25 de novembro de 2022

34a Semana do Tempo Comum Sexta-feira

- por Pe. Alexandre

SEXTA FEIRA – XXXIV SEMANA DO TEMPO COMUM

(verde – ofício do dia)

 

Antífona da entrada

 

– O Senhor fala de paz a seu povo e a seus amigos e a todos que se voltam para ele (Sl 84,9).

 

Oração do dia

 

– Levantai, ó Deus, o ânimo dos vossos filhos e filhas, para que, aproveitando melhor as vossas graças, obtenham de vossa paternal bondade mais poderosos auxílios. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: Ap 20,1-4.11-21,2

 

– Leitura do livro do Apocalipse de são João: Eu, João, 20,1vi um anjo descer do céu. Nas mãos tinha a chave do Abismo e uma grande corrente. 2Ele agarrou o Dragão, a antiga Serpente, que é o Diabo, Satanás. Acorrentou-o por mil anos 3e lançou-o dentro do Abismo. Depois, trancou e lacrou o Abismo, para que o Dragão não seduzisse mais as nações da terra, até que terminassem os mil anos. Depois dos mil anos, o Dragão deve ser solto, mas por pouco tempo. 4Vi então tronos, e os seus ocupantes sentaram-se e receberam o poder de julgar. Vi também as almas daqueles que foram decapitados por causa do Testemunho de Jesus e da Palavra de Deus e aqueles que não tinham adorado a besta, nem a imagem dela, nem tinham recebido na fronte ou na mão a marca da besta. Eles voltaram a viver, para reinar com Cristo durante mil anos. 11Vi ainda um grande trono branco e aquele que estava sentado nele. O céu e a terra fugiram da sua presença e não se achou mais o lugar deles. 12Vi também os mortos, os grandes e os pequenos, em pé diante do trono. Foram abertos livros, e mais um outro livro ainda: o livro da vida. Então foram julgados os mortos, de acordo com sua conduta, conforme está escrito nos livros. 13O mar devolveu os mortos que se encontravam nele. A morte e a morada dos mortos entregaram de volta os seus mortos. E cada um foi julgado conforme sua conduta. 14A morte e a morada dos mortos foram então lançados no lago de fogo. Esta é a segunda morte: o lago de fogo. 15Quem não tinha o seu nome escrito no livro da vida foi também lançado no lago de fogo. 21,1Vi então um novo céu e uma nova terra. Pois o primeiro céu e a primeira terra passaram, e o mar já não existe. 2Vi a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia do céu, de junto de Deus, vestida qual esposa enfeitada para o seu marido.

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 84,3-6a.8a (R: Ap 21,3b)

 

– Eis a tenda de Deus, no meio do povo!
R: Eis a tenda de Deus no meio do povo!

– Minha alma desfalece de saudades e anseia pelos átrios do Senhor! Meu coração e minha carne rejubilam e exultam de alegria no Deus vivo!

R: Eis a tenda de Deus no meio do povo!

– Mesmo o pardal encontra abrigo em vossa casa, e a andorinha ali prepara o seu ninho, para nele seus filhotes colocar: vossos altares, ó Senhor Deus do universo! Vossos altares, ó meu Rei e meu Senhor!

R: Eis a tenda de Deus no meio do povo!

– Felizes os que habitam vossa casa; para sempre haverão de vos louvar! Felizes os que em vós têm sua força, caminharão com um ardor sempre crescente.

R: Eis a tenda de Deus no meio do povo!

Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

– Levantai vossa cabeça e olhai, pois a vossa redenção se aproxima!

(Lc 21,28).

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 21,29-33

 

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas

– Glória a vós, Senhor!   

 

– Naquele tempo, 29Jesus contou-lhes uma parábola: “Olhai a figueira e todas as árvores. 30Quando vedes que elas estão dando brotos, logo sabeis que o verão está perto. 31Vós também, quando virdes acontecer essas coisas, ficai sabendo que o Reino de Deus está perto. 32Em verdade, eu vos digo: tudo isso vai acontecer antes que passe esta geração. 33O céu e a terra passarão, mas as minhas palavras não hão de passar.

 

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!   

Santa Catarina de Alexandria

- por Pe. Alexandre

Catarina nasceu no ano 287, em Alexandria, onde recebeu uma ótima formação cristã. É uma das mais célebres mártires dos primeiros séculos, venerada pela Igreja Ortodoxa como uma grande mártir, e na Igreja Católica é reverenciada como um dos catorze Santos Auxiliadores.

Diz a lenda, que o pai era Costes, rei de Alexandria. Aos 17 anos, Catarina era a mais bonita e a mais sábia das jovens de todo o império; essa sabedoria levou-a a ser muitas vezes invocada pelos estudantes. Anunciou que desejava casar-se, contanto que fosse com um príncipe tão belo e tão sábio como ela. Esta segunda condição embargou que se apresentasse qualquer pretendente.

