Memória de Santa Elisabete da Trindade

Celebramos hoje a memória de Santa Elisabete da Trindade, carmelita descalça que passou toda a sua vida religiosa no Carmelo de Dijon, na França. Assim como Santa Teresinha do Menino Jesus, da qual foi mais ou menos contemporânea, Santa Elisabete teve uma vida bastante breve, morrendo com apenas 26 anos de idade, embora muito fecunda espiritualmente.  Antes mesmo de entrar para o Carmelo, a santa de Dijon vivia desde a sua primeira comunhão, celebrada em abril de 1891, a experiência da inabitação trinitária. Em seus escritos encontramos este pequeno trecho que resumiu a vida de Santa Elisabeth: “Encontrei meu céu na terra, posto que o céu é Deus e Deus está em minha alma.” Santa Elisabete sentia-se e sabia-se “casa de Deus”: antes de encerrar-se na clausura, já a sua alma era um “Carmelo interior”, já estava alheia às coisas do mundo, e vivia a sós com a presença amorosíssima do Pai, do Filho e do Espírito Santo. No dia 2 de Agosto de 1901, Elisabeth entra definitivamente nessa bela montanha do Carmo que pela sua solidão e beleza a atraiu irresistivelmente. A partir de então o seu nome será Irmã Elisabeth da Santíssima Trindade. O mistério da Santíssima Trindade era um abismo no qual ela se perdia, era sua alma totalmente em Deus. Para uma carmelita viver é estar em comunhão com Deus desde a manhã até à noite, e desde a noite até de manhã. Deus enche sua alma de tão maneira que ela vive um céu antecipado aqui na terra. Nos finais de Março de 1906, a Irmã Elisabeth foi colocada na enfermaria. Sentia-se feliz por morrer carmelita e escreve: sem outro ofício senão o de amar, estou na enfermaria. No dia 1 de Novembro comungou pela última vez e dois dias antes da sua morte disse ao seu médico: «é provável que dentro de dois dias eu esteja no seio da Santíssima Trindade. É a Virgem Maria quem me levará pela mão e me introduzirá no céu tão deslumbrante. A sua última noite foi terrivelmente penosa, mas ao amanhecer Elisabeth sossegou, e inclinando a cabeça abriu os olhos, e exclamou: «vou para a Luz, para o Amor, para a Vida», e adormeceu. Santa Elisabeth nos deixou um ensinamento profundo sobre a intimidade com o mistério da Santíssima Trindade, seja esta hoje a nossa oração: “Ó meu Deus, Trindade que eu adoro, ajudai-me a esquecer-me e fixar-me em vós, imóvel e pacífica como se já a minha alma estivesse na eternidade. Que nada possa perturbar a minha paz, nem fazer-me sair de vós, ó meu Imutável, mas que cada minuto me leve mais longe na profundeza do vosso Mistério. Pacificai a minha alma, fazei dela o vosso céu, vossa morada amada e o lugar de vosso repouso. Ó meus Três, meu Tudo, minha Beatitude, Solidão infinita, Imensidade onde me perco, entrego-me a Vós como uma presa. Sepultai-Vos em mim para que eu me sepulte em Vós, enquanto espero ir contemplar na vossa luz o abismo das vossas grandezas.”

Santa Elisabeth da Trindade, rogai por nós.

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