27 de Janeiro de 2022

Terceira semana do tempo Comum - Quinta-feira

- por Pe. Alexandre

QUINTA FEIRA DA III SEMANA COMUM 

(verde, ofício do dia)

 

Antífona da entrada

 

– Cantai ao Senhor um canto novo, cantai ao Senhor, ó terra inteira; esplendor majestade e beleza brilham no seu templo santo (Sl 95, 1.6).

 

Oração do dia

 

– Deus eterno e todo-poderoso, dirigi a nossa vida segundo o vosso amor, para que possamos, em nome do vosso Filho, frutificar em boas obras. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: 2Sm 7,18-19.24-29

 

– Leitura do segundo livro de Samuel – Depois que Natan falara a Davi, o rei entrou no tabernáculo 18foi assentar-se diante do Senhor, e disse: “Quem sou eu, Senhor Deus, que é a minha família, para que me tenhas conduzido até aqui? 19Mas, como isto te parecia pouco, Senhor Deus, ainda fizeste promessas à casa do teu servo para um futuro distante. Porque esta é a lei do homem, Senhor Deus! 24Estabeleceste o teu povo, Israel, para que ele seja para sempre o teu povo; e tu, Senhor, te tornaste o seu Deus. 25Agora, Senhor Deus, cumpre para sempre a promessa que fizeste a teu servo e à sua casa, e faze como disseste! 26Então o teu nome será exaltado para sempre, e dirão: ‘O Senhor todo-poderoso é o Deus de Israel’. E a casa do teu servo Davi permanecerá estável na tua presença. 27Pois tu, Senhor todo-poderoso, Deus de Israel, fizeste esta revelação ao teu servo: ‘Eu te construirei uma casa’. Por isso o teu servo se animou a dirigir-te esta oração. 28Agora, Senhor Deus, tu és Deus e tuas palavras são verdadeiras. Pois que fizeste esta bela promessa a teu servo, 29abençoa, então, a casa do teu servo, para que ela permaneça para sempre na tua presença. Porque és tu, Senhor Deus, que falaste, e é graças à tua bênção que a casa do teu servo será abençoada para sempre”.

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 132,1-2.3-5.11.12.13-14 (R: Lc 1,32b)

 

– O Senhor vai dar-lhe o trono de seu pai, o rei Davi.
R: O Senhor vai dar-lhe o trono de seu pai, o rei Davi.

– Recordai-vos, ó Senhor, do rei Davi e de quanto vos foi ele dedicado; do juramento que ao Senhor havia feito e de seu voto ao Poderoso de Jacó:

R: O Senhor vai dar-lhe o trono de seu pai, o rei Davi.

– “Não entrarei na minha tenda, minha casa, nem subirei à minha cama em que repouso, não deixarei adormecerem os meus olhos, nem cochilarem em descanso minhas pálpebras, até que eu ache um lugar para o Senhor, uma casa para o Forte de Jacó!”

R: O Senhor vai dar-lhe o trono de seu pai, o rei Davi.

– O Senhor fez a Davi um juramento, uma promessa que jamais renegará: “Um herdeiro que é fruto do teu ventre colocarei sobre o trono em teu lugar!

R: O Senhor vai dar-lhe o trono de seu pai, o rei Davi.

– Se teus filhos conservarem minha Aliança e os preceitos que lhes dei a conhecer, os filhos deles igualmente hão de sentar-se eternamente sobre o trono que te dei!”

R: O Senhor vai dar-lhe o trono de seu pai, o rei Davi.

– Pois o Senhor quis para si Jerusalém e a desejou para que fosse sua morada: “Eis o lugar do meu repouso para sempre, eu fico aqui: este é o lugar que preferi!”

R: O Senhor vai dar-lhe o trono de seu pai, o rei Davi.

 

Aclamação ao santo Evangelho

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

– Vossa Palavra é uma luz para os meus passos e uma lâmpada luzente em meu caminho (Sl 118,105).

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Marcos: Mc 4,21-25

 

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Marcos

– Glória a vós, Senhor!  


Naquele tempo, Jesus disse à multidão: 21“Quem é que traz uma lâmpada para colocá-la debaixo de um caixote, ou debaixo da cama? Ao contrário, não a põe num candeeiro? 22Assim, tudo o que está em segredo deverá ser descoberto. 23Se alguém tem ouvidos para ouvir, ouça”. 24Jesus dizia ainda: “Prestai atenção no que ouvis: com a mesma medida com que medirdes, também vós sereis medidos; e vos será dado ainda mais. 25Ao que tem alguma coisa, será dado ainda mais; do que não tem, será tirado até mesmo o que ele tem”.

 

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!  

