28 de Junho de 2019

12ª semana do tempo Comum -Sexta-feira

- por Padre Alexandre Fernandes

 

SEXTA FEIRA – SAGRADO CORAÇÃO DE JESUS
(branco, glória, creio, préfacio próprio – ofício da solenidade)

 

Antífona da entrada

 

– Eis os pensamentos do seu coração, que permanecem ao longo das gerações: libertar da morte todos os homens e conservar-lhes a vida em tempo de penúria (Sl 32,11.19)

 

Oração do dia

 

– Concedei, ó Deus todo-poderoso, que, alegrando-nos pela solenidade do Coração do vosso Filho, meditemos as maravilhas de seu amor e possamos receber, desta fonte de vida, uma torrente de graças. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: Ez 34,11-16

 

11 Assim diz o Senhor Deus: Vede eu mesmo vou procurar minhas ovelhas e tomar conta delas. 12Como o pastor toma conta do rebanho de dia, quando ele próprio se encontra no meio das ovelhas dispersadas, assim vou cuidar de minhas ovelhas e vou  resgata-las de todos os lugares em que foram dispersadas num dia de nuvens e escuridão. 13Eu as retirarei do meio dos povos e as recolherei do meio dos países para conduzi-las à sua terra. Apascentarei as ovelhas sobre os montes de Israel, no vale dos córregos e em todas as regiões habitáveis do país. 14Eu as apascentarei em viçosas  pastagens, e no alto monte de Israel estará o seu curral. Ali repousarão num belo redil e pastarão em suculentas pastagens sobre os montes de Israel. 15Eu mesmo apascentarei minhas ovelhas e as farei repousar – oráculo do Senhor Deus. 16Procurarei a ovelha perdida, reconduzirei a desgarrada, enfaixarei a quebrada, fortalecerei a doente e vigiarei a ovelha gorda e forte. Vou apascentá-las conforme o direito.

 

– Palavra do Senhor.

Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 23,1-6 (R: 1)

 

– O Senhor é o pastor que me conduz; não me falta coisa alguma. 

R: O Senhor é o pastor que me conduz; não me falta coisa alguma. 

 

– O Senhor é o pastor que me conduz; não me falta coisa alguma. Pelos prados e campinas verdejantes, ele me leva a descansar. Para as águas repousantes me encaminha e restaura as minhas forças.

R: O Senhor é o pastor que me conduz; não me falta coisa alguma. 

 

– Ele me guia-me no caminho mais seguro pela honra do seu nome. Mesmo que eu passe pelo vale tenebroso, nenhum mal eu temerei. Estais comigo com bastão e com cajado, eles me dão a segurança.

R: O Senhor é o pastor que me conduz; não me falta coisa alguma. 

 

– Preparais a minha frente uma mesa, bem à vista do inimigo, com óleo vós ungis minha cabeça e o meu cálice transborda.

R: O Senhor é o pastor que me conduz; não me falta coisa alguma. 

 

– Felicidade e todo bem hão de seguir-me por toda minha vida; na casa do Senhor  habitarei pelos tempos infinitos.

R: O Senhor é o pastor que me conduz; não me falta coisa alguma. 

 

2ª Leitura: Rm 5,5b-11

 

– Leitura da carta de são Paulo aos Romanos: 5E a esperança não decepciona, porque o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado. 6Com efeito, quando éramos ainda fracos, foi então, no devido tempo, que Cristo morreu pelos ímpios. 7Dificilmente alguém morrerá por um justo; por uma pessoa muito boa, talvez alguém se anime a morrer. 8Pois bem, a prova de que Deus nos ama é que Cristo morreu por nós, quando éramos ainda pecadores. 9Muito mais  agora que já estamos justificados pelo sangue de Cristo, seremos salvos da ira, por ele. 10Se, quando éramos inimigos de Deus, fomos reconciliados com ele pela morte de seu Filho, quanto mais agora, estando já reconciliados, seremos salvos por sua vida! 11Ainda mais: nós nos gloriamos em Deus por nosso Senhor Jesus Cristo. É por ele que, já desde o tempo presente, recebemos a reconciliação.

 

– Palavra do Senhor.

Graças a Deus.

 

Aclamação ao santo Evangelho.

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

– Tomai sobre vós o meu jugo e de mim aprendei, que sou manso e humilde de coração (Mt 11,29).

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 15,3-7

– O Senhor esteja convosco.

Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas.

Glória a vós, Senhor!

