II Domingo da Quaresma

II – Domingo da Quaresma | Homilia dominical – Padre Alexandre Fernandes

Hoje subimos com Jesus ao monte Tabor, onde Ele vai com Pedro, João e Tiago. Pedro foi o discípulo que mais amou Jesus; João era o discípulo amado por Jesus; Tiago o que sofreu e morreu por amor a Jesus, pois foi o primeiro a ser martirizado. Nesses discípulos estamos todos nós, eles são a figura de cada cristão que ama Jesus.
O Mestre quis que os três experimentassem a glória dos céus. A Igreja tem falado muito das coisas da terra e às vezes se esquece dos céus, do que é definitivo. Realidades temporais passam, o céu é para sempre. Quando Jesus se tornou homem, já tinha dentro de si a visão beatífica de todos os homens. Jesus tem o amor de salvação pessoal por cada um de nós, como diz São Tomás de Aquino.
Mateus diz que o rosto de Jesus ficou brilhante como o sol e a roupa branca como a luz; Marcos narra que nenhuma lavadeira da terra poderia alvejar uma roupa como a de Jesus; e Lucas fala que suas roupas se tornaram resplandecentes. A gente não consegue descrever a glória de Deus. Como o sol, como a luz, como algo resplandecente. Além das imagens que os evangelistas usam para dar uma idéia da grandeza do momento, há uma palavra importante usada por Mateus, que é o verbo levantar. Diante dos assustados discípulos, Jesus diz: “Levantai-vos, não tenhais medo”. Quando é narrada a ressurreição, os apóstolos dizem que Jesus se levantou da morte; com Marta e Maria chorando a morte do irmão, Jesus levanta Lázaro. “Eu sou a ressurreição e a vida”. Porque ressuscitar significa levantar. Jesus primeiro nos levanta – nos levanta do pecado, do homem velho, da corrupção do pecado. Ele nos dá não somente uma vida “bios”, mas uma vida “zoe”, ou uma qualidade de vida em Deus, que começa agora e se prolonga por depois.
O Tabor foi tão significativo na vida dos três discípulos que depois Pedro narra essa experiência. Diante da dor, do abandono, do medo, das aflições, dificuldades, não podemos nos esquecer dos momentos felizes, dos momentos Tabor em nossas vidas. Mas o Tabor definitivo que virá depois é o céu, do qual Jesus deixou os discípulos contemplar naquele instante.

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