25 de Agosto de 2021

21a semana comum Quarta-feira

- por Pe. Alexandre

QUARTA FEIRA DA XXI SEMANA COMUM
(verde – ofício do dia)

 

Antífona da entrada

 

– Inclinai, Senhor, o vosso ouvido e escutai-me, salvai, meu Deus, o servo que confia em vós. Tende compaixão de mim, clamo por vós o dia inteiro (Sl 85, 1).

 

Oração do dia

 

– Ó Deus, que unis os corações dos vossos fiéis num só desejo, dai ao vosso povo amar o que ordenais e esperar o que prometeis, para que, na instabilidade deste mundo, fixemos os nossos corações onde se encontram as verdadeiras alegrias. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: 1 Ts 2,9-13

 

– Leitura da primeira carta de são Paulo aos Tessalonicenses: 9Irmãos, certamente ainda vos lembrais dos nossos trabalhos e fadigas. Trabalhamos dia e noite, para não sermos pesados a nenhum de vós. Foi assim que anunciamos o Evangelho de Deus. 10Vós sois testemunhas, e Deus também, de quão santo, justo, irrepreensível foi o nosso proceder para convosco, os fiéis. 11Bem sabeis que, como um pai a seus filhos, 12nós exortamos a cada um de vós e encorajamos e insistimos, para que vos comporteis de modo digno de Deus, que vos chama ao seu reino e à sua glória. 13Por isso agradecemos a Deus sem cessar por terdes acolhido a pregação da Palavra de Deus, não como palavra humana, mas como aquilo que de fato é: Palavra de Deus, que está produzindo efeito em vós que abraçastes a fé.

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: 139,7-8.9-10.11-12ab. (R: 1a)

 

– Senhor, vós me sondais e me conheceis!
R: Senhor, vós me sondais e me conheceis!

 

– Em que lugar me ocultarei de vosso espírito? E para onde fugirei de vossa face? Se eu subir até os céus, ali estais; se eu descer até o abismo, estais presente.

R: Senhor, vós me sondais e me conheceis!

 

– Se a aurora me emprestar as suas asas, para eu voar e habitar no fim dos mares; mesmo lá vai me guiar a vossa mão e segurar-me com firmeza a vossa destra.

R: Senhor, vós me sondais e me conheceis!

 

– Se eu pensasse: “A escuridão venha esconder-me e que a luz ao meu redor se faça noite!” Mesmo as trevas para vós não são escuras, a própria noite resplandece como o dia.

R: Senhor, vós me sondais e me conheceis!

Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

– O amor de Deus se realiza em todo aquele que guarda a Palavra fielmente (1Jo 2,5).

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus: Mt 23,27-32

 

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus

– Glória a vós, Senhor!   

 

– Naquele tempo, disse Jesus: 27“Ai de vós, mestres da Lei e fariseus hipócritas! Vós sois como sepulcros caiados: por fora parecem belos, mas por dentro estão cheios de ossos de mortos e de toda podridão! 28Assim também vós: por fora, pareceis justos diante dos outros, mas por dentro estais cheios de hipocrisia e injustiça. 29Ai de vós, mestres da Lei e fariseus hipócritas! Vós construís sepulcros para os profetas e enfeitais os túmulos dos justos, 30e dizeis: ‘Se tivéssemos vivido no tempo de nossos pais, não teríamos sido cúmplices da morte dos profetas’. 31Com isso, con­fessais que sois filhos daqueles que mataram os profetas. 32Com­pletai, pois, a medida de vossos pais!”

 

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!   

São Luís

- por Pe. Alexandre

Nós celebramos, neste dia, a vida do santo que foi rei da França, Luís IX. Ele nasceu em Poissy, a 25 de abril de 1214, e teve a graça de ter uma mãe muito religiosa, tanto assim que o aconselhava depois do Batismo: “Filhinho, agora és um templo do Espírito Santo, conserva sempre teu coração puro e jamais o manches com o pecado”.

