11 de Outubro de 2020

28a semana do tempo comum Domingo

- por Pe. Alexandre

DOMINGO – XXVIII SEMANA DO TEMPO COMUM
(verde, glória, creio –IV semana do saltério)

 

Antífona da entrada

– Senhor, se levardes em conta as nossas faltas, quem poderá subsistir? Mas em vós encontra-se o perdão, Deus de Israel! (Sl 129,3).

 

Oração do dia

 

– Ó Deus, sempre nos preceda e acompanhe a vossa graça, para que estejamos sempre atentos ao bem que devemos fazer. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

 

1ª Leitura: Is 25,6-10a

 

– Leitura do livro do profeta Isaías: 6O Senhor dos exércitos dará neste monte, para todos os povos, um banquete de ricas iguarias, regado com vinho puro, servido de pratos deliciosos e dos mais finos vinhos. 7Ele removerá, neste monte, a ponta da cadeia que ligava todos os povos, a teia em que tinha envolvido todas as nações. 8 O Senhor Deus eliminará para sempre a morte e enxugará as lágrimas de todas as faces e acabará com a desonra do seu povo em toda a terra; o Senhor o disse. 9Naquele dia, se dirá: “Este é o nosso Deus, esperamos nele, até que nos salvou; este é o Senhor, nele temos confiado; vamos alegrar-nos e exultar por nos ter salvo”. 10aE a mão do Senhor repousará sobre este monte.

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Salmo Responsorial: Sl 23,1-3a.3b-4.5-6 (R: 6cd)

 

– Na casa do Senhor habitarei, eternamente.
R: Na casa do Senhor habitarei, eternamente.

– O Senhor é o pastor que me conduz; não me falta coisa alguma. Pelos prados e campinas verdejantes ele me leva a descansar. Para as águas repousantes me encaminha, e restaura as minhas forças.

R: Na casa do Senhor habitarei, eternamente.

– Ele me guia no caminho mais seguro, pela honra do seu nome. Mesmo que eu passe pelo vale tenebroso, nenhum mal eu temerei; estais comigo com bastão e com cajado; eles me dão a segurança!

R: Na casa do Senhor habitarei, eternamente.

– Preparais à minha frente uma mesa, bem à vista do inimigo, e com óleo vós ungis minha cabeça; o meu cálice transborda.

R: Na casa do Senhor habitarei, eternamente.

– Felicidade e todo bem hão de seguir-me por toda a minha vida; e na casa do Senhor habitarei pelos tempos infinitos.

R: Na casa do Senhor habitarei, eternamente.

2ª Leitura: Fl 4,12-14.19-20

 

– Leitura da carta de são Paulo aos Filipenses: Irmãos: 12Sei viver na miséria e sei viver na abundância. Eu aprendi o segredo de viver em toda e qualquer situação, estando farto ou passando fome, tendo de sobra ou passando necessidade. 13Tudo posso naquele que me dá força. 14No entanto, fizestes bem em compartilhar as minhas dificuldades. 19O meu Deus proverá esplendidamente com sua riqueza a todas as vossas necessidades, em Cristo Jesus. 20Ao nosso Deus e Pai a glória pelos séculos dos séculos. Amém.

 

– Palavra do Senhor.

– Graças a Deus.

 

Aclamação ao santo Evangelho

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

– Que o Pai do Senhor Jesus Cristo nos dê do saber o espírito; conheçamos, assim, a esperança à qual nos chamou, como herança! (Ef 11,17).

 

Aleluia, aleluia, aleluia.

 

Evangelho de Jesus Cristo, segundo Mt: Mt 22,1-14

 

– O Senhor esteja convosco.

– Ele está no meio de nós.

– Proclamação do Evangelho de Jesus Cristo † segundo Mateus

– Glória a vós, Senhor!   

 

– Naquele tempo, 1Jesus voltou a falar em parábolas aos sumos sacerdotes e aos anciãos do povo, dizendo: 2“O Reino dos Céus é como a história do rei que preparou a festa de casamento do seu filho. 3E mandou os seus empregados para chamar os convidados para a festa, mas estes não quiseram ir. 4O rei mandou outros empregados, dizendo: ‘Dizei aos convidados: já preparei o banquete, os bois e os animais cevados já foram abatidos e tudo está pronto. Vinde para a festa!’ 5Mas os convidados não deram a menor atenção: um foi para o seu campo, outro para os seus negócios, 6outros agarraram os empregados, bateram neles e os mataram. 7O rei ficou indignado e mandou suas tropas para matar aqueles assassinos e incendiar a cidade deles.
8Em seguida, o rei disse aos empregados: ‘A festa de casamento está pronta, mas os convidados não foram dignos dela. 9Portanto, ide até às encruzilhadas dos caminhos e convidai para a festa todos os que encontrardes’. 10Então os empregados saíram pelos caminhos e reuniram todos os que encontraram, maus e bons. E a sala da festa ficou cheia de convidados. 11Quando o rei entrou para ver os convidados, observou aí um homem que não estava usando traje de festa 12e perguntou-lhe: ‘Amigo, como entraste aqui sem o traje de festa?’ Mas o homem nada respondeu.  13Então o rei disse aos que serviam: ‘Amarrai os pés e as mãos desse homem e jogai-o fora, na escuridão! Aí haverá choro e ranger de dentes’. 14Porque muitos são chamados, e poucos são escolhidos”.

– Palavra da salvação.

– Glória a vós, Senhor!   

