30 de Maio de 2020

7a Semana de Páscoa Sábado

- por Pe. Alexandre

SABADO – VII SEMANA DA PÁSCOA
(branco, pref. da Ascensão – ofício do dia)

 

Antífona da entrada

– Os discípulos unidos perseveravam em oração com algumas mulheres, entre as quais Maria, a mãe de Jesus, e os irmãos dele, aleluia! (Lc 4,18)

 

Oração do dia

– Concedei-nos, Deus todo poderoso, conservar sempre em nossa vida e nossas ações a alegria das festas pascais que estamos para encerrar. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: At 28, 16-20.30-31

– Leitura dos Atos dos Apóstolos: 16Quando entramos em Roma, Paulo recebeu permissão para morar em casa particular, com um soldado que o vigiava. 17Três dias depois, Paulo convocou os líderes dos judeus. Quando estavam reunidos, falou-lhes: “Irmãos, eu não fiz nada contra o nosso povo, nem contra as tradições de nossos antepassados. No entanto, vim de Jerusalém como prisioneiro e assim fui entregue às mãos dos romanos. 18Interrogado por eles no tribunal e não havendo nada em mim que merecesse a morte, eles queriam me soltar. 19Mas os judeus se opuseram e eu fui obrigado a apelar para César, sem nenhuma intenção de acusar minha nação. 20É por isso que eu pedi para ver-vos e falar-vos, pois estou carregando estas algemas exatamente por causa da esperança de Israel”. 30Paulo morou dois anos numa casa alugada. Ele recebia todos os que o procuravam, 31pregando o Reino de Deus. Com toda a coragem e sem obstáculos, ele ensinava as coisas que se referiam ao Senhor Jesus Cristo.

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 11,4.5.7 (R: 7b)

– Ó Senhor, quem tem reto coração há de ver a vossa face.
R: Ó Senhor, quem tem reto coração há de ver a vossa face.

– Deus está no templo santo, e no céu tem o seu trono; volta os olhos para o mundo, seu olhar penetra os homens.

R: Ó Senhor, quem tem reto coração há de ver a vossa face.

– Examina o justo e o ímpio, e detesta o que ama o mal. Porque justo é nosso Deus, o Senhor ama a justiça. Quem tem reto coração há de ver a sua face.

R: Ó Senhor, quem tem reto coração há de ver a vossa face.

 

Aclamação ao santo Evangelho.

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

– Eu hei de enviar-vos o Espírito da verdade; ele vos conduzirá a toda a verdade (Jo 16,7.13)

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo João: Jo 21,20-25

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo João.

– Glória a vós, Senhor!

 

– Naquele tempo, 20Pedro virou-se e viu atrás de si aquele outro discípulo que Jesus amava, o mesmo que se reclinara sobre o peito de Jesus durante a ceia e lhe perguntara: “Senhor, quem é que te vai entregar?” 21Quando Pedro viu aquele discípulo, perguntou a Jesus: “Senhor, o que vai ser deste?” 22Jesus respondeu: “Se eu quero que ele permaneça até que eu venha, que te importa isso? Tu, segue-me!” 23Então, correu entre os discípulos a notícia de que aquele discípulo não morreria. Jesus não disse que ele não morreria, mas apenas: “Se eu quero que ele permaneça até que eu venha, que te importa?” 24Este é o discípulo que dá testemunho dessas coisas e que as escreveu; e sabemos que o seu testemunho é verdadeiro. 25Jesus fez ainda muitas outras coisas, mas, se fossem escritas todas, penso que não caberiam no mundo os livros que deveriam ser escritos.

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!

Santa Joana d'Arc

- por Pe. Alexandre

Joana d’Arc nasceu na França no ano de 1412. Tinha 13 anos quando começou a ter experiências místicas, ouvindo as “vozes” de São Miguel, Santa Margarida e Santa Catarina que lhe mandaram salvar a França.

No ano de 1429, Joana partiu com uma expedição com o propósito de salvar a cidade de Orleans, carregando uma bandeira com os nomes de Jesus e de Maria, além de uma imagem do Pai Eterno. Em maio de 1429, ela expulsou os ingleses de Orleans. Após as lutas, a cidade foi recuperada e Joana cumpriu o que lhe foi confiado, seguindo uma carreira cheia de triunfos militares.

Anos mais tarde, ela foi aprisionada pelos ingleses. Esses a fecharam numa jaula de ferro, na cidade de Ruão.Julgada por uma centena de prelados e teólogos que a consideraram mentirosa, exploradora do povo, blasfemadora de Deus, idólatra, invocadora de diabos e herege, eles decidiram queimá-la viva.

Presa em um poste, ela apertava uma cruz sobre o coração, desse modo, invocava o nome de Jesus Cristo e as suas “vozes”. O poste caiu nas chamas, mas mesmo assim, a ouviram gritar seis vezes “Jesus”. Os ingleses lançaram as cinzas dela no rio Sena.

