26 de novembro de 2022

34a Semana do Tempo Comum -Sábado

- por Pe. Alexandre

SABADO – XXXIV SEMANA DO TEMPO COMUM

(verde – ofício do dia)

 

Antífona da entrada

 

– O Senhor fala de paz a seu povo e a seus amigos e a todos que se voltam para ele (Sl 84,9).

 

Oração do dia

 

– Levantai, ó Deus, o ânimo dos vossos filhos e filhas, para que, aproveitando melhor as vossas graças, obtenham de vossa paternal bondade mais poderosos auxílios. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: Ap 22,1-7

 

– Leitura do livro do Apocalipse de são João: A mim, João, 1o anjo do Senhor mostrou-me um rio de água viva, o qual brilhava como cristal. O rio brotava do trono de Deus e do Cordeiro. 2No meio da praça, de cada lado do rio, estão plantadas árvores da vida; elas dão frutos doze vezes por ano; em cada mês elas dão fruto; suas folhas servem para curar as nações. 3Já não haverá maldição alguma. Na cidade estará o trono de Deus e do Cordeiro e seus servos poderão prestar-lhe culto. 4Verão a sua face e o seu nome estará sobre suas frontes. 5Não haverá mais noite: não se precisará mais da luz da lâmpada, nem da luz do sol, porque o Senhor Deus vai brilhar sobre eles e eles reinarão por toda a eternidade. 6Então o anjo disse-me: “Estas palavras são dignas de fé e verdadeiras, pois o Senhor, o Deus que inspira os profetas, enviou o seu Anjo, para mostrar aos seus servos o que deve acontecer muito em breve. 7Eis que eu venho em breve. Feliz aquele que observa as palavras da profecia deste livro”.

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 95,1-2.3-5.6-7 (R: 1Cor 16,22b e Ap 22.20c)

 

– Amém! Vem, ó Senhor Jesus! Amém!
R: Amém! Vem, ó Senhor Jesus! Amém!

– Vinde, exultemos de alegria no Senhor, aclamemos o Rochedo que nos salva! Ao seu encontro caminhemos com louvores, e com cantos de alegria o celebremos!

R: Amém! Vem, ó Senhor Jesus! Amém!

– Na verdade, o Senhor é o grande Deus, o grande rei, muito maior que os deuses todos. Tem nas mãos as profundezas dos abismos, e as alturas das montanhas lhe pertencem; o mar é dele, pois foi ele quem o fez, e a terra firme suas mãos a modelaram.

R: Amém! Vem, ó Senhor Jesus! Amém!

– Vinde adoremos e prostremo-nos por terra, e ajoelhemos ante o Deus que nos criou! Porque ele é o nosso Deus, nosso Pastor, e nós somos o seu povo e o seu rebanho, as ovelhas que conduz com sua mão.

R: Amém! Vem, ó Senhor Jesus! Amém!

Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

– Vigiai e orai para ficardes de pé ante o Filho do homem! (Lc 21,36).

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 21,34-36

 

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas

– Glória a vós, Senhor!   

 

– Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 34“Tomai cuidado para que vossos corações não fiquem insensíveis por causa da gula, da embriaguez e das preocupações da vida, e esse dia não caia de repente sobre vós; 35pois esse dia cairá como uma armadilha sobre todos os habitantes de toda a terra.
36Portanto, ficai atentos e orai a todo momento, a fim de terdes força para escapar a tudo o que deve acontecer e para ficardes de pé diante do Filho do Homem”.

 

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!   

 

São Leonardo de Porto Maurício

- por Pe. Alexandre

São Leonardo, o grande missionário do século XVIII, como lhe chamou Santo Afonso Maria de Ligório, nasceu em Porto Maurício, perto de Gênova, Itália, em 20 de dezembro de 1676. Aconteceu que Leonardo perdeu muito cedo sua mãe, tendo sido criado e educado pelo seu tio. Encontrou cedo sua vocação ao sacerdócio, por isso, ao renunciar a si mesmo, foi para Roma formar-se no Colégio da Companhia de Jesus. Por causa da sua inocência e sólida virtude, conquistou a simpatia e a alta consideração de seus superiores, que nele viam outro angélico Luís Gonzaga. Entrou para a Ordem Franciscana no Convento de São Boaventura, e com 26 anos já era padre.

Começou a vivenciar toda a riqueza do Evangelho e a radicalidade típica dos imitadores de Francisco, por isso ocupou posições cada vez maiores no serviço à Ordem, à Igreja e para com todos. Devoto da Virgem Maria, que lhe salvou a vida num tempo de incurável doença (tuberculose), São Leonardo de Porto Maurício era devotíssimo do Sagrado Coração de Jesus na forma da adoração ao Jesus Eucarístico.

