29 de Janeiro de 2019

3ª Semana do Tempo Comum - Terça-feira

- por Padre Alexandre Fernandes

Antífona da entrada

 

– Cantai ao Senhor um canto novo, cantai ao Senhor, ó terra inteira; esplendor majestade e beleza brilham no seu templo santo  (Sl 95, 1.6).

 

Oração do dia

 

– Deus eterno e todo-poderoso, dirigi a nossa vida segundo o vosso amor, para que possamos, em nome do vosso Filho, frutificar em boas obras. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que convosco vive e reina, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: Hb 10,1-10

 

– Leitura da carta aos Hebreus: Irmãos, 1a Lei possui apenas o esboço dos bens futuros e não o modelo real das coisas. Também, com os seus sacrifícios sempre iguais e sem desistência repetidos cada ano, ela é totalmente incapaz de levar à perfeição aqueles que se aproximam para oferecê-los. 2Se não fosse assim, não se teria deixado de oferecê-los, se os que prestam culto, uma vez purificados, já não tivessem nenhuma consciência dos pecados? 3Mas, ao contrário, é por meio desses sacrifícios que, anualmente, se renova a memória dos pecados, 4pois é impossível eliminar os pecados com o sangue de touros e bodes. 5Por isso, ao entrar no mundo, Cristo afirma: “Tu não quiseste vítima nem oferenda, mas formaste-me um corpo. 6Não foram do teu agrado holocaustos nem sacrifícios pelo pecado. 7Por isso eu disse: Eis que eu venho. No livro está escrito a meu respeito: Eu vim, ó Deus, para fazer a tua vontade”.
8Depois de dizer: “Tu não quiseste nem te agradaram vítimas, oferendas, holocaustos, sacrifícios pelo pecado” – coisas oferecidas segundo a Lei –, 9ele acrescenta: “Eu vim para fazer a tua vontade”. Com isso, suprime o primeiro sacrifício, para estabelecer o segundo. 10É graças a esta vontade que somos santificados pela oferenda do corpo de Jesus Cristo, realizada uma vez por todas.

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 40,2.4ab.7-8a.10.11 (R: 8a.9a)

 

Eis que venho fazer, com prazer, a vossa vontade, Senhor!
R: Eis que venho fazer, com prazer, a vossa vontade, Senhor!

– Esperando, esperei no Senhor, e inclinando-se, ouviu o meu clamor. Canto novo ele pôs em meus lábios, um poema em louvor ao Senhor.

R: Eis que venho fazer, com prazer, a vossa vontade, Senhor!

– Sacrifício e oblação não qui­sestes, mas abristes, Senhor, meus ouvidos; não pedistes ofertas nem vítimas, holocaustos por nossos pecados. E então eu vos disse: “Eis que venho!”

R: Eis que venho fazer, com prazer, a vossa vontade, Senhor!

– Boas novas de vossa justiça anunciei numa grande assembleia; vós sabeis não fechei os meus lábios.

R: Eis que venho fazer, com prazer, a vossa vontade, Senhor!

– Proclamai toda a vossa justiça, sem retê-la no meu coração; vosso auxílio e lealdade narrei. Não calei vossa graça e verdade na presença da grande assembleia.

R: Eis que venho fazer, com prazer, a vossa vontade, Senhor!
 

Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

 – Graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da terra, pois revelaste os mistérios do teu reino aos pequeninos, escondendo-os aos doutores! (Mt 11,25).

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Marcos: Mc 3,31-35.

 

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Marcos

– Glória a vós, Senhor!  

Naquele tempo, 31chegaram a mãe de Jesus e seus irmãos. Eles ficaram do lado de fora e mandaram chamá-lo. 32Havia uma multidão sentada ao redor dele. Então lhe disseram: “Tua mãe e teus irmãos estão lá fora à tua procura”.
33Ele respondeu: “Quem é minha mãe, e quem são meus irmãos?” 34E olhando para os que estavam sentados ao seu redor, disse: “Aqui estão minha mãe e meus irmãos. 35Quem faz a vontade de Deus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe”.

 

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!

São Pedro Nolasco

- por Padre Alexandre Fernandes

São Pedro Nolasco fez o voto de castidade, de pobreza e obediência

No século XII, uma família francesa teve a graça de ter como filho o pequeno Pedro Nolasco que, desde jovem, já dava sinais de sensibilidade com o sofrimento alheio. Foi crescendo, formando-se, entrou em seus estudos humanísticos e, ao término deles, numa vida de oração, penitência e caridade ativa, São Pedro Nolasco sempre buscou viver aquilo que está na Palavra de Deus.

