29 de Julho de 2019
17ª semana comum Segunda-feira
- por Padre Alexandre Fernandes
SEGUNDA FEIRA – SANTA MARTA – DISCÍPULA DE JESUS
(cor branco, pref. comum ou dos santos – ofício da memória)
Antífona da entrada
– Jesus entrou numa aldeia e uma mulher chamada Marta o recebeu em sua casa (Lc 10,38).
Oração do dia
– Pai todo-poderoso, cujo Filho quis hospedar-se em casa de Marta, concedei por sua intercessão que servindo fielmente a Cristo em nossos irmãos e irmãs, sejamos recebidos por vós em vossa casa. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
1ª Leitura: 1Jo 4,7-16
– Leitura da primeira carta de são João: 7Caríssimos, amemo-nos uns aos outros, porque o amor vem de Deus e todo aquele que ama nasceu de Deus e conhece Deus. 8Quem não ama, não chegou a conhecer Deus, pois Deus é amor. 9Foi assim que o amor de Deus se manifestou entre nós: Deus enviou o seu Filho único ao mundo, para que tenhamos vida por meio dele. 10Nisto consiste o amor: não fomos nós que amamos a Deus, mas foi ele que nos amou e enviou o seu Filho como vítima de reparação pelos nossos pecados. 11Caríssimos, se Deus nos amou assim, nós também devemos amar-nos uns aos outros. 12Ninguém jamais viu a Deus. Se nos amamos uns aos outros, Deus permanece conosco e seu amor é plenamente realizado entre nós. 13A prova de que permanecemos com ele, e ele conosco, é que ele nos deu o seu Espírito. 14E nós vimos, e damos testemunho, que o Pai enviou o seu Filho como Salvador do mundo. 15Todo aquele que proclama que Jesus é o Filho de Deus, Deus permanece com ele, e ele com Deus. 16E nós conhecemos o amor que Deus tem para conosco, e acreditamos nele. Deus é amor: quem permanece no amor, permanece com Deus, e Deus permanece com ele.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 34,2-3.4-5.6-7.8-9.10-11 (R: 2a)
– Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo!
R: Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo!
– Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo, seu louvor estará sempre em minha boca. Minha alma se gloria no Senhor; que ouçam os humildes e se alegrem!
R: Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo!
– Comigo engrandecei ao Senhor Deus, exaltemos todos juntos o seu nome! Todas as vezes que o busquei, ele me ouviu, e de todos os temores me livrou.
R: Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo!
– Contemplai a sua face e alegrai-vos, e vosso rosto não se cubra de vergonha! Este infeliz gritou a Deus, e foi ouvido, e o Senhor o libertou de toda a angústia.
R: Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo!
– O anjo do Senhor vem acampar ao redor dos que o temem, e os salva. Provai e vede quão suave é o Senhor! Feliz o homem que tem nele o seu refúgio!
R: Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo!
– Respeitai o Senhor Deus, seus santos todos, porque nada faltará aos que o temem. Os ricos empobrecem, passam fome, mas aos que buscam o Senhor não falta nada.
R: Bendirei o Senhor Deus em todo o tempo!
Aclamação ao santo Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– Eu sou a luz do mundo, aquele que me segue não caminha entre as trevas, mas terá a luz da vida (Jo 8,12).
Aleluia, aleluia, aleluia.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo João: Jo 11,19-27
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João
– Glória a vós, Senhor!
– Naquele tempo, 19muitos judeus tinham vindo à casa de Marta e Maria para as consolar por causa do irmão. 20Quando Marta soube que Jesus tinha chegado, foi ao encontro dele. Maria ficou sentada em casa. 21Então Marta disse a Jesus: “Senhor, se tivesses estado aqui, meu irmão não teria morrido. 22Mas mesmo assim, eu sei que o que pedires a Deus, ele te concederá”. 23Respondeu – lhe Jesus: “Teu irmão ressuscitará”. 24Disse Marta: “Eu sei que ele ressuscitará na ressurreição, no último dia”. 25Então Jesus disse: “Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, mesmo que morra, viverá. 26E todo aquele que vive e crê em mim, não morrerá jamais. Crês isto?” 27Respondeu ela: “Sim, Senhor, eu creio firmemente que tu és o Messias, o Filho de Deus, que devia vir ao mundo”.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!
