25 de Maio de 2022

6a Semana da Páscoa. Quarta-feira

- por Pe. Alexandre

QUARTA FEIRA DA VI SEMANA DA PÁSCOA

(branco, ofício do dia)

 

Antífona da entrada

 

– Senhor, eu vos louvarei entre os povos, anunciarei vosso nome aos meus irmãos, aleluia!  (Sl 17,50; 21,23).

 

Oração do dia

 

– Ó Deus, ao celebrarmos solenemente a ressurreição do vosso Filho, concedei que nos alegremos com todos os santos quando ele vier na sua glória. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: At 17,15.22-18,1

 

– Leitura dos Atos dos Apóstolos: Naqueles dias, 17,15os que conduziram Paulo levaram-no até Atenas. De lá, voltando, transmitiram a Silas e Timóteo a ordem de que fossem ter com ele o mais cedo possível. E partiram. 22De pé, no meio do Areópago, Paulo disse: “Homens atenienses, em tudo eu vejo que vós sois extremamente religiosos. 23Com efeito, passando e observando os vossos lugares de culto, encontrei também um altar com esta inscrição: ‘Ao Deus desconhecido’. Pois bem, esse Deus que vós adorais sem conhecer é exatamente aquele que eu vos anuncio. 24O Deus que fez o mundo e tudo o que nele existe, sendo Senhor do céu e da terra, ele não habita em santuários feitos por mãos humanas. 25Também não é servido por mãos humanas, como se precisasse de alguma coisa; pois é ele que dá a todos vida, respiração e tudo o mais. 26De um só homem ele fez toda a raça humana para habitar sobre toda a face da terra, tendo fixado os tempos previamente estabelecidos e os limites de sua habitação. 27Assim fez, para que buscassem a Deus e para ver se o descobririam, ainda que às apalpadelas. Ele não está longe de cada um de nós, 28pois nele vivemos, nos movemos e existimos, como disseram alguns dentre vossos poetas: ‘Somos da raça do próprio Deus’. 29Sendo, portanto, da raça de Deus, não devemos pensar que a divindade seja semelhante a ouro, prata ou pedra, trabalhados pela arte e imaginação do homem. 30Mas Deus, sem levar em conta os tempos da ignorância, agora anuncia aos homens que todos e em todo lugar se arrependam, 31pois ele estabeleceu um dia em que irá julgar o mundo com justiça, por meio do homem que designou, diante de todos, oferecendo uma garantia, ao ressuscitá-lo dos mortos”. 32Quando ouviram falar da ressurreição dos mortos, alguns caçoavam, e outros diziam: “Nós te ouviremos falar disso em outra ocasião”. 33Assim Paulo saiu do meio deles. 34Alguns, porém, uniram-se a ele e abraçaram a fé. Entre eles estava também Dionísio, o areopagita, uma mulher chamada Dâmaris e outros com eles. 18,1Paulo deixou Atenas e foi para Corinto.

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 148,1-2.11-12ab.12c-14a.14bcd (R: Da vossa glória estão cheios o céu e a terra)

 

– Da vossa glória estão cheios o céu e a terra.
R: Da vossa glória estão cheios o céu e a terra.

– Louvai o Senhor Deus nos altos céus, louvai-o no excelso firmamento! Louvai-o, anjos seus, todos louvai-o, louvai-o, legiões celestiais!

R: Da vossa glória estão cheios o céu e a terra.

– Reis da terra, povos todos, bendizei-o, e vós, príncipes e todos os juízes; e vós, jovens, e vós, moças e rapazes, anciãos e criancinhas, bendizei-o!

R: Da vossa glória estão cheios o céu e a terra.

– Louvem o nome do Senhor, louvem-no todos, porque somente o seu nome é excelso! A majestade e esplendor de sua glória ultrapassam em grandeza o céu e a terra.

R: Da vossa glória estão cheios o céu e a terra.

– Ele exaltou seu povo eleito em poderio; ele é o motivo de louvor para os seus santos. É um hino para os filhos de Israel, este povo que ele ama e lhe pertence.

R: Da vossa glória estão cheios o céu e a terra.

 

Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

– Rogarei a meu Pai e ele há de enviar-nos um outro paráclito, que há de permanecer eternamente conosco (Jo 14,16).

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo João: Jo 16,12-15

 

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João

– Glória a vós, Senhor!  

 

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 12“Tenho ainda muitas coisas a dizer-vos, mas não sois capazes de as compreender agora. 13Quando, porém, vier o Espírito da Verdade, ele vos conduzirá à plena verdade. Pois ele não falará por si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido; e até as coisas futuras vos anunciará.  14Ele me glorificará, porque receberá do que é meu e vo-lo anunciará. 15Tudo o que o Pai possui é meu. Por isso, disse que o que ele receberá e vos anunciará, é meu”.

