27 de Setembro de 2019

25ª Semana Comum Sexta-feira

- por Padre Alexandre Fernandes

SEXTA FEIRA – SÃO VICENTE DE PAULO – PRESBÍTERO

(branco, pref. comum ou dos pastores – ofício da memória)

 

Antífona da entrada

 

– Repousa sobre mim o Espírito do Senhor; ele me ungiu para levar a boa-nova aos pobres e curar os corações contritos (Lc 4,18).

 

Oração do dia

 

– Ó Deus, que para socorro dos pobres e formação do clero, enriquecestes o presbítero são Vicente de Paulo com as virtudes apostólicas, fazei-nos, animados pelo mesmo espírito, amar o que ele amou e praticar o que ensinou. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: Ag 1,15-2,9

 

– Leitura da profecia de Ageu: 1,15bNo segundo ano do reinado de Dario, 2,1no dia vinte e um do sétimo mês, fez-se ouvir a palavra do Senhor, mediante o profeta Ageu: 2“Vai dizer a Zorobabel, filho de Salatiel, governador de Judá, e a Josué, filho de Josedec, sumo sacerdote, e ao resto do povo: 3Há dentre vós algum sobrevivente que tenha visto esta casa em seu primitivo esplendor? E como a vedes agora? Não parece aos vossos olhos uma sombra do que era? 4Mas agora, toma coragem, Zorobabel, diz o Senhor, coragem, Josué, filho de Josedec, sumo sacerdote; coragem, povo todo desta terra, diz o Senhor dos exércitos; ponde mãos à obra, pois eu estou convosco, diz o Senhor dos exércitos. 5Eu assumi um compromisso convosco, quando saístes do Egito, e meu espírito permaneceu no meio de vós: não temais. 6Isto diz o Senhor dos exércitos: Ainda um momento, e eu hei de mover o céu e a terra, o mar e a terra firme. 7Sacudirei todos os povos, e começarão a chegar tesouros de todas as nações, hei de encher de esplendor esta casa, diz o Senhor dos exércitos. 8Pertence-me a prata, pertence-me o ouro, diz o Senhor dos exércitos. 9O esplendor desta nova casa será maior que o da primeira, diz o Senhor dos exércitos; e, neste lugar, estabelecerei a paz, diz o Senhor dos exércitos.

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 43,1.2-3.4 (R: 9c)

 

– Espera em Deus! Louvarei novamente o meu Deus Salvador.

R: Espera em Deus! Louvarei novamente o meu Deus Salvador.

 

– Fazei justiça, meu Deus, e defendei-me contra a gente impiedosa; do homem perverso e mentiroso libertai-me, ó Senhor!

R: Espera em Deus! Louvarei novamente o meu Deus Salvador.

 

– Sois vós o meu Deus e meu refúgio: por que me afastais? Por que ando tão triste e abatido pela opressão do inimigo?

R: Espera em Deus! Louvarei novamente o meu Deus Salvador.

 

– Enviai vossa luz, vossa verdade: elas serão o meu guia; que me levem ao vosso Monte santo, até a vossa morada!

R: Espera em Deus! Louvarei novamente o meu Deus Salvador.

 

– Então irei aos altares do Senhor, Deus da minha alegria. Vosso louvor cantarei, ao som da harpa, meu Senhor e meu Deus!

R: Espera em Deus! Louvarei novamente o meu Deus Salvador.

 

Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

– Veio o Filho do homem, a fim de servir e dar sua vida em resgate por muitos (Mc 10,45).

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 9,18-22

 

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas

– Glória a vós, Senhor!   

 

– Aconteceu que Jesus 18estava rezando num lugar retirado, e os discípulos estavam com ele. Então Jesus perguntou-lhes: “Quem diz o povo que eu sou?” 19Eles responderam: “Uns dizem que és João Batista; outros, que és Elias; mas outros acham que és algum dos antigos profetas que ressuscitou”. 20Mas Jesus perguntou: “E vós, quem dizeis que eu sou?” Pedro respondeu: “O Cristo de Deus”. 21Mas Jesus proibiu-lhes severamente que contassem isso a alguém. 22E acrescentou: “O Filho do Homem deve sofrer muito, ser rejeitado pelos anciãos, pelos sumos sacerdotes e doutores da Lei, deve ser morto e ressuscitar no terceiro dia”

 

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!