Santa Marta
- por Padre Alexandre Fernandes
Santa Marta é considerada a patrona das cozinheiras
Hoje lembramos a vida de Santa Marta, que tem seu testemunho gravado nas Sagradas Escrituras. Padres e teólogos encontram em Marta e sua irmã Maria, a figura da vida ativa (Marta) e contemplativa (Maria). O nome Marta vem do hebraico e significa “senhora”.
No Evangelho, Santa Marta apresenta-se como modelo ativo de quem acolhe: “… Jesus entrou em uma aldeia e uma mulher chamada Marta o recebeu em sua casa” (Lc 10,38).
Esta não foi a única vez, já que é comprovada a grande amizade do Senhor para com Marta e seus irmãos, a ponto de Jesus chorar e reviver o irmão Lázaro.
A tradição nos diz que diante da perseguição dos judeus, Santa Marta, Maria e Lázaro, saíram de Bethânia e tiveram de ir para França, onde se dedicaram à evangelização. Santa Marta é considerada em particular como patrona das cozinheiras e sua devoção teve início na época das Cruzadas.
Santa Marta, rogai por nós
FONTE: Canção Nova
Meditação
- por Padre Alexandre Fernandes
Eu sou a ressurreição… (Jo 11, 19-27)
De início, não confundir reanimação e ressurreição. Chamar por Lázaro e fazê-lo regressar vivo do sono da morte, como fez Jesus com o irmão de Marta e Maria, isto é “reanimação”. Claro, tendo voltado ao mundo dos vivos, Lázaro viveu mais algum tempo e voltou a morrer. A morte é traço típico da condição humana neste planeta provisório. Pode-se adiá-la, mas não suprimi-la. Ao contrário, quando fala da “ressurreição”, Jesus se refere a uma realidade que transpõe os limites estreitos de nossa existência histórica. A “ressurreição da carne” será na Segunda Vinda de Cristo, quando retornará “para julgar os vivos e os mortos”.
S. Paulo trata do tema com detalhes. A ressurreição de Cristo é o alicerce desta certeza: ele foi as “primícias” de uma colheita que nos incluirá no fim dos tempos. E trata-se de um ponto central de nossa fé cristã; “Se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação, e também é vã a vossa fé”. (1Cor 15, 14.) A ressurreição de Cristo é o penhor, a garantia de nossa própria ressurreição.
Quanto à “forma”, o modo como será essa experiência de ressuscitados, o próprio Apóstolo recorre à linguagem figurada, pois se trata de uma realidade intraduzível nos termos desta vida terrestre. Com base nas reflexões de Paulo, a liturgia de Finados, em um de seus Prefácios, afirma com segurança: “A vida não é tirada, mas transformada”. Vita mutatur, non tollitur. Dirigindo-se a Marta, Jesus afirma categoricamente: “Eu sou a ressurreição e a vida”. Nele começamos a vida eterna, inaugurada em nosso Batismo. Nele, permaneceremos vivos além da morte, pois ela perdeu o seu ferrão (cf. 1Cor 15,55) com a morte e ressurreição do Senhor.
Convenhamos que há um certo risco em transpor a ressurreição por completo para além da morte. De fato, quem vive em comunhão com Cristo, ainda aqui neste mundo, já inaugurou um caminho de ressurreição que a morte não poderá interromper. Assim, unidos a ele, estamos em comunhão com todos os nossos irmãos de outros lugares e de outras épocas. Formamos um só corpo, inundado pela vida que brota do lado aberto do Crucificado. Se a reanimação de Lázaro é sinal de que Jesus é Senhor da vida, há um número incontável de pessoas que experimentaram em sua existência pessoal a entrada em uma vida nova, que não se extinguirá com o tempo e se projeta muito além da morte, na eternidade.
Orai sem cessar: “Em minha própria carne, verei a Deus!” (Jó 19, 26)
Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.
Utilizamos seus dados para analisar e personalizar nossos conteúdos e anúncios durante a sua navegação em nossa plataforma e em serviços de terceiros parceiros. Ao navegar pelo nosso site, você nos autoriza a coletar tais informações e utilizá-las para estas finalidades. Em caso de dúvidas, acesse nossa Política de Privacidade.