XXI Domingo do tempo comum

Devemos nos preparar para a travessia para a Jerusalém celeste. Hoje alguém pergunta a Jesus se são poucos os que serão salvos. Ele não responde quantos, mas “como”, como fazer para se chegar lá. E avisa que precisamos passar por uma porta estreita. O verbo em grego é: esforçai-vos, batalhai.
Se olharmos pelas coisas materiais, as portas são largas e depois vem um funil sem saída. O Reino do Céu é ao contrário. A porta é estreita e depois há um alargamento enorme, o outro lado é comparado a um grande banquete preparado por Deus, uma mesa de iguarias e riquezas. Neste “esforçai-vos”, somos convidados a uma batalha, um combate espiritual. Achamos que a pessoa do nosso lado, nosso esposo, nosso colega de trabalho, são nossos inimigos, e nos enchemos de tristeza, melancolia, esquecendo que a verdadeira batalha não é contra as realidades concretas. O verdadeiro inimigo está nos ares, é satanás. Interessante como acreditamos no anjo da guarda e não acreditamos no anjo mau, que nos coloca doenças espirituais que nos fazem perder a salvação. Por isso este “esforçai-vos” é um claro convite à batalha. Doenças espirituais são provocadas pelo mal que nos desvia o olhar de Deus e nos leva a olhar para as realidades do aqui e agora: tristeza profunda, angústia, soberba, ira, desejo somente pelas coisas da terra, prazeres do mundo. Percebemos que estamos doentes quando temos uma personalidade totalmente egoica, inflada, cheia de si e longe de Deus.
Deus exerce a misericórdia, mas vai chegar o dia em que a porta da misericórdia será fechada e os que se descuidaram ficarão fora do banquete. Jesus conta esta parábola dizendo que muitos ficaram batendo à porta: “Nós participamos, ouvimos a pregação, recebemos o alimento”. E Ele dirá: “Não vos conheço”. Muitas vezes ficamos presos na misericórdia, mas um dia a justiça de Deus será exercida. É agora que precisamos nos esforçar. Nossa viagem só tem duas chegadas: a condenação eterna ou a salvação.
Como passar pela porta é a batalha diária, onde usamos a fé, a justiça (devolver ao outro o que ele merece), a palavra de Deus.

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