A rainha-mãe, Branca de Castela, providenciou ótimos professores e instrutores para uma formação digna do filho, dessa forma quando o pai de Luís morreu, quando este tinha apenas 12 anos, o jovem pôde ser coroado e, na idade de 21 anos, começar a reger toda a nação, sem esquecer sua realidade de pai e esposo. São Luís era penitente, humilde, homem de oração e caridade; participava com tanta perseverança da Santa Missa diária que, ao ser provocado por nobres, respondia: “Se eu dedicasse tempo dobrado para os jogos ou para a caça, ninguém repreenderia!”

São Luís buscava intensamente viver a justiça do Reino de Deus enquanto rei e cristão, por isso praticava o que aconselhava: “Não tiremos o bem dos outros nem sequer para o dar a Deus”. Cheio de amor a Cristo, à Igreja e ao Papa, São Luís organizou até mesmo cruzadas a fim de resgatar os lugares santos; certa vez, ficou preso durante 5 anos e depois de solto empenhou-se numa outra cruzada que o vitimou com uma peste mortífera (tifo). Ao receber os santos sacramentos, esse grande santo entrou no Céu a 25 de agosto de 1270.

Foi canonizado, em 1297, pelo Papa Bonifácio VIII.

São Luís, rogai por nós!

Meditação

- por Pe. Alexandre

No tempo de nossos pais… (Mt 23,27-32)

 

Eis uma espinhosa coleção de mal-aventuranças iniciadas por sete “ais” que prenunciam desgraças. Jesus verbera a hipocrisia das lideranças religiosas de Israel, trazendo à tona as graves contradições entre pequenos ritos e grandes infidelidades, higiene exterior e íntima podridão, copos limpos e almas imundas…

 

Um dos exemplos citados é a habitual atitude de acusar os antepassados por seus erros (como o assassinato dos profetas, no caso de Israel) e julgar-nos superior a eles, como se não estivéssemos envolvidos em crimes semelhantes.

 

Em geral, os filhos costumam alimentar mágoas e

ressentimentos em relação aos pais. São frequentes as queixas e acusações. Modernos que somos, não evitamos um sorriso de ironia diante das “ignorâncias” dos antepassados. Muitos casais de hoje escolheram como lema a frase: “Não queremos que nossos filhos passem aquilo que passamos”. Claro, a culpa é dos antigos…

 

Ora, somos melhores que eles? Somos capazes dos sacrifícios que eles assumiram em uma época de grandes carências materiais e duros combates pela sobrevivência? Estamos repetindo seus gestos de desapego, como aquelas mães que tiravam de seu prato a comida dos filhos? Temos as mãos calejadas para que nossos descendentes tenham seu diploma?

 

Eram tempos difíceis, sem luz elétrica nem água encanada. Tempos de lamparina de querosene, de buscar água na bica. De só comprar roupa nova quando a velha apodrecia. De meia-sola nos sapatos. E a vovó a ditar: “Remenda o pano, que dura mais um ano; remenda outra vez, que dura mais um mês” …

 

Eram tempos de fé manifesta em pequenos gestos. A oração antes da refeição. A família reunida para rezar o terço antes de dormir. O dia pontuado pelo tradicional “bênção, mãe” e pelo “Deus te abençoe, meu filho!”

 

Outro engano é quando comentamos: “Hoje é muito difícil ser cristão. Se eu tivesse vivido no tempo de Jesus, teria sido mais fácil!” Na verdade, é exatamente o contrário. A proximidade com a realidade humana de Jesus, sua família humana, a oficina do carpinteiro e – acima de tudo – sua escandalosa morte na cruz foram sérios obstáculos para que o acolhessem como Messias Salvador. Hoje, após vinte séculos de evangelização, após uma legião de mártires, após a reflexão dos grandes mestres espirituais, após os exemplos admiráveis de tantos servos e ervas de Deus, nossa fé tem muito mais andaimes para se apoiar.

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