Desde pequeno, um homem centrado no essencial, na pessoa de Nosso Senhor Jesus Cristo; um homem devoto da Santíssima Virgem.

No período de São Pedro Nolasco, muitos cristãos eram presos, feitos escravos por povos não-cristãos. Eles não só viviam uma outra religião – ou religião nenhuma –, como atrapalhavam os cristãos.

São Pedro Nolasco, tendo terminado os estudos humanísticos e ficando órfão, herdou uma grande herança. Ao ir para a Espanha, deparou-se com aquele sofrimento moral e também físico de muitos cristãos que foram presos e feitos escravos. Então, deu toda a sua herança para o resgate de 300 deles. Mais do que um ato de caridade, ali já estava nascendo uma nova ordem; um carisma estava surgindo para corresponder àquela necessidade da Igreja e dos cristãos. Mais tarde, fez o voto de castidade, de pobreza e obediência; foi quando nasceu a ordem dedicada à Santíssima Virgem das Mercês para resgatar os escravos, ir ao encontro daqueles filhos de Deus que estavam sofrendo incompreensões e perseguições.

Em 1256, ele partiu para a glória sabendo que ele, seus filhos espirituais e sua ordem – que foi abençoada pela Igreja e reconhecida pelo rei – já tinham resgatado muitos cristãos da escravidão.

Peçamos a intercessão deste santo para que estejamos atentos à vontade de Deus e ao que Ele quer fazer através de nós.

São Pedro Nolasco, rogai por nós!

 

FONTE: Canção Nova 

Meditação

- por Padre Alexandre Fernandes

Quem faz a vontade de Deus… (Mc 3,31-35)

 

            Este Evangelho figura entre aquelas passagens que foram citadas pelo Concílio Vaticano II, na Constituição Dogmática Lumen Gentium, sobre a Igreja.

 

            A cena mostra Jesus fazendo diante da multidão uma interessante distinção entre duas modalidades de “maternidade” e de “fraternidade”. De um lado, estão os vínculos biológicos, carnais, que dão origem às famílias e às linhagens humanas; de outro, a vinculação que deriva da obediência e do seguimento à Palavra de Deus. E Jesus deixa claro que a segunda modalidade supera a primeira. Fazer a vontade de Deus vincula mais que a simples hereditariedade.

 

            E os Padres conciliares souberam aplicar esta passagem ao papel de Maria, Mãe de Deus, no ministério público de Jesus. A frase de Jesus, longe de desmerecer sua Mãe, dirige nosso olhar para a importância da missão que ela desempenhou, obviamente superior à simples geração “na carne”. Que diz o Concílio?

 

            “No decurso da pregação de seu Filho, ela recebeu as palavras pelas quais, exaltando o Reino acima de raças e vínculos de carne e sangue, Ele proclamou bem-aventurados os que ouvem e guardam a Palavra de Deus (cf. Mc 3,35; Lc 11,27-28), tal como ela mesma fielmente o fazia (cf. Lc 2,19.51). Assim, a B. Virgem avançou em peregrinação de fé. Sustentou fielmente sua união com o Filho até a Cruz, onde esteve não sem o desígnio divino (cf. Jo 19,25). Veementemente sofreu junto com seu Unigênito. E com ânimo materno se associou a seu sacrifício, consentindo com amor na imolação da vítima por ela mesma gerada. Finalmente, pelo próprio Cristo Jesus moribundo na cruz, foi com estas palavras dada como mãe ao discípulo: ‘Mulher, eis aí teu filho’ (cf. Jo 19,26-27).” (LG, 58)

 

            Uma nota da Bíblia de Navarra comenta: “Jesus não disse essas palavras para renegar sua mãe, mas para mostrar que não só é digna de honra por ter gerado Cristo, mas também pelo cortejo de todas as virtudes”.

 

            A exemplo de Maria, todo cristão é convidado a “gerar” filhos e irmãos na fé por meio da obediência à Palavra de Deus, sem a qual nenhuma fecundidade será possível às nossas comunidades. E a nova família que assim é gerada sempre foi mais unida e estável que os laços carnais da família humana.

 

Orai sem cessar: “Minha eterna herança são os teus decretos!” (Sl 119,111)

Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.

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