25 de Maio de 2020

7a Semana de Páscoa Segunda-feira

- por Pe. Alexandre

SEGUNDA FEIRA DA VII SEMANA DA PÁSCOA
(branco, pref. da Ascensão – ofício do dia da III semana)

 

 Antífona da entrada

– Recebereis a força do Espírito Santo, que descerá em vós, e dareis testemunho de mim até os confins da terra, aleluia! (At 1,8)

 

Oração do dia

– Nós vos pedimos, ó Deus, que venha a nós a força do Espírito Santo, para que realizemos fielmente a vossa vontade e a manifestemos por uma vida santa. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: At 19, 1-8

– Leitura dos Atos dos Apóstolos: 1Enquanto Apolo estava em Corinto, Paulo atravessou as re­giões montanhosas e chegou a Éfeso. Aí encontrou alguns discípulos e perguntou-lhes: 2“Vós rece­bestes o Espírito Santo quando abraçastes a fé?” Eles responderam: “Nem sequer ouvimos dizer que existe o Espírito Santo!” 3Então Paulo perguntou: “Que batismo vós recebestes?” Eles responderam: “O batismo de João”. 4Paulo disse-lhes: “João administrava um batismo de conversão, dizendo ao povo que acreditasse naquele que viria depois dele, isto é, em Jesus”. 5Tendo ouvido isso, eles foram ba­tizados no nome do Senhor Jesus. 6Paulo impôs-lhes as mãos e sobre eles desceu o Espírito Santo. Começaram então a falar em línguas e a profetizar. 7Ao todo, eram uns doze homens. 8Paulo foi então à sinagoga e, durante três meses, falava com toda convicção, discutindo e procurando convencer os ouvintes sobre o reino de Deus.

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 68, 2-3.4-5ac. 6-7ab (R 33a)

–  Reinos da terra cantai ao Senhor.
R: Reinos da terra, cantai ao Senhor.– Eis que Deus se põe de pé, e os inimigos se dispersam! Fogem longe de sua face os que odeiam o Senhor! Como a fumaça se dissipa, assim também os dissipais, como a cera se derrete, ao contato com o fogo, assim pereçam os iníquos ante a face do Senhor!

R: Reinos da terra cantai ao Senhor.– Mas os justos se alegram na presença do Senhor; rejubilam satisfeitos e exultam de alegria! Cantai a Deus, a Deus louvai, cantai um salmo a seu nome! O seu nome é Senhor: exultai diante dele!

R: Reinos da terra cantai ao Senhor.– Dos órfãos ele é pai, e das viú­vas protetor; é assim o nosso Deus em sua santa habitação. É o Senhor quem dá abrigo, dá um lar aos deserdados, quem liberta os prisioneiros e os sacia com fartura.

R: Reinos da terra cantai ao Senhor.

Aclamação ao santo Evangelho.

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

– Se com Cristo ressurgistes, procurai o que é do alto, onde Cristo está sentado à direita de Deus Pai (Cl 3,1)

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo João: Jo 16, 29-33– O Senhor esteja convosco.

Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João.

Glória a vós, Senhor!

 

– Naquele tempo, 29os discípulos disseram a Jesus: “Eis, agora falas claramente e não usas mais figuras. 30Agora sabemos que conheces tudo e que não precisas que alguém te interrogue. Por isto cremos que vieste da parte de Deus”. 31Jesus respondeu: “Credes agora? 32Eis que vem a hora – e já chegou – em que vos dispersareis, cada um para seu lado, e me deixareis só. Mas eu não estou só; o Pai está comigo. 33Disse-vos estas coisas para que tenhais paz em mim. No mundo, tereis tribulações. Mas, tende coragem! Eu venci o mundo!”

– Palavra da salvação.

Glória a vós, Senhor!

Santa Maria Madalena de Pazzi

- por Pe. Alexandre

Nasceu no ano de 1566 em Florença, na Itália, e pertenceu a uma nobre família.

Ela muito cedo se viu chamada à vida religiosa e queria consagrar-se totalmente. Abandonou tudo: os bens e os projetos. Entrou para a Ordem Carmelita e ali viveu por 25 anos. Uma aventura espiritual mística que resultou em uma grande obra com suas experiências carismáticas.

Todos os santos foram carismáticos. E a nossa Igreja é carismática, pois ela é marcada pelas manifestações do Espírito Santo. Precisamos aprender com os santos a sermos dóceis ao Espírito Santo. Ela sofreu muito. Amou a cruz de cada dia. Santa Maria sofreu com várias enfermidades até que entrou no Céu, com 41 anos. Seu lema foi: “Padecer, Senhor, e não morrer!”

Santa Maria Madalena de Pazzi, rogai por nós!

Meditação

- por Pe. Alexandre

Eu venci o mundo! (Jo 16,29-33)

            Por um lado, os discípulos manifestam arroubos de entusiasmo, ao afirmarem que “agora, sim” acreditam na divindade de Jesus. Por outro lado, o Mestre contrapõe que em breve tempo eles fugirão e o deixarão sozinho, acompanhado apenas pelo Pai. Mas Jesus sabe que é necessário animar seus frágeis seguidores. Daí, as palavras de estímulo: “Coragem! Eu venci o mundo!”

Não é preciso muita criatividade para imaginar a cara de decepção desses mesmos discípulos quando, logo a seguir, Jesus se deixa prender, torturar e crucificar sem a mínima reação. Afinal, onde estava a decantada vitória sobre o mundo? Se os seus seguidores tinham esperado por um sucesso pronto, total, acabado, enganaram-se por completo. Parece que se esqueceram da lição do Mestre: ainda que o grão de trigo já traga em seu íntimo toda a colheita, era preciso morrer primeiro (cf. Jo 12.24) …

E este é o ensinamento do Concílio Vaticano II, no Decreto Presbyterorum Ordinis (sobre o ministério e a vida dos sacerdotes): “Aliás, o Senhor Jesus, que disse: Tende confiança, eu venci o mundo, não prometeu por essas palavras à sua Igreja uma vitória total no mundo. De fato, o Sacrossanto Sínodo alegra-se de que a terra coberta com a semente do Evangelho agora frutifique em muitos lugares sob o sopro do Espírito do Senhor, que enche o orbe terrestre […]”. (PO, 22.)

Isto pode explicar que, ainda hoje, em muitos lugares, o príncipe deste mundo esteja recebendo honras indevidas: alguém esperou por milagres caídos do céu e economizou o próprio trabalho… Em razão de nossa inércia, o Espírito de Deus não encontrou os pés para caminhar, as vozes para falar, as mãos para agir. O Evangelho encontrou as portas fechadas porque alguém não quis suar a camisa. E a vitória de Cristo sobre o mundo permanece incompleta!

Um dos riscos permanentes que sempre ameaçaram a caminhada da Igreja é o perigo do triunfalismo barato. Comemorar vitórias e hastear bandeiras antes da hora. E, distraidamente, ignorar que estaremos em combate até a Vinda do Senhor, quando afinal – e só então! – o último inimigo será vencido (1Cor 15,26) e Deus “enxugará toda lágrima” de nossos olhos. (Cf. Ap 21,4.)

            Sou um guerreiro do Evangelho diante dos adversários de plantão? Ou estou soltando foguetes antes da hora?

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