30 de Novembro de 2019

34ª semana comum Sábado

- por Padre Alexandre Fernandes

SABADO – SANTO ANDRÉ, APÓSTOLO
(vermelho, glória, pref. dos apóstolos – ofício da festa)

 

Antífona da entrada

 

– Junto ao mar da Galileia, viu o Senhor dois irmãos: Pedro e André, que pescavam. Ele os chamou: “Vinde comigo; eu vos farei, de hoje em diante, pescadores de homens” (Mt 4,18).

 

Oração do dia

 

– Nós vos suplicamos, ó Deus onipotente, que o apóstolo santo André, pregador do evangelho e pastor da vossa Igreja, não cesse no céu de interceder por nós. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: Rm 10, 9-18

– Leitura da carta de são Paulo aos Romanos – Irmãos, 9 Se com tua boca confessares que Jesus é o Senhor, e se em teu coração creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo. 10É crendo de coração que se obtém a justiça, e é professando com palavras que se chega à salvação. 11A Escritura diz: Todo o que nele crer não será confundido (Is 28,16). 12Pois não há distinção entre judeu e grego, porque todos têm um mesmo Senhor, rico para com todos os que o invocam, 13porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo (Jl 3,5). 14Porém, como invocarão aquele em quem não têm fé? E como crerão naquele de quem não ouviram falar? E como ouvirão falar, se não houver quem pregue? 15E como pregarão, se não forem enviados, como está escrito: Quão formosos são os pés daqueles que anunciam as boas novas (Is 52,7)? 16Mas não são todos que prestaram ouvido à boa nova. É o que exclama Isaías: Senhor, quem acreditou na nossa pregação (Is 53,1)? 17Logo, a fé provém da pregação e a pregação se exerce em razão da palavra de Cristo. 18Pergunto, agora: Acaso não ouviram? Claro que sim! Por toda a terra correu a sua voz, e até os confins do mundo foram as suas palavras (Sl 18,5).

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 19A, 2-3.4-5. (R: 5a)

 

–  Seu som ressoa e se espalha em toda terra.
R: Seu som ressoa e se espalha em toda terra.

– Os céus proclamam a glória do Senhor, e o firmamento a obra de suas mãos; o dia ao dia transmite esta mensagem, a noite à noite publica esta notícia.

R: Seu som ressoa e se espalha em toda terra.

– Não são discursos nem frases ou palavras, nem são vozes que possam ser ouvidas; seu som ressoa e se espalha em toda a terra, chega aos confins do universo a sua voz.

R: Seu som ressoa e se espalha em toda terra.

 

Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

 – Vinde após mim, disse o Senhor, e eu ensinarei a pescar gente (Mt 4,19)

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mateus: Mt 4, 18-22

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus.

– Glória a vós, Senhor!

 

– Naquele tempo, 18Jesus caminhando a beira do mar da Galiléia, viu dois irmãos: Simão (chamado Pedro) e André, seu irmão, que lançavam a rede ao mar, pois eram pescadores. 19E disse-lhes: Vinde após mim e vos farei pescadores de homens. 20Na mesma hora abandonaram suas redes e o seguiram. 21Passando adiante, viu outros dois irmãos: Tiago, filho de Zebedeu, e seu irmão João, que estavam com seu pai Zebedeu consertando as redes. Chamou-os, 22e eles abandonaram a barca e seu pai e o seguiram.

 

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!

Santo André Apóstolo

- por Padre Alexandre Fernandes

Santo André, se expressa no Evangelho como “ponte do Salvador”

Hoje a Igreja está em festa, pois celebramos a vida de um escolhido do Senhor para pertencer ao número dos Apóstolos.

Santo André nasceu em Betsaida, no tempo de Jesus, e de início foi discípulo de João Batista até que aproximou-se do Cordeiro de Deus e com São João, começou a segui-lo, por isso André é reconhecido pela Liturgia como o “protocleto”, ou seja, o primeiro chamado: “Primeiro a escutar o apelo, ao Mestre, Pedro conduzes; possamos ao céu chegar, guiados por tuas luzes!”

