25 de Janeiro de 2019

2ª Semana do Tempo Comum

- por Padre Alexandre Fernandes

Antífona da entrada

 

– Sei em quem acreditei; e estou certo de que o justo juiz conservará a minha fé até o dia de sua vinda  (2Tm 1,12; 4,8).

 

Oração do dia

 

– Deus que instruístes o mundo inteiro pela pregação do apóstolo são Paulo, dai-nos, ao celebrar hoje a sua conversão, caminhar para vós seguindo seus exemplos e ser, no mundo, testemunhas do evangelho . Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: At 22,3-16

 

– Leitura dos Atos dos Apóstolos – Naqueles dias, Paulo disse ao povo: 3“Eu sou judeu, nascido em Tarso da Cilícia, mas fui criado aqui nesta cidade. Como discípulo de Gamaliel, fui instruído em todo o rigor da Lei de nossos antepassados, tornando-me zeloso da causa de Deus, como acontece hoje convosco. 4Persegui até à morte os que seguiam este Caminho, prendendo homens e mulheres e jogando-os na prisão. 5Disso são minhas testemunhas o Sumo Sacerdote e todo o conselho dos anciãos. Eles deram-me cartas de recomendação para os irmãos de Damasco. Fui para lá, a fim de prender todos os que encontrasse e trazê-los para Jerusalém, a fim de serem castigados. 6Ora, aconteceu que, na viagem, estando já perto de Damasco, pelo meio dia, de repente uma grande luz que vinha do céu brilhou ao redor de mim. 7Caí por terra e ouvi uma voz que me dizia: ‘Saulo, Saulo, por que me persegues?’ 8Eu perguntei: ‘Quem és tu, Senhor?’ Ele me respondeu: ‘Eu sou Jesus, o Nazareno, a quem tu estás perseguindo’. 9Meus companheiros viram a luz, mas não ouviram a voz que me falava. 10Então perguntei: ‘Que devo fazer, Senhor?’ O Senhor me respondeu: ‘Levanta-te e vai para Damasco. Ali te explicarão tudo o que deves fazer’. 11Como eu não podia enxergar, por causa do brilho daquela luz, cheguei a Damasco guiado pela mão dos meus companheiros. 12Um certo Ananias, homem piedoso e fiel à Lei, com boa reputação junto de todos os judeus que aí moravam, 13veio encontrar-me e disse: ‘Saulo, meu irmão, recupera a vista!’ No mesmo instante, recuperei a vista e pude vê-lo. 14Ele, então, me disse: ‘O Deus de nossos antepassados escolheu-te para conheceres a sua vontade, veres o Justo e ouvires a sua própria voz. 15Porque tu serás a sua testemunha diante de todos os homens, daquilo que viste e ouviste. 16E agora, o que estás esperando? Levanta-te, recebe o batismo e purifica-te dos teus pecados, invocando o nome dele!’”

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 117,1.2 (R: Mc 16,15)

 

– Ide, por todo o mundo, a todos pregai o Evangelho.
R: Ide, por todo o mundo, a todos pregai o Evangelho.

– Cantai louvores ao Senhor, todas as gentes, povos todos, festejai-o!

R: Ide, por todo o mundo, a todos pregai o Evangelho.

– Pois comprovado é o seu amor para conosco, para sempre ele é fiel!

R: Ide, por todo o mundo, a todos pregai o Evangelho.

 

Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

 – Eu vos designei para que vades e deis frutos e o vosso fruto permaneça, assim disse o Senhor (Jo 15,16).

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Marcos: Mc 16,15-18

 

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Marcos

– Glória a vós, Senhor!  

Naquele tempo, Jesus se manifestou aos onze discípulos, 15e disse-lhes: “Ide pelo mundo inteiro e anunciai o Evangelho a toda criatura! 16Quem crer e for batizado será salvo. Quem não crer será condenado. 17Os sinais que acompanharão aqueles que crerem serão estes: expulsarão demônios em meu nome, falarão novas línguas; 18se pegarem em serpentes ou beberem algum veneno mortal não lhes fará mal algum; quando impuserem as mãos sobre os doentes, eles ficarão curados”.

 

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!  

Conversão de São Paulo

- por Padre Alexandre Fernandes

São Paulo, buscava identificar cristãos, prendê-los e acabar com o Cristianismo

O apóstolo dos gentios e das nações nasceu em Tarso. Da tribo de Benjamim, era judeu de nação. Tarso era mais do que uma colônia de Roma, era um município. Logo, ele recebeu também o título de cidadão romano. O seu pai pertencia à seita dos fariseus. Foi neste ambiente, em meio a tantos títulos e adversidades, que ele foi crescendo e buscando a Palavra de Deus.

