31 de Agosto de 2022

22a Semana do Tempo Comum- Quarta-feira

- por Pe. Alexandre

QUARTA FEIRA – XXII SEMANA DO TEMPO COMUM

(verde – ofício do dia)

 

Antífona da entrada

 

– Tende compaixão de mim, Senhor, clamo por vós o dia inteiro; Senhor, sois bom e clemente, cheio de misericórdia para aqueles que vos invocam

(Sl 85,3.5s).

 

Oração do dia

 

– Deus do universo, fonte de todo bem, derramai em nossos corações o vosso amor e estreitai os laços que nos unem convosco para alimentar em nós o que é bom e guardar com solicitude o que nos destes. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: 1Cor 3,1-9

 

– Leitura da primeira carta de são Paulo aos Coríntios: 1Irmãos, não pude falar-vos como a pessoas espirituais. Tive de vos falar como a pessoas carnais, como a crianças na vida em Cristo. 2Pude oferecer-vos somente leite, não alimento sólido, pois ainda não éreis capazes de tomá-lo. E nem atualmente sois capazes de receber alimento sólido, 3visto que ainda sois carnais. As rivalidades e rixas que existem aí, no meio de vós, acaso não mostram que sois carnais e que procedeis de acordo com os impulsos naturais? 4Quando um declara: “Eu sou de Paulo”, e outro: “Eu sou de Apolo”, não estais procedendo como pessoas simplesmente naturais? 5Pois, que é Apolo? Que é Paulo? Não passam de servidores, pelos quais chegastes à fé. E cada um deles exerce seu serviço segundo o dom recebido de Deus. 6Eu plantei, Apolo regou, mas Deus é que fazia crescer. 7De modo que nem o que planta, nem o que rega são, propriamente, importantes. Quem é importante é aquele que faz crescer: Deus.
8Aquele que planta e aquele que rega formam uma unidade, mas cada um receberá o seu próprio salário, proporcional ao seu trabalho. 9Com efeito, nós somos cooperadores de Deus, e vós sois lavoura de Deus, construção de Deus.

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 33,12-13.14-15.20-21 (R: 12b)

 

– Feliz o povo que o Senhor escolheu por sua herança!

R: Feliz o povo que o Senhor escolheu por sua herança!

 

Feliz o povo cujo Deus é o Senhor, e a nação que escolheu por sua herança! Dos altos céus o Senhor olha e observa; ele se inclina para olhar todos os homens.

R: Feliz o povo que o Senhor escolheu por sua herança!

 

Ele contempla do lugar onde reside e vê a todos os que habitam sobre a terra. Ele formou o coração de cada um e por todos os seus atos se interessa.

R: Feliz o povo que o Senhor escolheu por sua herança!

 

No Senhor nós esperamos confiantes, porque ele é nosso auxílio e proteção! Por isso o nosso coração se alegra nele, seu santo nome é nossa única esperança

R: Feliz o povo que o Senhor escolheu por sua herança!

 

Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

– O Espírito do Senhor repousa sobre mim e enviou-me a anunciar aos pobres o Evangelho (Lc 4,18).

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Lucas: Lc 4,38-44

 

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Lucas

– Glória a vós, Senhor!   

 

– Naquele tempo, 38Jesus saiu da sinagoga e entrou na casa de Simão. A sogra de Simão estava sofrendo com febre alta, e pediram a Jesus em favor dela. 39Inclinando-se sobre ela, Jesus ameaçou a febre, e a febre a deixou. Imediatamente, ela se levantou e começou a servi-los. 40Ao pôr-do-sol, todos os que tinham doentes atingidos por diversos males, os levaram a Jesus. Jesus punha as mãos em cada um deles e os curava. 41De muitas pessoas também saíam demônios, gritando: “Tu és o Filho de Deus”. Jesus os ameaçava, e não os deixava falar, porque sabiam que ele era o Messias. 42Ao raiar do dia, Jesus saiu e foi para um lugar deserto. As multidões o procuravam e, indo até ele, tentavam impedi-lo de as deixar. 43Mas Jesus disse: “Eu devo anunciar a Boa-Nova do Reino de Deus também a outras cidades, porque para isso é que eu fui enviado”. 44E pregava nas sinagogas da Judeia.

 

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!   

São Raimundo Nonato

- por Pe. Alexandre

São Raimundo Nonato encontrou dificuldades para vir à luz, foi invocado como patrono e protetor das parturientes e das parteiras (seu nome significa “não nascido”, porque foi extraído vivo das entranhas da mãe já morta).

