29 de janeiro de 2023

quarta semana tempo comum- Domingo

- por Pe. Alexandre

IV DOMINGO DO TEMPO COMUM 

(verde, glória, creio, IV semana do saltério)

 

Antífona da entrada

 

Salvai-nos, Senhor nosso Deus, reuni vossos filhos dispersos pelo mundo, para que celebremos o vosso santo nome e nos gloriemos em vosso louvor

(Sl 105,47).

 

Oração do dia

 

– Concedei-nos, Senhor nosso Deus, adorar-vos de todo coração e amar todas as pessoas com verdadeira caridade. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: Sf 2,3; 3,12-13

 

– Leitura da profecia de Sofonias: 3Buscai o Senhor, humildes da terra, que pondes em prática seus preceitos; praticai a justiça, procurai a humildade; achareis talvez um refúgio no dia da cólera do Senhor. 3,12E deixarei entre vós um punhado de homens humildes e pobres. E no nome do Senhor porá sua esperança o resto de Israel. 13Eles não cometerão iniquidades nem falarão mentiras; não se encontrará em sua boca uma língua enganadora; serão apascentados e repousarão, e ninguém os molestará.

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 146,7.8-9a.9bc-10 (R: Mt 5,3)

 

– Felizes os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos Céus.
R: Felizes os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos Céus.

– O Senhor é fiel para sempre, faz justiça aos que são oprimidos; ele dá alimento aos famintos, é o Senhor quem liberta os cativos.

R: Felizes os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos Céus.

– O Senhor abre os olhos aos cegos, o Senhor faz erguer-se o caído; o Senhor ama aquele que é justo. É o Senhor quem protege o estrangeiro.

R: Felizes os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos Céus.

– Ele ampara a viúva e o órfão, mas confunde os caminhos dos maus. O Senhor reinará para sempre! Ó Sião, o teu Deus reinará para sempre e por todos os séculos!

R: Felizes os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos Céus.

2ª Leitura: 1Cor 1,26-31

 

Leitura da primeira carta de são Paulo aos Coríntios: 26Considerai vós mesmos, irmãos, como fostes chamados por Deus. Pois entre vós não há muitos sábios de sabedoria humana nem muitos poderosos nem muitos nobres. 27Na verdade, Deus escolheu o que o mundo considera como estúpido, para assim confundir os sábios; Deus escolheu o que o mundo considera como fraco, para assim confundir o que é forte; 28Deus escolheu o que para o mundo é sem importância e desprezado, o que não tem nenhuma serventia, para assim mostrar a inutilidade do que é considerado importante, 29para que ninguém possa gloriar-se diante dele. 30É graças a ele que vós estais em Cristo Jesus, o qual se tornou para nós, da parte de Deus: sabedoria, justiça, santificação e libertação, 31para que, como está escrito, “quem se gloria, glorie-se no Senhor”.

 

– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.

 

Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

– Meus discípulos, alegrai-vos, exultai de alegria, pois bem grande é a recompensa que nos céus tereis um dia!  (Mt 5,12).

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus: Mt 5,1-12a

 

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus

– Glória a vós, Senhor!  

 

Naquele tempo, 1Vendo Jesus as multidões, subiu ao monte e sentou-se. Os discípulos aproximaram-se, 2e Jesus começou a ensiná-los: 3 Bem -aventurados os pobres em espírito, porque deles é o Reino dos Céus. 4Bem-aventurados os aflitos, porque serão consolados. 5Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra. 6Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados.7Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia. 8Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus. 9Bem-aventurados os que promovem a paz, porque serão chamados filhos de Deus. 10Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos Céus. 11Bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem, e mentindo disserem todo tipo de mal contra vós, por causa de mim. 12aAlegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus.

 

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!  

São Constâncio, bispo e mártir

- por Pe. Alexandre

Constâncio é o primeiro bispo de Perúgia. Era um jovem cristão, notável pelo espírito de mortificação e generosidade que tinha para com os pobres e necessitados. Aos 30 anos, foi chamado a governar a Igreja de Perúgia, Itália, e cumpriu todas as suas obrigações episcopais como um pastor zeloso para seu povo.

Enfrentou, por muito tempo, a perseguição de Marco Aurélio, imperador romano. Durante as perseguições, foi preso algumas vezes. Foi preso, pela primeira vez, após ter se recusado a adorar os ídolos. Preso em termas aquecidas a temperaturas altíssimas, Constâncio saiu ileso do martírio. Ao ser preso, acabou por converter os guardas, e foi liberto.

Sob uma nova acusação, o imperador mandou chamá-lo novamente. Foi condenado a caminhar sobre o carvão em brasa, mas nenhum suplício foi capaz de fazê-lo renegar a sua fé. Miraculosamente, foi liberto, mas quando preso pela terceira vez, no ano 178, acabou sendo decapitado. A primeira catedral da cidade de Perúgia foi construída no lugar de sua sepultura.

São Constâncio, rogai por nós!

Meditação

- por Pe. Alexandre

 

Deles é o Reino dos céus… (Mt 5,1-12a)

 

Deles, quem? Ora, segundo a estranha “receita de felicidade” apresentada por Jesus Cristo, o prêmio é exatamente para os perseguidos. Para aqueles que choram. Para os mansos. Para os que têm fome e sede de justiça. Para os que promovem a paz. Para os pobres em espírito.

 

Então? A promessa exclui os violentos. Os que vivem na fartura. Os que nada têm a esperar, pois nada lhes falta. Como dar o presente a quem não espera recebê-lo? Sim, é a mão vazia que recebe a esmola…

 

Não se deve entender a promessa do Reino como “compensação”: você teve fome, agora tem um banquete. Você chorou, agora recebe um lenço. Você foi pobre, agora terá abundância, segurança, plano de saúde, cartão de crédito, casa de luxo. Nada disso! O Reino do céu não pode ser um prêmio de consolação.

 

Então, que será? Ora, o Reino que Jesus anuncia para nós será um “preenchimento”, uma vida em plenitude, uma realização total e totalizante. E para quem será? Para quem esperava pelo Reino. Para quem sentia sua falta. Para quem não se distraía com as benesses do mundo e vigiava à espera do Reino…

 

No iate de Mônaco ninguém espera por nada. Já têm tudo. Na casinha de pau-a-pique, Dona Maria debulha as contas do rosário, pedindo a vinda do Senhor. A diferença essencial não está no contraste entre vidro fumê e barro, entre veludo e chita, foie-gras e farofa. Não. A diferença está na expectativa: quem pensa que tem tudo, já não espera por nada; quem tem vazios, será preenchido.

 

Na expressão de Hébert Roux, “a noção de recompensa não está ausente do Evangelho; só que ela está sempre subordinada a uma expectativa pela intervenção de Deus, e não constitui um direito que resultaria da prática de certas virtudes”. Está claro? Não se merece o Reino. Não se conquista o Reino. Ganha-se o Reino como presente, como dom, como Graça…

 

Então, o rico poderia ganhar o Reino? Claro, se ele espera pelo Reino. E se de fato espera pelo Reino, não irá orientar sua vida pelo dinheiro, pelo lucro, pela acumulação. Na expectativa do Reino, darás muitas esmolas, criará empregos, fará a experiência da partilha, sinais evidentes da espera pelo Reino!

 

Pode até ocorrer que, enamorado pelo Reino – e apaixonado pelo Rei! -, o rico decida abrir mão de suas riquezas de modo a ter mais tempo livre para esperar por ele. Francisco de Assis fez assim. Charles de Foucauld também. Ignácio de Loyola também. Bem-aventurados! Mais alguém se habilita?

 

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