Combatente dos vícios, foi um homem fiel a Deus. Paulo de Tarso foi estudar na escola de Gamaliel, em Jerusalém, para aprofundar-se no conhecimento da lei, buscando colocá-la em prática. Nessa época, conheceu o Cristianismo, que era tido como um seita na época. Tornou-se, então, um grande inimigo dessa religião e dos seguidores desta. Tanto que a Palavra de Deus testemunha que, na morte de Santo Estevão, primeiro mártir da Igreja, ele fez questão de segurar as capas daqueles que o [Santo Estevão] apedrejam, como uma atitude de aprovação. Autorizado, buscava identificar cristãos, prendê-los, enfim, acabar com o Cristianismo. O intrigante é que ele pensava estar agradando a Deus. Ele fazia seu trabalho por zelo, mas de maneira violenta, sem discernimento. Era um fariseu que buscava a verdade, mas fechado à Verdade Encarnada. Mas Nosso Senhor veio para salvar todos.

Encontramos, no capítulo 9 dos Atos dos Apóstolos, o testemunho: “Enquanto isso, Saulo só respirava ameaças e morte contra os discípulos do Senhor. Apresentou-se ao príncipe dos sacerdotes e pediu-lhes cartas para as sinagogas de Damasco, com o fim de levar presos, a Jerusalém, todos os homens e mulheres que seguissem essa doutrina. Durante a viagem, estando já em Damasco, subitamente o cercou uma luz resplandecente vinda do céu. Caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia: ‘Saulo, Saulo, por que me persegues?’. Saulo então diz: ‘Quem és, Senhor?’. Respondeu Ele: ‘Eu sou Jesus, a quem tu persegues. Duro te é recalcitrar contra o aguilhão’. Trêmulo e atônito, disse Saulo: ‘Senhor, que queres que eu faça?’ respondeu-lhe o Senhor: ‘Levanta-te, entra na cidade, aí te será dito o que deves fazer'”.

O interessante é que o batismo de Saulo é apresentado por Ananias, um cristão comum, mas dócil ao Espírito Santo.

Hoje estamos comemorando o testemunho de conversão de São Paulo. Sua primeira pregação foi feita em Damasco. Muitos não acreditaram em sua mudança, mas ele perseverou e se abriu à vontade de Deus, por isso se tornou um grande apóstolo da Igreja, modelo de todos os cristãos.

São Paulo de Tarso, rogai por nós!

FONTE: Canção Nova

Meditação

- por Padre Alexandre Fernandes

Quem não crer será condenado… (Mc 16,15-18)

 

            Não pense em uma divindade justiceira, espada na mão, em busca de descrentes a decapitar. Nem precisa ser assim. A pior condenação já está incluída na recusa da fé: viver sem Deus.

 

            Ao contrário, quem vive a fé experimenta a ternura de um Pai, suficiente para orientar seus passos e superar as barreiras da condição humana.

 

            O teólogo Bruno Forte fala sobre a fé:

 

            “A existência da fé é um contínuo receber a própria vida das mãos do Pai e, ao mesmo tempo, uma entrega e um abandono pessoal à sua verdade e ao seu amor, no seguimento de Jesus que – ‘saindo’ de Deus – não cessou jamais de viver do seu Deus e Pai. É este êxodo que nos faz livres de nós mesmos, livres das seduções da posse e da busca obsessiva de seguranças humanas.”

 

            Assim entendida – e vivida – a fé produz a libertação do homem: ele não precisa se esforçar para ser um super-homem, pois tudo recebe de Deus, mas descobre que não precisa de feitores, pois não foi criado para a escravidão.

 

            “Desta total dependência do Pai – prossegue Bruno Forte – se origina, para os crentes, a consciência da própria relatividade: como indivíduos e como comunidades, reconhecem que não constituem um absoluto, mas um instrumento, não um fim, mas um meio, totalmente relativos ao primado de Deus, pobres e servos na sua condição de peregrinos. Nenhuma conquista, nenhum sucesso deverá extinguir neles o ardor da expectativa.”

 

            Sim, a fé é uma forma de caminhar. Por um lado, proíbe o “assentamento” e a inércia dos satisfeitos e dos burocratas; por outro lado, aponta para o alvo, o ponto de chegada, onde as promessas e as esperanças serão cumpridas.

 

            “Toda pretensão de já ter chegado – conclui Bruno Forte -, todo arrebatamento da consumação não passa de tentação e freio. A comunidade dos discípulos de Cristo não é já o reino da glória, mas apenas o Reino iniciado, presente no mistério (LG, 3). Ela traz em si a imagem fugaz deste mundo e vive os gemidos e as dores de parto do nascimento dos novos céus e da nova terra.”

 

            Recusar a fé é recusar o Caminho. A descrença nos estaciona, nos ancora a um porto aparentemente estável, mas nos rouba a liberdade de atravessar os oceanos. Não admira que a fé seja a razão de ser dos missionários que se lançam aos mares…

 

Orai sem cessar: “Eu tive fé, por isso falei…” (2Cor 4,13)

Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.

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