28 de Abril de 2022

2a Semana da Páscoa Quinta-feira

- por Pe. Alexandre

QUINTA FEIRA DA II SEMANA DA PÁSCOA
(branco – ofício do dia)

 

Antífona da entrada

 

– Ó Deus, quando saístes à frente do vosso povo, abrindo-lhe o caminho e habitando entre eles, a terra estremeceu, fundiram-se os céus, aleluia!

(Sl 67,8.20)

 

Oração do dia

 

– Concedei, ó Deus, que vejamos frutificar em toda nossa vida as graças do mistério pascal, que instituístes na vossa misericórdia. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: At 5, 27-33

– Leitura dos Atos dos Apóstolos – Naqueles dias, 27os guardas levaram os apóstolos e os apresentaram ao Sinédrio. O sumo sacerdote começou a interrogá-los, 28dizendo: “Nós tínhamos proibido expressamente que vós ensinásseis em nome de Jesus. Apesar disso, enchestes a cidade de Jerusalém com a vossa doutrina. E ainda nos quereis tornar responsáveis pela morte desse homem!” 29Então Pedro e os outros apóstolos responderam: “É preciso obedecer a Deus, antes que aos homens. 30O Deus de nossos pais ressuscitou Jesus, a quem vós matastes, pregando-o numa cruz. 31Deus, por seu poder, o exaltou, tornando-o Guia Supremo e Salvador, para dar ao povo de Israel a conversão e o perdão dos seus pecados. 32E disso somos testemunhas, nós e o Espírito Santo, que Deus concedeu àqueles que a Ele obedecem”. 33Quando ouviram isto, ficaram furiosos e queriam matá-los.

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 34, 2.9.17 – 20 (R: 7a)

 

– Este infeliz gritou a Deus, e foi ouvido.
R: Este infeliz gritou a Deus e foi ouvido.

 

– Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo, seu louvor estará sempre em minha boca. Provai e vede quão suave é o Senhor! Feliz o homem que tem nele o seu refúgio!

R: Este infeliz gritou a Deus e foi ouvido.

 

– Mas ele volta a sua face contra os maus, para da terra apagar sua lembrança. Clamam os justos, e o Senhor bondoso escuta e de todas as angústias os liberta.

R: Este infeliz gritou a Deus e foi ouvido.

 

– Do coração atribulado ele está perto e conforta os de espírito abatido. Muitos males se abatem sobre os justos, mas o Senhor de todos eles os liberta.

R: Este infeliz gritou a Deus e foi ouvido.

 

Aclamação ao santo Evangelho.

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

– Acreditastes, Tomé, porque me vistes. Felizes os que crêem sem ter visto

(Jo 20,29).

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo João: Jo 3, 31-36

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João.

– Glória a vós, Senhor!

 

31“Aquele que vem do alto está acima de todos. O que é da terra, pertence à terra e fala das coisas da terra. Aquele que vem do céu está acima de todos. 32Dá testemunho daquilo que viu e ouviu, mas ninguém aceita o seu testemunho. 33Quem aceita o seu testemunho atesta que Deus é verdadeiro. 34De fato, aquele que Deus enviou fala as palavras de Deus, porque Deus lhe dá o espírito sem medida. 35O Pai ama o Filho e entregou tudo em sua mão. 36Aquele que acredita no Filho possui a vida eterna. Aquele, porém, que rejeita o Filho não verá a vida, pois a ira de Deus permanece sobre ele”.

 

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!

São Luís Maria de Montfort, quem escreveu o tratado da verdadeira devoção

- por Pe. Alexandre

Devoção Mariana
O jovem Luís, ao ser crismado, acrescentou ao seu nome o nome de Maria, devido a devoção dele a Virgem Maria, que permeou toda sua vida.

Natural
Nascido na França, em 1673, de uma família muito numerosa, ele sentiu bem cedo o desejo de seguir o sacerdócio e, assim, percorreu o caminho dos estudos.

Homem de oração e evangelizador
Como padre, São Luís começou a comunicar o Santo Evangelho e a levar o povo, por meio de suas missões populares, a viver Jesus pela intercessão e conhecimento de Maria. Foi grande pregador, homem de oração, amante da Santa Cruz, dos doentes e pobres.

Escravo de Nossa Senhora
Como bom escravo da Virgem Santíssima não foi egoísta e fez de tudo para ensinar a todos o caminho mais rápido, fácil e fascinante de unir-se perfeitamente a Jesus, que consistia na consagração total e liberal à Santa Maria.