Santa Ângela Mérici

- por Pe. Alexandre

Nasceu no ano de 1474 no norte da Itália. De uma família muito honesta, materialmente pobre, mas espiritualmente riquíssima, amava muito Cristo e sua Igreja. Os filhos foram crescendo assim, com o testemunho dos pais, inclusive Santa Ângela que, desde pequenina, já tinha vida de oração e penitência, buscava amar a Deus cada vez mais.

Ela teve uma irmã e, com o tempo, seus pais vieram a falecer. Os filhos tiveram que sair de sua terra e morar com um tio. Ali, a irmã faleceu e, mais tarde, o tio. Quantas perdas! Mas Santa Ângela, mulher de oração, nunca acusou Deus, nunca se revoltou. Isso não quer dizer que não sentiu, não sofreu. Até Nosso Senhor, verdadeiro Deus, verdadeiro homem sofreu. Inspirada pelo Espírito Santo, retornou para a sua terra natal e ali começou a fazer um trabalho muito providencial, confirmado pelo céu, porque teve um sonho de ver jovens com coroas de lírios caminhando para o céu. Naquele discernimento, ela agarrou a inspiração e foi trabalhar servindo jovens que corriam riscos morais.

O grupo daquele que se dedicavam a Deus foi crescendo, servindo no resgate à evangelização dos jovens e também na restauração das famílias. Ela foi com o coração aberto, cheio de amor para auxiliar, com as outras jovens, as famílias. Promoveu a restauração das jovens, das famílias, também foi ao encontro dos pobres e enfermos. O Papa aprovou esta nova congregação que foi consagrada a Santa Úrsula, por isso, eram chamadas ursulinas, pois a própria Santa Úrsula apareceu para Santa Ângela. Ela que, aos 66 anos, partiu para o céu, hoje intercede não só pelas ursulinas, mas por todos que são Igreja.

Santa Ângela Mérici, rogai por nós!

Meditação

- por Pe. Alexandre

Nada acontece em segredo… (Mc 4,21-25)

 

Antigo samba-canção, assinado por Herivelto Martins, afirmava categoricamente: “segredo é pra quatro paredes” … Pois o Evangelho discorda…

 

Jesus nos garante que mesmo aqueles crimes cometidos à socapa, por baixo do pano, furtivamente, mais cedo ou mais tarde acabarão revelados. O atual momento brasileiro, com uma enxurrada lamacenta de suborno e corrupção no noticiário, é a prova cabal de que as ações ocultas (ainda mais nestes tempos cibernéticos!) não hão de permanecer na sombra por muito tempo.

 

Vale meditar sobre a insânia que cometemos quando pretendemos ocultar nosso íntimo diante do olhar divino. E não se trata de coisa nova, pois o Antigo Testamento já registrava esta tentativa de cegar o Criador: “Dizem os ímpios: ‘O Senhor não vê, o Deus de Jacó não repara’. Imbecis, quando criareis juízo? Quem plantou o ouvido não escuta? Quem fez o olho não enxerga?” (Sl 94,7-9)

Creio que nossa dificuldade em procurar o ministro do perdão para o Sacramento da Reconciliação (a popular “confissão”) tem algo a ver com esta atitude interior. Ora, os pecados que confessamos já são muito bem conhecidos de Deus. Não levaremos nenhuma novidade ao confessionário, nenhum segredo…

Mas o aspecto trágico dessa tentativa de fuga é de outra natureza: ao imitarmos o velho Adão, buscando ocultar-nos de Deus (cf. Gn 3,10), não percebemos que o olhar evitado é exatamente o olhar de um Pai amoroso, ansioso por nos perdoar? Não se trata de um juiz rancoroso, um regente vingativo, mas daquele que deseja nossa vida e salvação.

Seria puro irracionalismo de nossa parte? Ou existe aí algo mais, de fundo espiritual? Não seria (creio que sim!) o próprio demônio que, depois de nos haver seduzido ao pecado, vem soprar aos nossos ouvidos uma imagem falsa de Deus, como se devêssemos manter distância para evitar punição e castigo?

Ninguém, como Teresa de Lisieux, percebeu mais claramente o lado misericordioso de nosso juiz: “Que doce alegria essa de pensar que Deus é justo, que leva em conta as nossas fraquezas, que conhece perfeitamente a fragilidade da nossa natureza. Portanto, de que eu teria medo? Ah! O Deus tão justo que se dignou perdoar com tanta bondade todas as faltas do filho pródigo, não deve ser justo também para comigo que estou sempre com ele?” (Man. A, 237)

 

Sim, a justiça de Deus não significa a crua aplicação das leis divinas, mas a consideração da extrema fragilidade dos réus. Digo, dos filhos…

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