27 de Setembro de 2020

26a semana comum Domingo

- por Pe. Alexandre

DOMINGO – XXVI SEMANA DO TEMPO COMUM
(verde, glória, creio – II semana do saltério)

 

Antífona da entrada

 

– Senhor, tudo o que fizestes conosco, com razão o fizestes, pois pecamos contra vós e não obedecemos aos vossos mandamentos. Mas honrai o vosso nome, tratando-nos segundo vossa misericórdia (Dn 3,31.29.43.42).

 

Oração do dia

 

– Ó Deus, que mostrai vosso poder sobretudo no perdão e na misericórdia, derramai sempre em nós a vossa graça, para que, caminhando ao encontro das vossas promessas, alcancemos os bens que nos reservais. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: Ez 18,25-28

 

– Leitura da profecia de Ezequiel: Assim diz o Senhor: 25“Vós andais dizendo: ‘A conduta do Senhor não é correta’. Ouvi, vós da casa de Israel: é a minha conduta que não é correta, ou antes é a vossa conduta que não é correta?
26Quando um justo se desvia da justiça, pratica o mal e morre, é por causa do mal praticado que ele morre. 27Quando um ímpio se arrepende da maldade que praticou e observa o direito e a justiça, conserva a própria vida. 28Arrependendo-se de todos os seus pecados, com certeza viverá, não morrerá”.

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 25,4bc-5.6-7.8-9 (R: 6a)

 

– Recordai, Senhor meu Deus, vossa ternura e compaixão.
R: Recordai, Senhor meu Deus, vossa ternura e compaixão.

– Mostrai-me, ó Senhor, vossos caminhos, e fazei-me conhecer a vossa estrada! Vossa verdade me oriente e me conduza, porque sois o Deus da minha salvação; em vós espero, ó Senhor, todos os dias!

R: Recordai, Senhor meu Deus, vossa ternura e compaixão.

– Recordai, Senhor meu Deus, vossa ternura e a vossa compaixão que são eternas! Não recordeis os meus pecados quando jovem, nem vos lembreis de minhas faltas e delitos! De mim lembrai-vos, porque sois misericórdia e sois bondade sem limites, ó Senhor!!

R: Recordai, Senhor meu Deus, vossa ternura e compaixão.

– O Senhor é piedade e retidão, e reconduz ao bom caminho os pecadores. Ele dirige os humildes na justiça, e aos pobres ele ensina seu caminho.

R: Recordai, Senhor meu Deus, vossa ternura e compaixão.

2ª Leitura: Fl 2,1-11

 

– Leitura da carta de são Paulo aos Filipenses: Irmãos: 1se existe consolação na vida em Cristo, se existe alento no mútuo amor, se existe comunhão no Espírito, se existe ternura e compaixão, 2tornai então completa a minha alegria: aspirai à mesma coisa, unidos no mesmo amor; vivei em harmonia, procurando a unidade. 3Nada façais por competição ou vanglória, mas, com humildade, cada um julgue que o outro é mais importante, 4e não cuide somente do que é seu, mas também do que é do outro. 5Tende em vós o mesmo sentimento que existe em Cristo Jesus. 6Jesus Cristo, existindo em condição divina, não fez do ser igual a Deus uma usurpação, 7mas esvaziou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo e tornando-se igual aos homens. Encontrado com aspecto humano, 8humilhou-se a si mesmo, fazendo-se obediente até à morte, e morte de cruz. 9Por isso, Deus o exaltou acima de tudo e lhe deu o Nome que está acima de todo nome. 10Assim, ao nome de Jesus, todo joelho se dobre no céu, na terra e abaixo da terra, 11e toda língua proclame: “Jesus Cristo é o Senhor!” – para a glória de Deus Pai.

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

– Minhas ovelhas escutam a minha voz, minha voz estão elas a escutar; eu conheço, então, minhas ovelhas, que me seguem, comigo a caminhar!

(Jo 10,27).

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus: Mt 21,28-32

 

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus

– Glória a vós, Senhor!   

