XXXIII Domingo do tempo comum

Jesus vê a admiração dos discípulos com a beleza do templo em Jerusalém. Acreditava-se que o templo era o coração do mundo, morada de Deus. Jesus adverte: “Dias virão em que não ficará pedra sobre pedra”. Lucas presenciou a destruição do templo, quando o judaísmo precisou se ressignificar. Para nós, o templo é importante quando nos reúne. Mas se algum dia ele for destruído isso não desconstituirá a nossa fé, que não está ligada ao templo, mas em Jesus, vivo. Por isso podemos celebrar debaixo de uma árvore ou em um salão. Onde existir um sacerdote e fiéis ali está a presença de Jesus, eis aí a nossa fé.
Às vezes colocamos nossas vidas no que é relativo, transitório. Impérios já deixaram de existir, grandes nações de grandes potências. Muitas coisas que achávamos que não daríamos conta de viver também passaram. Você fica 20 anos se dedicando a um lugar e de repente tem que ressignificar sua vida em outro lugar. Olhamos o passado e esquecemos de caminhar, de dar um novo sentido. Ouvimos na semana passada que o matrimônio termina com a morte, os laços com as esposas e os esposos terminam neste tempo. Algumas pessoas se despersonalizam quando perdem o esposo. Conviveram 40 anos, não sabem mais o que fazer da vida porque a vida era ele. Transformam a memória do que foi bom em memória angustiada, machucada. Deixam de construir, reconstruir. De fato, devemos aproveitar os momentos presentes, dar qualidade ao convívio com as pessoas. Mas não podemos colocar o transitório como se fosse eterno. Precisamos saber onde manter os pés firmes e quando devemos tirar por não ser firme. Não podemos colocar situações e pessoas no lugar de Deus. “Cuidado para não serdes enganados”.
O que é eterno? Jesus diz que é nos momentos mais difíceis que devemos manter a fé. Ele se unirá a cada um de nós na cruz. Quando passamos pela cruz seguros Nele, a gente atravessa todos os caminhos. Vamos pensar onde estamos colocando os pés e a nossa segurança e o que precisamos deixar ir porque não ficará pedra sobre pedra. Deixar ir uma empresa, um relacionamento, o emprego. Isso não nos constitui, são momentos.

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