“Será a Virgem Maria que te procurará o noivo sonhado”, disse-lhe o ermitão Ananias, que tinha revelações. Maria aparece, de fato, a Catarina na noite seguinte, trazendo o Menino Jesus pela mão. “Gostas tu d’Ele?”, perguntou Maria. -“Oh, sim”. -“E tu, Jesus, gostas dela?” -“Não gosto, é muito feia”. Catarina foi logo ter com Ananias: “Ele acha que sou feia”, disse chorando. -“Não é o teu corpo, é a tua alma orgulhosa que Lhe desagrada”, respondeu o eremita. Este instruiu-a sobre as verdades da fé, batizou-a e tornou-a humilde; depois disso, tendo-a Jesus encontrado bela, a Virgem Santíssima meteu aos dois o anel no dedo; foi isso que se ficou chamando, desde então, o “casamento místico de Santa Catarina”.

Ansiosa de ir ter com o seu Esposo celestial, Catarina ficou pensando unicamente no martírio. Conta-se que ela apresentou-se em nome de Deus, diante do perseguidor, imperador Maximino, a fim de repreendê-lo por perseguir aos cristãos e demonstrar a irracionalidade e inutilidade da religião pagã. Santa Catarina, conduzida pelo Espírito Santo e com sabedoria, conseguiu demonstrar a beleza do seguimento de Jesus na sua Igreja. Incapaz de lhe responder, Maximino reuniu para a confundir os 50 melhores filósofos da província, que, além de se contradizerem, curvaram-se para a Verdade e converteram-se ao Cristianismo, isso tudo para a infelicidade do terrível imperador.

Maximino mandou os filósofos serem queimados vivos, assim como à sua mulher Augusta, o ajudante de campo Porfírio e os duzentos oficiais que, depois de ouvirem Catarina, tinham-se proclamado cristãos. Após a morte desses, Santa Catarina foi provada na dor e aprovada por Deus no martírio, tendo sido sacrificada numa máquina com quatro rodas, armadas de pontas e de serras. Isto aconteceu por volta do ano 305.

Historiadores contam que o corpo de Santa Catarina foi levado pelos anjos ao Monte Sinai, onde, anos mais tarde, em honra à mártir, foi construído o Mosteiro de Santa Catarina por ordem do imperador bizantino Justiniano I.

Considerada padroeira dos estudantes, filósofos e professores, o culto a Santa estendeu-se por todo o mundo. A Universidade de Paris escolheu a santa como padroeira, e no Brasil é considerada padroeira do Estado de Santa Catarina.

A festa em honra a Santa Catarina foi incluída no calendário pelo Papa João XXII (1316-1334).

Santa Catarina de Alexandria, rogai por nós!

Meditaçao

- por Pe. Alexandre

Com grande poder e glória… (Lc 21,29-33)

 

Para o cristão, o Juízo Final não é visto como ameaça, mas como glorificação. Não se trata do “fim do mundo”, no sentido de uma catástrofe generalizada, um Apocalipse hollywoodiano, pois o Criador não vai transformar em pó a sua própria Criação, mas lhe dará a forma “nova” e regenerada. No grande Dia do Senhor, encerrado o tempo da velha História, o Verbo Encarnado se manifestará em sua vitória final, depositando todo o Cosmo aos pés do Pai (cf. Ef 1,22-23)

 

Eis a lição de Cirilo de Jerusalém [Séc. IV], em uma catequese batismal:

“Nós anunciamos a vinda de Cristo: não somente sua primeira vinda, mas também uma segunda muito mais luminosa. De fato, a primeira foi marcada pelo sinal da paciência, enquanto a segunda trará o diadema da divina realeza.

Aliás, em sua grande parte, tudo o que diz respeito a nosso Senhor Jesus Cristo, pode ser considerado sob duplo ponto de vista. Duplo nascimento: um de Deus, antes das eras; outro da Virgem Maria, na plenitude dos tempos. Dupla descida: uma discreta, como a da chuva sobre o velo; outra resplandecente, aquela que deve vir.

Por ocasião da primeira vinda, ele foi envolvido em faixas e deitado no presépio; na segunda, ele será vestido de luz como um manto (cf. Sl 104,2). Na primeira, ele sofreu a cruz e desprezou a vergonha; na segunda, avançará em sua glória escoltado por um exército de anjos.

Agora, não nos basta apoiar-nos na primeira vinda; esperamos ainda pela segunda. E após ter dito, na primeira, “bendito aquele que vem em nome do Senhor” (Mt 21,9), nós o repetiremos de novo por ocasião da segunda, quando viremos com os anjos ao encontro do Senhor para o adorar.

O Salvador virá não para ser novamente julgado, mas para julgar aqueles que realizaram o julgamento. Ele, que tinha guardado silêncio enquanto o julgavam, dirá àqueles que ousaram cravá-lo na cruz: “Eis o que fizeste, e eu me calei” (Sl 50,21). Ele tinha vindo para realizar a salvação e ensinar aos homens pela persuasão; mas, naquele dia, queiram ou não, serão obrigados a submeter-se à sua realeza.

Assim, nosso Senhor Jesus Cristo virá dos céus no último dia, pois este mundo terá o fim e o mundo criado será renovado.”

Enquanto o mundo pagão “curte o dia de hoje”, pois não há nada a esperar, o cristão ergue seus olhos e clama, confiante: “Maran atha. Vem, Senhor Jesus!” (1Cor 16,22)

 

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