27 de Julho de 2022

17a Semana do Tempo Comum. Quarta-feira

- por Pe. Alexandre

QUARTA FEIRA – XVII SEMANA DO TEMPO COMUM

(verde – ofício do dia)

 

Antífona da entrada

 

– Deus habita em seu templo santo, reúne seus filhos em sua casa; é ele quem dá força e poder a seu povo (Sl 67,6.36).

 

Oração do dia

 

– Ó Deus, sois amparo dos que em vós esperam e, sem vosso auxílio, ninguém é forte, ninguém é santo; redobrai de amor para conosco, para que, conduzidos por vós, usemos de tal modo os bens que passam, que possamos abraçar os que não passam. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: Jr 15,10.16-21

 

– Leitura do livro do profeta Jeremias: 10Ai de mim, minha mãe, que me geraste um homem de controvérsia, um homem em discórdia com toda a gente! Não emprestei com usura nem ninguém me emprestou, e contudo todos me amaldiçoam. 16Quando encontrei tuas palavras, alimentei-me, elas se tornaram para mim uma delícia e a alegria do coração, o modo como invocar teu nome sobre mim, Senhor Deus dos exércitos. 17Não costumo frequentar a roda dos folgazões e gabo-me disso; fiquei a sós, sob o influxo de tua presença e cheio de indignação. 18Por que se tornou eterna minha dor, por que não sara minha chaga maligna? Para mim te tornaste como miragem de um regato, como visão d’águas ilusórias. 19Ainda assim, isto diz-me o Senhor: “Se te converteres, converterei teu coração, para te sustentares em minha presença; se souberes separar o precioso do vil, falarás por minha boca; os outros voltarão para ti, e tu não voltarás para eles. 20Em favor deste povo, farei de ti uma muralha de bronze fortificada; combaterão contra ti, mas não revalecerão, porque eu estou contigo para te salvar e te defender diz o Senhor. 21Eu te libertarei das mãos dos perversos e te salvarei dos prepotentes”.

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 59,2-5a.10-11.17-18 (R: 17d)

 

– Sois meu refúgio no dia da aflição.
R: Sois meu refúgio no dia da aflição.

– Libertai-me do inimigo, ó meu Deus, e protegei-me contra os meus perseguidores! Libertai-me dos obreiros da maldade, defendei-me desses homens sanguinários!

R: Sois meu refúgio no dia da aflição.

– Eis que ficam espreitando a minha vida, poderosos armam tramas contra mim. Mas eu, Senhor, não cometi pecado ou crime.

R: Sois meu refúgio no dia da aflição.

– Minha força, é a vós que me dirijo, porque sois o meu refúgio e proteção, Deus clemente e compassivo, meu amor! Deus virá com seu amor ao meu encontro, e hei de ver meus inimigos humilhados.

R: Sois meu refúgio no dia da aflição.

– Eu, então, hei de cantar vosso poder, e de manhã celebrarei vossa bondade, porque fostes para mim o meu abrigo, o meu refúgio no dia da aflição.

R: Sois meu refúgio no dia da aflição.

–  Minha força, cantarei vossos louvores, porque sois o meu refúgio e proteção, Deus clemente e compassivo, meu amor!

R: Sois meu refúgio no dia da aflição.

Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

– Eu vos chamo meus amigos, pois vos dei a conhecer o que o Pai me revelou (Jo 15,15).

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus: Mt 13,44-46

 

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus

– Glória a vós, Senhor!   

 

– Naquele tempo, disse Jesus à multidão: 44“O Reino do Céus é como um tesouro escondido no campo. Um homem o encontra e o mantém escondido. Cheio de alegria, ele vai, vende todos os seus bens e compra aquele campo. 45O Reino dos Céus também é como um comprador que procura pérolas preciosas. 46Quando encontra uma pérola de grande valor, ele vai, vende todos os seus bens e compra aquela pérola”.

 

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!   

