26 de fevereiro de 2023

semana da Quaresma - Domingo

- por Pe. Alexandre

I DOMINGO DA QUARESMA

(Roxo, creio, prefácio próprio, I semana do saltério)

 

Antífona da entrada

 

– Quando meu servo chamar, hei de atendê-lo, estarei com ele na tribulação. Hei de livrá-lo e glorificá-lo e lhe darei longos dias (Sl 90,15s).

 

Oração do dia

 

– Concedei-nos, ó Deus onipotente, que, ao longo desta Quaresma, possamos progredir no conhecimento de Jesus Cristo e corresponder a seu amor por uma vida santa. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: Gn 2,7-9; 3,1-7

 

– Leitura do livro do Gênesis: 7O Senhor Deus formou o homem do pó da terra, soprou-lhe nas narinas o sopro da vida e o homem tornou-se um ser vivente. 8Depois, o Senhor Deus plantou um jardim em Éden, ao oriente, e ali pôs o homem que havia formado. 9E o Senhor Deus fez brotar da terra toda sorte de árvores de aspecto atraente e de fruto saboroso ao paladar, a árvore da vida no meio do jardim e a árvore do conhecimento do bem e do mal. 3,1A serpente era o mais astuto de todos os animais dos campos que o Senhor Deus tinha feito. Ela disse à mulher: “É verdade que Deus vos disse: ‘Não comereis de nenhuma das árvores do jardim?’” 2E a mulher respondeu à serpente: “Do fruto das árvores do jardim nós podemos comer. 3Mas do fruto da árvore que está no meio do jardim, Deus nos disse: ‘Não comais dele, nem sequer o toqueis, do contrário, morrereis’”. 4A serpente disse à mulher: “Não, vós não morrereis. 5Mas Deus sabe que, no dia em que dele comerdes, vossos olhos se abrirão e vós sereis como Deus, conhecendo o bem e o mal”. 6A mulher viu que seria bom comer da árvore, pois era atraente para os olhos e desejável para se alcançar o conhecimento. E colheu um fruto, comeu e deu também ao marido, que estava com ela, e ele comeu. 7Então, os olhos dos dois se abriram; e, vendo que estavam nus, teceram tangas para si com folhas de figueira.

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 51,3-4.5-6a.12-13.14.17 (R: 3a)

 

– Piedade, ó Senhor, tende piedade, pois pecamos contra vós.
R: Piedade, ó Senhor, tende piedade, pois pecamos contra vós.

– Tende piedade, ó meu Deus, misericórdia! Na imensidão do vosso amor, purificai-me! Lavai-me todo inteiro do pecado, e apagai completamente a minha culpa!

R: Piedade, ó Senhor, tende piedade, pois pecamos contra vós.

– Eu reconheço toda a minha iniquidade, o meu pecado está sempre à minha frente. Foi contra vós, só contra vós, que eu pequei, e pratiquei o que é mau aos vossos olhos!

R: Piedade, ó Senhor, tende piedade, pois pecamos contra vós.

– Criai em mim um coração que seja puro, dai-me de novo um espírito decidido. Ó Senhor, não me afasteis de vossa face, nem retireis de mim o vosso Santo Espírito!

R: Piedade, ó Senhor, tende piedade, pois pecamos contra vós.

– Dai-me de novo a alegria de ser salvo e confirmai-me com espírito generoso! Abri meus lábios, ó Senhor, para cantar, e minha boca anunciará vosso louvor!

R: Piedade, ó Senhor, tende piedade, pois pecamos contra vós.

 

2ª Leitura: Rm 5,12-19.

