25 de Março de 2019

Anunciação do Senhor - Segunda-feira

- por Padre Alexandre Fernandes

SEGUNDA FEIRA – ANUNCIAÇÃO DO SENHOR

(Branco, glória, creio,pref. próprio, ofício da solenidade)

 

Antífona da entrada

 

– Ao entrar no mundo, Cristo disse: Eis-me aqui, ó Pai para fazer a tua vontade  (Hb 10,5.7).

 

Oração do dia

 

– Ó Deus, quisestes que vosso Verbo, se fizesse homem no seio da virgem Maria; dai-nos participar da divindade do nosso redentor, que proclamamos verdadeiro Deus e verdadeiro homem. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: Is 7,10-14;8,10

 

– Leitura do profeta Isaías: Naqueles dias, 10o Senhor falou com Acaz, dizendo: 11“Pede ao Senhor teu Deus que te faça ver um sinal, quer provenha da profundeza da terra, quer venha das alturas do céu”. 12Mas Acaz respondeu: “Não pedirei nem tentarei o Senhor”. 13Disse o profeta: “Ouvi então, vós, casa de Davi; será que achais pouco incomodar os homens e passais a incomodar até o meu Deus? 14Pois bem, o próprio Senhor vos dará um sinal. Eis que uma virgem conceberá e dará à luz um filho, e lhe porá o nome de Emanuel, 8,10porque Deus está conosco.

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 40,7-8a.8b-9.10.11 (R: 8a.9a)

 

– Eis que venho fazer, com prazer, a vossa vontade, Senhor!
R: Eis que venho fazer, com prazer, a vossa vontade, Senhor!

– Sacrifício e oblação não quisestes, mas abristes, Senhor, meus ouvidos; não pedistes ofertas nem vítimas, holocaustos por nossos pecados, e então eu vos disse: “Eis que venho!”

R: Eis que venho fazer, com prazer, a vossa vontade, Senhor!

– Sobre mim está escrito no livro: “Com prazer faço a vossa vontade, guardo em meu coração vossa lei!”

R: Eis que venho fazer, com prazer, a vossa vontade, Senhor!

– Boas-novas de vossa justiça anunciei numa grande assembléia; vós sabeis: não fechei os meus lábios!

R: Eis que venho fazer, com prazer, a vossa vontade, Senhor!

– Proclamei toda a vossa justiça, sem retê-la no meu coração; vosso auxílio e lealdade narrei. Não calei vossa graça e verdade na presença da grande assembléia.

R: Eis que venho fazer, com prazer, a vossa vontade, Senhor!
 

2ª Leitura: Hb 10,4-10

 

– Leitura da carta aos Hebreus: Irmãos, 4é impossível eliminar os pecados com o sangue de touros e bodes. 5Por isso, ao entrar no mundo, Cristo afirma: “Tu não quiseste vítima nem oferenda, mas formaste-me um corpo. 6Não foram do teu agrado holocaustos nem sacrifícios pelo pecado. 7Por isso eu disse: Eis que eu venho. No livro está escrito a meu respeito: Eu vim, ó Deus, para fazer a tua vontade”. 8Depois de dizer: “Tu não quiseste nem te agradaram vítimas, oferendas, holocaustos, sacrifícios pelo pecado” – coisas oferecidas segundo a Lei – 9ele acrescenta: “Eu vim para fazer a tua vontade”. Com isso, suprime o primeiro sacrifício, para estabelecer o segundo. 10É graças a esta vontade que somos santificados pela oferenda do corpo de Jesus Cristo, realizada uma vez por todas.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 1,26-38.

 

Glória a Cristo, palavra eterna do Pai, que é amor!

Glória a Cristo, palavra eterna do Pai, que é amor!

 

– A palavra se fez carne e habitou entre nós. E nós vimos sua glória que recebe de Deus Pai (Jo 1,14).

 

Glória a Cristo, palavra eterna do Pai, que é amor!

 

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas

– Glória a vós, Senhor!  

 

Naquele tempo, 26o anjo Gabriel foi enviado por Deus a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré, 27a uma virgem, prometida em casamento a um homem chamado José. Ele era descendente de Davi e o nome da Virgem era Maria. 28O anjo entrou onde ela estava e disse: “Alegra-te, cheia de graça, o Senhor está contigo!”  29Maria ficou perturbada com estas palavras e começou a pensar qual seria o significado da saudação. 30O anjo, então, disse-lhe: “Não tenhas medo, Maria, porque encontraste graça diante de Deus. 31Eis que conceberás e darás à luz um filho, a quem porás o nome de Jesus. 32Ele será grande, será chamado Filho do Altíssimo, e o Senhor Deus lhe dará o trono de seu pai Davi. 33Ele reinará para sempre sobre os descendentes de Jacó, e o seu reino não terá fim”. 34Maria perguntou ao anjo: “Como acontecerá isso, se eu não conheço homem algum?” 35O anjo respondeu: “O Espírito Santo virá sobre ti, e o poder do Altíssimo te cobrirá com sua sombra. Por isso, o menino que vai nascer será chamado Santo, Filho de Deus. 36Também Isabel, tua parenta, concebeu um filho na velhice. Este já é o sexto mês daquela que era considerada estéril, 37porque para Deus nada é impossível”. 38Maria, então, disse: “Eis aqui a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra!” E o anjo retirou-se.

 

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!  

