27 de Março de 2023

5 semana da quaresma -Segunda- feira

- por Pe. Alexandre

SEGUNDA FEIRA DA V SEMANA DA QUARESMA
(roxo, pref. da paixão I, ofício do dia)
Antífona da entrada
– Tende piedade de mim, Senhor, pois me atormentaram; todos os dias me
oprimem os agressores (Sl 55,2).
Oração do dia
– Ó Deus, que pela vossa graça inefável nos enriqueceis de todos os bens,
concedei-nos passar da antiga à nova vida, preparando-nos assim para o reino
da glória. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito
Santo.
1ª Leitura: Dn: 13,1-9.15-17.19-30.33-62
– Leitura da profecia de Daniel: Naqueles dias. 1 na Babilônia vivia um homem
chamado Joaquim. 2 Estava casado com uma mulher chamada Susana, filha de
Helcias, que era muito bonita e temente a Deus. 3 Também os pais dela eram
pessoas justas e tinham educado a filha de acordo com a lei de Moisés.
4 Joaquim era muito rico e possuía um pomar junto à sua casa. Muitos judeus
costumavam visitá-lo, pois era o mais respeitado de todos. 5 Ora, naquele ano,
tinham sido nomeados juízes dois anciãos do povo, a respeito dos quais o
Senhor havia dito: 'Da Babilônia brotou a maldade de anciãos-juízes, que
passavam por condutores do povo.' 6 Eles frequentavam a casa de Joaquim,
e todos os que tinham alguma questão se dirigiam a eles. 7 Ora, pelo meio-dia,
quando o povo se dispersava, Susana costumava entrar e passear no pomar
de seu marido. 8 Os dois anciãos viam-na todos os dias entrar e passear, e
acabaram por se apaixonar por ela. 9 Ficaram desnorteados, a ponto de
desviarem os olhos para não olharem para o céu, e se esqueceram dos seus
justos julgamentos. 15 Assim, enquanto os dois estavam à espera de uma
ocasião favorável, certo dia, Susana entrou no pomar como de costume,
acompanhada apenas por duas empregadas. E sentiu vontade de tomar
banho, por causa do calor. 16 Não havia ali ninguém, exceto os dois velhos
que estavam escondidos, e a espreitavam. 17 Então ela disse às empregadas:
'Por favor, ide buscar-me óleo e perfumes e trancai as portas do pomar, para
que eu possa tomar banho'. 19 Apenas as empregadas tinham saído, os dois
velhos levantaram-se e correram para Susana, dizendo: 20 'Olha, as portas do
pomar estão trancadas e ninguém nos está vendo. Estamos apaixonados por ti:
concorda conosco e entrega-te a nós! 21 Caso contrário, deporemos contra ti,
que um moço esteve aqui, e que foi por isso que mandaste embora as
empregadas'. 22 Gemeu Susana, dizendo: 'Estou cercada de todos os lados!
Se eu fizer isto, espera-me a morte; e, se não o fizer, também não escaparei
das vossas mãos; 23 mas é melhor para mim, não o fazendo, cair nas vossas
mãos do que pecar diante do Senhor!' 24 Então ela pôs-se a gritar em alta voz,
mas também os dois velhos gritaram contra ela. 25 Um deles correu para as
portas do pomar e as abriu. 26 As pessoas da casa ouviram a gritaria no pomar
e precipitaram-se pela porta do fundo, para ver o que estava acontecendo,