 

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!  

Santa Maria Madalena de Pazzi

- por Pe. Alexandre

Nasceu no dia 2 de abril de 1566, em Florença, na Itália. Batizada com o nome de Catarina, era pertencente a nobre família Pazzi.

Desde muito cedo, viu-se chamada à vida religiosa e queria consagrar-se totalmente ao Senhor. Tinha apenas oito anos quando o padre Rossi, jesuíta, começou a ouvi-la em confissão. Recebeu sua Primeira Comunhão aos dez anos e, contrariando o desejo dos pais, aos dezesseis anos abandonou tudo: os bens e os projetos para ingressar no convento de Santa Maria dos Anjos. Ali, por causa de uma grave doença, teve de fazer os votos antes das outras noviças, vestiu o hábito e tomou o nome de Maria Madalena.

Favorecida pelos dons especiais do Espírito Santo, viveu experiências místicas impressionantes, onde eram comuns os êxtases durante a penitência, oração e contemplação, originando extraordinárias visões proféticas. Para que essas revelações não se perdessem, seu superior ordenou que três irmãs anotassem fielmente as palavras que Maria Madalena dizia nessas ocasiões.

Foi provada na fé durante cinco anos, experimentando a escuridão e a aridez espiritual. Suas dores e enfermidades aumentavam dia após dia e não se compreendia como um corpo tão fraco podia resistir a tantos males. Suportou a tudo sem nenhuma queixa, entregando-se exclusivamente à Paixão de Jesus.

Sofreu com várias enfermidades até que entrou no Céu, com 41 anos, no dia 25 de maio de 1607. Faleceu no convento de Santa Maria dos Anjos, que hoje leva o seu nome.

Beatificada pelo Papa Urbano VIII, no ano de 1626, foi inserida no catálogo dos Santos em 1669, pelo Papa Clemente IX. Seu lema foi: “Padecer, Senhor, e não morrer!”

Santa Maria Madalena de Pazzi, rogai por nós!

Meditaçao

- por Pe. Alexandre

Ele vos guiará em toda a verdade… (Jo 16,12-15)

 

Verdade é uma palavra sagrada. Basta dizer que Jesus se define por ela: “Eu sou a verdade” (Jo 14,6). Diante de Pilatos, ele afirmou: “Eu nasci e vim ao mundo para isto: para dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade escuta a minha voz” (Jo 18,37).

 

Em tempos de agudo relativismo, muitos repetem a resposta de Pilatos: “Que é a verdade?” E acrescentam na maior cara de pau: “Cada um tem sua verdade”. Como se esta tese subjetivista não fosse absurda, pois considera como “verdades” proposições que se excluem. Afinal, a “verdade” dos terraplanistas merece o nome de verdade?

 

Neste Evangelho, Jesus promete aos discípulos o Espírito Santo, que os guiará rumo à verdade total. É o comentário de Hans Urs von Balthasar: “Esta totalidade é o mistério íntimo de Deus, sua natureza, que só ele conhece, pois assim como somente o espírito do homem conhece o interior do homem, assim também – e muito mais! – o interior de Deus está oculto a todos, se ele não o revela por si mesmo e não nos faz participar dele (1Cor 2,10-16)”.

 

“Esta abertura de si por parte de Deus – prossegue – é também a “verdade por inteiro”, pois atrás de verdade de Deus ou acima dela não pode existir outra verdade, e toda verdade contida no mundo criado não passa de um reflexo e uma imagem da verdade divina. Mas a verdade interior de Deus é que Deus, enquanto origem e Pai, se comunica desde sempre à sua ‘Palavra’ ou ‘expressão’ ou ‘imagem perfeita’, que é ‘gerada’ nesse dom total. Aí está um ato do amor mais original, ao qual só se pode responder por um amor recíproco igualmente total.”

 

Então, a “verdade” de Deus mais profunda é o seu amor, derramado sobre as criaturas? Não seria a verdade uma questão de conceitos, mas de amor?

 

  1. U. von Balthasar acrescenta: “Quanto mais o amor é incondicionado, mais ele é fecundo: um simples ‘Eu-Tu’ eterno se esgotaria em si mesmo, se o encontro não fosse ao mesmo tempo a produção de um fruto que (como o filho testemunha o encontro dos pais) testemunharia o eterno encontro do Pai e do Filho. Os seres finitos, mesmo quando amam e geram no amor, são seres justapostos, mas o ser infinito que é Deus só pode ser único, e nele os sujeitos amantes só podem existir um no outro”.

 

Nem ritos, nem conceitos, nem sacrifícios: a religião é o amor de Deus. O Espírito Santo revela esta verdade…

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