27 de Março de 2019

3ª Semana da Quaresma - Quarta-feira

- por Padre Alexandre Fernandes

QUARTA FEIRA DA III SEMANA DA QUARESMA

(Roxo, ofício do dia da III semana)

 

Antífona da entrada

 

– Orientai meus passos, Senhor, segundo vossa palavra, e que o mal não domine sobre mim!

 

Oração do dia

 

– Ó Deus de bondade, concedei que, formados pela observância da Quaresma e nutridos por vossa palavra, saibamos mortificarmos para vos servir com fervor, sempre unânimes na oração. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: Dt 4,1.5-9

 

– Leitura do livro do Deuteronômio: Moisés falou ao povo, dizendo: 1“Agora, Israel, ouve as leis e os decretos que eu vos ensino a cumprir, para que, fazendo-o, vivais e entreis na posse da terra prometida que o Senhor Deus de vossos pais vos dará. 5Eis que vos ensinei leis e decretos conforme o Senhor meu Deus me ordenou, para que os pratiqueis na terra em que ides entrar e da qual tomareis posse. 6Vós os guardareis, pois, e os poreis em prática, porque neles está vossa sabedoria e inteligência perante os povos, para que, ouvindo todas estas leis, digam: ‘Na verdade, é sábia e inteligente esta grande nação!’ 7Pois, qual é a grande nação cujos deuses lhe são tão próximos quanto o Senhor nosso Deus, sempre que o invocamos? 8E que nação haverá tão grande que tenha leis e decretos tão justos, quanto esta lei que hoje vos ponho diante dos olhos? 9Mas toma cuidado! Procura com grande zelo não te esqueceres de tudo o que viste com os próprios olhos, e nada deixes escapar do teu coração por todos os dias de tua vida; antes, ensina-o a teus filhos e netos”.

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 147B,12-13.15-16.19-20 (R: 12a)

 

– Glorifica o Senhor, Jerusalém!
R: Glorifica o Senhor, Jerusalém!

– Glorifica o Senhor, Jerusalém! Ó Sião, canta louvores ao teu Deus! Pois reforçou com segurança as tuas portas, e os teus filhos em teu seio abençoou.

R: Glorifica o Senhor, Jerusalém!

– Ele envia suas ordens para a terra, e a palavra que ele diz corre veloz. Ele faz cair a neve como lã e espalha a geada como cinza.

R: Glorifica o Senhor, Jerusalém!

– Anuncia a Jacó sua palavra, seus preceitos e suas leis a Israel. Nenhum povo recebeu tanto carinho, a nenhum outro revelou os seus preceitos.

R: Glorifica o Senhor, Jerusalém!
 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus: Mt 5,17-19

 

Glória a Cristo, palavra eterna do Pai, que é amor!

Glória a Cristo, palavra eterna do Pai, que é amor!

 

– Senhor, tuas palavras são espírito, são vida; só tu tens palavras de vida eterna!  (Jo 6,63.68)

 

Glória a Cristo, palavra eterna do Pai, que é amor!

 

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus

– Glória a vós, Senhor!  

 

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 17“Não penseis que vim abolir a Lei e os Profetas”. Não vim para abolir, mas para dar-lhes pleno cumprimento. 18Em verdade, eu vos digo: antes que o céu e a terra deixem de existir, nem uma só letra ou vírgula serão tiradas da lei, sem que tudo se cumpra. 19Portanto, quem desobedecer a um só desses mandamentos, por menor que seja, e ensinar os outros a fazerem o mesmo, será considerado o menor no Reino dos Céus. Porém, quem os praticar e ensinar será considerado grande no Reino dos Céus.

 

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!  

São João do Egito

- por Padre Alexandre Fernandes

É o século IV, no final das perseguições romanas aos cristãos. Diocleciano era o Imperador de Roma, que tratava com crueldade os cristãos. Constantino, filho de Santa Helena, uma mulher cristã, o substituiu no governo de Roma e liberou o culto cristão.

