27 de Agosto de 2021

21a semana comum Sexta-feira

- por Pe. Alexandre

SEXTA FEIRA – SANTA MÔNICA ESPOSA, MÃE E VIÚVA
(branco – ofício do dia da II semana)

 

Antífona da entrada

 

– A mulher que teme a Deus será louvada; seus filhos a proclamam feliz e seu marido a elogia (Pr 31,30.28).

 

Oração do dia

 

– Ó Deus, consolação dos que choram, que acolhestes, misericordioso, as lágrimas de santa Mônica pela conversão de seu filho, Agostinho, dai-nos, pela intercessão de ambos, chorar os nossos pecados e alcançar o vosso perdão. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: 1Ts 4,1-8

 

– Leitura da primeira carta de são Paulo aos Tessalonicenses: 1Meus irmãos, eis o que vos pedimos e exortamos no Senhor Jesus: aprendestes de nós como deveis viver para agradar a Deus, e já estais vivendo assim. Fazei progressos ainda maiores! 2Conheceis, de fato, as instruções que temos dado em nome do Senhor Jesus. 3Esta é a vontade de Deus: vivei na santidade, afastai-vos da impureza; 4cada um saiba tratar o seu parceiro conjugal com santidade e respeito, 5sem se deixar levar pelas paixões, como fazem os pagãos que não conhecem a Deus. 6Que ninguém, nessa matéria, prejudique ou engane seu irmão, porque o Senhor se vinga de tudo, como já vos dissemos e comprovamos. 7Deus não nos chamou à impureza, mas à santidade. 8Portanto, desprezar estes preceitos não é desprezar um homem e sim, a Deus, que nos deu o Espírito Santo.

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 97,1.2b.5-6.10.11-12 (R: 12a)

 

– Ó justos, alegrai-vos no Senhor!
R: Ó justos, alegrai-vos no Senhor!

– Deus é Rei! Exulte a terra de alegria, e as ilhas numerosas rejubilem! Treva e nuvem o rodeiam no seu trono, que se apoia na justiça e no direito.

R: Ó justos, alegrai-vos no Senhor!

– As montanhas se derretem como cera ante a face do Senhor de toda a terra; e assim proclama o céu sua justiça, todos os povos podem ver a sua glória.

R: Ó justos, alegrai-vos no Senhor!

– O Senhor ama os que detestam a maldade, ele protege seus fiéis e suas vidas, e da mão dos pecadores os liberta.

R: Ó justos, alegrai-vos no Senhor!

– Uma luz já se levanta para os justos, e a alegria, para os retos corações. Homens justos, alegrai-vos no Senhor, celebrai e bendizei seu santo nome!

R: Ó justos, alegrai-vos no Senhor!

Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

– Vigiai e orai para ficardes de pé ante o filho do homem! (Lc 21,36).

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus: Mt 25,1-13

 

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus

– Glória a vós, Senhor!   

 

– Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos esta parábola: 1” O Reino dos Céus é como a história das dez jovens que pegaram suas lâmpadas de óleo e saíram ao encontro do noivo. 2Cinco delas eram imprevidentes, e as outras cinco eram previdentes. 3As imprevidentes pegaram as suas lâmpadas, mas não levaram óleo consigo. 4As previdentes, porém, levaram vasilhas com óleo junto com as lâmpadas. 5O noivo estava demorando e todas elas acabaram cochilando e dormindo. 6No meio da noite, ouviu-se um grito: ‘O noivo está chegando. Ide ao seu encontro!’ 7Então as dez jovens se levantaram e prepararam as lâmpadas. 8As imprevidentes disseram às previdentes: ‘Dai-nos um pouco de óleo, porque nossas lâmpadas estão se apagando’. 9As previ­dentes responderam: ‘De modo nenhum, porque o óleo pode ser insuficiente para nós e para vós. É melhor irdes comprar aos vendedores’. 10Enquanto elas foram comprar óleo, o noivo chegou, e as que estavam preparadas entraram com ele para a festa de casamento. E a porta se fechou. 11Por fim, chegaram também as outras jovens e disseram: ‘Senhor! Senhor! Abre-nos a porta!’ l2Ele, porém, respondeu: ‘Em verdade eu vos digo: Não vos conheço!’ 13Portanto, ficai vigiando, pois não sabeis qual será o dia, nem a hora”.

 

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!   

