24 de Outubro de 2020
29a semana do tempo comum Sábado
- por Pe. Alexandre
SABADO – XXIX SEMANA DO TEMPO COMUM
(verde – ofício do dia)
Antífona da entrada
– Clamo por vós, meu Deus, porque me atendestes; inclinai vosso ouvido e escutai-me. Guardai-me como a pupila dos olhos, à sombra das vossas asas abrigai-me (Sl 16,6.8).
Oração do dia
– Deus eterno e todo-poderoso, dai-nos a graça de estar sempre ao vosso dispor, e vos servir de todo o coração. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
1ª Leitura: Ef 4,7-16
– Leitura da carta de são Paulo aos Efésios: Irmãos, 7cada um de nós recebeu a graça na medida em que Cristo lha deu. 8Daí esta palavra: “Tendo subido às alturas, ele capturou prisioneiros, e distribuiu dons aos homens”. 9”Ele subiu”! Que significa isso, senão que ele desceu também às profundezas da terra? 10Aquele que desceu é o mesmo que subiu mais alto do que todos os céus, a fim de encher o universo. 11E foi ele quem instituiu alguns como apóstolos, outros como profetas, outros ainda como evangelistas, outros, enfim, como pastores e mestres. 12Assim, ele capacitou os santos para o ministério, para edificar o corpo de Cristo, 13até que cheguemos todos juntos à unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, ao estado do homem perfeito e à estatura de Cristo em sua plenitude. 14Assim, não seremos mais crianças ao sabor das ondas, arrastados por todo vento de doutrina, ludibriados pelos homens e induzidos por sua astúcia ao erro. 15Motivados pelo amor queremos ater-nos à verdade e crescer em tudo até atingirmos aquele que é a Cabeça, Cristo, 16Graças a Ele, o corpo, coordenado e bem unido, por meio de todas as articulações que o servem, realiza o seu crescimento, segundo uma atividade à medida de cada membro, para a sua edificação no amor.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 122,1-2.3-4a.4b-5 (R: 1)
– Que alegria, quando me disseram: “Vamos à casa Senhor!”
R: Que alegria, quando me disseram: “Vamos à casa Senhor!”
– Que alegria, quando me disseram: “Vamos à casa do Senhor!” E agora nossos pés já se detêm, Jerusalém, em tuas portas.
R: Que alegria, quando me disseram: “Vamos à casa Senhor!”
– Jerusalém, cidade bem edificada num conjunto harmonioso; para lá sobem as tribos de Israel, as tribos do Senhor.
R: Que alegria, quando me disseram: “Vamos à casa Senhor!”
– Para louvar, segundo a lei de Israel, o nome do Senhor. A sede de justiça lá está, e o trono de Davi.
R: Que alegria, quando me disseram: “Vamos à casa Senhor!”
Aclamação ao santo Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– Não quero a morte do pecador, diz o Senhor, mas que ele volte, se converta e tenha vida (Ez 33,11).
Aleluia, aleluia, aleluia.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 13,1-9
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas
– Glória a vós, Senhor!
– 1Naquele tempo, vieram algumas pessoas trazendo notícias a Jesus a respeito dos galileus que Pilatos tinha matado, misturando seu sangue com o dos sacrifícios que ofereciam. 2Jesus lhes respondeu: “Vós pensais que esses galileus eram mais pecadores do que todos os outros galileus, por terem sofrido tal coisa? 3Eu vos digo que não. Mas se vós não vos converterdes, ireis morrer todos do mesmo modo. 4E aqueles dezoito que morreram, quando a torre de Siloé caiu sobre eles? Pensais que eram mais culpados do que todos os outros moradores de Jerusalém? 5Eu vos digo que não. Mas, se não vos converterdes, ireis morrer todos do mesmo modo”. 6E Jesus contou esta parábola: “Certo homem tinha uma figueira plantada na sua vinha. Foi até ela procurar figos e não encontrou. 7Então disse ao vinhateiro: ‘Já faz três anos que venho procurando figos nesta figueira e nada encontro. Corta-a! Por que está ela inutilizando a terra?’ 8Ele, porém, respondeu: ‘Senhor, deixa a figueira ainda este ano. Vou cavar em volta dela e colocar adubo. 9Pode ser que venha a dar fruto. Se não der, então tu a cortarás’”.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!
Santo Antônio Maria Claret
- por Pe. Alexandre
O santo lembrado hoje foi de muita importância para a Igreja que guarda o testemunho de sua santidade, que mereceu a frase do Papa Pio XI que disse: “Antônio Maria Claret é uma figura verdadeiramente grande, como apóstolo infatigável”. Nasceu em 1807 em Sallent (Província de Barcelona – Espanha), ao ser batizado recebeu o nome de Antônio João, ao qual ele veio depois acrescentar o de Maria como sinal de sua especial devoção à Santíssima Virgem: “Nossa Senhora é minha Mãe, minha Madrinha, minha Mestra, meu tudo, depois de Cristo”.
