29 de novembro de 2022
1a Semana do Advento ano A Terça-feira
- por Pe. Alexandre
TERÇA FEIRA DA I SEMANA DO ADVENTO ANO A
(roxo, pref. do Advento I – ofício do dia da I semana)
Antífona da entrada
– Eis que o Senhor virá e com ele todos os seus santos, e haverá uma grande luz naquele dia (Zc 14,5.7).
Oração do dia
– Sede propício, ó Deus, às nossas súplicas e auxiliai-nos em nossa tribulação. Consolados pela vinda do vosso Filho, sejamos purificados da antiga culpa. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
1ª Leitura: Is 11,1-10
– Leitura do livro do profeta Isaías: Naquele dia, 1nascerá uma haste do tronco de Jessé e, a partir da raiz, surgirá o rebento de uma flor. 2Sobre ele repousará o espírito do Senhor: espírito de sabedoria e discernimento, espírito de conselho e fortaleza, espírito de ciência e temor de Deus; 3no temor do Senhor encontra ele seu prazer. Ele não julgará pelas aparências que vê nem decidirá somente por ouvir dizer; 4mas trará justiça para os humildes e uma ordem justa para os homens pacíficos; fustigará a terra com a força da sua palavra e destruirá o mau com o sopro dos lábios. 5Cingirá a cintura com a correia da justiça e as costas com a faixa da fidelidade. 6O lobo e o cordeiro viverão juntos e o leopardo deitar-se-á ao lado do cabrito; o bezerro e o leão comerão juntos e até mesmo uma criança poderá tangê-los. 7A vaca e o urso pastarão lado a lado, enquanto suas crias descansam juntas; o leão comerá palha como o boi; 8a criança de peito vai brincar em cima do buraco da cobra venenosa; e o menino desmamado não temerá pôr a mão na toca da serpente. 9Não haverá danos nem mortes por todo o meu santo monte; a terra estará tão repleta do saber do Senhor quanto as águas que cobrem o mar. 10Naquele dia, a raiz de Jessé se erguerá como um sinal entre os povos; hão de buscá-la as nações, e gloriosa será a sua morada.
– Palavra do Senhor.
– Graças a Deus.
Salmo Responsorial: Sl 72,1-2.7-8.12-13.17 (R: 7)
– Nos seus dias, a justiça florirá e a paz em abundância, para sempre.
R: Nos seus dias, a justiça florirá e a paz em abundância, para sempre.
– Dai ao rei vossos poderes, Senhor Deus, vossa justiça aos descendentes da realeza! Com justiça ele governe o vosso povo, com equidade ele julgue os vossos pobres.
R: Nos seus dias, a justiça florirá e a paz em abundância, para sempre.
– Nos seus dias a justiça florirá e grande paz, até que a lua perca o brilho! De mar a mar estenderá o seu domínio, e desde o rio até os confins de toda a terra!
R: Nos seus dias, a justiça florirá e a paz em abundância, para sempre.
– Libertará o indigente que suplica, e o pobre ao qual ninguém quer ajudar. Terá pena do indigente e do infeliz, e a vida dos humildes salvará.
R: Nos seus dias, a justiça florirá e a paz em abundância, para sempre.
– Seja bendito o seu nome para sempre! E que dure como o sol sua memória! Todos os povos serão nele abençoados, todas as gentes cantarão o seu louvor!
R: Nos seus dias, a justiça florirá e a paz em abundância, para sempre.
Aclamação ao santo Evangelho
Aleluia, aleluia, aleluia.
Aleluia, aleluia, aleluia.
– Eis que virá o nosso Deus com poder e majestade. E ele há de iluminar os olhos dos seus servos.
Aleluia, aleluia, aleluia.
Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 10,21-24
– O Senhor esteja convosco.
– Ele está no meio de nós.
– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas.
– Glória a vós, Senhor!
– 21Naquele momento Jesus exultou no Espírito Santo e disse: “Eu te louvo, Pai, Senhor do céu e da terra, porque escondeste essas coisas aos sábios e inteligentes, e as revelaste aos pequeninos. Sim, Pai, porque assim foi do teu agrado. 22Tudo me foi entregue pelo meu Pai. Ninguém conhece quem é o Filho, a não ser o Pai; ninguém conhece quem é o Pai, a não ser o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar”. 23Jesus voltou-se para os discípulos e disse-lhes em particular: “Felizes os olhos que veem o que vós vedes! 24Pois eu vos digo que muitos profetas e reis quiseram ver o que estais vendo, e não puderam ver; quiseram ouvir o que estais ouvindo, e não puderam ouvir”.
– Palavra da salvação.
– Glória a vós, Senhor!
São Francisco Antônio Fasani
- por Pe. Alexandre
Francisco Antônio Fasani nasceu em Lucera, na Itália, em 6 de agosto de 1681. Seu nome de batismo era Giovanniello. Seus pais, Giuseppe Fasani e Isabella Della Monaca, tiveram a alegria de vê-lo crescer dotado de promissores dons morais e intelectuais.
Seus estudos iniciaram-se no convento franciscano dos Frades Menores Conventuais de Lucera; onde a compreensão sobre sua vocação tornou-se mais clara. Demonstrando o desejo de seguir a vida apostólica e evangélica, assim que entrou para a Ordem dos Frades Menores Conventuais, assumiu os nomes dos santos Francisco e Antônio.