Santo André se expressa no Evangelho como “ponte do Salvador”, porque é ele que se colocou entre seu irmão Simão Pedro e Jesus; entre o menino do milagre da multiplicação dos pães e Cristo; e, por fim, entre os gentios (gregos) e Jesus Cristo. Conta-nos a Tradição que depois do Batismo no Espírito Santo em Pentecostes, Santo André teria ido pregar o Evangelho na região dos mares Cáspio e Negro.

Apóstolo da coragem e alegria, Santo André foi fundador das igrejas na Acaia, onde testemunhou Jesus com o seu próprio sangue, já que foi martirizado numa cruz em forma de X, a qual recebeu do santo este elogio: “Salve Santa Cruz, tão desejada, tão amada. Tira-me do meio dos homens e entrega-me ao meu Mestre e Senhor, para que eu de ti receba o que por ti me salvou!”

Santo André Apóstolo, rogai por nós!

Meditação

- por Padre Alexandre Fernandes

 

Jesus viu dois irmãos… (Mt 4,18-22)

 

            Uma das nove bem-aventuranças do Evangelho de São Mateus está relacionada ao olhar: os puros de coração verão a Deus (cf. Mt 5,8). Talvez motivados por esta receita de felicidade, nós ficamos procurando por Jesus com os olhos… e nos esquecemos de deixar que ele mesmo nos olhe…

 

            Aliás, a história da salvação registra numerosos episódios em que alguém procurava infantilmente esconder-se de Deus. Foi assim com o velho Adão, no Éden, após a queda e a descoberta da própria nudez (cf. Gn 3,10). Foi assim com o profeta Jonas, em sua fuga para Társis (cf. Jn 1,10). Como se fosse possível escapar aos olhos onipresentes do Senhor do universo…

 

            Como observa Lev Gillet, “eu aprendo a olhar Jesus na medida em que eu aprendo a ser olhado por ele. Submeter-se ao olhar de Jesus. Antes de dirigir a palavra a Simão, por ocasião de seu primeiro chamado, Jesus o olha (e o verbo grego implica que ele o olha com insistência)”.

 

            De fato, trata-se do verbo grego eiden, “observa”. Trata-se do mesmo olhar penetrante lançado sobre Simão Pedro quando Jesus sai da casa de Caifás, após Pedro o ter negado. E como são variados os efeitos do olhar de Jesus sobre nós! Ao ser chamado para deixar a barca, Pedro é iluminado por esse olhar. Mas o mesmo olhar o leva às lagrimas após ter claudicado na fé.

 

            E quais são as condições para essa “visão”? Lev Gillet responde: “São as mesmas que Jesus impôs aos três discípulos, dos quais fez testemunhas de sua transfiguração (cf. Mt 17). Jesus os ‘tomou consigo’. Ele os ‘conduziu’. Levou-os ‘sobre uma alta montanha’, onde eles estavam ‘a sós, separados’. Solidão com Jesus. Deixar-se conduzir. Ascensão penosa, muito acima daquilo que nossa vida tem de mau e de medíocre. Todas estas condições permanecem ordinariamente necessárias. (Digo ‘ordinariamente’ porque há casos excepcionais: como Saulo no caminho de Damasco.)”

 

            Quando nós ouvimos a frase “Deus me vê”, a primeira reação pode ser de temor diante de uma espécie de inspetor atento e, quem sabe, implacável. Ou ainda, alguém pode sentir que sua liberdade está sendo cerceada ou controlada pelo mesmo olhar. Estas reações distorcidas só serão corrigidas quando eu fizer a experiência de que Deus é Pai. E se Deus é um Pai amoroso, por que não reagir como um filho amado?

 

            A partir de então, serei como a criança que não quer ficar longe do olhar materno, pois ele é a garantia de segurança e de paz. Deus me vê… e me ama…

 

Orai sem cessar: “Os olhos do Senhor estão sobre os justos!” (1Pd 3,12)

Texto de Antônio Carlos Santini, da Comunidade Católica Nova Aliança.

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