São João XXII, papa

- por Pe. Alexandre

Vamos conhecer a história de São João XXIII, papa e exemplo da Igreja, canonizado no dia 27 de abril de 2014, um dos grandes exemplos de fé para nós católicos.

Nascido em 25 de novembro de 1881 em Sotto il Monte, na diocese de Bérgamo na Itália, João XXIII já foi batizado no dia de seu nascimento com o nome de Ângelo Giuseppe, sendo o quarto filho de treze irmãos em uma família de camponeses humilde, porém muito fiel às tradições católicas.

O Jovem Angelo Giuseppe ainda muito jovem foi instruído por seu tio Xavier, ao qual ele mesmo atribuía suas primeiras formações religiosas, já que sua família era muito fervorosa.O Jovem Angelo Giuseppe ainda muito jovem foi instruído por seu tio Xavier, ao qual ele mesmo atribuía suas primeiras formações religiosas, já que sua família era muito fervorosa.

São João XXIII ingressou logo que possível no Seminário de Bérgamo, estudando dois anos de teologia, sendo que durante esse período escreveu inúmeros escritos espirituais que foram compilados no “Diário da Alma”.

O jovem Ângelo era muito aplicado, e no dia 1 de março de 1896 foi admitido por seu diretor na ordem franciscana secular.

Eis que nos anos de 1901 e 1905 Ângelo foi aluno do Pontifício Seminário Romano, por conta de uma bolsa que ganhou da diocese de Bérgamo que reconhecia seu esforço e capacidade, além de neste mesmo período ter prestado 1 ano de serviço militar.

São João XXIII foi ordenado sacerdote no dia 10 de agosto de 194 na cidade de Roma, e no ano seguinte já era secretário do novo Bispo de Bérgamo, Dom Giacomo Maria R. Tedeschi, sempre o acompanhando em visitas pastorais, além do empenho nas iniciativas apostólicas como: sínodo, redação do boletim diocesano, além das peregrinações e obras sociais.

Por muito tempo também São João XXIII lecionou patrologia, apologética e história eclesiástica. Além de assistente da Ação Católica Feminina, e grande colaborador do diário católico de Bérgamo, além de um pregador solicitado por sua eloquência elegante, eficaz e profunda.

A vida de Ângelo mudaria bastante quando a itália adentrou na Primeira Grande Guerra, sendo chamado como sargento sanitário e capelão militar dos soldados que voltavam seriamente feridos da linha de frente. Visto a devastação ocorrida na Europa naquele período São João XXIII fundou a “Casa do Estudante” na pastoral dos jovens e estudantes, sendo nomeado diretor espiritual do Seminário naquele período de 1919.

Porém a vida de Angelo passaria por mais uma grande mudança, no ano de 1921 com 40 anos de idade se dedicava arduamente a serviço da Igreja, inclusive foi chamado pelo Papa Bento XV como presidente nacional do Conselho das Obras Pontifícias para Propagação da Fé, percorrendo inúmeras dioceses de Roma organizando inúmeros círculos missionários, já em 1925 durante o pontificado de Pio XI foi nomeado Visitador Apostólico para a Bulgária e elevou à dignidade episcopal da Sede titular de Areiópolis.

Meditação

- por Pe. Alexandre

O traje de festa… (Mt 22,1-14)

 

Todos são convidados para o grande banquete. O festim é grátis, é pura graça. O povo chama isto de “boca livre”. É o tipo de oportunidade que ninguém rejeita.

Por isso mesmo, o grupo que cerca a grande mesa do festim não chega a ser “gente fina”, não é “vip”. Ao contrário, por ordem expressa do Rei, os “convivas” foram arrastados de todas as encruzilhadas do mundo, ainda cobertos da grossa poeira dos caminhos humanos. Nenhum deles foi convidado devido a algum mérito ou distinção especial. Afinal de contas, o que importa é que a mesa esteja bem cheia, entende o Dono da festa!

 

Como entender, então, que um dos convidados acabe lançado fora, na escuridão da noite, por não trajar a veste apropriada? Não parece um contrassenso? André Louf tem sua explicação:

“Nós temos chance de estar entre os eleitos, mesmo sendo pecador, com a condição de vestir, não um costume aqui de baixo, por mais belo que seja, mas a verdadeira, a única vestimenta das núpcias do Reino.

 

Qual é, afinal, este traje nupcial? São Paulo no-lo diz: é a veste nova do homem novo, criado em Jesus Cristo. Ele é Jesus Cristo. Precisamos despojar-nos inteiramente do homem velho e de suas pretensões, como uma roupa usada, e revestir, como uma roupa estalando de nova, o próprio Jesus Cristo, a humildade de sua cruz e a força de sua ressurreição. O rei só tolera entre os convivas – sejam eles bons ou maus, não importa – aqueles que apresentam os traços de seu Filho. Aqueles que aceitam ser eleitos e bem-amados no único Eleito e único Bem-Amado: Jesus.”

E quais são os traços de Jesus? – pergunta a seguir o abade de Mont-des-Cats. E ele mesmo responde, apoiado em São Paulo: “Como eleitos de Deus e seus bem-amados, revesti-vos de terna compaixão, de bondade, humildade, doçura, paciência; perdoai-vos mutuamente; o Senhor vos perdoou”. O rosto de Jesus é a doce piedade, a misericórdia sem fim por nossos irmãos.

Sim, misericórdia “puxa” misericórdia. A caridade gera a caridade. O convite traz o imperativo de um despojamento do homem velho e do “revestimento” do Filho do Rei. Depois de termos sido chamados, só seremos escolhidos na medida de nossa identificação com o próprio Filho de Deus.

 

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