 

– Leitura da carta de são Paulo aos Romanos: Irmãos: 12Consideremos o seguinte: O pecado entrou no mundo por um só homem. Através do pecado, entrou a morte. E a morte passou para todos os homens, porque todos pecaram. 13Na realidade, antes de ser dada a Lei, já havia pecado no mundo.
Mas o pecado não pode ser imputado, quando não há lei. 14No entanto, a morte reinou, desde Adão até Moisés, mesmo sobre os que não pecaram como Adão, – o qual era a figura provisória daquele que devia vir – 15Mas isso não quer dizer que o dom da graça de Deus seja comparável à falta de Adão! A transgressão de um só levou a multidão humana à morte, mas foi de modo bem mais superior que a graça de Deus, ou seja, o dom gratuito concedido através de um só homem, Jesus Cristo, se derramou em abundância sobre todos. 16Também, o dom é muito mais eficaz do que o pecado de um só. Pois a partir de um só pecado o julgamento resultou em condenação, mas o dom da graça frutifica em justificação, a partir de inúmeras faltas. 17Por um só homem, pela falta de um só homem, a morte começou a reinar. Muito mais reinarão na vida, pela mediação de um só, Jesus Cristo, os que recebem o dom gratuito e superabundante da justiça. 18Como a falta de um só acarretou condenação para todos os homens, assim o ato de justiça de um só trouxe, para todos os homens, a justificação que dá a vida. 19Com efeito, como pela desobediência de um só homem a humanidade toda foi estabelecida numa situação de pecado, assim também, pela obediência de um só, toda a humanidade passará para uma situação de justiça.

– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus: Mt 4,1-11

 

Louvor e glória a ti, Senhor, Cristo palavra de Deus.

Louvor e glória a ti, Senhor, Cristo palavra de Deus.

 

– O homem não vive somente de pão, mas de toda a palavra da boca de Deus.

(Mt 4,4).

 

Louvor e glória a ti, Senhor, Cristo palavra de Deus.

 

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus

– Glória a vós, Senhor!  


Naquele tempo, 1o Espírito conduziu Jesus ao deserto, para ser tentado pelo diabo. 2Jesus jejuou durante quarenta dias e quarenta noites, e, depois disso, teve fome. 3Então, o tentador aproximou-se e disse a Jesus: “Se és Filho de Deus, manda que estas pedras se transformem em pães!” 4Mas Jesus respondeu: “Está escrito: ‘Não só de pão vive o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus’”.  5Então o diabo levou Jesus à Cidade Santa, colocou-o sobre a parte mais alta do Templo, 6e lhe disse: “Se és Filho de Deus, lança-te daqui abaixo! Porque está escrito: ‘Deus dará ordens aos seus anjos a teu respeito, e eles te levarão nas mãos, para que não tropeces em alguma pedra’”. 7Jesus lhe respondeu: “Também está escrito: ‘Não tentarás o Senhor teu Deus!’” 8Novamente, o diabo levou Jesus para um monte muito alto. Mostrou-lhe todos os reinos do mundo e sua glória, 9e lhe disse: “Eu te darei tudo isso, se te ajoelhares diante de mim, para me adorar”. 10Jesus lhe disse: “Vai-te embora, Satanás, porque está escrito: ‘Adorarás ao Senhor, teu Deus, e somente a ele prestarás culto’”. 11Então o diabo o deixou. E os anjos se aproximaram e serviram a Jesus.

 

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!   

São Porfírio, foi bispo na Palestina, onde hoje é a Faixa de Gaza

- por Pe. Alexandre

Vida
Porfírio era um tecelão, de família rica, nascido na Grécia. Aos 25 anos, decidiu viver de modo austero, dedicando-se à solidão e à penitência na região do Rio Jordão. Por causa de sua escolha, contraiu uma doença que o obrigou a mudar-se para Jerusalém, tornando-se mais moderado em sua austeridade. Mesmo doente, conta-se que ele não demonstrava sua realidade e se dedicava a visitar os lugares santos diariamente.