Antônio Maria ajudou o pai numa fábrica de tecidos até os 22 anos, quando entrou para o seminário de vida, pois almejava um sacerdócio santo e como padre desejou consagrar-se nas difíceis missões da Espanha. Ao ver a pobreza dos missionários e as portas se abrindo, Antônio Maria, com amigos, tratou de fundar a “Congregação dos Missionários Filhos do Imaculado Coração de Maria”, conhecidos como Claretianos.
O Carisma era evangelizar todos os setores, por meio da caridade de Cristo que constrangia, por isso dizia: “Não posso resistir aos impulsos interiores que me chamam para salvar almas. Tenho sede de derramar o meu sangue por Cristo!” Mal tinha fundado a Congregação, o Espírito o nomeou para Arcebispo de Santiago de Cuba, onde fez de tudo, até arriscar a própria vida, para defender os oprimidos da ilha e converter a todos, conta-se que ao chegar às terras cubanas foi logo visitar e consagrar o apostolado à Nossa Senhora do Cobre.
Com os amigos o Arcebispo Santo Antônio Maria Claret, evangelizou milhares de almas, isto através de missões populares e escritos, que chegaram a 144 obras. Fundador das Religiosas de Maria Imaculada, voltou a Espanha, também tornou-se confessor e conselheiro particular da rainha Isabel II; participou do Concílio Vaticano I, e ao desviar-se de calúnias retirou-se na França onde continuou o apostolado até passar pela morte e chegar na glória em 24 de outubro de 1870.
Foi beatificado em 1934 pelo Papa Pio XI e canonizado por Pio XII em 1950. Pelo seu amor ao Imaculado Coração de Maria e pelo seu apostolado do Rosário, tem uma estátua de mármore no interior da Basílica de Fátima.
Santo Antônio Maria Claret, rogai por nós!
Meditação
- por Pe. Alexandre
Corta-a! (Lc 13,1-9)
Cortar uma árvore é uma atitude radical. O dono da vinha parece violento. Parece que se cansou da esperança. Como conciliar esta parábola com a noção de um Deus misericordioso ao infinito?
Joachim Jeremias, exegeta alemão, nos ajuda a compreendê-la em seu contexto original. Começa por lembrar que a figueira faz sombra sobre a parreira, impedindo que as uvas amadureçam. Logo, o dono da vinha devia gostar muito de figos, do contrário não teria plantado a figueira. Além disso, já esperava por frutos há muito tempo. Segundo a lei do Levítico (19,23ss), os frutos produzidos por uma árvore nova nos três primeiros anos de colheita eram considerados “incircuncisos”, isto é, impróprios para a alimentação. No quarto ano, os frutos colhidos eram oferecidos a Deus como primícias do pomar, em um gesto cultual: “Deus primeiro!” Só a partir do quinto ano é que o produto das frutíferas podia ser colhido como alimento humano.
Ora, já havia três anos que o dono da terra procurava por figos e não os achava. Façamos a soma: 3+1+3 = 7!!! São sete anos de esterilidade! Sete anos de decepção. E no mundo bíblico o número 7 significa a plenitude, a totalidade, isto é, todo o tempo…
Agora, fica mais fácil entender a mensagem desta parábola: TODO O TEMPO, Deus espera por nós e pelos frutos do Espírito em nossa vida. Mas esse tempo há de acabar, é limitado, tem um fim. Chegado o fim, não haverá outro recurso a não ser cortar a figueira…
Assim sendo, não podemos acusar a Deus – representado na figura do dono da vinha – de impaciente ou sem misericórdia. Ao contrário, nada mais justo que esperar pelos frutos de seu “investimento” em nossa vida. Em Isaías 5, o profeta nos dá o “canto de amor” a respeito da vinha (Israel), que se recusara a dar frutos: depois de cavar a terra, limpá-la das pedras e plantar cepas escolhidas, o “dono” ainda a cercou, ergueu uma torre e construiu um lagar, pois esperava fabricar o seu vinho. No tempo da colheita, a uva não prestava, só dava vinagre. Que fazer?
Sua cerca será arrancada e os javalis a pisarão. Nela crescerão apenas cardos e espinhos. Nem mesmo a chuva há de regá-la… A vinha predileta não correspondera ao amor…
E nós? Estamos correspondendo ao Amor que foi investido em nós?
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