27 Quando os velhos apresentaram sua versão dos fatos, os empregados ficaram
muito constrangidos, porque jamais se dissera coisa semelhante
a respeito de Susana. 28 No dia seguinte, o povo veio reunir-se em casa de
Joaquim, seu marido. Os dois anciãos vieram também, com a intenção
criminosa de conseguir sua condenação à morte. Por isso, assim falaram ao
povo reunido: 29 'Mandai chamar Susana, filha de Helcias, mulher de Joaquim'!
E foram chamá-la. 30 Ela compareceu em companhia dos pais, dos filhos e de
todos os seus parentes. 33 Os que estavam com ela e todos os que a viam,
choravam. 34 Os dois velhos levantaram-se no meio do povo e puseram as mãos
sobre a cabeça de Susana. 35 Ela, entre lágrimas, olhou para o céu,
pois seu coração tinha confiança no Senhor. 36 Entretanto, os dois anciãos
deram este depoimento: 'Enquanto estávamos passeando a sós no pomar,
esta mulher entrou com duas empregadas. Depois, fechou as portas do pomar
e mandou as servas embora. 37 Então, veio ter com ela um moço que estava
escondido, e com ela se deitou. 38 Nós, que estávamos num canto do pomar,
vimos esta infâmia. Corremos para eles e os surpreendemos juntos. 39 Quanto
ao jovem, não conseguimos agarrá-lo, porque era mais forte do que nós
e, abrindo as portas, fugiu. 40 A ela, porém, agarramos, e perguntamos quem era
aquele moço. Ela, porém, não quis dizer. Disto nós somos testemunhas'.
41 A assembleia acreditou neles, pois eram anciãos do povo e juízes. E
condenaram Susana à morte. 42 Susana, porém, chorando, disse em voz alta:
'Ó Deus eterno, que conheces as coisas escondidas e sabes tudo de antemão,
antes que aconteça! 43 Tu sabes que é falso o testemunho que levantaram
contra mim! Estou condenada a morrer, quando nada fiz do que estes
maldosamente inventaram a meu respeito!' 44 O Senhor escutou sua voz.
45 Enquanto a levavam para a execução, Deus excitou o santo Espírito de um
adolescente, de nome Daniel. 46 E ele clamou em alta voz: 'Sou inocente do
sangue desta mulher!' 47 Todo o povo então voltou-se para ele e perguntou:
'Que palavra é esta, que acabas de dizer?' 48 De pé, no meio deles, Daniel
respondeu: 'Sois tão insensatos, filhos de Israel? Sem julgamento e sem
conhecimento da causa verdadeira, vós condenais uma filha de Israel?
49 Voltai a repetir o julgamento, pois é falso o testemunho que levantaram contra
ela!' 50 Todo o povo voltou apressadamente, e outros anciãos disseram ao
jovem: 'Senta-te no meio de nós e dá-nos o teu parecer, pois Deus te deu a
honra da velhice.' 51 Falou então Daniel: 'Mantende os dois separados, longe um
do outro, e eu os julgarei.' 52 Tendo sido separados, Daniel chamou um deles e
lhe disse: 'Velho encarquilhado no mal! Agora aparecem os pecados
que estavas habituado a praticar. 53 Fazias julgamentos injustos, condenando
inocentes e absolvendo culpados, quando o Senhor ordena: 'Tu não farás
morrer o inocente e o justo!' 54 Pois bem, se é que viste, dize-me à sombra de
que árvore os viste abraçados?' Ele respondeu: 'É sombra de uma aroeira.'
55 Daniel replicou 'Mentiste com perfeição, contra a tua própria cabeça. Por isso
o anjo de Deus, tendo recebido já a sentença divina, vai rachar-te pelo meio!'
56 Mandando sair este, ordenou que trouxessem o outro: 'Raça de Canaã, e não
de Judá, a beleza fascinou-te e a paixão perverteu o teu coração. 57 Era assim
que procedíeis com as filhas de Israel, e elas por medo sujeitavam-se a vós.
Mas uma filha de Judá não se submeteu a essa iniquidade. 58 Agora, pois, dize-
me debaixo de que árvore os surpreendeste juntos?' Ele respondeu: 'Debaixo
de uma azinheira.' 59 Daniel retrucou: 'Também tu mentiste com perfeição, contra
a tua própria cabeça. Por isso o anjo de Deus já está à espera, com a espada