Sem derramar uma só gota de sangue, Santa Joana manteve-se sempre em oração. Com um exército de cinco mil soldados, até então sempre abatidos, a santa estabeleceu uma série de vitórias.

Em 1909 foi beatificada por São Pio X e, no ano de 1920, foi canonizada pelo Papa Bento XV.

Santa Joana d’Arc, rogai por nós!

 

Meditação

- por Pe. Alexandre

95. O ESPÍRITO SANTO E MARIA

– Esperar a chegada do Paráclito ao lado da Virgem Santíssima.

– O Espírito Santo na vida de Maria.

– A Virgem Maria, “coração da Igreja nascente”, colabora ativamente com a ação do Espírito Santo nas almas.

I. ENQUANTO ESPERAVAM A VINDA do Espírito Santo prometido, todos perseveravam unanimemente na oração juntamente com as santas mulheres e Maria, a Mãe de Jesus…1 Todos estão num mesmo lugar, no Cenáculo, animados pelo mesmo amor e por uma só esperança. No centro deles, encontra-se a Mãe de Deus. A Tradição, ao meditar nesta cena, viu refletida nela a maternidade espiritual de Maria sobre toda a Igreja. “A era da Igreja começou com a “vinda”, quer dizer, com a descida do Espírito Santo sobre os Apóstolos reunidos no Cenáculo de Jerusalém, junto com Maria, a Mãe do Senhor”2.

Nossa Senhora vive uma espécie de segundo Advento, uma espera que prepara a comunicação plena do Espírito Santo e dos seus dons à Igreja nascente. Este novo Advento é ao mesmo tempo muito semelhante e muito diferente do primeiro, daquele que preparou o nascimento de Jesus. Muito semelhante porque em ambos estão presentes a oração, o recolhimento, a fé na promessa, o desejo ardente de que esta se realize. Maria, quando trazia Jesus oculto no seu seio, permanecia no silêncio da sua contemplação. Agora, Nossa Senhora vive profundamente unida ao seu Filho glorificado3.

Mas esta segunda espera é também muito diferente da primeira. No primeiro Advento, a Virgem é a única que vive a promessa realizada no seu seio; agora, aguarda-a em companhia dos Apóstolos e das santas mulheres. É uma espera compartilhada, a da Igreja que está a ponto de manifestar-se publicamente em redor de Nossa Senhora: “Maria, que concebeu Cristo por obra do Espírito Santo, do amor do Deus vivo, preside ao nascimento da Igreja no dia de Pentecostes, quando o próprio Espírito Santo desce sobre os discípulos e vivifica na unidade e na caridade o Corpo místico dos cristãos”4.

O propósito da nossa oração de hoje, véspera da grande solenidade de Pentecostes, é esperarmos a chegada do Paráclito muito unidos à nossa Mãe, “que implora com as suas preces o dom do Espírito, o qual já na Anunciação a havia coberto com a sua sombra”5, convertendo-a no novo Tabernáculo de Deus. Nos começos da Redenção, Maria dera-nos o seu Filho; agora, “através das suas eficacíssimas súplicas, conseguiu que o Espírito do divino Redentor, já outorgado na Cruz, se comunicasse com os seus prodigiosos dons à Igreja, recém-nascida no dia de Pentecostes”6.

“Quem nos transmite esse dado é São Lucas, o evangelista que mais longamente narrou a infância de Jesus. É como se quisesse dar-nos a entender que, assim como Maria teve um papel primordial na Encarnação do Verbo, de modo análogo esteve também presente nas origens da Igreja, que é o Corpo de Cristo”7. Para podermos estar bem preparados para uma maior intimidade com o Paráclito, para sermos mais dóceis às suas inspirações, o caminho é Nossa Senhora. Os Apóstolos assim o entenderam; por isso os vemos ao lado de Maria no Cenáculo.

II. NO DIA DE PENTECOSTES, a Santíssima Virgem recebeu o Espírito Santo com uma plenitude inigualável porque o seu coração era o mais puro, o mais desprendido, o que amava de modo incomparável a Santíssima Trindade. O Paráclito desceu sobre a alma da Virgem e inundou-a de uma maneira nova. Ele é o “doce Hóspede” da alma de Maria. O Senhor havia prometido a todo aquele que amasse a Deus: Viremos a ele e nele faremos a nossa morada8. Esta promessa realiza-se sobretudo em Nossa Senhora.

