27 de novembro de 2022

1a Semana do Advento ano A

- por Pe. Alexandre

1º DOMINGO DO ADVENTO – ANO A

 (roxo, creio, prefácio do Advento I, ofício da I semana do saltério)

 

Antífona da entrada

 

– A vós, meu Deus, elevo a minha alma. Confio em vós, que eu não seja envergonhado! Não se riam de mim meus inimigos, pois não será desiludido quem em vós espera (Sl 24,1).

 

Oração do dia

 

– Ó Deus todo-poderoso, concedei a vossos fiéis o ardente desejo de possuir o reino celeste, para que, acorrendo com as nossas boas obras ao encontro do Cristo que vem, sejamos reunidos à sua direita na comunidade dos justos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: Is 2,1- 5

 

– Leitura do livro do profeta Isaías: 1Visão de Isaías, filho de Amós, sobre Judá e Jerusalém. 2Acontecerá, nos últimos tempos, que o monte da casa do Senhor estará firmemente estabelecido no ponto mais alto das montanhas e dominará as colinas. A ele acorrerão todas as nações, 3para lá irão numerosos povos e dirão: ‘Vamos subir ao monte do Senhor, à casa do Deus de Jacó, para que ele nos mostre seus caminhos e nos ensine a cumprir seus preceitos’; porque de Sião provém a lei e de Jerusalém, a palavra do Senhor. 4Ele há de julgar as nações e arguir numerosos povos; estes transformarão suas espadas em arados e suas lanças em foices: não pegarão em armas uns contra os outros e não mais travarão combate. 5Vinde, todos da casa de Jacó, e deixemo-nos guiar pela luz do Senhor.

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus

 

Salmo Responsorial: Sl 121, 1 – 2. 4 – 5. 6 – 7. 8 – 9 (R: 1)

 

R: Que alegria, quando me disseram: ‘Vamos à casa do Senhor!

– Que alegria, quando ouvi que me disseram: ‘Vamos à casa do Senhor!’
E agora nossos pés já se detêm, Jerusalém, em tuas portas.
R: Que alegria, quando me disseram: ‘Vamos à casa do Senhor!

– Para lá sobem as tribos de Israel, as tribos do Senhor. Para louvar, segundo a lei de Israel, o nome do Senhor. A sede da justiça lá está e o trono de Davi.

R: Que alegria, quando me disseram: ‘Vamos à casa do Senhor!

– Rogai que viva em paz Jerusalém, e em segurança os que te amam! Que a paz habite dentro de teus muros, tranquilidade em teus palácios!
R: Que alegria, quando me disseram: ‘Vamos à casa do Senhor!

– Por amor a meus irmãos e meus amigos, peço: ‘A paz esteja em ti!’ Pelo amor que tenho à casa do Senhor, eu te desejo todo bem!

R: Que alegria, quando me disseram: ‘Vamos à casa do Senhor!

2ª Leitura: Romanos 13,11-14a

 

– Leitura da primeira carta de são Paulo aos Romanos – Irmãos: 11Vós sabeis em que tempo estamos, pois já é hora de despertar. Com efeito, agora a salvação está mais perto de nós do que quando abraçamos a fé. 12A noite já vai adiantada, o dia vem chegando: despojemo-nos das ações das trevas e vistamos as armas da luz. 13Procedamos honestamente, como em pleno dia: nada de glutonerias e bebedeiras, nem de orgias sexuais e imoralidades, nem de brigas e rivalidades. 14Pelo contrário, revesti-vos do Senhor Jesus Cristo

 

– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus

 

Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

– Mostrai-nos, ó Senhor, a vossa bondade, e a vossa salvação nos concedei! (Sl 84,8)

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus: Mc 24,37- 44

 

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus

– Glória a vós, Senhor!

 

– Naquele tempo, Jesus disse aos seus discípulos: 37‘A vinda do Filho do Homem será como no tempo de Noé. 38Pois nos dias, antes do dilúvio, todos comiam e bebiam, casavam-se e davam-se em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca. 39E eles nada perceberam até que veio o dilúvio e arrastou a todos. Assim acontecerá também na vinda do Filho do Homem. 40Dois homens estarão trabalhando no campo: um será levado e o outro será deixado. 41Duas mulheres estarão moendo no moinho: uma será levada e a outra será deixada. 42Portanto, ficai atentos! porque não sabeis em que dia virá o Senhor. 43Compreendei bem isso: se o dono da casa soubesse a que horas viria o ladrão, certamente vigiaria e não deixaria que a sua casa fosse arrombada. 44Por isso, também vós ficai preparados! Porque na hora em que menos pensais, o Filho do Homem virá.

 

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!

 

Nossa Senhora das Graças

- por Pe. Alexandre

A devoção a Nossa Senhora das Graças teve início em 1830, com as aparições da Virgem Maria à piedosa e humilde Santa Catarina Labouré, na época freira do convento das Filhas da Caridade. Ao todo, foram três aparições que aconteceram no convento das Filhas da Caridade de São Vicente de Paulo, em Paris, na França.

A primeira aparição aconteceu na noite do dia 18 para o dia 19 de julho de 1830, onde Nossa Senhora revela a Santa Catarina grandes calamidades e perseguições que aconteceriam na França.