na mão, para cortar-te ao meio e para te exterminar!' 60 Toda a assistência pôs-
se a gritar com força, bendizendo a Deus, que salva os que nele esperam. 61 E
voltaram-se contra os dois velhos, pois Daniel os tinha convencido, por suas
próprias palavras, de que eram falsas testemunhas. E, agindo segundo a lei de
Moisés, fizeram com eles aquilo que haviam tramado perversamente contra o
próximo. 62 E assim os mataram, enquanto, naquele dia, era salva uma vida
inocente.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 23,1-3a.3b-4.5.6 (R: 4a)
– Mesmo que eu passe pelo vale tenebroso, nenhum mal eu temerei, estais
comigo.
R: Mesmo que eu passe pelo vale tenebroso, nenhum mal eu temerei,
estais comigo.
– O Senhor é o pastor que me conduz; não me falta coisa alguma. Pelos prados
e campinas verdejantes ele me leva a descansar. Para as águas repousantes
me encaminha, e restaura as minhas forças.
R: Mesmo que eu passe pelo vale tenebroso, nenhum mal eu temerei,
estais comigo.
– Ele me guia no caminho mais seguro, pela honra do seu nome. Mesmo que
eu passe pelo vale tenebroso, nenhum mal eu temerei. Estais comigo com
bastão e com cajado, eles me dão a segurança!
R: Mesmo que eu passe pelo vale tenebroso, nenhum mal eu temerei,
estais comigo.
– Preparais à minha frente uma mesa, bem à vista do meu inimigo, com óleo
vós ungis minha cabeça, e o meu cálice transborda.
R: Mesmo que eu passe pelo vale tenebroso, nenhum mal eu temerei,
estais comigo.
– Felicidade e todo bem hão de seguir-me, por toda a minha vida; e, na casa do
Senhor, habitarei pelos tempos infinitos.
R: Mesmo que eu passe pelo vale tenebroso, nenhum mal eu temerei,
estais comigo.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo João: Jo 8,1-11
Glória a vós, Senhor Jesus, primogênito dentre os mortos.
Glória a vós, Senhor Jesus, primogênito dentre os mortos.
– Não quero a morte do pecador, diz o Senhor, mas que ele volte, se converta e
tenha vida (Ez 33,11).
Glória a vós, Senhor Jesus, primogênito dentre os mortos.

– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João
– Glória a vós, Senhor!
– Naquele tempo, 1 Jesus foi para o monte das Oliveiras. 2 De madrugada, voltou
de novo ao Templo. Todo o povo se reuniu em volta dele. Sentando-se,
começou a ensiná-los. 3 Entretanto, os mestres da Lei e os fariseus trouxeram
uma mulher surpreendida em adultério. Levando-a para o meio deles,
4 disseram a Jesus: “Mestre, esta mulher foi surpreendida em flagrante adultério.
5 Moisés na Lei mandou apedrejar tais mulheres. Que dizes tu?”
6 Perguntavam isso para experimentar Jesus e para terem motivo de o acusar.
Mas Jesus, inclinando-se, começou a escrever com o dedo no chão. 7 Como
persistissem em interrogá-lo, Jesus ergueu-se e disse: “Quem dentre vós não
tiver pecado, seja o primeiro a atirar-lhe uma pedra”. 8 E tornando a inclinar-
se, continuou a escrever no chão. 9 E eles, ouvindo o que Jesus falou, foram
saindo um a um, a começar pelos mais velhos; e Jesus ficou sozinho, com a
mulher que estava lá, no meio, em pé. 10 Então Jesus se levantou e disse:
“Mulher, onde estão eles? Ninguém te condenou?” 11 Ela respondeu: “Ninguém,
Senhor”. Então Jesus lhe disse: “Eu, também, não te condeno. Podes ir, e de
agora em diante não peques mais”.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!

- por Pe. Alexandre

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