 

São João nasceu em 305. Era de família pobre. trabalhou como carpinteiro até os 25 anos de idade, quando deixou tudo e abraçou a vida de eremita, uma vida rigorosa, de desprendimento, afastado da sociedade para viver em contemplação, meditação e oração. Adotou como seu guia espiritual, um eremita bem mais velho.

 

São João viveu 89 anos. Ficou conhecido como “Profeto do Egito”. Ele deixou numerosos escritos de adoração ao Senhor Jesus Cristo. Recebia muitas pessoas no deserto e fundou um mosteiro de estrita clausura, onde se encontrava com outros monges eremitas, sobretudo à noite, para louvar a Deus. Depois, retiravam-se, cada um para o seu lugar, em total silêncio e renúncia.

 

Quando São João aprendeu sobre o ministério da solidão, seu mestre o colocou numa situação de provação, obrigando-o a regar um galho seco diariamente. Um ano depois, o galho brotou. O mesmo aconteceu com Santa Rita de Cássia cerca de mil anos depois, que regou um galho seco até que brotou uma roseira.

FONTE: RS21

Meditação

- por Padre Alexandre Fernandes

Esse será grande! (Mt 5,17-19)

 

            A humanidade sempre tem sonhos de grandeza. As mães dizem aos filhos: “Seja um grande homem!” Os livros de História falam em grandes heróis, grandes generais, grandes navegadores. Os poderosos pretendem imortalizar-se por suas grandes obras: pirâmides, jardins suspensos, muralhas quilométricas, estradas transmazônicas, estátuas monumentais, arenas olímpicas, torres que chegam ao céu.

 

            Passa o tempo e nivela o terreno. Chuvas e ventos, terremotos e tempestades, inundações e ataques terroristas: e a grandeza humana é transformada em lama e pó. Não é à toa que grandes navegadores morreram na miséria. Grandes generais se suicidaram. Grandes pensadores acabaram recolhidos em hospícios. Uma imagem forte para a loucura de nossas grandezas…

 

            Deus vê as coisas de modo bem diferente. Ele – o único que é grande! – sabe que somos pequenos. Sabe que somos uns vermezinhos. E Deus nos ama em nossa extrema pequenez. No entanto, o Senhor nos abre um caminho para o crescimento: a participação em sua obra de salvação.

 

No Evangelho de hoje, Jesus afirma que será grande aquele que cumprir a Lei de Deus e a levar ao conhecimento dos outros. É assim que um ex-cobrador de impostos se torna um grande evangelista. Um velho pescador vem a ser um grande Papa. Um ex-guerrilheiro é promovido a grande mártir.

 

            Claro, nada que o mundo pagão entenda como grandeza. Nada de glórias humanas. Nada de fama, riqueza ou poder, pois o Reino inverte (subverte?) todos os valores humanos. Nele, mendigos como Francisco de Assis atraem multidões. Mulheres frágeis como Teresa de Calcutá acabam recebendo o Prêmio Nobel. Uma mocinha da roça, como Maria de Nazaré, é escolhida para ser a Mãe de Deus…

 

            Quando alguém chega a compreender a tábua de valores do Espírito, não consegue mais viver a vida velha. É quando o capitão Iñigo de Loyola troca a espada pelo Evangelho. Francisco troca a fortuna do pai pela pobreza dos mendigos. Clara corta os cabelos que atraíam os olhares.

 

Centrados em um Amor que o mundo não pode dar, eles tornaram-se grandes santos. Por sua santidade, os grandes parecem pequenos! Alfabetizam crianças catarrentas, dão catecismo na favela, trocam o curativo dos leprosos. Cumprem ordens, ganham mal, morrem pobres. E quando chegam ao céu, o próprio Rei lhes vem lavar os pés…

 

Orai sem cessar: “O Senhor ergue o fraco da poeira!” (Sl 113,7)

Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.

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