 

– Naquele tempo 3Jesus  contou aos escribas esta parábola: 4“Se um  de vós que tem cem ovelhas e perde uma, não deixa as noventa e nove no deserto e vai atrás daquela que se perdeu, até encontrá-la? 5E quando a encontra, alegre a põe nos ombros 6e, chegando em casa, reúne os amigos e vizinhos, e diz: ‘Alegrai-vos comigo! Encontrei a minha ovelha que estava perdida!’ 7Eu vos digo: assim haverá no céu alegria por um só pecador que se converte, mais do que por noventa e nove justos que não precisam de conversão.

 

– Palavra da salvação.

Glória a vós, Senhor!

 

Santo Irineu

- por Padre Alexandre Fernandes

Santo Irineu tornou-se o mais importante dos escritores cristãos do século II

Celebramos a memória do grande bispo e mártir, Santo Irineu que, pelos seus escritos, tornou-se o mais importante dos escritores cristãos do século II.

Nascido na Ásia Menor, foi discípulo de São Policarpo, que por sua vez conviveu diretamente com o Apóstolo São João, o Evangelista. Ao ser ordenado por São Policarpo, Irineu foi para a França e assumiu várias funções de serviço à Igreja de Cristo (que crescia em número de comunidades e necessidade de pastoreio).

Importante contribuição deu à Igreja do Oriente quando foi em missão de paz para um diálogo com o Papa Eleutério sobre a falta de unidade na data da celebração da Páscoa, pois o Oriente corria ao risco de excomunhão, sendo fiel ao significado do seu próprio nome – portador da paz – logrou êxito nessa missão, já que isto nada interferia na unidade da fé.

Ao voltar da missão deparou-se com a morte do bispo Potino, o qual o havia enviado para Roma e, sendo assim, foi ele o escolhido para sucessor do episcopado de Lião. Erudito, simples, orante e zeloso bispo, foi Santo Irineu quem escreveu contra os hereges, sobre a sucessão apostólica e muito dos dados que temos hoje, sobre a história da Igreja do século II.

Este grande bispo morreu mártir na perseguição do imperador Severo.

Santo Irineu, rogai por nós!

FONTE: Canção Nova

 

Meditação

- por Padre Alexandre Fernandes

Alegrai-vos comigo! (Lc 15,3-7)

 

            Uma ovelha perdida. Uma longa procura. O encontro e… a alegria! Em sua parábola – uma das três sobre a misericórdia do Pai – Jesus não fala um só instante sobre decepção ou mágoa, sobre cansaço e perda de tempo. Fala apenas em alegria.

 

            Como entender a alegria de Deus? Vejamos a reflexão de Helmutu Gollwitzer:

 

            “O pecador é a alegria de Deus. Compreenda quem puder. Os doutores do tempo de Jesus não entenderam. O Deus deles só se alegrava com o justo. Aqueles homens se esforçavam por conhecer a Deus. Eram os melhores teólogos de sua época e mesmo nós, hoje, das alturas de nosso cristianismo evoluído, não saberíamos desprezar facilmente a sua falsa piedade.

 

            A Escritura lhes dava um profundo conhecimento do Deus da justiça, ultrapassando o de todas as outras religiões. Entre as pessoas piedosas de seu povo, Jesus encontra a mais alta e mais severa forma de religiosidade. “Um farisaísmo impressionante se forma inevitavelmente ali onde a revelação do Antigo Testamento a respeito da Justiça de Deus é concebida humanamente.”

 

            Mas é preciso que seja quebrada por Jesus essa fria compreensão humana sobre a retidão e a honestidade. Jesus fala por seus atos, como quando se recusa a condenar a jovem surpreendida em adultério (cf. Jo 8). Ou quando não tem qualquer reserva em sentar-se à mesa dos publicanos, considerados como gentinha impura pelos homens da Lei. Jesus sabe que sua missão é ser médico para doentes, salvador para pecadores.

 

            Diante da rejeição manifestada pelos fariseus, Jesus responde com parábolas que sempre culminam em alegria. Todas elas têm um “fim feliz”, quer se trate de recuperar ovelhas, moedas ou filhos. O desejo de Jesus é libertar os fariseus de uma piedade triste, que sempre acaba pelo rígido cumprimento da lei. Uma lei que se vive como um beco sem saída.

 

            “A alegria explode – conclui Gollwitzer – quando a busca do homem por Deus chega a seu alvo, quando um pecador, caído muito baixo como aqueles publicanos, ou um mundo decaído como o dos pagãos, são recuperados de modo que o rebanho fique de novo completo.”

 

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