Santa Lúcia Filippini

- por Padre Alexandre Fernandes

Lúcia nasceu no dia 13 de janeiro de 1672, em Corneto Tarquínia, proximidades de Roma, numa família honrada e abastada. Quando ainda tinha um ano de idade, Lúcia perdeu a mãe e alguns anos mais tarde, o pai. Ela foi entregue, para ser formada e educada, às Irmãs beneditinas e junto delas a menina descobriu o dom que tinha para ensinar.

Muito dedicada aos estudos da Sagrada Escritura, e com a alma cheia de caridade, tomou para si, ainda no início da adolescência a função de ensinar o catecismo às crianças. Tantos eram os pequenos que a procuravam e tão cativante era sua forma de transmitir a Palavra do Senhor, que logo o padre do local a nomeou oficialmente a catequista paroquial. Certo dia, passou pela sua cidade o cardeal Marcantonio Barbarigo, que conheceu Lúcia, reconheceu sua vocação e levou-a para acabar seus estudos com as Irmãs clarissas.

Preparada, foi colocada na liderança de uma missão que ele julgava essencial para corrigir os costumes cristãos de sua diocese: fundar escolas católicas em diversas cidades. Lúcia, em sua humildade, a princípio relutou, achando que a função estava acima de suas possibilidades. Mas o cardeal insistiu e ela iniciou seu trabalho que duraria quarenta anos.

A missão exigiu imensos esforços, tantos foram os sacrifícios a que teve de se submeter. Contudo, nada a afastou da tarefa recebida. Nessas quatro décadas preparou professoras, catequistas, fundou escolas e organizou-as em muitas cidades e dioceses. Quando o cardeal Barbarigo faleceu, as dificuldades aumentaram. Lúcia uniu-se então a outras professoras e catequistas, juntando todas numa congregação, fundou em 1692, o Instituto das Professoras Pias. A fama do seu trabalho chegou ao Vaticano e em 1707, o Papa Clemente XI pediu para que Lúcia criasse uma de suas escolas em Roma.

Lúcia Filippini faleceu aos sessenta anos, no dia 25 de março de 1732, de câncer, mas docemente e feliz pela sua vida entregue à Deus e às crianças, sementes das novas famílias que são a seiva da sociedade. Seu corpo descansa na catedral de Montefiascone, onde começaram as escolas católicas do Instituto das Professoras Pias Filippinas, como são chamadas atualmente.

A festa litúrgica à Santa Lúcia Filippini foi marcada para o dia 26 de março, pelo Papa Pio XI, na solenidade de sua canonização, em 1930. Hoje, as escolas das professoras pias filippinas além de atuarem em toda a Itália, estão espalhadas por todo território norte americano, num trabalho muito frutífero junto à comunidade católica.

FONTE: CAN

Meditação

- por Padre Alexandre Fernandes

Virá sobre ti o Espírito Santo… (Lc 1,26-38)

 

            Este Evangelho nos faz presentes ao momento sublime da Encarnação do Verbo de Deus. Narra o encontro do céu e da terra, o diálogo entre Deus e a Humanidade, representados pelo Arcanjo Gabriel e pela Virgem Maria. Diante da pergunta de Maria, o anjo acena com a intervenção direta do Espírito de Deus na vida dela, enquanto agente divino na Encarnação.

 

Transcrevo para você um trecho de meu livro “Sonetos do Agradecido” (Ed. O Lutador, BH), que comenta a mesma passagem:

 

“Quando Maria ouve de Gabriel estas palavras, não pode deixar de evocar a nuvem do Êxodo, que cobria de luz o caminho dos hebreus e, mais tarde, encheria todo o espaço interior da Tenda de Reunião, tornando-a impenetrável. E a Virgem sabe que é chamada a resumir em sua pessoa todo Sião, e dar – em nome da assembleia das 12 tribos – um primeiro SIM, pleno e cabal, diante da Vontade de Yahweh.

 

            Escolhida para esse momento ‘desde antes da fundação do mundo’, revestida (e in-vestida) de uma santidade ímpar, Maria é capaz dessa adesão total aos planos de Deus. Afinal, ‘os Padres da tradição oriental chama a Mãe de Deus a toda santa (Panhagia), celebram-na como ‘imune de toda mancha de pecado, como que plasmada pelo Espírito Santo, formada como nova criatura’. Pela graça de Deus, Maria permaneceu pura de todo pecado pessoal ao longo de toda a sua vida’.

 

            O Espírito de Deus se mostra em todo o seu dinamismo em cada momento-chave da história da salvação. Muitos ícones, para representar esta ‘atividade pneumática’, traçam do alto (da nuvem) uma parábola luminosa que recai sobre a personagem agraciada, como no caso da ‘Natividade’: na sombra da gruta, o raio luminoso recai sobre a cabeça do Infante, no colo de Maria.

 

            Assim, a revelação feita por Jesus a respeito de sua própria pessoa (cf. Lc 4,18-21, na sinagoga de Nazaré), enquanto ungida pelo Espírito Santo, diz respeito a uma realidade que remonta ao instante da Anunciação. Diante do assentimento da Virgem, ‘o Espírito Santo é enviado para santificar o seio da Virgem Maria e fecundá-la divinamente, ele que é ‘o Senhor que dá a Vida’, fazendo com que ela conceba o Filho Eterno do Pai em uma humanidade proveniente da sua’. (CIC, 485.)

 

            Tudo porque Maria disse SIM.”

 

Orai sem cessar: “Se enviais o vosso Espírito, renovais a face da terra!” (Sl 104,30)

Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.

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