25 de Setembro de 2021

25a semana comum Sábado

- por Pe. Alexandre

SABADO – XXV SEMANA DO TEMPO COMUM

(verde – ofício do dia)

 

Antífona da entrada

 

– Eu sou a salvação do povo, diz o Senhor. Se chamar por mim em qualquer provação, eu o ouvirei e serei seu Deus para sempre.

 

Oração do dia

 

– Ó Pai, que resumistes toda lei no amor a Deus e ao próximo, fazei que, observando o vosso mandamento, consigamos chegar um dia à vida eterna. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: Zc 2,5-9.14-15a

 

– Leitura da profecia de Zacarias: 5Levantei os olhos e eis que vi um homem com um cordel de medir na mão. 6Perguntei-lhe: “Aonde vais?” Respondeu-me: “Vou medir Jerusalém, para ver qual é a sua largura e o seu comprimento”. 7Eis que apareceu o anjo que falava em mim, enquanto lhe vinha ao encontro outro anjo, 8que lhe disse: “Corre a falar com esse moço, dizendo: A população de Jerusalém precisa ficar sem muralha, em vista da multidão de homens e animais que vivem no seu interior. 9Eu serei para ela, diz o Senhor, muralha de fogo a seu redor, e mostrarei minha glória no meio dela. 14Rejubila, alegra-te, cidade de Sião, eis que venho para habitar no meio de ti, diz o Senhor. 15aMuitas nações se aproximarão do Senhor, naquele dia, e serão o seu povo. Habitarei no meio de ti”.

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl (Jr) 31,10.11-12ab.13 (R: 10d)

 

– O Senhor nos guardará qual pastor a seu rebanho.
R: O Senhor nos guardará qual pastor a seu rebanho.

– Ouvi, nações, a palavra do Senhor e anunciai-a nas ilhas mais distantes: Quem dispersou Israel, vai congregá-lo, e o guardará qual pastor a seu rebanho!

R: O Senhor nos guardará qual pastor a seu rebanho.

– Pois, na verdade, o Senhor remiu Jacó e o libertou do poder do prepotente. Voltarão para o monte de Sião, entre brados e cantos de alegria afluirão para as bênçãos do Senhor:

R: O Senhor nos guardará qual pastor a seu rebanho.

– Então a virgem dançará alegremente, também o jovem e o velho exultarão; mudarei em alegria o seu luto, serei consolo e conforto após a guerra.

R: O Senhor nos guardará qual pastor a seu rebanho.

Aclamação ao santo Evangelho.

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

– Jesus Cristo salvador destruiu o mal e a morte; fez brilhar, pelo Evangelho, a luz e a vida imperecíveis (2Tm 1,10).

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 9,43b-45

 

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas

– Glória a vós, Senhor!   

 

– Naquele tempo, 43btodos estavam admirados com todas as coisas que Jesus fazia. Então Jesus disse a seus discípulos: 44“Prestai bem atenção às palavras que vou dizer: O Filho do Homem vai ser entregue nas mãos dos homens”. 45Mas os discípulos não compreendiam o que Jesus dizia. O sentido lhes ficava escondido, de modo que não podiam entender; e eles tinham medo de fazer perguntas sobre o assunto.

 

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!   

São Sérgio

- por Pe. Alexandre

“Contemplando a Santíssima Trindade, vencer a odiosa divisão deste mundo.”

Essa frase reflete a alma contemplativa do santo de hoje, São Sérgio, considerado o “São Bento” da Rússia cristã. Na antiga Rússia, o Cristianismo penetrou por volta do século IX, sendo Vlademiro, o primeiro príncipe a se converter ao Cristianismo, isto em 1010.

A religião do Cristo esteve sempre na Rússia, ligada mais ao Oriente do que a Roma. Monge Sérgio, tornou-se o grande evangelizador do século XIV, pois, através de numerosos mosteiros, irradiava a cultura e a verdadeira fé.

Após deixar o declínio da vida monástica na Rússia, Sérgio experimentou, com seu irmão, a construção numa floresta virgem de uma capela dedicada à Santíssima Trindade, devoção desconhecida naquele povo.

O irmão não aguentou, mas com firmeza e santidade, o santo de hoje atraiu a muitos, até que edificaram um mosteiro em louvor a Santíssima Trindade.

Ordenado sacerdote para o melhor exercício da vocação de formar os monges na fundamental regra da oração e do trabalho, viveu São Sérgio: os “filhos”, a pobreza, a mansidão e total confiança na Divina Providência.

São Sérgio escreveu tanto que é considerado o grande educador nacional do povo russo. Faleceu com quase 80 anos de idade, em 25 de setembro de 1392, no mosteiro da Santíssima Trindade.

São Sérgio, rogai por nós!

Meditação

- por Pe. Alexandre

Como um jardim irrigado… (Jr 31,10-13)

 

No coração do homem, pulsa permanente nostalgia. Mesmo que não saiba disso, ele tem saudades do Jardim. Como se lê no Gênesis (2,8), o Senhor Deus modelou na argila o primeiro homem, plantou “um jardim no Éden, no Oriente, e ali colocou o homem”. No capítulo seguinte, ocorre a Queda que está na origem desta saudade: seduzido e enganado, Adam, o “barroso”, vê o Jardim fechado, fora de seu alcance, portões guardados por querubins de gládio flamejante.

 

O tema do “Paraíso Perdido”, a terra das delícias, a Xangri-La onde ninguém envelhece e todos são felizes, atravessaria os séculos, na literatura e no cinema, desde John Milton até James Hilton. Mais que mera ficção, este Jardim está bem vivo no inconsciente coletivo da humanidade: é o lar primitivo para onde deverá regressar quando as coisas voltarem ao seu lugar de desígnio.

 

Foi no jardim que Adão tomou consciência de sua nudez. Foi no jardim que Deus costurou para ele uma cintura de couro, a mesma veste de misericórdia que os profetas iriam usar (cf. 2Rs 1,8). Enquanto esse jardim não lhe for reaberto, o homem será atenazado por essa nostalgia.

 

Ora, as promessas de Deus incluem esse retorno à Fonte. Na Bíblia, o jardim é símbolo de um lugar privilegiado, espaço da presença divina que tudo fecunda e regenera. O mesmo local da degeneração humana será o lugar da regeneração. Na profecia de Isaías, “o Senhor tem piedade de Sião, tem piedade de suas ruínas. De seu lugar desértico ele fará um Éden e de sua estepe o jardim do Senhor”. (Is 51,3)

 

No “Cântico dos Cânticos”, esse poema sinfônico sobre a Aliança-casamento entre Deus e a Humanidade, o jardim fechado é imagem da Virgem que só abrirá as portas para seu Amado: “Tu és um jardim fechado, minha irmã, minha esposa, uma nascente fechada, uma fonte selada! Teus rebentos são um jardim de romãs com frutos escolhidos. […] A fonte dos jardins é como um manancial de água corrente…” (Ct 4,12-13.15)

 

Mas existe outro jardim que não pode ser esquecido. Foi no Jardim das Oliveiras que da Fonte da Salvação brotaram gotas de sangue e água (cf. Lc 22,44) que cresceriam em rio na cruz do Calvário (cf. Jo 19,34). Assim fertilizado, o Jardim foi reaberto a todo aquele que crê. Nele, “ouvir-se-ão gritos de entusiasmo e de alegria, na ação de graças, ao som da música.” (Is 51,3c)

 

E como disse Jesus, “meu Pai é o agricultor… meu Pai é o jardineiro…”

(Jo 15,1)

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