28 de Novembro de 2021

1a semana do Advento - C Domingo

- por Pe. Alexandre

DOMINGO DA I SEMANA DO ADVENTO ANO C
(roxo, creio, pref. do Advento I – I semana do saltério)

 

Antífona da entrada

 

– A vós meu Deus, elevo a minha alma. Confio em vós, que eu não seja envergonhado! Não se riam de mim meus inimigos, pois não será desiludido quem em vós espera (Sl 24,1).

 

Oração do dia

 

– Ó Deus todo poderoso, concedei a vossos fiéis o ardente desejo de possuir o reino celeste, para que, ocorrendo com as nossas boas obras ao encontro do Cristo que vem, sejamos reunidos à sua direita na comunidade dos justos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: Jr 33, 14-16

– Leitura do livro do profeta Jeremias: 14“Eis que virão dias, diz o Senhor, em que farei cumprir a promessa de bens futuros para a casa de Israel e para a casa de Judá. 15Naqueles dias, naquele tempo, farei brotar de Davi a semente da justiça, que fará valer a lei e a justiça na terra. 16Naqueles dias, Judá será salvo e Jerusalém terá uma população confiante; este é o nome que servirá para designá-la: ‘O Senhor é a nossa justiça’”.

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 25, 4bc-5ab.8-9.10.14 (R: 1b)

 

– Senhor meu Deus, a vós elevo a minha alma!

R: Senhor meu Deus, a vós elevo a minha alma!

 

– Mostrai-me, ó Senhor, vossos caminhos, e fazei-me conhecer a vossa estrada! Vossa verdade me oriente e me conduza, porque sois o Deus da minha salvação!

R: Senhor meu Deus, a vós elevo a minha alma!

 

– O Senhor é piedade e retidão, e reconduz ao bom caminho os pecadores. Ele dirige os humildes na justiça, e aos pobres ele ensina o seu caminho.

R: Senhor meu Deus, a vós elevo a minha alma!

 

– Verdade e amor são os caminhos do Senhor para quem guarda sua Aliança e seus preceitos. O Senhor se torna íntimo aos que o temem e lhes dá a conhecer sua Aliança.

R: Senhor meu Deus, a vós elevo a minha alma!

 

2ª Leitura: 1 Ts 3, 12- 4, 2

– Leitura da primeira carta de são Paulo aos Tessalonicenses: Irmãos: 3,12O Senhor vos conceda que o amor entre vós e para com todos aumente e transborde sempre mais, a exemplo do amor que temos por vós. 13Que assim ele confirme os vossos corações numa santidade sem defeito aos olhos de Deus, nosso Pai, no dia da vinda de nosso Senhor Jesus, com todos os seus santos. 4,1Enfim, meus irmãos, eis que vos pedimos e exortamos no Senhor Jesus: Aprendestes de nós como deveis viver para agradar a Deus, e já estais vivendo assim. Fazei progressos ainda maiores! 2Conheceis, de fato, as instruções que temos dado em nome do Senhor Jesus.

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Aclamação ao santo Evangelho.

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

– Mostrai-nos, ó Senhor, vossa bondade e a vossa salvação nos concedei!

(Sl 84,8)

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 21, 25-28.34-36

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas.

– Glória a vós, Senhor!

 

– Naquele tempo, disse Jesus a seus discípulos: 25“Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas. Na terra, as nações ficarão angustiadas, com pavor do barulho do mar e das ondas. 26Os homens vão desmaiar de medo, só em pensar no que vai acontecer ao mundo, porque as forças do céu serão abaladas. 27Então eles verão o Filho do Homem, vindo numa nuvem com grande poder e glória. 28Quando estas coisas começarem a acontecer, levantai-vos e erguei a cabeça, porque a vossa libertação está próxima. 34Tomai cuidado para que vossos corações não fiquem insensíveis por causa da gula, da embriaguez e das preocupações da vida, e esse dia não caia de repente sobre vós; 35pois esse dia cairá como uma armadilha sobre todos os habitantes de toda a terra. 36Portanto, ficai atentos e orai a todo momento, a fim de terdes força para escapar de tudo o que deve acontecer e para ficardes em pé diante do Filho do Homem”.

 

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!

São Tiago da Marca

- por Pe. Alexandre

O santo de hoje morreu dizendo “Jesus, Maria, bendita Paixão de Jesus”, isso porque a sua vida foi toda dedicada para a causa do Evangelho. Tiago da Marca nasceu no ano 1391, numa aldeia da Marca de Ancona, Itália. Recebeu no Batismo o nome de Domingos. Tendo morrido seu pai e sua mãe, ficou aos cuidados de um homem rico que o encaminhou para trabalhos administrativos. Desta forma, São Tiago conheceu a iniquidade do mundo, tomando a decisão de se retirar para um convento.