Em 1696, o jovem Francisco emitiu seus votos completando os estudos das artes liberais e continuou os estudos filosóficos nos seminários de sua província religiosa. Em seguida, começou os estudos teológicos em Agnone e os continuou no Centro de Estudos Gerais em Assis, próximo ao túmulo de São Francisco. Foi lá que Francisco recebeu sua ordenação sacerdotal em 1705. Em 1707, doutorou-se em Teologia e tornou-se exímio pregador e diretor de almas. Exerceu os cargos de Superior do convento de Lucera e de Ministro Provincial.
“Ele fez do amor, que nos foi ensinado por Cristo, o parâmetro fundamental da sua existência. O critério basilar do seu pensamento e da sua ação. O vértice supremo das suas aspirações”, afirmou o Papa João Paulo II a respeito de São Francisco Antônio Fasani.
São Francisco Antônio apresenta-se a nós, de modo especial, como modelo perfeito de sacerdote e pastor de almas. Por mais de 35 anos, no início do século XVIII, dedicou-se em Lucera, e também nos territórios ao redor, às mais diversificadas formas de ministério e do apostolado sacerdotal.
Verdadeiro amigo do seu povo, ele foi para todos irmão e pai, eminente mestre de vida, por todos procurado como conselheiro iluminado e prudente, guia sábio e seguro nos caminhos do Espírito, defensor dos humildes e dos pobres. Disto é testemunho o reverente e afetuoso título com que o saudaram os seus contemporâneos e que ainda hoje é familiar ao povo de Lucera: ele, outrora como hoje, é sempre para eles o “Pai Mestre”.
Como religioso, foi um verdadeiro “ministro” no sentido franciscano, ou seja, o servo de todos os frades: caridoso e compreensivo, mas santamente exigente quanto à observância da Regra, e de modo particular em relação à prática da pobreza, dando ele mesmo incensurável exemplo de regular observância e de austeridade de vida.
Acometido por uma enfermidade, ele queria oferecer sua morte ao Senhor com um espírito de alegria com a mesma expressão que dedicou toda a sua vida a Ele. Morreu em 29 de novembro de 1742. Seu corpo foi enterrado na igreja de São Francisco, após rituais fúnebres nos quais toda Lucera participou com o grito: “Nosso santo Padre Maestro morreu!”.
As testemunhas de seu processo canônico por sua santidade, nos asseguram que Deus recompensou todo o zelo apostólico de São Francisco Antônio Fasani com abundantes frutos de conversão e uma vida cristã renovada entre os fiéis. Foi beatificado no dia 15 de abril de 1951 e canonizado em 13 de abril de 1986 pelo Papa João Paulo II.
São Francisco Antônio Fasani, rogai por nós!
Meditaçao
- por Pe. Alexandre
Aos pequeninos… (Lc 10,21-24)
Como nos diz Jesus, ninguém conhece o Pai. Só o Filho. E só o Filho nos pode revelar o Pai. O Deus transcendente, puro espírito, permanece fora do alcance dos sentidos humanos: invisível, intangível.
Mas veio o Filho, encarnou-se, nasceu de Mulher. Agora, Deus tem um corpo, uma Face humana, fala um de nossos idiomas. E, como anotou João, tornou-se “Aquele que nossos olhos viram, nossos ouvidos ouviram e nossas mãos têm apalpado, no tocante ao Verbo da vida”. (1Jo 1,1.)
Daí a referência de Jesus Cristo aos anseios e súplicas de profetas e patriarcas que não chegaram a ser atendidos: ver a Deus! Em vão o antigo salmista clamava: “Mostrai-nos, Senhor, a vossa Face e seremos salvos!” (Sl 80,4) “Senhor, por que escondes a tua Face?” (Sl 88,15.)
Com a Nova Aliança em Jesus Cristo, tudo mudou. Deus-conosco, carne de nossa carne, Jesus manifesta o Pai aos pequeninos. Gente humilde, de pele grossa e mãos calejadas, sem os discursos de Roma e as filosofias de Atenas, recebem gratuitamente a revelação de um Deus paternal. Só no Evangelho de João, Deus é chamado de “Pai” cem vezes!
“Quem me vê, vê o Pai”, garante Jesus (cf. Jo 14,9). Daí a sua exclamação: “Felizes os vossos olhos, que veem o que vós vedes!” Coisas secretas, arcanos de Deus mantidos na sombra por longos séculos, são agora reveladas a gente simples, demonstrando que Deus tem sede dos homens, não pode mais esperar por seu amor de filhos.
Uma “pequenina” do Séc. XIX, a “pequena Teresa”, também fez essa mesma descoberta: “Jesus sente prazer em mostrar-me o único caminho que leva para essa fornalha divina, e esse caminho é a entrega da criancinha que adormece sem receio no colo do pai… ‘Quem for criança, venha cá’, diz o Espírito pela boca de Salomão, e esse mesmo Espírito de Amor disse também que a ‘misericórdia é dada aos pequenos’. […] E como se todas essas promessas não fossem suficientes, o mesmo profeta, cujo olhar inspirado mergulhava nas profundezas eternas, exclama em nome do Senhor: ‘Como alguém que é consolado pela própria mãe, assim eu vos consolarei, sereis levados ao colo, e acariciados sobre os joelhos’”. (Man. “B”, 242.)
Ao contrário do que se diz, não é preciso diploma e teologia para entrar na intimidade de Deus. Basta um coração de criança. Deus prefere os simples…
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