Nasceu na Espanha, em Portel, na diocese de Solsona (próximo a Barcelona) no ano de 1200. Ainda menino, teve de guardar o gado e, durante seus anos de pastor, visitava constantemente uma ermida de São Nicolau, onde se venerava uma imagem de Nossa Senhora de quem era devotíssimo.

Conta-se que, durante as horas que passava aos pés de Maria, um anjo lhe guardava o rebanho. Desde jovem, Raimundo Nonato percebeu sua inclinação à vida religiosa. Seu pai buscou, sem êxito, impedi-lo de corresponder ao chamado vocacional. Ao entrar para a Ordem de Nossa Senhora das Mercês, pôde receber do fundador, São Pedro Nolasco, o hábito. Assim, tornou-se exemplo de ardor na missão de resgatar das mãos dos mouros, os cristãos feito escravos.

Certa vez, São Raimundo conseguiu liderar uma missão que libertou 150 cristãos, porém, quando na Argélia acabaram-se os recursos para o salvamento daqueles que corriam o risco de perderem a vida e a fé, o Missionário e Sacerdote Raimundo entregou-se no lugar de um dos cristãos. Na prisão, Raimundo pregava para os muçulmanos e cristãos com tanta unção, que começou a convertê-los e, desse modo, sofreu muito, pois chegaram ao extremo de perfurarem os seus lábios com um ferro quente, fechando-os com um cadeado. Foi mais tarde libertado da prisão e retornou à Espanha.

São Raimundo Nonato morreu em Cardona no ano de 1240 gravemente doente. Não aguentou atingir Roma onde o Papa Gregório IX queria São Raimundo como Cardeal e conselheiro. O seu corpo foi descansar na mesma ermida de São Nicolau em que orava nos seus anos de pastor. Foi canonizado em 1681.

São Raimundo Nonato, rogai por nós!

Meditação

- por Pe. Alexandre

E começou a servi-los… (Lc 4,38-44)

 

Certa vez, na fronteira entre Samaria e Galileia, Jesus declarou curados dez leprosos e mandou que fossem ao Templo de Jerusalém, onde os sacerdotes lhes dariam um “atestado de saúde”. Com isso, poderiam regressar ao convívio social sem a pecha de sua “impureza” ritual. No caminho, viram-se curados. Apenas um – um estrangeiro – regressou para agradecer a Jesus, que se admirou com a ausência dos outros nove. Sem dúvida, a gratidão é uma bela maneira de agir, após a cura recebida.

 

Mas existe uma outra forma de aproveitar a cura recebida. No Evangelho de hoje, São Lucas narra como Jesus curou a sogra de Pedro, que sofria de uma febre aguda. Bastou uma ordem verbal e a febre a deixou. Vendo-se curada, a mulher se levantou e pôs-se a servir Jesus e sua comitiva.

 

Esta mulher anônima, como tantas outras personagens sem nome em todo o Evangelho, vem nos dar o melhor exemplo a ser imitado. Sua cura faz sentido, pois habilitou-a prestar serviço ao Mestre. Ao mesmo tempo, questiona nossas motivações mais profundas que nos levam a procurar por Jesus.

 

Por que, de fato, o procuramos? Só para estar bem? Só para ter paz? Só para garantir uma vaguinha no céu? Ou será – quem dera! – para nos pôr a serviço do Evangelho que buscamos a Cristo e pedimos sua força, a saúde física e todo o leque dos dons do Espírito Santo?

 

Depois de trinta e oito anos de caminhada, dedicando a vida ao anúncio do Evangelho, olho para trás e percebo que Jesus surgiu em meu caminho para que eu assumisse uma missão. E mais: estou convencido de que não teria perseverado caso não tivesse abraçado a missão que me era oferecida.

 

Nossa missão é como uma âncora no navio: pesa, mas nos dá segurança e estabilidade. Quando nos colocamos a serviço dos irmãos, assumindo ministérios e tarefas na Igreja, nós recebemos graças adicionais para o seu desempenho. O próprio fato de assumir a missão, traz-nos uma crescente exigência de fidelidade e de coerência, o que acaba por fortalecer nossas disposições interiores.

 

Sim. Com certeza, o Senhor deseja curar-nos de nossas mazelas, libertar-nos de nossas cadeias, perdoar nossos pecados. Ao mesmo tempo, porém, ele deseja saber que é que nós faremos com esses dons…

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