Quando despertou para a vocação à vida Consagrada, São Tiago pensou em entrar para os Cartuxos, mas ao viajar para Babiena, na Toscana, ficou tão edificado com os diálogos que travou com os franciscanos, que resolveu entrar para a Família de São Francisco de Assis. Recebeu o hábito, tomando o nome de Tiago, no Convento de Nossa Senhora dos Anjos, perto de Assis, onde, pouco tempo depois, fez profissão.

Dormia apenas três horas por noite e passava o restante da noite na meditação das coisas celestes. Nunca comia carne, jejuava inviolavelmente as sete quaresmas de S. Francisco. Todos os dias se disciplinava com rigor. A única pena que sentia era não poder dedicar-se à pregação, único emprego que desejava na sua Ordem. Para conseguir o que tanto desejava, foi a Nossa Senhora do Loreto, celebrou a Santa Missa e, depois da consagração, a Santíssima Virgem apareceu-lhe a dizer que a sua oração tinha sido ouvida.

Começou a pregar com tanto fervor que nunca subia ao púlpito sem tocar os corações mais endurecidos, fazendo muitas conversões miraculosas. Foi associado a São João Capistrano para pregar a Cruzada contra os turcos que, tendo-se apoderado de Constantinopla, enchiam de terror toda a cristandade. Foi tal o seu zelo por essa ocasião, que pode atribuir a ele, em grande parte, o sucesso dessa gloriosa empreitada.

Como sacerdote, dedicou-se nas pregações populares onde, de modo simples, vivo e eficaz, evangelizava e espalhava a Sã Doutrina Católica em diversas regiões da Europa. São Tiago anunciava, mas também denunciava toda opressão social, pois os negociantes e mercadores tiranizavam o povo com empréstimos de juros sem fim, por causa disso o santo fundou os bancos populares que emprestavam com juros mínimos. Por fim, São Tiago se instalou em Nápoles onde teve a revelação que aí terminaria seus dias, como, de fato, aconteceu a 28 de novembro de 1476, isso depois de ser atingido por uma doença mortal. Foi canonizado em 1726 pelo Papa Bento XIII.

São Tiago da Marca, rogai por nós!

Meditação

- por Pe. Alexandre

Erguei a cabeça! (Lc 21,25-28.34-36)

 

Primeiro domingo do Advento. Outra vez? Sim, ainda vivemos na expectativa do Senhor que vem. E aqui está a nossa “diferença”: o cristão é alguém que espera…

 

O pagão discorda. Vive (e curte) apenas o dia de hoje. Esperar para quê? – pergunta o pagão, com um ríctus de ceticismo. “Há tanto tempo que nos prometem a aurora, mas a noite continua…”

 

Claro que isto tem conseqüências práticas: se o amanhã não vale a pena, que mal há em explorar os recursos naturais de modo predatório? Se será sempre noite, para que gerar filhos e abandoná-los às trevas? Se a vida é “só isto que se vê”, por que não preferir a morte?

 

Mas Jesus nos desafia a continuar na expectativa: “Erguei a cabeça! Ficai atentos!” Claro que a nossa esperança será superada, pois o mistério que Deus nos reserva vai muito além da humana imaginação. “O que Deus preparou para os que o amam é algo que os olhos jamais viram, nem os ouvidos ouviram, nem coração algum pressentiu.” (1Cor 2,9)

 

Entretanto, a esperança cristã é uma esperança ativa: nós emprestamos a Deus as nossas mãos para a sua obra. François Trévedy, monge beneditino, comenta: “Se verdadeiramente nós esperamos um mundo novo, cabe também a nós trazê-lo ao mundo. Se verdadeiramente nós esperamos por Cristo, é nossa tarefa pô-lo no mundo assim como se põe o fogo. Deus não atenderá o nosso desejo de vê-lo ‘rasgar os céus’ (Is 63,19), se não aceitamos que um esforço rasgue a nós mesmos em nosso íntimo. A espera – a verdadeira espera – acaba sempre por rasgar: a mulher sabe disso por experiência”.

 

Se existe algo que a esperança cristã não inclui é o imobilismo, a passividade, o “laissez aller”. E se o Evangelho de hoje fala de sinais cósmicos, de bramidos do mar e do abalo das potências celestes, eles já estão presentes no noticiário da TV. Não precisamos pedir nenhum sinal adicional para erguer a cabeça à espera da prometida libertação.

 

Como diz Trévedy, estes sinais estão aí menos para nos paralisar do que para nos despojar, nos despertar, nos advertir. Em vez de obscurecerem Deus para nós, eles deveriam abrir em nós uma clareira para que apareça o Seu Semblante, desconcertante de ternura e de pobreza, assim como o inverno despoja as árvores para que, através delas, possamos ver a noite.

 

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