está e o trono de Davi.

R: Quanta alegria e felicidade: vamos à casa do Senhor!
 

2ª Leitura: Cl 1,12-20

 

– Leitura da carta de são Paulo aos Colossenses: Irmãos: 12Com alegria dai graças ao Pai, que vos tornou capazes de participar da luz, que é a herança dos santos. 13Ele nos libertou do poder das trevas e nos recebeu no reino de seu Filho amado, 14por quem temos a redenção, o perdão dos pecados. 15Ele é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação, 16pois por causa dele foram criadas todas as coisas no céu e na terra, as visíveis e as invisíveis, tronos e dominações, soberanias e poderes. Tudo foi criado por meio dele e para ele. 17Ele existe antes de todas as coisas e todas têm nele a sua consistência. 18Ele é a Cabeça do Corpo, isto é, da Igreja. Ele é o princípio, o Primogênito dentre os mortos; de sorte que em tudo ele tem a primazia, 19porque Deus quis habitar nele com toda a sua plenitude 20e por ele reconciliar consigo todos os seres, os que estão na terra e no céu, realizando a paz pelo sangue da sua cruz.

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

– É bendito aquele que vem vindo, que vem vindo em nome do Senhor; e o reino que vem seja bendito, ao que vem e a seu reino, o louvor! (Mc 11,9.10)

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 23,35-43.

 

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas

– Glória a vós, Senhor!   

 

– Naquele tempo, 35os chefes zombavam de Jesus dizendo: “A outros ele salvou. Salve-se a si mesmo, se, de fato, é o Cristo de Deus, o Escolhido!”
36Os soldados também caçoavam dele; aproximavam-se, ofereciam-lhe vinagre, 37e diziam: “Se és o rei dos judeus, salva-te a ti mesmo!” 38Acima dele havia um letreiro: “Este é o Rei dos Judeus”. 39Um dos malfeitores crucificados o insultava, dizendo: “Tu não és o Cristo? Salva-te a ti mesmo e a nós!” 40Mas o outro o repreendeu, dizendo: “Nem sequer temes a Deus, tu que sofres a mesma condenação? 41Para nós, é justo, porque estamos recebendo o que merecemos; mas ele não fez nada de mal”. 42E acrescentou: “Jesus, lembra-te de mim, quando entrares no teu reinado”. 43Jesus lhe respondeu: “Em verdade eu te digo: ainda hoje estarás comigo no Paraíso”.

 

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!   

Santo André Dung-Lac e companheiros mártires

- por Padre Alexandre Fernandes

Neste dia comemoramos a santidade dos 117 mártires vietnamitas que testemunharam seu amor a Cristo

O Papa João Paulo II, em 1988, canonizou na verdade alguns, dos muitos ousados na fé, que se encontram entre o período de 1830 até 1870.

O Vietnã conheceu a Boa-nova de Jesus Cristo no século XVI, e o acolheu em sua integridade: “Então, entregar-vos-ão à aflição, matar-vos-ão, sereis odiados por todos os pagãos por causa do meu nome…mas quem perseverar até o fim, este será salvo”. (Mt 24,9-13)

Santo André Dung-Lac, era de família pobre, reconheceu a riqueza do Dom Sacerdotal e foi ordenado Padre em 1823; em meio às perseguições desejava ardentemente testemunhar Jesus Cristo com o martírio, pois dizia que “aqueles que morrem pela fé sobem ao céu”.

Na Ásia, iniciou-se grande perseguição aos cristãos. De 1625 a 1886, os governantes tudo fizeram para despertar o ódio e a vingança contra a religião cristã e àqueles que anunciavam o Evangelho ou tornavam-se cristãos. Mas, quanto mais os perseguiam, mais aumentava o fervor dos cristãos. Esse período culminou com a morte de 117 santos: Sacerdotes, Bispos, pais de famílias, jovens, crianças, catequistas, seminaristas, militares. Todos estes mostrando a universalidade do chamado à Santidade com o próprio sangue.

Santo André Dung-Lac e companheiros mártires, rogai por nós!

Meditação

- por Padre Alexandre Fernandes

Hoje estarás comigo… (Lc 23,35-43)

 

            Deus é o Senhor do tempo. Para Ele, mil anos são como um dia (cf. Sl 90,4). Sendo um Deus eterno, tudo acontece para Ele em um eterno HOJE. Assim, nossa relação com o Senhor é sempre no presente. O passado já nos escapou. O futuro, nem sabemos se virá. A cada instante, vivemos para Deus em seu HOJE.

 

            Foi assim com o ladrão, no Calvário, ao lado de Jesus. É verdade que nos acostumamos a chamá-lo de “bom ladrão”, talvez por oculto preconceito contra os demais ladrões. De fato, não havia muita coisa boa a registrar no currículo de um homem que passara sua vida no crime. O infeliz não conseguira acumular virtudes que pudesse apresentar a Jesus, na hora extrema, como uma espécie de fatura a ser cobrada. Em resumo, ele apenas devia… Uma conta impagável…

 

            Bastou àquele ladrão, no entanto, uma simples petição: “Jesus, lembra-te de mim quando vieres como rei!” De imediato, ouviu a resposta: “Ainda HOJE estarás comigo no Paraíso”.

 

            Sei que os honestos costumam protestar: “Não é justo! Afinal, de que me valeu praticar a virtude? De que me adiantaram tantos terços rezados em cima de grãos de milho? Que proveito me veio de ter fugido das farras e bebedeiras, se esse bandido chega ao fim e recebe o perdão?”

 

            Esta é uma reação típica do filho mais velho da parábola, incapaz de se alegrar com o regresso do irmão caçula e com a acolhida amorosa que o Pai acabava de lhe oferecer… No fundo, a terrível ilusão de que o céu seria algo merecido e, enfim, concedido por um Deus obrigado a pagar nossos investimentos. Como se o céu – isto é, a salvação – não fosse pura graça, puro dom!

 

            De passagem, uma observação para aqueles que ainda creem em reencarnações, como necessário regresso ao mundo para pagar pecados e crimes de vidas anteriores, até chegar à purificação produzida pelos sofrimentos. Se existiu alguém, neste mundo, que de fato precisaria voltar e “pagar”, era aquele miserável ladrão. No entanto, diante de sua humilde súplica, toda a “conta” foi zerada. Naquele mesmo HOJE, estaria no Paraíso com Jesus. Como fica, afinal, a crença na reencarnação?

 

            Não se merece a salvação. Em nossa vida, nós não acumulamos créditos a serem futuramente cobrados do Senhor. “É por graça que fostes salvos” – diz o Apóstolo São Paulo. “E isto não vem de vós: é dom de Deus! Não vem das obras, de modo que ninguém pode gloriar-se.” (cf. Ef 2,8-9).

 

Orai sem cessar: “Junto ao Senhor se acha a misericórdia!” (Sl 130,7)

Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.

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