Memória de Santo Antônio de Sant’Anna Galvão

A Igreja celebra neste dia a memória litúrgica do primeiro santo nascido no Brasil, Santo Antônio de Sant’Anna Galvão, conhecido como São Frei Galvão.

Nascido no interior de São Paulo, na cidade de Guaratinguetá, no ano de 1739, Frei Galvão pertenceu à Ordem dos Frades Menores Alcantarinos. Professou votos em 1761 e, logo no ano seguinte, foi ordenado presbítero. Entregue de corpo e alma à expansão do Reino de Deus, S. Antônio dedicou-se ativamente à evangelização da cidade de São Paulo, fecundando suas terras com muitas obras de caridade, a ponto de fundar um convento para algumas monjas concepcionistas, às quais serviu ainda como diretor espiritual.

Hoje é dia de dar graças a Deus pelos contínuos benefícios alcançados pelo influxo evangelizador que o Espírito Santo imprimiu em tantas almas através do Frei Galvão. O carisma franciscano, evangelicamente vivido por ele, produziu frutos significativos através do seu testemunho de fervoroso adorador da Eucaristia, de prudente e sábio orientador das almas que o procuravam e de grande devoto da Imaculada Conceição de Maria, de quem ele se considerava ‘filho e perpétuo escravo’.

Significativo é o exemplo do Frei Galvão pela sua disponibilidade para servir o povo sempre quando era solicitado. Conselheiro de fama, pacificador das almas e das famílias, dispensador da caridade especialmente dos pobres e dos enfermos. Muito procurado para as confissões, pois era zeloso, sábio e prudente. Queridos amigos e amigas, que belo exemplo a seguir deixou-nos Frei Galvão! Como soam atuais para nós, que vivemos numa época tão cheia de hedonismo, as palavras que aparecem na Cédula de consagração da sua castidade: “tirai-me antes a vida que ofender o vosso bendito Filho, meu Senhor”. São palavras fortes, de uma alma apaixonada, que deveriam fazer parte da vida normal de cada cristão, seja ele consagrado ou não, e que despertam desejos de fidelidade a Deus dentro ou fora do matrimônio. O mundo precisa de vidas limpas, de almas claras, de inteligências simples que rejeitem ser consideradas criaturas objeto de prazer.

A fama da sua imensa caridade não tinha limites. Pessoas de toda a geografia nacional iam ver Frei Galvão que a todos acolhia paternalmente. Eram pobres, doentes no corpo e no espírito que lhe imploravam ajuda. Certo dia, Frei Galvão foi procurado por um senhor muito aflito, porque sua mulher estava em trabalho de parto e em perigo de perder a vida. Então ele escreveu em três papelinhos o versículo do Ofício da Santíssima Virgem: (Depois do parto, ó Virgem, permaneceste intacta: Mãe de Deus, intercedei por nós).

Deu-os ao homem, que por sua vez levou à esposa. A mulher ingeriu os papelinhos como uma pílula, e a criança nasceu normalmente. Caso idêntico deu-se com um jovem que se contorcia com dores provocadas por cálculos renais. Frei Galvão fez outras pílulas semelhantes e deu-as ao moço. Após ingerir os papelinhos, o jovem expeliu os cálculos e ficou curado. Esta foi a origem dos milagrosos papelinhos, que, desde então, foram muito procurados pelos devotos de Frei Galvão, e até hoje o Mosteiro fornece para pessoas que têm fé na intercessão de Servo de Deus. Frei Galvão morreu em odor de santidade no dia 23 de dezembro de 1882.

Foi declarado beato por S. João Paulo II no dia 25 de outubro de 1998 e elevado à honra dos altares em 11 de maio de 2007 pelo Papa Bento XVI.

Santo Antônio de Sant’Anna Galvão, rogai por nós.

 

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