São Vicente de Paulo

- por Padre Alexandre Fernandes

São Vicente de Paulo sabia muito bem tirar dos ricos para dar aos pobres

“Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e espírito e amarás ao teu próximo como a ti mesmo” (Mat 22,37.39).

Se não foi o lema da vida deste santo, viveu como se fosse. O santo de hoje, São Vicente de Paulo, nasceu na Aquitânia (França) em 1581. No seu tempo a França era uma potência, porém convivia com as crianças abandonadas, prostitutas, pobreza e ruínas causadas pelas revoluções e guerras.

Grande sacerdote, gerado numa família pobre e religiosa, ele não ficou de braços cruzados mas se deixou mover pelo espírito de amor. Como padre, trabalhou numa paróquia onde conviveu com as misérias materiais e morais; esta experiência lhe abriu para as obras da fé. Numa viagem foi preso e, com grande humildade, viveu na escravidão até converter seu patrão e conseguiu depois de dois anos sua liberdade.

A partir disso, São Vicente de Paulo iniciou a reforma do clero, obras assistenciais, luta contra o jansenismo que esfriava a fé do povo e estragava com seu rigorismo irracional. Fundou também a “Congregação da Missão” (lazaristas) e unido a Santa Luísa de Marillac, edificou as “Filhas da Caridade” (irmãs vicentinas).

Sabia muito bem tirar dos ricos para dar aos pobres, sem usar as forças dos braços, mas a força do coração. Morreu quase octogenário, a 27 de setembro de 1660.

São Vicente de Paulo, rogai por nós!

FONTE: Canção Nova

Meditação

- por Padre Alexandre Fernandes

Quem dizeis que eu sou? (Lc 9,18-22)

 

            Herodes não sabia quem era Jesus. Chega o momento em que os discípulos devem responder à mesma pergunta, pois ela decide o destino de cada um de nós. E é o próprio Jesus quem nos coloca em situação de defini-lo. O monge André Louf comenta esta passagem:

 

            “Somente aquele que é discípulo conhece Jesus em sua intimidade profunda. O discípulo, isto é, aquele que tudo deixou para segui-lo, que caminha com ele, que vive em sua intimidade, que, como ele, não tem uma pedra para repousar a cabeça. Somente essa proximidade de cada dia, de cada hora, entreabre a porta do conhecimento de Jesus. Mas ainda é preciso cuidado para não se enganar. Pedro disse bem: o Messias de Deus. E Jesus não recusa esta identidade. Mas Pedro sabe ao certo o que significa ser Jesus o Messias de Deus?”

 

            Vê-se que não sabia. Devia conservar a imagem popular de um libertador político, de um organizador social, enfim, um Messias para as realidades terrenas. Mas Pedro não está preparado para o anúncio que o Mestre faz a seguir: o sofrimento de Jesus, a rejeição, a perseguição e a morte. E a alusão que Jesus faz à sua ressurreição permanece um mistério para todos eles.

 

            No entanto, diz A. Louf, “não existe outro caminho para compreender a Deus senão Jesus crucificado. E não há outro caminho para compreender Jesus crucificado senão a própria cruz. A cruz só se compreende pela cruz, isto é, por aquele que a carrega, que a leva por sua vez atrás de Jesus”.

 

            Assim se manifesta a ilusão daqueles que procuram por um Jesus vitorioso, o engano de quem vê no Evangelho um caminho de glória e sucesso, de vantagens e de sossego. O caminho é a cruz. Exclusivamente a cruz. Ela é a condição para o surgimento – posterior! – de um Ressuscitado.

 

            Santa Teresa Benedita da Cruz (Edith Stein) ensina: “A doutrina da cruz é o evangelho de Paulo, a mensagem que ele prega a judeus e pagãos. É um testemunho simples por natureza, destituído de qualquer retórica e que não procura convencer por razões intelectuais. Toda força provém da doutrina em si – a própria cruz de Cristo, ou seja, a morte de Cristo na cruz e o Cristo crucificado. Ele mesmo é o poder e a sabedoria de Deus; não somente o enviado de Deus, Filho de Deus e Deus, ele próprio, mas também o Crucificado. Porque a morte na cruz é meio de redenção, fruto da insondável sabedoria de Deus”. (A Ciência da Cruz, p. 16)

 

            Quem dizeis que eu sou? O Crucificado…

 

Orai sem cessar: “Nós proclamamos Cristo crucificado!” (1Cor 1,23)

Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.

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