Santa Mônica

- por Pe. Alexandre

Santa Mônica nasceu no norte da África, em Tagaste, no ano 332, numa família cristã que lhe entregou – segundo o costume da época e local – como esposa de um jovem chamado Patrício.

Como cristã exemplar que era, Mônica preocupava-se com a conversão de sua família, por isso se consumiu na oração pelo esposo violento, rude, pagão e, principalmente, pelo filho mais velho, Agostinho, que vivia nos vícios e pecados. A história nos testemunha as inúmeras preces, ultrajes e sofrimentos por que Santa Mônica passou para ver a conversão e o batismo, tanto de seu esposo, quanto daquele que lhe mereceu o conselho: “Continue a rezar, pois é impossível que se perca um filho de tantas lágrimas”.

Santa Mônica tinha três filhos. E passou a interceder, de forma especial, por Agostinho, dotado de muita inteligência e uma inquieta busca da verdade, o que fez com que resolvesse procurar as respostas e a felicidade fora da Igreja de Cristo. Por isso, envolveu-se em meias verdades e muitas mentiras. Contudo, a mãe, fervorosa e fiel, nunca deixou de interceder com amor e ardor, durante 33 anos; e, antes de morrer, em 387, ela mesma disse ao filho, já convertido e cristão: “Uma única coisa me fazia desejar viver ainda um pouco, ver-te cristão antes de morrer”.

Por esta razão, o filho Santo Agostinho, que se tornara bispo e doutor da Igreja, pôde escrever: “Ela me gerou seja na sua carne para que eu viesse à luz do tempo, seja com o seu coração para que eu nascesse à luz da eternidade”.

Santa Mônica, rogai por nós!

Meditação

- por Pe. Alexandre

O noivo está chegando! (Mt 25,1-13)

 

Foi este o grito no meio da noite, quando as dez virgens esperavam pela chegada do noivo. Mas há uma diferença entre esperar e vigiar. Cinco delas eram loucas (“morai”, mwrai no texto grego) e não apenas “descuidadas”, como leio em certas traduções; por isto não providenciaram azeite de reserva para suas lâmpadas. Como o noivo demorou muito, suas lamparinas se apagaram. As infelizes apenas esperavam…

 

As outras cinco eram prudentes (“phronimoi”, fronimoi), isto é, estavam em seu juízo. Por isso mesmo, providenciaram azeite de reserva e tinham as lâmpadas acesas à chegada do noivo. Estas cinco vigiavam. Donde se conclui que esperar por Jesus sem contar com o óleo do Espírito Santo é rematada loucura.

 

Muitos mestres espirituais nos ensinam a rezar a partir das parábolas de Jesus. É o que faz Lev Gillet, o monge da Igreja do Oriente:

 

“A voz se faz ouvir: ‘Eis o Esposo. Ide ao seu encontro’. Ele vai chegar. Desperta, ó minha alma. Tu foste uma das virgens loucas. Tua lâmpada se extingue. Onde encontrarás o azeite para reavivar a chama? Não há mais tempo para comprá-lo. A porta do salão será fechada?

 

Meu Salvador, neste minuto derradeiro, é a ti mesmo que eu pedirei o azeite. Eu só mereço a tua recusa. Mas eu não me apoio em nenhum mérito que seja meu. Espero tão somente em tua misericórdia. Não posso mais comprar o azeite. Então, dá-me de teu óleo, gratuitamente. A morte: aurora em que se levanta o verdadeiro sol. Encontro com o Noivo. Eu vou encontrá-lo, ver sua face. Vou lançar-me nos seus braços. Se eu me refugio nele, irá me afastar? Como outrora, ele está na margem, no amanhecer, esperando seus discípulos…

 

Mas, não. A morte não é o encontro com Jesus. Ela é apenas a clara visão. É antes da morte que eu já devo ser levado por ele e repousar em seu abraço. É com ele, já agora, entre seus braços, que eu devo atravessar a garganta estreita da agonia. Mas ao sair desta garganta, eu deixarei de ser cego. Eu verei aquele que me carrega. Verei em plena luz aquilo que obscuramente eu pressentia na noite.

 

Teu Bem-Amado te levará até o ponto em que ele erguerá o véu e tu o verás.”

 

Enfim, permanece em segredo o dia da vinda do Filho do homem. Daí, o conselho de Jesus: “Vigiai e orai, porque não sabeis o dia, nem a hora…”

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