Fatos extraordinários
Certa vez, em oração, decidiu vender tudo o que tinha e dar aos pobres. Essa atitude gerou a recompensa milagrosa da cura para seus males físicos. Logo após, foi ordenado sacerdote em 393. Recebeu como responsabilidade cuidar das relíquias do madeiro onde Jesus foi crucificado, também conhecidas como “Vera Cruz”. Em seguida, devido a sua humildade, foi ordenado bispo de Gaza, região da Palestina hoje conhecida como Faixa de Gaza. Sua vida era acompanhada de milagres que geravam espanto e a conversão dos pagãos.

Destruindo os ídolos
Dedicou-se aos cuidados do povo de Gaza e à conversão do grande número de pagãos da região. Por influência de São João Crisóstomo, foi promulgado um documento que determinava a destruição de templos pagãos. Dessa maneira, Porfírio aproveitou a oportunidade para humilhar o demônio e reparar o local de culto idolátrico, construiu uma Igreja Católica sob as ruínas do templo antigo. Dessa maneira, o local tornou-se lugar de celebração da Santa Missa e culto ao Deus Verdadeiro.

Seus últimos dias
Assim, findou sua vida dedicando-se a restauração da fé e reparo das idolatrias, falecendo em 420.

A minha oração
“São Porfírio, vós que vencestes os ídolos através da santidade, ajudai-me a destruir todos os ídolos de minha vida e de minha família. Ensinai-me que o caminho da santidade gera conversão dos que me rodeiam. A ti pedimos as graças do Pai, em nome de Jesus. Amém.” 

São Porfírio, rogai por nós!

Meditação

- por Pe. Alexandre

Tudo isso te darei… (Mt 4,1-11)

 

Temos aqui Evangelho desafiador: o Filho é levado ao deserto pelo Espírito, para ser provado em sua fidelidade ao Pai. De um lado, a luminosidade esfuziante da Trindade contida no Verbo encarnado; do outro lado, o mundo tenebroso do Mal, na pessoa do diabo, cujo orgulho o sustenta em permanente oposição ao Criador.

 

É fácil cair no engano de ler esta passagem como um “teatrinho”, imaginando que, sendo também uma pessoa divina, a natureza humana assumida por Jesus estivesse plenamente imunizada contra a tentação que, por isso mesmo, seria inócua e inútil. Pensar assim é desconhecer a ousadia do maligno. E entender Jesus como uma pessoa determinada e sem liberdade.

 

Eis o comentário de Hans Urs von Balthasar:

 

“O Evangelho pinta a vitória de Jesus após um jejum de quarenta dias: num momento em que ele está naturalmente o mais fragilizado e vulnerável à tentação, mas sobrenaturalmente o mais forte e o mais certo de vencer.

 

“Sua tentação é perfeitamente autêntica: ele experimenta a incitação do mal, não superficialmente, para uma satisfação sensível proibida, mas muito mais profundamente, para a desobediência em relação à sua missão divina. Ele poderia conquistar o favor da multidão por meio de um milagre espetacular, assumir o poder sobre o mundo (que ele realmente deve adquirir para Deus), através da aceitação da oferta daquele que é efetivamente ‘o príncipe deste mundo’ (Jo 12,31; 1Cor 2,6-8), mas sob a condição de o reconhecer como tal.

 

“Nenhuma tentação seria mais autêntica e mais sedutora; nenhuma mais decisiva para o destino do mundo. Jesus que conhece, na tentação o poderio do mal tanto quanto o do bem, o de Deus, se decide em virtude de uma autêntica liberdade humana pelo bem.

 

“Três palavras de Deus, extraídas da Escritura, são suficientes para abalar as citações escriturárias mentirosas do diabo. ‘O diabo pode citar a Escritura para seus fins’, diz Shakespeare. A obediência a Deus eleva a liberdade de escolha ao nível da perfeita liberdade.”

 

Esta experiência prepara Jesus Cristo para o início de sua missão salvadora. Desde já, o Ungido do Pai sabe que é na obediência amorosa e incondicional que o mal será vencido. Ainda que ela o eleve às alturas do Calvário.

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