Ela, “a obra prima de Deus”9, fora preparada com imensos cuidados pelo Espírito Santo para ser tabernáculo vivo do Filho de Deus. Por isso o Anjo a cumprimentou no momento da Anunciação: Ave, cheia de graça10. E aquela que já estava possuída pelo Espírito Santo e cheia de graça, recebeu nesse instante uma nova e singular plenitude: O Espírito Santo virá sobre ti e te cobrirá com a sua sombra11. “Redimida de um modo eminente e em previsão dos méritos do seu Filho, e unida a Ele por um vínculo estreito e indissolúvel, Maria é enriquecida com a sublime missão e a dignidade de ser a Mãe do Filho de Deus e, por isso, Filha predileta do Pai e Sacrário do Espírito Santo, com o dom de uma graça tão extraordinária que supera de longe todas as criaturas celestes e terrenas”12.

Depois, ao longo da sua vida, Nossa Senhora foi crescendo no amor a Deus Pai, a Deus Filho (seu Filho Jesus), a Deus Espírito Santo. Correspondeu a todas as inspirações e moções do Paráclito e, de cada vez que era dócil a essas inspirações, recebia novas graças. Em momento algum opôs a menor resistência a Deus, nunca lhe negou nada; o seu crescimento nas virtudes sobrenaturais e humanas (que estavam sob uma especial influência da graça) foi contínuo.

No dia de Pentecostes, o Espírito Santo, que já habitava em Maria desde o mistério da sua Imaculada Conceição, veio fixar nEla a sua morada de uma maneira nova. Todas as promessas que Jesus tinha feito acerca do Paráclito – Ele vos recordará todas estas coisas13Ele vos conduzirá à verdade completa14 – cumprem-se plenamente na alma da Virgem.

Nossa Senhora é a Criatura mais amada por Deus. Pois se a cada um de nós, apesar de tantas ofensas, o Senhor nos recebe como o pai do filho pródigo; se a nós, sendo pecadores, nos ama com amor infinito e nos enche de bens de cada vez que correspondemos às suas graças, “se procede assim com quem o ofendeu, o que não fará para honrar a sua Mãe imaculada, Virgo Fidelis, Virgem Santíssima, sempre fiel? Se o amor de Deus se mostra tão grande, quando a capacidade do coração humano – com freqüência traidor – é tão pequena, como não se manifestará no Coração de Maria, que nunca opôs o menor obstáculo à Vontade divina?”15

III. TUDO O QUE SE TEM levado a cabo na Igreja desde o seu nascimento até os nossos dias é obra do Espírito Santo: a evangelização do mundo, as conversões, a fortaleza dos mártires, a santidade dos seus membros… “O que a alma é para o corpo do homem – ensina Santo Agostinho –, isso é o Espírito Santo no Corpo de Cristo que é a Igreja. O Espírito Santo realiza na Igreja o que a alma realiza nos membros de um corpo”16: dá-lhe vida, desenvolve-o, é o seu princípio de unidade… Por Ele vivemos a vida do próprio Cristo Nosso Senhor, em união com Santa Maria, com todos os anjos e santos do Céu, com os que se preparam no purgatório e os que ainda peregrinam na terra.

O Espírito Santo é também o santificador da nossa alma. Todas as inspirações e desejos que nos animam a ser melhores, todas as nossas boas obras, bem como as ajudas necessárias para terminá-las…, tudo é obra do Paráclito. “Este divino Mestre estabeleceu a sua escola no interior das almas que lho pedem e desejam ardentemente tê-lo por Mestre”17. “A sua ação na alma é suave, a sua experiência é agradável e aprazível, e o seu jugo é levíssimo. A sua vinda é precedida pelos raios brilhantes da sua luz e da sua ciência. Vem com a verdade do genuíno protetor, pois vem salvar, curar, ensinar, aconselhar, fortalecer, consolar, iluminar, em primeiro lugar a mente daquele que o recebe e depois, pelas obras deste, a mente dos outros”18.

E assim como aquele que se achava rodeado de trevas, em saindo o sol recebe a sua luz nos olhos corporais e contempla claramente o que antes não via, assim também aquele que é achado digno do dom do Espírito Santo fica com a alma iluminada e, elevando-se acima da razão natural, vê aquilo que antes ignorava.

O Espírito Santo não cessa de atuar na Igreja, fazendo surgir por toda a parte novos desejos de santidade, novos filhos e, ao mesmo tempo, melhores filhos de Deus, que têm em Jesus Cristo o Modelo perfeito, pois Ele é o primogênito de muitos irmãos. E Nossa Senhora, pela sua colaboração ativa com o Espírito Santo nas almas, exerce a sua maternidade sobre todos os seus filhos. Por isso é proclamada Mãe da Igreja, “quer dizer, Mãe de todo o Povo de Deus, tanto dos fiéis como dos Pastores, que a chamam Mãe amorosa. Queremos – proclamava Paulo VI – que de agora em diante seja honrada e invocada por todo o povo cristão com esse título gratíssimo”19.Santa Maria, Mãe da Igreja, rogai por nós e ajudai-nos a preparar a vinda do Paráclito às nossas almas.

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