A segunda aparição aconteceu no dia 27 de novembro de 1830. A Santíssima Virgem aparece vestida de seda branca, um véu branco desce até a barra de seu vestido. Seus pés estão apoiados sobre a metade de um globo e esmagam uma serpente. Suas mãos estão erguidas à altura do peito e seguram um globo de ouro com uma cruz em cima. Seus olhos estão voltados para o céu. Nossa Senhora apareceu-lhe mostrando nos dedos anéis incrustados de belíssimas pedras preciosas, “lançando raios para todos os lados, cada qual mais belo que o outro”. Logo após, formou-se em torno da Virgem um quadro oval no alto, na qual estavam escritas em letras de ouro: “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós”. Esta foi a prova do Céu de que Nossa Senhora é imaculada e concebida sem o pecado original.

A Virgem mandou que fossem cunhadas medalhas, conforme as visões concedidas a Santa Catarina. A devoção a Nossa Senhora das Graças e a “Medalha Milagrosa”, como ficou popularmente conhecida entre os povos, espalhou-se rapidamente, bem como os milagres e prodígios, conforme prometeu a Virgem Maria àqueles que usarem devotamente a sua medalha: “Todos os que a usarem, trazendo-a ao pescoço, receberão grandes graças”. Com a aprovação eclesiástica, as medalhas foram confeccionadas e distribuídas, inicialmente na França, e mais tarde pelo mundo todo.

Após alguns instantes, o quadro se vira. Sobre o reverso, Catarina vê a letra “M” com uma cruz sobreposta e embaixo dois corações: o da esquerda cercado de espinhos e o da direita transpassado por uma espada. Doze estrelas distribuídas em forma oval cercam esse conjunto.

Em dezembro de 1830, a Virgem Maria aparece pela terceira vez, apresentando a Santa Catarina os mesmos raios luminosos, dessa vez junto ao tabernáculo, e lhe confirma sua missão de cunhar a medalha.

Desde o ano 1830, a invocação “Ó Maria, concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós” é pronunciada várias vezes por cristãos no mundo todo. Em 8 de dezembro de 1854, Pio IX proclama o dogma da Imaculada Conceição.

Em 1894, papa Leão XIII concede a todas as Dioceses da França a festa na Manifestação da Virgem Imaculada, chamada de “Medalha Milagrosa”, a ser celebrada no dia 27 de novembro. Em julho de 1897, papa Leão XIII, por meio de seu legado, coroou solenemente a imagem da Medalha Milagrosa.

A devoção a Nossa Senhora das Graças e a Medalha Milagrosa está presente no mundo inteiro devido à propagação da devoção realizada pelos Padres Lazaristas, pelas Filhas da Caridade e por toda a Família Vicentina.

Nossa Senhora das Graças, rogai por nós!

Meditaçao

- por Pe. Alexandre

Se o dono da casa soubesse… (Mt 24,37-44)

 

Vivemos em tempo de medo. Cai a noite, trancam-se as portas. Cerca eletrificada, porteiro eletrônico, câmeras de segurança, guardas na guarita. Nunca se sabe quando virá o ladrão…

 

Abrindo mais um Advento do Senhor, a Igreja não sente medo dAquele que vem: ao contrário, ela destranca as portas, derruba as cercas e se põe ela mesma na posição do sentinela que, sobre a muralha, espera pela aurora do Natal.

 

Eis o comentário de François Trévedy sobre este Evangelho: “Não, a vigilância que nos ordena Jesus Cristo não é despertada por um perigo, pelo terror, mas por uma simples chegada, ainda que seja de um “ladrão”. É preciso reconhecer que o “Ladrão” (cf. Mt 24,43; Ap 16,15) de que nos fala o Evangelho não é tão perigoso para nós e, em definitivo, é bem melhor que ele venha.

 

Ele não nos rouba por malícia, mas por amor, por um jogo do qual, um dia, participa todo amor verdadeiro. Nós olhamos com pânico para aquilo que chamamos de “últimos fins”, estamos obsedados pelo fim e nem mesmo vemos que o Senhor chega para nós sem cessar e de todos os lados ao mesmo tempo.

 

O que provoca a vigilância cristã não é uma catástrofe: é um acontecimento; é o perpétuo assalto – em nós e em torno de nós – da Presença pascal de Jesus Cristo. Este assalto só é perigoso se nós reagimos contra ele, pois Jesus Cristo é inofensivo para quem entra no seu jogo. […]

 

Jesus pode nos surpreender hoje; e na hora de nossa morte ele nos tomará como sua propriedade; ele retomará seu bem em nós, pois é bem no interior de nós, já agora, que isto será tomado e deixado (cf. Mt 24,40-41). Instantâneo como a luz, o Advento de Jesus Cristo operará – e opera desde já! – o corte transversal da história em seu conjunto e da vida de cada um de nós.”

 

Por que alguém temeria a Luz? Quem teria medo dessa íntima iluminação? Quem amaria tanto as trevas, a ponto de dar as costas para o Sol nascente? O tempo do Advento é exatamente um convite a derrubar os muros, abrir mão das próprias defesas, escancarar as janelas ao Vento da madrugada, pois o Dia já vem.

 

E Trévedy convida: “Deixemos Deus fazer uma intrusão em nós, nos invadir, nos demolir, talvez. É a luz da aurora pascal que faz trincar o túmulo, assim como no estábulo do Natal abre-se uma fresta para a torrente das estrelas…”

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