Penitente
São Luís já era um homem que praticava sacrifícios pela salvação das almas, e sua maior penitência foi aceitar as diversas perseguições que o próprio Maligno derramou sobre ele; tanto era assim que foi à Roma para pedir ao Papa permissão para sair da França, mas esse não lhe concedeu tal pedido. Na força do Espírito e auxiliado pela Mãe de Deus, que nunca o abandonara, São Luís evangelizou e combateu na França os jansenistas, os quais estavam afastando os fiéis dos sacramentos e da misericórdia do Senhor.

O tratado
São Luís, que morreu em 1716, foi quem escreveu o “Tratado da verdadeira devoção à Santíssima Virgem”, que influencia ainda hoje, muitos filhos de Maria. Influenciou, inclusive, o saudoso Papa João Paulo II que, por viver o que São Luís nos partilhou, adotou como lema o Totus Tuus, Mariae, isto é, “Sou todo teu, ó Maria”.

Frases do santo
“Quem encontrar Maria, encontrará a Vida [Jesus Cristo]”. 

“O Senhor não considera tanto o sofrimento em si mesmo, mas sim a maneira como se sofre”.

A minha oração

“Senhor, hoje são milhares os cristãos que se consagraram a Virgem Maria pelo ‘tratado’. Que meu coração se desperte, cada vez mais, para ser um escravo da Virgem Maria. Amém.”

São Luís Maria de Montfort, rogai por nós!

Meditaçao

- por Pe. Alexandre

O Pai ama o Filho… (Jo 3,31-36)

 

Deus é amor, define São João. Este amor é um amor eterno, vivido no seio da Trindade antes que nada existisse. No Deus uno e trino, realiza-se a comunhão amorosa de três Pessoas: o Pai amante, o Filho amado e o Espírito que é amor partilhado e comunicado entre o Pai e o Filho.

 

Em momentos especiais dos Evangelhos, como as teofanias do Batismo e da Transfiguração, a voz do Pai declara o seu amor: “Tu és o meu Filho muito amado; ponho em ti minha afeição”. (Lc 3,22.) Gerado eternamente pelo Pai (genitum, non factum, isto é, “gerado, mas não criado”, afirma o Credo de Niceia e Constantinopla), o Filho é o modelo de acolhida do divino Amor.

 

Há mistérios que nossa razão humana não consegue atingir: como é que um Pai amoroso permite – e chega mesmo a propor! – que seu Filho se encarne e dê a vida por nossa salvação? Em nossa mentalidade humana, amar alguém inclui a atitude de envolvê-lo em uma redoma que o impeça de sofrer. Nós mesmos, em nossa vida pessoal e familiar, muitas vezes falhamos em nossa missão pela recusa dos sofrimentos inerentes a ela.

 

Talvez a resposta a esse mistério esteja exatamente no amor. O Pai tem outros filhos. Eles estão afastados, rompido que foi o canal da comunicação amorosa entre coração e coração. A Paixão e Morte do Verbo encarnado, isto é, do Filho, condição por ele assumida em plena liberdade, participando do mesmo amor do Pai, viria reatar a amizade rompida entre o Pai Criador e todos os filhos dispersos. Impelido pelo Espírito, o Filho abraça o desígnio do Pai e nos resgata da morte do pecado, ao preço de seu sangue.

 

Também não estamos muito aptos a compreender como se sentia Jesus, Deus e homem verdadeiro, em sua experiência terrena. Mas podemos levantar ao menos uma ponta do véu e imaginar que ele se sentia de tal modo amado pelo Pai, que os extremos sofrimentos da carne eram acima de tudo uma resposta de amor. Padecimentos físicos, dores morais, sofrimentos do espírito, tudo adquire nova dimensão sob o signo do amor, tal como as dores do parto são compensadas pela alegria do filho que nasceu como novo atrativo para o amor materno.

 

Você se sente amado pelo Pai? Esta experiência amorosa o conforta nas horas difíceis? Não seria o caso de pedir a Jesus a graça de partilhar do seu sentimento de ser amado como filho?

Utilizamos seus dados para analisar e personalizar nossos conteúdos e anúncios durante a sua navegação em nossa plataforma e em serviços de terceiros parceiros. Ao navegar pelo nosso site, você nos autoriza a coletar tais informações e utilizá-las para estas finalidades. Em caso de dúvidas, acesse nossa Política de Privacidade.