Foi, no século XVIII, o grande apóstolo do santo exercício da Via-Sacra. Era um grande amante da pobreza radical e franciscana. Toda a vida, penitências e orações de São Leonardo convergiam para a salvação das almas. Era tal a unção, a caridade ardente e o entusiasmo que repassava em suas pregações, que o célebre orador Bapherini, encanecido já no exercício da palavra, sendo enviado por Clemente XII a ouvir os sermões de Leonardo para depois o informar a este respeito, desempenhou-se da sua missão dizendo “que nunca ouvira pregador mais arrebatador, que o efeito de seus discursos era irresistível, que ele próprio não pudera reter as lágrimas”. São Leonardo era digno sucessor de Santo Antônio de Lisboa, de São Bernardino de Sena e de São João Capistrano.

O próprio Pontífice Bento XIV quis ouvir o famoso missionário, e para isso chamou-o a Roma, em 1749, a fim de preparar os fiéis para o Ano Santo. Depois de derramar-se por Deus e pelos outros, São Leonardo de Porto Maurício não se tornou mártir, como tão desejava, mas deu toda sua vida no dia a dia até adoecer e entrar no Céu, a 26 de novembro de 1751, no Convento de São Boaventura, em Roma, onde, 54 anos antes, consagrara-se ao Senhor sob o burel de São Francisco.

Não se limitou apenas à pregação o ilustre missionário de Porto Maurício; deixou também vasta coleção de escritos, publicados a princípio isoladamente, e reunidos depois numa grande edição, que prolonga no futuro a sua prodigiosa ação missionária, não apenas dentro das fronteiras da Itália, mas cujo âmbito é todo o mundo civilizado, pelas traduções feitas em quase todas as línguas cultas. Esses escritos constituem, em geral, um rico tesouro de verdades ascéticas e ensinamentos morais e homiléticos.

São Leonardo de Porto Maurício foi beatificado, em 19 de março de 1796, e sua canonização foi, em 29 de junho de 1867, durante o pontificado do Papa Pio IX, que era muito devoto do santo. Em 1923, Pio XI o proclamou Padroeiro dos sacerdotes, que, em qualquer parte da terra, se consagram às missões populares católicas.

São Leonardo de Porto Maurício, rogai por nós!

Meditação

- por Pe. Alexandre

As preocupações da vida… (Lc 21,34-36)

 

Nossa vida pode ficar “pesada”. Pode tornar-se um fardo duro de carregar. Ou melhor, duro de arrastar… A cada manhã, sair da cama e pôr-nos de pé exige um esforço sobre-humano. De onde nos virá esse peso insuportável?

 

No Evangelho de hoje, Jesus nos adverte para três tipos de “fardos” que tornam pesada a nossa existência: a embriaguez (e há várias formas de embriaguez!), as orgias e as preocupações da vida. No Sermão da Montanha, ele recorreu à imagem bucólica dos lírios dos campos, vestidos de ouro sem nenhum esforço. E apontou para aves do céu, bem alimentadas sem plantar nem colher. Deus não quer ninguém sufocado por preocupações…

 

Muito já se escreveu sobre a personalidade do “preocupado”. Acima de tudo, ele é um pré-ocupado. Ocupa-se antes da hora. Sofre hoje a dor de amanhã. Sente-se previamente oprimido com o problema que está por vir e que… talvez nem chegue a acontecer. Inútil desgaste de energias humanas!

 

Claro: todo preocupado se sente “importante”. Afinal de contas, ele é responsável, quer as coisas todas em seu lugar, prevê problemas e se antecipa aos fatos. Se morrer de infarto antes do 50, é mero detalhe. O pior é que ele acaba por transferir aos outros a sua preocupação, fazendo da vida dos próximos um verdadeiro inferno. Com certa tendência a prevenir-se contra o pior, cerca-se de defensas e muralhas, semeia advertências e SOS, torna tensa a família e eletrifica a equipe de trabalho.

 

Ora, Jesus sabia muito bem que isto nos faz mal. Daí, seu lema de sabedoria: “A cada dia, basta o seu cuidado.” (Mt 6,34.) Esta palavra de sabedoria, o Mestre a pronunciou logo depois de denunciar que nossas preocupações derivam da falta de confiança em um Deus que é Pai. Um Deus que alimenta os pardais e veste de ouro os lírios do campo. Daí, a insensatez que consiste em nos preocuparmos com o pão e a roupa. Segundo Jesus, atitude típica dos pagãos…

 

E que é que o Mestre nos propõe em lugar de preocupações? A vigilância orante. Velar, “orando em todo o tempo”, para obter a necessária firmeza diante das dificuldades que virão. A vida de oração aumenta em nós a confiança e nos dispõe a uma atitude de permanente abandono nas mãos de Deus.

 

Sim, todos temos nossas responsabilidades e tarefas inadiáveis. Mas só as de hoje. Não as de amanhã… Afinal, “o dia de amanhã se preocupará consigo mesmo…” (Mt 6,34.)

 

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