 

São Pantaleão

- por Pe. Alexandre

O santo de hoje viveu no séc. III e IV da era cristã, durante um período de intensa perseguição aos cristãos, que não podiam professar a própria fé, pois o que predominava naquela época era o culto aos deuses pagãos.

Pantaleão nasceu em Nicomédia, atual Turquia. Era filho de Eustóquio, gentio e de Êubola, cristã. Sua mãe encaminhou-o na fé cristã. Após o falecimento de sua mãe, Pantaleão foi aplicado pelo pai aos estudos de retórica, filosofia e medicina.

Durante a perseguição, travou amizade com um sacerdote, exemplo de virtude, Hermolau, que o persuadiu de Nosso Senhor Jesus Cristo ser o autor da vida e o senhor da verdadeira saúde.

Um dia, se viu diante de uma criança morta por uma víbora, disse para consigo: “Agora verei se é verdade o que Hermolau me diz”. E, segundo isso, diz ao menino: “Em nome de Jesus Cristo, levanta-te; e tu, animal peçonhento, sofre o mal que fizeste”. Levantou-se a criança e a víbora ficou morta; em vista disso, Pantaleão converteu-se e recebeu logo o santo batismo.

Acabou sendo convocado pelo imperador Maximiano como seu médico pessoal. As milagrosas curas, que em nome de Jesus Cristo realizava, suscitaram a inveja de outros médicos, esses o acusaram de cristão perante o imperador que, por sua vez, o mandou ser amarrado a uma árvore e degolado.

Dessa forma, assumindo a coroa do martírio, São Pantaleão passou desta vida para a vida eterna, no ano de 303.

São Pantaleão, rogai por nós!

Meditaçao

- por Pe. Alexandre

Um tesouro escondido… (Mt 13,44-46)

 

Se eu pergunto a uma criança do catecismo como seria esse tal tesouro encontrado acidentalmente no campo, por certo ouviria alguma destas respostas: um baú cheio de moedas de ouro… um diamante de todo tamanho… os malotes enterrados pelos assaltantes do banco… o caixote enterrado pelos piratas em fuga…

 

Pois bem, nós somos exatamente essas crianças. Também nós nos tornamos incapazes de ir além da tosca imagem material e penetrar no sentido espiritual da parábola. Petrificados por uma sociedade de produção e consumo, imaginamos “tesouros” bem palpáveis, bem concretos, bem contabilizáveis. Que pena!

 

Deixo a palavra com Máximo, o Confessor [+662 d.C.]:

 

“Se Cristo permanece em nossos corações pela fé, segundo o apóstolo divino (cf. Ef 3,17), e se todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento estão nele escondidos (cf. Cl 2,3), então todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento estão ocultos em nosso coração. Mas eles se revelam na medida da purificação de cada um, essa purificação suscitada pelos mandamentos.

 

Tal é o tesouro escondido no campo de teu coração e que ainda não encontraste por causa de tua preguiça. Se tu o tiveste encontrado, terias vendido tudo e adquirido esse campo. Agora, porém, deixaste o campo e procuras em volta dele, lá onde não é possível encontrar nada mais que espinhos e touceiras de capim.

 

É por isso que o Salvador diz: ‘Bem-aventurados os corações puros, porque eles verão a Deus’. (Mt 5,8) Eles o verão, e verão os tesouros que estão nele quando, pelo amor e pela temperança, forem bem purificados.

 

É por isso que ele diz ainda: ‘Vendei o que possuís, dai-o em esmola e eis que para vós tudo será puro’. (Lc 11,41) Estes deixam de se ocupar com as coisas do corpo, mas se aplicam a purificar do ódio e da desordem aquilo que o Senhor chama ‘o coração’. Pois são estas coisas que, sujando a inteligência, não permitem ver o Cristo que mora nela pela graça do santo batismo.”

 

Então, era isto? O campo está dentro de nós mesmos… O campo somos nós… É ali que Deus já depositou todos os tesouros de sua graça. É dentro de mim que devo garimpar as riquezas insondáveis do amor que se fez carne? Estou disposto a escavar?

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