 

– Naquele tempo, Jesus disse aos sacerdotes e anciãos do povo: 28“Que vos parece? Um homem tinha dois filhos. Dirigindo-se ao primeiro, ele disse: ‘Filho, vai trabalhar hoje na vinha!’ 29O filho respondeu: ‘Não quero’. Mas depois mudou de opinião e foi. 30O pai dirigiu-se ao outro filho e disse a mesma coisa. Este respondeu: ‘Sim, senhor, eu vou’. Mas não foi. 31Qual dos dois fez a vontade do Pai?” Os sumos sacerdotes e os anciãos do povo responderam: “O primeiro”. Então Jesus lhes disse: “Em verdade eu vos digo que os cobradores de impostos e as prostitutas vos precedem no Reino de Deus. 32Porque João veio até vós, num caminho de justiça, e vós não acreditastes nele. Ao contrário, os cobradores de impostos e as prostitutas creram nele. Vós, porém, mesmo vendo isso, não vos arrependestes para crer nele”.

 

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!   

São Vicente de Paulo

- por Pe. Alexandre

Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e espírito e amarás ao teu próximo como a ti mesmo” (Mat 22,37.39).

Se não foi o lema da vida deste santo, viveu como se fosse. O santo de hoje, São Vicente de Paulo, nasceu na Aquitânia (França) em 1581. No seu tempo a França era uma potência, porém convivia com as crianças abandonadas, prostitutas, pobreza e ruínas causadas pelas revoluções e guerras.

Grande sacerdote, gerado numa família pobre e religiosa, ele não ficou de braços cruzados mas se deixou mover pelo espírito de amor. Como padre, trabalhou numa paróquia onde conviveu com as misérias materiais e morais; esta experiência lhe abriu para as obras da fé. Numa viagem foi preso e, com grande humildade, viveu na escravidão até converter seu patrão e conseguiu depois de dois anos sua liberdade.

A partir disso, São Vicente de Paulo iniciou a reforma do clero, obras assistenciais, luta contra o jansenismo que esfriava a fé do povo e estragava com seu rigorismo irracional. Fundou também a “Congregação da Missão” (lazaristas) e unido a Santa Luísa de Marillac, edificou as “Filhas da Caridade” (irmãs vicentinas).

Sabia muito bem tirar dos ricos para dar aos pobres, sem usar as forças dos braços, mas a força do coração. Morreu quase octogenário, a 27 de setembro de 1660.

São Vicente de Paulo, rogai por nós!

Meditação

- por Pe. Alexandre

Os dois filhos… (Mt 21,28-32)

 

Dois filhos. Diferentes um do outro. Dois modelos, duas situações possíveis em nossa vida.

 

Dois filhos. O primeiro promete obedecer e comparecer à vinha do pai para ajudar na colheita. O segundo diz não claramente à ordem do pai. Tudo indica que ambos não trabalhavam habitualmente na lavoura. O chamado à vinha é algo excepcional, pois uma noite fria pode baixar o teor de açúcar da uva e prejudicar a fabricação do vinho. O pai tem pressa na colheita da uva madura, por isso quer juntar os filhos à massa dos operários.

 

Dois filhos. O primeiro, que dissera sim, não cumpre sua promessa. O segundo, que dissera não, arrepende-se e vai trabalhar. É preciso ter sob nossos olhos o contraste entre os fariseus do tempo de Jesus, que parecem obedecer a Deus, e os publicanos, que parecem desobedecer.

 

Dois filhos. Duas lições, diz Urs Von Balthasar. A primeira? É preferível experimentar uma conversão tardia, como os publicanos e os pecadores públicos, que passar a vida inteira imaginando não precisar de nenhuma conversão, como no caso dos fariseus.

 

Dois filhos. E seu comportamento nos oferece um segundo ensinamento: devemos fazer a distinção entre “dizer” e “fazer”. Aquilo que dizemos ou imaginamos sobre nossa relação com Deus pode levar-nos a sério engano, pensando que certas práticas nos garantam um lugar no céu. Ao contrário, é o efetivo cumprimento da Palavra de Deus que nos abrirá as portas da misericórdia divina.

Dois filhos. O segundo dos dois deve animar os pecadores inveterados que têm passado longos anos longe de Deus e da Igreja. Enquanto dura a colheita – nosso tempo de vida -, sempre é possível mudar de atitudes e alterar o rumo de nossa vida.

Dois filhos. O primeiro deles nos alerta para o risco de avaliar que já estamos prontos, incapazes de perceber as incoerências de nossa vida, imersos em morna cegueira que brota das rotinas e devoções repetidas.

Dois filhos. E aqui está, penso eu, a lição mais importante da parábola: ambos são filhos! O Pai ama igualmente aos dois e espera de ambos – não importa quando! – uma resposta de amor. Porque o Amor permanece para sempre…

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